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Com relação aos ajustes feitos para entoar, o músico interage com o instrumento através de três mecanismos: 1) dedilhados, 2) embocadura e 3) jato de ar. Os dedilhados são descritos por variáveis discretas (diferentes configurações acústicas), enquanto a embocadura e o jato de ar são contínuas67. Essa diferença entre ajustes por saltos e por filigranas produz grande variedade e possibilidades de estratégias de entoação. No nosso entendimento, o primeiro dá uma aproximação de primeira ordem, a qual se coaduna com as características acústicas da flauta. A segunda aprimora esse primeiro ajuste aos limites da percepção do flautista. Esses dois processos são indivisíveis e se desenvolvem durante toda a sua formação de hábitos de entoação.

No questionário de pesquisa que os participantes responderam, havia a seguinte questão: “Descreva os ajustes que você faz no intuito de afinar e entoar”. A maioria dos participantes colocou apenas as variáveis contínuas como ajustes, sendo que apenas oito participantes colocaram dedilhados alternativos como uma possibilidade de ajuste. Este fato é relevante e mostra que a maioria dos flautistas não faz uso de dedilhados alternativos ou não considera o uso de diferentes dedilhados como uma possibilidade de ajuste na entoação. Dentre os participantes que foram classificados entre o grupo característico de baixa variância, a maioria declarou o uso de dedilhados alternativos como um tipo de ajuste de entoação.

67 As mudanças em variáveis discretas acontecem por saltos, como é o caso dos dedilhados. Já os ajustes

em variáveis contínuas, como é o caso da embocadura e jato de ar, acontecem em um conjunto contínuo. Como diria um querido professor, “ajustes menores que um fio de cabelo” são possíveis na embocadura e no jato de ar.

O uso combinado dos três mecanismos de ajustes (dedilhados, embocadura e jato de ar) parece ser o melhor caminho rumo a uma boa entoação. Conhecer e explorar novos dedilhados pode ser parte significativa dessa trajetória. Muitas vezes dedilhados alternativos podem ser utilizados, contribuindo para uma melhor entoação. Existem contextos nos quais isso talvez não seja possível, no entanto, cabe ao músico encontrar o equilíbrio entre as affordances mecânicas e acústicas em sua prática.

Sugerimos aos flautistas (e também aos compositores) que estiverem lendo esta tese, que procurem conhecer o site The Virtual Flute68, que conta com uma base de dados com previsões de impedância para quase 40.000 dedilhados. Ele apresenta dedilhados para multifônicos e microtons, e esses últimos podem ser utilizados facilmente como ajustes discretos de entoação.

6.3 - Caracterização de Comportamentos

Do ponto de vista dos desvios, foi possível caracterizar estatisticamente os comportamentos dinâmicos dos flautistas a partir de variâncias. Associamos as baixas variâncias e amplitudes de desvio a uma boa adaptação às affordances do instrumento. Embora não detectamos uma relação direta entre tempo de estudo e a variância, vimos que dos flautistas incluídos no grupo de menor variância, os que tinham menos tempo de estudo estavam na faixa de 8 a 12 anos.

O tempo de estudo, utilizado isoladamente, mostrou-se um indicador muito vago para a entoação, nos dados que analisamos. Uma das poucas conclusões assertivas que podemos traçar é que uma boa entoação e uma boa adaptação ao instrumento só são atingidas com o tempo. No entanto, só o tempo não é um elemento suficiente para esse sucesso.

A medida CE-T (Coeficiente de eficiência – Tempo) mostrou-se relevante, conforme pode ser observado no gráfico 15 e tabela 5.5. Quanto maior o valor da diferença CE-T, melhor a eficiência do músico com relação à entoação para o seu tempo de estudo. Vislumbramos que esse Coeficiente poderia ser utilizada para analisar a entoação de uma mesma pessoa em dois momentos distintos, separados por um intervalo de tempo. Se a variância diminuir, é um sinal de melhora na entoação. Se a diferença CE-T aumentar, significa que não só a entoação melhorou, mas que houve eficiência durante esse intervalo de tempo, do ponto de vista da adaptação à entoação.

Foi constatado também que a experiência com outro instrumento musical pode estar ligada a entoação. Os participantes 4, 10, 14, 16, 18 e 28 declararam ter

experiência com outro instrumento musical. Todos eles tinham ao menos alguns anos de prática com o outro instrumento.

Portanto, concluímos que a entoação é um processo adaptativo que leva anos a fio (lembrando que não observamos baixa variância em faixas de tempo inferiores à faixa situada entre 8 e 12 anos de flauta). Sugerimos que o reconhecimento, descoberta e exploração de affordances é essencial nesse processo.

Dialogando com os conceitos de Peirce apresentados no Capítulo 1, um fato surpreendente leva à inferência abdutiva, e essa, muitas vezes leva ao engano e “(...)

embora ela frequentemente conduza ao erro mais do que ao acerto, a frequência relativa com que ela acerta é, na sua totalidade, constituição.” (PEIRCE, CP 5.173). É

possível que os primeiros anos da prática da entoação estejam empenhados ao erro, e durante esses anos, as capacidades de perceber e agir do músico vão se aguçando, e os hábitos se formando e transformando. Ou seja, esse processo de desenvolvimento da capacidade de entoar coaduna-se com a maneira que a inferência abdutiva leva aos hábitos, como descrito teoricamente por Peirce.

A partir dos instrumentos de análise utilizados, não conseguimos identificar vestígios remanescentes que permitissem vislumbrar qual seria o caráter da representação mental dos músicos. Conseguimos apenas identificar muitas marcas deixadas pela flauta na entoação do flautista. O modelo hipotético de SMI e sua interação com o CAE (figura 1.5) parece ser um modelo útil para descrever o que pudemos observar através da análise do experimento. Percepção e ação são dois focos de atenção com os quais a cognição do flautista lida ao mesmo tempo, num profuso emaranhado de estímulos sensoriais provenientes da interação entre o músico e seu instrumento.

6.4 – Limitações do estudo

É importante deixar claro que não consideramos que entoação seja equivalente a emissão de frequências fundamentais. Todo o primeiro capítulo desta tese foi dedicado a explicar que a entoação é muito mais complexa. No entanto, consideramos a emissão de frequências fundamentais como parte do processo, e por ser mensurável de forma consistente, é através dela que fizemos o recorte deste estudo da entoação.

Nossa hipótese inicial foi confirmada, a adaptação pôde ser verificada através da observação de frequências fundamentais, mas estamos cientes de que a entoação é muito mais abrangente e complexa do que fomos capazes de medir em nossa análise. A adaptação que ocorre na emissão de frequências fundamentais não exclui a

possibilidade de adaptação em outros parâmetros, como timbre e intensidade. Pelo contrário, baseados em tudo o que discutimos no nosso primeiro capítulo, nossa intuição nos guia no sentido de que a entoação também esteja relacionada a adaptações relacionadas ao timbre e a intensidade.

O material musical escolhido (escalas de tons inteiros e arpejos aumentados e diminutos), pode em parte ter influenciado os resultados. Flautistas com pouco tempo de prática talvez tenham tido pouco contato com o material que foi tocado, o que talvez tenha prejudicado a execução. Outra possibilidade de escolha do material seria a execução de melodias, possibilitando a análise de frases. Estamos cientes dessas limitações, mas essas questões podem ser consideradas em estudos futuros. O estudo elaborado foi pensado como uma “varredura” da flauta, em toda a sua extensão, e para minimizar efeitos do instrumento sendo tocado solo, utilizamos notas pedais, e os músicos tinham a tarefa de entoar baseados nelas. O experimento não poderia ser muito longo, por conta da disponibilidade dos participantes. O experimento foi, portanto, pensado tendo em vista essas limitações. Ainda assim, devido a consistência das curvas de desvio e a grande compatibilidade entre os desvios observados em escalas e arpejos, os padrões de desvio que puderam ser observados parecem ser inerentes à flauta, e a prática dos músicos mostrou levar à uma adaptação que minimize essa influência. 6.5 – Contribuições da Pesquisa

A pesquisa aqui reportada contribuiu na construção de um modelo teórico para entoação que tem no seu arcabouço aspectos relacionados a acústica do instrumento, psicoacústica, neurociência da música e também ao contexto da psicologia ecológica, e aos conceitos de auto-organização e inferência abdutiva, para caracterizar o processo adaptativo que ocorre na aprendizagem. Esse tratamento do problema constitui-se uma nova forma de descrever a adaptação do músico ao seu instrumento no processo de formação de hábitos de entoação.

Para demonstrar aspectos relevantes das hipóteses teóricas, a contribuição significativa do trabalho foi o experimento com cerca de 30 participantes. Para tanto foi necessário um desdobramento do pesquisador, a aprovação do Conselho de Ética e, principalmente, a participação voluntária dos flautistas. Os dados colhidos nos experimentos são também outra contribuição, pois poderão ainda ser analisados por outros vieses. A metodologia com a qual os dados foram tratados utilizando-se descritores de frequência fundamental, aproximações com a interpolação dos dados e, finalmente, as análises estatísticas, são de grande valia no contexto do estudo empírico

de práticas interpretativas. Não se trata aqui de substituir outros métodos, mas sim de produzir um novo diálogo entre informações quantitativas e qualitativas.

Foi possível através do experimento verificar adaptação da entoação dos músicos ao instrumento e também caracterizar a influência que o instrumento exerce na entoação.

Em síntese, apesar da separação analítica em parâmetros sonoros, necessária à análise, flautistas entoam sons baseados na escuta de sons. Esse processo é complexo e sua aprendizagem implica em adaptação. Tentamos descrever essa adaptação a partir da auto-organização e do conceito de hábito em Peirce. A influência da flauta se mostrou um fator importante no processo, e pudemos observar como ela ocorre e até que grau pode ser minimizada.

6.6 - Pesquisas Futuras

Como as impedâncias acústicas da flauta mostraram-se preponderantes no processo de entoação, investigar detalhadamente as impedâncias em diferentes instrumentos seria de grande valia. Cabe aqui indagar: será que elas variam muito de modelo para modelo de instrumento, ou são apenas diferenças minuciosas? Qual é a magnitude dessas diferenças se comparada à entoação praticada?

Os descritores de frequência fundamental disponíveis atualmente apresentam boa resolução quando o sinal gravado possui apenas uma fonte sonora. Caso a fonte sonora única deixe de ser uma restrição, muito poderia ser descoberto a respeito dos ajustes conjuntos que o grupo realiza.

Embora tenham sido levados em consideração no desenho experimental, e tenham influenciado a performance dos músicos participantes do experimento, timbre e intensidade não foram medidos na nossa análise. Uma análise que quantificasse esses parâmetros psicoacústicos provavelmente traria contribuições ao tema. Finalmente, do ponto de vista pedagógico, o estudo que averiguasse a adaptação de um grupo de músicos ao longo do tempo provavelmente traria mais informações de como a adaptação acontece. É o que pretendemos fazer num projeto de pesquisa futuro em elaboração.

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