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presidente da ABiogás interior paulista com previsão de conclusão

em 2021; e Hernan Zwaal, diretor de negó- cios internacionais e desenvolvimento do Grupo Igás, que desenvolve soluções para o uso de gás natural no Brasil.

Mediando o debate, o presidente da as- sociação, Alessandro Gardemann, abriu o seminário ressaltando as oportunida- des para o biogás no Brasil. “Tem muita coisa acontecendo, mas o Brasil é um país continental que não tem gasoduto, nossa malha de condução é pequena. E o biogás, além de estar presente no inte- rior, também está nas grandes cidades, automaticamente pelo saneamento e pelo RSU (resíduos sólidos urbanos). O biogás é extremamente complementar. Pratica- mente 100% da população brasileira po- deria ter acesso ao biogás”, afirmou.

biometano, que é uma forma de incenti- var toda a cadeia”, pontuou o diretor de novos negócios da Cocal, André Gustavo.

O Projeto Cidades Sustentáveis, em parceria com Gás Brasiliano, desenvol- ve uma rede local de 68 quilômetros li- gando as cidades de Presidente Pruden- te, Narandiba e Pirapozinho, para um potencial de 118 mil m3/dia na região, com investimento de R$ 30 milhões da Gás Brasiliano, e R$ 130 milhões da Cocal. A obra já está em fase de terra- planagem, e a previsão é que a partir de outubro inicie a estocagem da torta de filtro. A obra deverá estar pronta em fevereiro de 2021, para que, na próxima safra, a partir de março, comece a gerar energia e produzir biometano.

Hernan Zwaal, diretor do Grupo Igás, falou sobre os projetos estruturante, os chamados gasodutos virtuais, atividade regulamentada pela ANP, e que consis- te, basicamente, em transportar o gás, pelo modal rodoviário, a regiões onde não há gasodutos. “É um trabalho que nasce de uma parceria entre produto- res de biometano, distribuidoras de gás e comercializadores de GNC e GNL, que disponibilizam o gás nas regiões onde não há oferta. Como sempre dis- cutimos, tem um gargalo no Brasil. O gasoduto predomina no litoral, mas o interior, que tem um grande potencial de consumo, não consegue ter acesso a este energético. Portanto, trata-se de uma ferramenta que permite democra- tizar o uso do gás”, explicou Hernan.

O modelo, como explicou o diretor da Igás, funciona a partir de um produtor da molécula de biometano/ gás natural, que contrata um distribuidor que fará a compressão ou liquefação do gás, o transporte, e, por fim, a descompressão ou a regaseificação no ponto de consu- mo ou estação satélite. A concessionária assume a parte secundária de distribui- ção. “Todo o custo não é assumido pelas localidades, este custo é diluído por toda a malha, assim a região não tem um im-

pacto econômico tão grande”, pontuou. BIODIGESTOR TRANSFORMA DEJETOS DE CRIAÇÕES DE PORCO E GADO EM RENDA

O Projeto GEF Biogás Brasil lançou em maio “Curso de Fundamentos do Biogás”. Com conteúdo gratuito, o curso aborda os principais aspectos da produção e do uso do biogás para geração de energia elétrica e tér- mica, além da conversão em biometano, que pode ser utilizado como combustível para meios de transporte, injetado na rede de gás natural ou usado como gás industrial.

O curso remoto é voltado para profissio- nais que atuam ou desejam atuar na área de energias renováveis e para estudantes de áreas diversas relacionadas ao setor. A carga horária inclui fóruns, avaliações, questionários, videoaulas e produções compartilhadas e individuais. Os interes- sados podem se inscrever até dezembro de 2020. Os alunos terão até 90 dias para finalizarem as aulas e receberão um cer- tificado de conclusão após o término das aulas e das atividades de avaliação. CURSO REMOTO GRATUITO DA CEF BIOGÁS BRASIL

A designer instrucional Iara Betha- nia Rial Rosa reforça a importância prática do curso como uma ferramen- ta de difusão de informações funda- mentais para o setor de biogás.

“Este curso é um primeiro passo para alguém que pretende se tornar um projetista de biogás, um gestor público que planeja a implementação de pro- jetos executivos de biogás ou qualquer profissional que planeje aprofundar seus conhecimentos na área”, ressalta a analista de capacitação da Organiza- ção das Nações Unidas para o Desen- volvimento Industrial (UNIDO), em parceria com o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás).

As aulas do curso abordam os se- guintes temas:

• História do biogás;

• Processo de produção e aproveita- mento energético do biogás;

• Digestão anaeróbia e caracteriza- ção dos substratos, tecnologias e po-

tencial de produção do biogás; • Características, aplicação e trata- mento do biogás;

• Características e aplicação do digestato; • Operação e manutenção de plantas de biogás;

• Arranjos, viabilidade econômica e panorama do biogás.

O “Curso de Fundamentos do Biogás” faz parte do Projeto GEF Biogás Brasil, implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimen- to Industrial (UNIDO) e coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O projeto oferece apoio técnico para conversão de resíduos orgânicos em energia ou combustível renovável, além de suporte na criação de modelos de ne- gócios e assistência especializada sobre financiamento e políticas públicas refe- rentes ao setor. Quem quiser obter mais informações, pode entrar em contato por contato@gefbiogas.org.br.

natureza das relações e, quero crer, que o aqui dito não será novidade, em se tratando de recomendações no trato com pessoas.

Em primeiro lugar: a base, o res- peito. Se todos estão nessa energia de caos e medo, gerando ansiedade e pânico diante das incertezas, então temos que respeitar uns aos outros. Não é hora de descasos, julgamen- tos, “jogos mentais e emocionais”. É hora de paz, de consideração, de simplicidade, de fazer seu melhor esforço, de naturalmente estar.

É hora de paciência, colaboração, apoio e ajuda: de ouvir e dialogar; de ofertar o “ombro companheiro e solidário”; de exercer, como nunca, a empatia. Todos precisam se co- locar uns no lugar dos outros. Não há fortes e fracos: há seres humanos assustados e preocupados consigo, com suas famílias e amigos, e com os demais ao redor do mundo.

Penso que nesse momento, mais do que competências valorizadas nos últimos anos, precisamos de virtu- des humanas. Por agora, acho que isto nos basta e nos dará força para viver, conjuntamente, mais esse de- safio, um que não fomos preparados e que nem toda a resiliência apren- dida conduzirá a uma matemática precisa nos resultados por vir.

Vivamos tudo isso com os “pés no chão”, mas, quem sabe finalmente, e na prática, conseguindo de fato aprimorar nosso olhar sobre as pes- soas (incluindo a nós mesmos), nos- so maior tesouro.

Beatriz Resende, Consultora Organi- zacional e Conselheira de Carreira; e sócia-diretora da Dra. Empresa-Consul- toria Empresarial

te e consumidores finais. E as pes- soas estão vivendo um caos global, gerando emoções coletivas como o medo, a ansiedade, a dúvida e a in- certeza.

Temos falado sobre o sentido de viver num mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo): ci- távamos isto sem nem mesmo en- tender a fundo o que queria dizer. Hoje estamos dentro de algo maior do que tal conceito.

Portanto, o que falar às empresas e líderes sobre as pessoas em tem- pos de pandemia? Não vou tocar aqui nas questões já discutidas so- bre adaptação das leis. Vou falar da

G

estão de pessoas é um tema

complexo e de diferentes vieses. Apesar das melhores práticas desenhadas e dissemina- das, a realidade nos mostra que a qualidade dela depende da cultura vigente e especialmente dos profis- sionais em posições de liderança.

Sabemos não ser uma missão sim- ples e de fácil tratativa e mesmo profissionais experientes se depa- ram com dificuldades naturais ao lidar com diferentes gerações; co- laboradores de culturas pessoais, regionais e profissionais distintas, e a diversidade de perfis, personali- dades, intenções, sonhos e graus de dedicação à carreira. Junta-se a isto a situação que estamos passando, sem receita pronta.

Pessoas precisam de bons líderes, em tempos normais ou de crise. Fa- la-se que para liderar outras pessoas temos que liderar a nós mesmos. A Inteligência Emocional prevê que tenhamos autoconhecimento; auto- percepção; autoconfiança; autoge- renciamento; automotivação; empa- tia e habilidades sociais.

O alcance da autoliderança emocio- nal e pessoal não é uma meta fácil, pois não fomos acostumados e esti- mulados a olhar para nós, num pro- cesso de autoconhecimento, enten- dendo nossos pontos fortes e os traços que precisam ser evoluídos para que tenhamos menos problemas nas inte- rações e não percamos oportunidades importantes em nossas vidas.

Se em tempos de “normalidade” liderar pessoas é um desafio que requer competências diferenciadas, imaginem num caos nunca vivi- do nem mesmo em simulações que

possamos ter participado em treina- mentos vivenciais.

Não há case de sucesso, não há “jurisprudência” para essa situação e, por isto, falar sobre esse tema é falar de aprendizado, bom senso, humildade, desprendimento, que- bra de paradigmas, boa intenção e esforço em ir além daquilo que te- mos feito.

Líderes são pessoas, antes de tudo. A empresa é formada de pessoas, assim como seu mercado, os clien-

PONTO

FINAL

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