• Nenhum resultado encontrado

4. SISTEMA SOCIOEDUCATIVO NO ESTADO DO PARÁ

4.26. Alimentação das adolescentes no CESEF

Durante toda a investigação, no segundo semestre de 2012, seja no período da realização das entrevistas e pesquisa de campo, seja na fase da pesquisa documental, fomos convidados para almoçar diversas vezes, proporcionando uma vivência real dos aspectos alimentares e um contato informal com as cozinheiras e com o espaço de preparação dos alimentos. O almoço não é feito apenas para as jovens: a grande maioria

dos trabalhadores da casa está no cálculo das porções feitas, todos comem a mesma comida, mas se alimentam em espaços diferenciados. Tivemos a oportunidade de acompanhar os dois momentos e verificamos a mesma igualdade, no tipo e quantidade de comida. Essas refeições sempre nos pareceram saborosas, balanceadas e higiênicas, comportando carnes variadas, dois ou três tipos de carboidratos e legumes. As porções são suficientes para alimentar qualquer pessoa adulta.

As instalações da cozinha são adequadas, bem como sua manutenção e limpeza. Os alimentos são preparados diariamente. As cozinheiras sempre trajaram a indumentária adequada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Obviamente, este trabalho pretendia algo além do que fez; contudo, apontou análises ainda iniciais, mas ousou em descrever um campo de práticas concretas de fazeres de trabalhadores de uma unidade socioeducativa de internação específica para adolescentes mulheres, em Belém do Pará, em um detalhamento e riqueza que operam a materialidade da relevância deste texto dissertativo, apesar de lacunas que tem e da demanda por aprofundamento analítico que o mesmo traz.

As práticas nas medida socioeducativas de internação em uma unidade de privação de liberdade específica para meninas adolescentes assinalam para a preocupação disciplinar sobre seus corpos, com objetivos de torná-los corpos úteis e dóceis, ao mesmo tempo em que visam a preservar a vida como sobrevida, no interior do espaço de cumprimento da medida, em termos de exercício de uma biopolítica.

Tais práticas se tornam um paradoxo, já que prometem proteger e excepcionalmente privar de liberdade, todavia, recorre-se à privação de liberdade e internação das adolescentes como maneira considerada mais eficaz de disciplinamento e cultivo da vida, no campo do poder Judiciário brasileiro – e o Pará funciona nessa lógica, de modo que esta pesquisa explicita esse acontecimento.

A presente Dissertação teve, na pesquisa de campo e documental, um aporte metodológico, e, na história com alguns elementos da arqueogenealogia, pistas que propiciaram um percurso de olhar perspectivo e de estranhamento para as práticas estudadas neste trabalho.

A literatura utilizada foi densa e ampla, com referências importantes no tema, a despeito de ser longa e de não termos alcançado as possibilidades de apropriação da minúcia de um artesão que tece seu artefato histórico com a atenção constante e com o zelo permanente. Ainda assim, tivemos, evidentemente, a preocupação de tentar efetuar esse movimento, ao realizar esta tarefa, mas sua complexidade e o curto tempo de prazo nos impediram de manejar com mais propriedade e clareza as referências e a empiria rica que levantamos, o que poderemos fazer em próximas pesquisas e também aprimorar com a revisão das leituras efetuadas, com um tempo maior de concentração após a defesa desta Dissertação.

Sabemos que este texto traz contribuições e nos apegamos a elas, para assinalar que deixamos um legado para um Programa de Pós-Graduação e para a sociedade,

sobretudo para as adolescentes que cumprem medidas de privação de liberdade e para os trabalhadores que atuam com essas adolescentes. Dessa maneira, entendemos que conseguimos alcançar êxito e, ao mesmo tempo, que podemos ir além e refinar, burilar análises e deslocamentos do pensamento, frente ao rico material que temos em mãos.

REFERÊNCIAS

ADORNO, S. Criança: A Lei e a Cidadania. In: RIZZINI, I. (Org.). A Criança no Brasil hoje: desafio para o terceiro milênio. Rio de Janeiro: Universitária Santa Úrsula, 1993. ______.; BORDINI, E. B. T. Adolescente na criminalidade urbana em São Paulo. Brasília: Ministério da Justiça, Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, 1999. ALBUQUERQUE J. D. História: a arte de inventar o passado. Ensaios de teoria da História. Bauru, SP: Edusc, 2007.

ARIÈS, P. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: LTC, 1981.

ARTIÈRES, P. Arquivar a própria vida. Estudos históricos. Rio de Janeiro, FGV, (21), 1988.

BOBBIO, N. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Contagem Populacional. Disponível em: .http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/popul/d… Acesso em: set. 2010.

______. Secretaria Especial dos direitos Humanos. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo- SINASE. Brasília: CONANDA, 2006. Disponível em: http://www.direitosdacrianca.org.br/midia/publicacoes/sistema-nacional-de-

atendimento-socioeducativo-sinase. Acesso em: out. 2010.

BRETAN, M. E. Os múltiplos olhares sobre o adolescente e o ato infracional: análises e reflexões sobre teses e dissertações da USP e da PUC/SP (1990.2006). 2008. 223f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

BRUÑOL, M. C. O interesse superior da criança no marco da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança. In: MENDEZ, E. G.; BELOFF, M. (Org.). Infância, Lei e Democracia na América Latina. v. 1. Blumenau: FURB, 2001.

BULCÃO, I.; NASCIMENTO, M. L. O Estado Protetor e a “Proteção por Proximidade”. In: NASCIMENTO, M. L. (Org.). Pivetes: a produção de infâncias desiguais. Niterói: Intertexto; Rio de Janeiro: Oficina do Autor, 2002, p. 52-60.

CARDOSO JÚNIOR, H. R. Acontecimento e história: pensamento de Deleuze e problemas epistemológicos das ciências humanas. Trans/Form/Ação, São Paulo, v. 28, n. 2, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/trans/v28n2/29417.pdf. Acesso em: out.2012.

CARVALHO, C. C. V. A medida sócio-educativa de internação de adolescentes no Estado do Pará de 1995 a 2001: a trajetória de uma política de atendimento. 2001. 116f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) – Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, 2001.

CASTRO, E. Vocabulário de Foucault - Um percurso pelos seus temas, conceitos e autores. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

CLAVES/ENSP/FIOCRUZ. Avaliação do convênio UERJ & DEGASE: programa pró adolescente: ações socioeducativas. Relatório de Pesquisa. Rio de Janeiro: Claves, 1999.

COIMBRA, C. Alguns processos de subjetivação nos anos 60, 70 e 80 no Brasil. In: COIMBRA, C. M. B. Guardiães da Ordem: uma Viagem pelas Práticas Psi no Brasil do “Milagre”. Rio de Janeiro: Oficina do Autor, 1995.

______; LEITÃO, M. B. Das essências às multiplicidades: especialismo psi e produções de subjetividades. Psicologia & Sociedade, v.15, n. 2, 2003a.

______.; NASCIMENTO, M.L. Jovens Pobres: o mito da periculosidade. In: FRAGA, P.; IULIANELLI, J. (Org.). Jovens em Tempo Real. Rio de Janeiro: DP&A, 2003b. DA SILVA, M. M. Sendo um adolescente delinqüente. Disponível em: http://www.conpedi.org.br/manaus/arquivos/anais/bh/marilia_marcia_cunha_da_silva.p df. Acesso em: set. 2010.

DELEUZE, G. Conversações. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992. ______. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 2011.

DIÁRIO DO PARÁ. Delegados são demitidos por caso em Abaetetuba. Disponível em: http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-103773

delegados+sao+demitidos+por+caso+em+abaetetuba.html. Acesso em: out. 2010. EWALD, F. Foucault, a Norma e o Direito. Lisboa: Veja, 1993.

FACHINETTO, R. F. A “casa de bonecas”: um estudo de caso sobre a unidade de atendimento sócio-educativo feminino do RS. 2008. 224f. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008.

FONSECA, F. D. Produção de subjetividade e Realidade Social – Clínica e política. A Expressão da Clínica e uma Clínica da Expressão. UFF. Rio de Janeiro, 2008.

FOUCAULT, M. A governamentalidade. In: MACHADO, R. (Org.). Microfísica do poder. São Paulo: Graal, 1989a.

______. Verdade e poder. In: MACHADO, R. (Org.). Microfísica do poder. São Paulo: Graal, 1989b.

______. Sobre a História da Sexualidade. In: MACHADO, R. (Org.). Microfísica do poder. São Paulo: Graal, 1989c.

______. O nascimento do hospital. In: MACHADO, R. (Org.). Microfísica do poder. São Paulo: Graal, 1989d.

______. Nietzsche, a genealogia do poder. In: MACHADO, R. (Org.). Microfísica do poder. São Paulo: Graal, 1989e.

______. Soberania e Disciplina. In: MACHADO, R. (Org.). Microfísica do poder. São Paulo: Graal, 1989f.

______. A política de saúde no século XVIII. In: MACHADO, R. (Org.). Microfísica do poder. São Paulo: Graal, 1989g.

______. O Sujeito e o Poder. In: DREYFUS, H. L.; RABINOW, P. Michel Foucault: uma trajetória filosófica. Para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

______. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1997.

______. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: Nau, 2003. ______. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2004a.

______. O nascimento da biopolítica. São Paulo: Martins Fontes, 2004b. ______. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

______. A arqueologia do Saber. 7.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009. ______. Conversação com Michel Foucault. In: MOTTA, M. B. (Org.). Ditos e escritos IV. Estratégia, Poder-Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010b, p.13-25. ______. Sobre o internamento penitenciário. In: MOTTA, M. B. (Org.). Ditos e escritos IV. Estratégia, Poder-Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010c, p.69-80. ______. A prisão vista por um filosofo francês. In: MOTTA, M. B. (Org.). Ditos e escritos IV. Estratégia, Poder-Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010d, p.152-158

______. Entrevista sobre a prisão: o livro e seu método. In: MOTTA, M. B. (Org.). Ditos e escritos IV. Estratégia, Poder-Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010e, p. 159-174.

______. A vida dos homens infames. In: MOTTA, M. B. (Org.). Ditos e escritos IV. Estratégia, Poder-Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010f, p. 203-222. ______. Mesa-redonda em 20 de maio de 1978. In: MOTTA, M. B. (Org.). Ditos e escritos IV. Estratégia, Poder-Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010g, p.334-351.

______. Foucault estuda a razão de Estado. In: MOTTA, M. B. (Org.). Ditos e escritos IV. Estratégia, Poder-Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010h, p. 317-323. ______. “Omnes et Singulatim”: uma crítica da razão política. In: MOTTA, M. B. (Org.). Ditos e escritos IV. Estratégia, Poder-Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010i, p. 355-386.

______. Poder e Saber. In: MOTTA, M. B. (Org.). Ditos e Escritos IV. Estratégia, poder-saber. São Paulo: Forense Universitária, 2010j, p. 223-240.

______. Sobre a Prisão de Attica. In: MOTTA, M. B. (Org.). Ditos e escritos IV. Estratégia, Poder-Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010l, p.135-146.

______. Os Anormais. São Paulo: Martins Fontes, 2010m.

______. A sociedade disciplinar em crise. In: MOTTA, M. B (Org.). Ditos e escritos IV. Estratégia, Poder-Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010n, p.267-269. GOMES, R. S; LEMOS, F. C. S; CIARALLO, C. R. C. A . Práticas de profissionais frente aos jovens em conflito com a lei em uma unidade de medida socioeducativa In: LEMOS, F.C.S. (Org.). Transversalizando no ensino, na pesquisa e na extensão. Curitiba: CRV, 2012.

GUATTARI, F.; ROLNIK, S. Micropolítica: cartografia do desejo. Petrópolis: Vozes, 1996.

GUEDES, A. C. F. Fundação da Criança e do Adolescente do Pará. Projeto Político Institucional do Atendimento Socioeducativo do Pará. Vol. I. Belém: Instituto de Ciências Aplicadas, 2010.

IPEA. Adolescentes em conflito com a lei: situação do atendimento institucional no Brasil. Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?595723828>. Acesso em: 18 abr. 2011.

______. Indicadores sociais. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?595723828>. Acesso em: 17 nov. 2005.

LE GOFF, J. Documento/Monumento. In: História e Memória. Campinas: Editora UNICAMP, 1996, p.535-553.

LEMOS, F. C. S. Práticas de Conselheiros Tutelares frente à violência doméstica: proteção e controle. 2003. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista, Assis-SP, 2003.

______. Crianças e Adolescentes entre a norma e a lei: uma análise foucaultiana, 2007. Tese (Doutorado em História) – Universidade Estadual Paulista, Assis-SP, 2007.

______; CARDOSO JÚNIOR., H. R. A Genealogia em Foucault: uma trajetória. Revista Psicologia e Sociedade. 21(3), 2009. p. 353-357.

______; NASCIMENTO, M. L.; SCHEINVAR, E. Arquivos da dissidência: os corpos fugidios de crianças e jovens. Psicologia da Educação, 2009.

LOURAU, R. Análise Institucional e Práticas de Pesquisa. Rio de Janeiro: UERJ, 1993.

MACHADO, M. de T. A proteção Constitucional de Crianças e Adolescentes e os Direitos Humanos. Barueri: Manole, 2003.

MACHADO, R. Introdução – por uma genealogia do poder. In: MACHADO, R. (Org.). Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1989.

______. Foucault, a ciência e o saber. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.

MADEIRA, F. R. Quem mandou nascer mulher? Estudos sobre crianças e adolescentes pobres no Brasil. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997.

MARQUES, A. E. A.; OLIVEIRA, F. G.; NASCIMENTO, M. L. e MIRANDA, P. C. Mecânicas de Exclusão no espaço do Juizado de Menores: reflexões acerca das práticas e discursos do comissário de vigilância. In: NASCIMENTO, M. L. (Org.). Pivetes: a produção de infâncias desiguais. Niterói: Intertexto; Rio de Janeiro: Oficina do Autor, 2002, p. 144-165.

MENANDRO, M.C.S. Gente jovem reunida: um estudo de representações sociais da adolescência/ juventude a partir de textos jornalísticos (1968/1974 e 1996/2002). 2003. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2003.

MOTTA, M.B. Apresentação. In: MOTTA, M. B. (Org.). Ditos e escritos IV. Estratégia, Poder-Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010, p. I-LXVI.

NASCIMENTO, M.L.; CUNHA, F.L.; VICENTE, L.M.D. A Desqualificação da Família Pobre como Prática de Criminalização da Pobreza. Revista de Psicologia

Política, n. 14, 2008. Disponível em:

http://www.fafich.ufmg.br/~psicopol/seer/ojs/viewarticle.php? id=48& layout=html&mode=preview . Acesso em: jun. 2011.

PASSETI, E. Crianças carentes e políticas públicas. In: DEL PRIORE, M. (Org.), História das Crianças no Brasil. 6. ed. 2. reimp. São Paulo: Contexto, 2009.

PEREIRA, T. S. Direito da Criança e do Adolescente: uma proposta interdisciplinar. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2008

PIOVESAN, F. Direitos humanos e o direito constitucional internacional. São Paulo: Max Limonad, 2004.

RAGO, M. Efeito-Foucault na historiografia brasileira. Tempo Social, Revista Sociol. USP, São Paulo 7(1-2) 67-82, out de 2005. Disponível em: <http://www.fflch.usp.br/sociologia/temposocial/site/images/stories/edicoes/v0712/efeit o.pdf. Acesso em: 13 set. 2010.

RAMOS, M. B. Meninas privadas de liberdade: a construção social da vulnerabilidade penal de gênero. 2007. 200f; Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Serviço Social , PUCRS: Porto Alegre, 2007.

RIZZINI, I. O século perdido: raízes históricas das políticas públicas para infância no Brasil. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2011.

ROLNIK, S. Pensamento, corpo e devir: Uma perspectiva ético/estético/política no trabalho acadêmico. Cadernos da Subjetividade, Núcleo de Estudos e Pesquisas da

Subjetividade, Programa de Estudos Pós-Graduados de Psicologia Clínica, PUC/SP. São Paulo, v.1, n.2, p. 241-251. set./fev. 1993.

SALIBA, M. G. O olho do poder. Análise crítica da proposta educativa do Estatuto da Criança e do Adolescente. São Paulo: Editora UNESP, 2006.

SCHEINVAR, E. Idade e Proteção: fundamentos legais para a criminalização da criança, do adolescente e da família (pobres), 83-109. In: NASCIMENTO, M. L. (Org.). Pivetes: a produção de infâncias desiguais. Rio de Janeiro: Oficina do Autor, 2002. ______. Demanda social e crise dos ideais: que lugar para o judiciário? In: COIMBRA, C. M. B.; AYRES, L. S. M.; NASCIMENTO, M. L. (Org.). Pivetes: encontros entre a Psicologia e o Judiciário. Curitiba: Juruá, 2008.

______. O feitiço da Política Pública: escola, sociedade civil e direitos da criança e do adolescente. Rio de Janeiro: Lamparina; FAPERJ, 2010.

SILVA, A. A. Modos de Subjetivação e Estratégias de Governamentalidade: a constituição de um “sujeito infrator” nas tramas de um dispositivo jurídico. 2009. 127f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Psicologia, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009.

SPAGNOL, A. S. Jovens Perdidos. Um estudo sobre jovens delinquentes na cidade de São Paulo. São Paulo: Annablume; FAPESP, 2008.

UNIPOP. O adolescente e as medidas socioeducativas no estado do Pará – Brasil. Relatório final de pesquisa. Belém, 2011

VEYNE, P. Como se escreve a história e Foucault revoluciona a história. Trad: Alda Baltar e Maria Auxiliadora Kneipp. 4. ed. Brasília: UnB, 1998.

VOGEL, A. Do Estado ao Estatuto: propostas e vicissitudes da Política de Atendimento à Infância e Adolescência no Brasil Contemporâneo. In: PILOTI, F.;VOEGELI, C. M. P. H. Criminalidade e Violência no Mundo Feminino. Curitiba: Juruá, 2003.

VOLPI, M. O adolescente e o ato infracional. São Paulo: Cortez, 2002

WACQUANT, L. Punir os Pobres: a nova gestão da miséria nos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Revan, 2003

WAISELFISZ, J. J. Mapa da violência: os jovens do Brasil. Rio de Janeiro: Garamond, 1998.

_________. Mapa da violência II: os jovens do Brasil. Brasília: UNESCO, 2000. _________. Mapa da violência III: os jovens do Brasil. Brasília: UNESCO, 2002. ZALUAR, A. Exclusão e políticas públicas: dilemas teóricos e alternativas políticas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, n. 35, 1997. Disponível em: www.scielo.org.texto. Acesso em: 14 abr. 2011.