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Aluna apresenta uma das atividades integrativas da

escola, neste caso, uma oficina de forró (câmera acompanha aluna entrando em sala).

O que denota a falta de espaço para tais atividades, tendo os alunos que recorrer as salas de aula, para realização da oficina de dança.

impotência dos alunos frente a situação, a qual o estado ou o município deveriam assegurar como espaço de lazer nas escolas, assim como estruturas dignas para uso, além de evidenciar o sentimento de conformismo e indiferença a situação corriqueira.

Cena 2

P- O que você acha do comportamento dos alunos e o que você acha da demora da quadra?

R – com relação ao comportamento dos alunos é complicado, por que cada aluno tem um gênio diferente. Então, vai muito da educação. Tem aluno que é mais calmo, tem aluno que é mais agitado. Têm aqueles que deixa agente meio doido, e têm aqueles que deixa agente mais tranquilo. Mas, o curso que agente faz dá como manusear cada um. Dá para trabalhar, mas é complicado. (PAUSA).

“Com relação à quadra da escola, a gente passou muito tempo pedindo para que fosse feita, há mais de 10 anos na verdade. E agora a quadra está saindo. Como a quadra tem uma extensão muito grande, o processo de licitação foi muito grande e ainda tem a barreira que está sendo feita, então tem que ser feita por etapas. A quadra, mesmo que estivesse pronta agora, não poderia ser usada por conta da barreira. Então, tem que terminar a barreira, depois terminar a quadra e funcionar. Mas, que também é uma demora que a gente não sabe quanto tempo para terminar”.

A aluna contextualiza a situação ao questionar, acredita-se que seja a professora, ou supervisora, sobre a demora na entrega da quadra e sua opinião em relação ao comportamento dos alunos. As respostas da professora são reveladoras e até mesmo preocupantes, já que em sua fala evidencia como são ―treinados‖ a ―manusear‖ os alunos. Outro ponto colocado diz respeito à entrega da quadra da escola, uma fala institucional/oficial que justifique, explique a demora na entrega da quadra.

Cena 3 e Cena 4

As imagens mostram o cotidiano escolar, o comportamento dos alunos assim como o que a escola disponibiliza para os estudantes. As imagens nos revelam a tentativa dos alunos em mostrar a adaptação dos alunos, ou seja, a busca de outros espaços para a oficina, que minimizam o problema da falta da quadra.

Comentários

O que podemos perceber neste vídeo ―Nossa Escola‖ é o cotidiano da relação da instituição como os seus alunos, evidenciadas nas falas e nas imagens dos ambientes descuidados. O que nos leva a inferir, que o vídeo é uma crítica à situação escolar ao mostrar a realidade do seu contexto estudantil.

Do ponto de vista técnico, lembrando que se trata de vídeos experimentais, ou seja, não há uma preocupação com os padrões profissionais estéticos, percebemos o enquadramento da imagem, o ambiente escolhido para a entrevista, neste caso, a sala de aula, o que indica que para tratar do assunto que eles reivindicam, eles escolheram a sala de aula como o espaço de referência e de pertencimento dele, de identificação, ao invés da sala da supervisora ou diretora. O que pode ser pura especulação da nossa parte, pois pode ser que aquela sala fosse o único espaço disponível para que eles gravarem, já que o que vídeo reclama a falta de espaço para o lazer. O que sendo um órgão público vai de encontro o que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolesceste.

O que corrobora com as perguntas feitas pela aluna-entrevistadora (―o que acha sobre o comportamento dos alunos‖ e a razão da demora da entrega da quadra). É como se nesse espaço (sala de aula) eles se sentissem mais seguros para estes questionamentos do que se fosse feitos num local estranho, em que eles se sentiam poucos a vontade.

Há uma coerência nas perguntas da aluna, primeiro ela sonda os entrevistados, como diria ―conquista a confiança‖ para depois questionar sobre a demora na entrega da quadra. Uma vez ali, geralmente, tem que responder as questões. Isso denota a compreensão dos alunos na estratégia adequada para extrair uma resposta da escola, ao mesmo tempo em que manda um recado (através das perguntas e do vídeo) da insatisfação dos alunos com a demora na entrega da quadra e o descaso com eles.

Além disso, é possível que tenham visto no vídeo uma ferramenta para pressionar a escola para que seja mais pro-ativa na resolução dessa questão.

Como eles estão no contexto escolar, algumas questões são inviabilizadas de realizarem, tais como ouvir a Secretaria de Educação. Possivelmente eles não tenham a informação que isso compete a ela a solução do problema. Pois, não tendo a Secretaria para se pronunciar, poderiam questionar à professora sobre o que diz o órgão a respeito da demora na entrega da quadra.

No jornalismo, em se tratando de matéria jornalística, numa situação dessas temos duas possibilidades. Ou procura o órgão, para que ele se pronuncie, ou uma vez procurado ele não se manifesta deve-se então informa que a instituição foi procurada, mas não se pronunciou. Ou seja, deixa-se claro que as fontes foram procuradas seguindo um dos princípios do jornalismo em ouvir os lados envolvidos. Sabemos que neutralidade não existe, mas é preciso o máximo de transparência na construção de uma notícia.

6.5 Vídeo 2 - O perigo do lixo perto da escola

Figura 4| Vídeo 2 – O perigo do lixo perto da escola

Quadro 11 Vídeo 2 – Análise das cenas

Fonte: Dados da pesquisa, 2016.

6.5.1 Análise do vídeo O perigo do lixo perto da escola

Cenas, indicadores e comentários

O trajeto que o jovem faz para ir para a escola e o que encontra no caminho: lixo espalhado pela calçada que impede a passagem dos pedestres que se arriscam pela rua movimentada, para continuarem a caminhar.

CENA DESCRIÇAO ANÁLISE DA CENA

CRITÉRIOS DE