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Aluno ensino formal vs alunos ensino não-formal

3 – Os dados do estudo em comparação 3.1 Diário de Bordo

E: Ok! Muito Obrigado.

4.1 Conclusões do estudo

4.2.1 Aluno ensino formal vs alunos ensino não-formal

Com esta investigação foi possível obter dados que iniciam uma comparação entre os alunos do ensino formal (CMACG) e os alunos do ensino não-formal (SFS). O facto do projeto ter sido implementado nas duas tipologias de ensino diferentes permitiu pesquisar em qual dos ambientes os fonogramas se poderiam encaixar melhor.

No ensino formal, a adaptação das obras foi necessária para que os alunos conseguissem manter o nível das peças exigidas para o grau em que se encontravam. Passando um olhar pelos gráfico, conseguimos ver que cada aluno reagiu de forma distinta ao play along. Mas, comparando com o diário de bordo percebemos algumas das razões que levaram, por exemplo, o aluno E a ter uma quebra de qualidade entre as segundas e terceiras gravações. De um modo geral, a maioria fez uma progressão regular ao longo de todas as sessões de implementação, mas tal não é conclusivo.

O aluno C teve sempre grandes evoluções entre a primeira e a segunda gravação, mas depois o seu nível de qualidade baixava imenso para a terceira gravação. Isto acontecia pela falta utilização dos fonogramas no seu estudo em casa. Porque, olhando para os dados do terceiro momento verificamos uma evolução entre as três gravações, sendo que da segunda para a terceira o aluno demonstrou ter estudado, como referido no seu diário de bordo. O aluno D também teve evolução em cada uma das sessões. Como podemos ver, através da análise do diário de bordo e entrevista, foi sempre um aluno empenhado em cumprir com a tarefa de desenvolver as suas competências no trompete. Apesar disso, podemos ver que os maiores saltos de evolução aconteciam entre a primeira e segunda gravação. O aluno E, como já referenciado, foi um caso excepcional por causa de distância temporal que ocorreram entre as segundas e terceiras gravações dos segundos e terceiros sessões do projeto educativo. Apesar disso, através do suporte do diário de bordo e da entrevista, podemos ver que isso não foi impedimento para ele manter o seu empenho com o trompete.

No ensino não-formal as obras foram selecionadas consoante o nível que o professor considerava que os alunos se encontravam. Para o aluno A essa falta de liberdade pode ter originado um reação negativa por parte do aluno, não tendo este terminado o projeto educativo. Apesar disso, com base nos dados recolhidos, é possível ver evolução na

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qualidade trompetista do aluno. Mas, por outro lado, ficam a faltar dados que poderiam ser essenciais para uma maior clareza nos resultados e para a análise do seu real desenvolvimento. O aluno B foi o estudante que obteve sempre evolução em todas as gravações e em todas as sessões da implementação do projeto. Ao contrário dos Alunos D e E, este aluno, na sua entrevista demonstrou não ter feito os exercícios exigidos pelo professor. Mas, apesar disso, desenvolveu as suas competências de uma forma bastante positive, ou seja, neste caso aevolução do aluno poderá ter sido a evolução normal que este teria no decorrer do ano letivo normal.

Comparando os alunos A e B com os alunos C, D e E vemos que cada um dos alunos reagiu de forma diferente à utilização do play along, e à forma como estes se sentiram com a utilização desta ferramenta no seu estudo em casa. Estas variáveis que existiram em cada aluno não permite fazer uma comparação precisa entre o meio de ensino formal e ensino não-formal. A necessidade de um maior número de alunos é necessária tanto do lado onde se aplique um ensino formal como do lado onde se aplique um ensino não-formal. Esse aumento de pessoas investigadas irá criar uma base de dados que permita definir exatamente em qual dos ambientes o play along será de maior utilidade, se pode ser utilizado da mesma forma, se tem que ser utilizado de formas diferentes e quais essas diferenças.

Em suma, a comparação da forma como o play along influencia a aprendizagem no ensino formal ou no ensino não formal é inconclusivo. O pouco número de alunos utilizados nesta investigação não permite tirar dados concretos, pois cada um deles teve um determinado comportamento para com a utilização dos fonogramas. A necessidade de aumentar o número de intervenientes poderá ser possível em pesquisas futuras e desta forma obter resultados que permitam fazer uma comparação realista entre as duas realidades.

126 4.3 Pesquisas futuras

Concluída a investigação sobre a influência do play along numa pedagogia do trompete modernizado, infere-se que as metas foram alcançadas em determinados parâmetros, mas ao mesmo tempo outros que podem dar origem a pesquisas futuras sobre os fonogramas.

Ao longo de todo o processo de investigação foi possível determinar dois fatores que podem influenciar pesquisas futuras. O tempo de duração do projeto é um deles. Já foi analisado que os fonogramas influenciam de forma positiva o desenvolvimento técnico e musical de um aluno. Mas, apesar disso, para uma maior certeza das capacidades que o

play along pode desenvolver poderá ser necessário aumentar o tempo de implementação.

Isto porque, cada aluno tem sempre tendência a desenvolver competência no decorrer de um ano letivo. Ou seja, a realização de um estudo comparativo entre a evolução de um aluno no decorrer de um ano letivo normal, e um aluno onde utilize o play along, poderá dar uma maior visibilidade dos benefícios que esta ferramenta pedagógica pode exercer sobre o estudante de trompete.

Os outros aspectos que sugerem uma pesquisa futuro são os parâmetros de avaliação utilizados para além daquele onde o objetivo foi alcançado. A articulação, afinação e qualidade de som são características essenciais para uma boa prática na performance do trompete. E seguindo esta ideia, uma pesquisa que utilize estes parâmetros como objetivos nítidos do desenvolvimento poderá ser de grande benefício para saber qual a real influência dos fonogramas. Para que esse foque acontecesse seria necessário um maior tempo de investigação, um maior número de alunos envolvidos e um maior número de jurados externos. Como já referido nesta dissertação, não existem pessoas iguais pelo que à necessidade de um maior número de aluno para a investigação. Com este maior número de variáveis é possível obter resultados mais precisos e que demonstrem outras potencialidades da utilização dos play alongs. Contudo, a pesquisa aqui presente serve de catapulta para possíveis investigações sobre a utilização do play along em contexto de sala de aula e no estudo em casa do aluno. Podendo ser visível os dados conclusivos à qual a pesquisa alcançou, mas também os caminhos existentes para investigações deste âmbito.

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– Prática de Ensino Supervisionada