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Equação 5 Ponto de Equilíbrio

4. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

4.1 MACROAMBIENTE

4.1.4 AMBIENTE SÓCIOCULTURAL

Após a análise do ambiente econômico e levando em consideração as informações encontradas, é importante ressaltar no ambiente sociocultural como é o perfil do consumidor curitibano. Como a empresa visa possuir além da agência física para contratação do serviço, site e aplicativo para smartphone, analisaremos também como é a utilização de internet pelos brasileiros e seu acesso e também a utilização de smartphones e aplicativos.

A cidade de Curitiba possui a fama de ter consumidores muito exigentes e seletivos, dessa forma a capital foi escolhida diversas vezes como cidade-teste no lançamento de produtos e/ou serviços. Para Martins (2009) “se um produto passar no teste do gosto do povo curitibano, podem lança-lo no país todo que dará certo”,

isso se deve segundo Franco (2015) ao nível de renda, educação, cultura e diversidade dos curitibanos, além de possuir uma relativa representatividade nacional, localização geográfica e custos reduzidos quando comparados a centros maiores como Rio de Janeiro e São Paulo. O perfil do curitibano é definido então como: exigente, atualizado, moderno, de classe A e B, sendo difícil de conquistar.

Uma pesquisa realizada pela consultoria IBRAIN (2013) e que teve seus dados apresentados por Junges (2013), procurou traçar um perfil do consumidor curitibano. A pesquisa revelou que com relação ao serviço, 83% sempre fazem orçamentos antes, 87% sempre pedem indicações de amigos e parentes e 65% sempre fazem contrato com prazos e metas. Com esses dados a Casa Limpa Soluções consegue perceber que existe a necessidade de possuir um primeiro atendimento que transmita confiança, uma vez que o pedido de orçamento será o primeiro contato com o consumidor e ele deve passar toda uma imagem positiva do negócio, além disso, a empresa precisa investir recursos para que as opiniões dos clientes que já utilizaram o serviço atinjam aqueles que podem ser clientes futuros, uma vez que os curitibanos pedem indicações.

Um outro dado relevante para o negócio que visa o marketing boca-a-boca é o fato da pesquisa revelar que os curitibanos não possuem o hábito de realizar o boca-a-boca negativo, apenas 13% o fazem, contra 61% que realizam o boca-a- boca positivo.

Com relação à quantidade de mão-de-obra para serviços domésticos e utilização dos serviços pela população, o Brasil, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) (2013), possui a maior população de trabalhadores domésticos do mundo em números absolutos, 7,2 milhões, sendo 6,7 milhões de mulheres e 504 mil homens. Esse grande número de trabalhadores é absorvido pelas camadas mais altas da sociedade e Pereira de Melo (2015), acredita que mesmo com a crise econômica, não há retração deste mercado e sim um encarecimento, mas como a distribuição de renda é favorável aos ricos, as camadas mais altas continuarão a ter a mão de obra servil dentro de suas residências e aposta numa redução dos preços e as famílias optando por diaristas para não caracterizar vínculo empregatício.

Como a empresa oferecerá um serviço via internet – site e aplicativo – é importante fornecer informações com relação ao seu uso pelo público a ser atingido. O Brasil, segundo um levantamento da PewResearch Center (2014) apresentados

por Grossmann (2015), que reuniu dados de 32 países classificados emergentes ou em desenvolvimento, ficou em 7º lugar no ranking de uso de internet. O principal uso da ferramenta é socializar, depois notícias, informações de saúde, serviços públicos e empregos e ainda nesta lista, aparecem serviços financeiros e pagamentos online. Entre os que acessam a rede diariamente, 75% são adultos.

Uma pesquisa realizada pela TIC Domicílios entre outubro de 2014 e março de 2015 em 19 mil residências e dados apresentados por Grossmann (2015), informa que dois terços dos lares brasileiros possuem conexão WiFi. Apesar de ser um número elevado, alguns fatores ainda são barreiras para que a internet seja de acesso a todos, como renda, localização geográfica e idade. Segundo dados da mesma pesquisa, porém no período de setembro de 2013 e fevereiro de 2014 apresentados por Silveira (2014), na classe A, 98% das residências possuem acesso à internet, na classe B, 80%. Porém, na classe C, este percentual cai para 60% e na D e E, 8% somente. Com relação a localização, 48% das residências em áreas urbanas possuem acesso e nas áreas rurais, apenas 15%.

Outro fator que influência é a idade, quanto maior a idade menor a penetração destes na rede. Na faixa dos 10 aos 15 anos, 75% estão conectados, dos 16 aos 24, 77% e dos 25 aos 34, 66%. A partir dos 35 anos, os percentuais começam a cair, sendo dos 35 aos 44 anos, 47% usam a internet. Na faixa dos 45 aos 49, 33% e acima dos 50 anos, apenas 11%.

Com o aumento da conexão, também houve um aumento da forma de acesso. O Brasil, de acordo com dados da Mobile Report – Nielsen IBOPE (2015), apresentou um crescimento do número de pessoas que utilizam o smartphone para ter acesso a internet, passou de 68,4 milhões no primeiro trimestre de 2015 para 72,4 milhões no segundo trimestre. Com relação ao aumento entre as faixas etárias, ele ocorreu entre os adultos a partir dos 35 anos, passando de 35% no quarto trimestre de 2014 para 38% no segundo trimestre de 2015 e idosos, que passou de 12% para 13%, nos mesmos períodos. Na tabela 17 abaixo, ilustra-se estas informações, mostrando também que as faixas de 10 a 24 anos sofreu um decrescimento e dos 25 anos 34, ela permaneceu em 27%.

Tabela 17 - Aumento do uso de smartphones por faixa etária

Fonte: Mobile Report – Julho/15 – Nielsen IBOPE

A pesquisa também mostrou que os aplicativos mais utilizados são os de redes sociais, comunicação e bancos. Entre os vinte aplicativos mais usados pelos 72,4 milhões de brasileiros, seis são de redes sociais ou troca de mensagens, quatro são de bancos, três são de e-mail e dois são de mapas e localização.

Em pesquisa anterior, no primeiro trimestre de 2015, apresentou dados da distribuição de usuários de internet através de smartphones, entre classe e gênero. O maior crescimento foi de pessoas com menor renda, a classe C, D e E, presentava no final de 2014, 36% e em 2015, passou para 38%. As classes A e B somam 62% desta participação. Com relação ao gênero, as mulheres são maioria, com 51% e os homens 49%.