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1. Caracterização da Amostra

1.1. Amostra de conveniência

Este tipo de técnica define-se por ser utilizada numa amostra de população que seja acessível no momento em que se quer realizar o estudo, ou seja, que se encontram prontamente acessíveis, não porque foram selecionados mas porque no momento estavam disponíveis. (Ochoa, 2015)

Desta forma foi utilizado uma amostra de conveniência, ou seja, uma amostra de popu- lação que se tornasse mais acessível, o que nos permitiu de certa forma uma avaliação das principais características do grupo em estudo. A participação dos alunos aconteceu de for- ma não seletiva, pelo simples facto de estarem disponíveis num determinado momento, vis- to que, participavam numa oficina, onde pertenciam a um grupo considerável e que fosse viável de estudo. Esta escolha deveu-se também à prévia antecipação em escolher os dias junto com a responsável para averiguar os melhores dias para a realização dos questioná- rios.

2. Entrevista semidirectiva

fundamentais para o decurso da investigação e a entrevista é por si só um “(…) instrumento por excelência da investigação social.” (Marconi e Lakatos, 2003, p. 196) É um procedimento utilizado para a recolha de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social. (idem)

Se formos avaliar o papel da entrevista, em três perspetivas diferentes, por diferentes autores facilmente concordamos que se trata de um meio para recolher informação primordial ao estudo a que se está a realizar. No entanto, assim como nos diz Quivy e Campenhoudt (1992) numa primeira fase o papel da entrevista centra-se no retirar informações e elementos de reflexão muito ricos e matizados. Por outro lado, centra-se no facto da entrevista representar uma "(…) recolha de dados válidos sobre as crenças, as opiniões e as ideias dos sujeitos observados." (Lessard-Hébert, 2008, p. 160) Por sua vez, acrescenta-se o facto de ser uma "(…) interacção verbal entre o entrevistador e o respondente, em situação de face a face (…)." (Afonso, 2005, p. 97)

Como método de recolher informação, a entrevista "(…) pode contribuir para contrariar determinados enviesamentos próprios da observação participante", pois “(…) permite ao observador participante confrontar a sua percepção do "significado" atribuído pelos sujeitos aos acontecimentos com aquela que os próprios exprimem." (Lessard-Hébert, 2008, p. 160)

Mas o porquê de uma entrevista semidirectiva? Este tipo de entrevista é utilizada quando já se tem algum conhecimento do que se vai estudar ou pretende estudar.

Quivy e Campenhoudt (1992) falam-nos que a entrevista semidiretiva aplicada numa investigação social é dirigida por uma série de perguntas guias, relativamente abertas, sendo que não são necessariamente orientadas por ordem que estão no guião de entrevista. Assim sendo, o entrevistador “deixará andar” o entrevistado para que este possa responder abertamente às questões. O entrevistador simplesmente conduzirá a entrevista com vista a que os objetivos não sejam esquecidos, sempre que este se perder um pouco, colocando perguntas às quais o entrevistado não chega por si próprio, de forma natural e no tempo certo. (idem)

Nos seguintes subtópicos apresentam-se os motivos pelos quais tornam-se fundamentais neste estudo a realização de quatro entrevistas, com quatro pessoas associadas à USM.

2.1. Entrevista semidirectiva aplicada ao entrevistado 1

Qualquer entrevistado que se preze é uma importante fonte de informações. Realizar uma entrevista já por si traz vantagens e quando esta é realizada com um importante ele- mento de conhecimento e experiência sobre a investigação que está a decorrer tanto melhor. Segundo a perspetiva de Quivy e Campenhoudt (1992, p. 195) esta técnica traz-nos um “(…) grau de profundidade dos elementos de análise recolhidos” é um bom meio para se alcançar importantes detalhes sobre o estudo em causa.

A primeira entrevista a ser realizada tomará como entrevistado o anterior responsável pela Universidade Sénior de Machico que aqui representa um forte potenciador de informa- ções sobre o início deste projeto entre outros parâmetros. Este entrevistado será denomina- do ao longo do trabalho por “entrevistado 1”.

Nesta primeira entrevista procuramos desenvolver a parte inicial do projeto da Universi- dade Sénior de Machico. Por este projeto ser desenvolvido nas instalações da Junta de Fre- guesia da localidade, e haver um tempo limite de funções, este primeiro entrevistado já não exerce as mesmas funções que exercia, já não estando diretamente relacionado com este projeto. No entanto, recolhe um conjunto de experiências que são uma mais-valia para esta investigação.

Esta entrevista torna-se uma mais-valia na medida que o entrevistado aqui referenciado e como forma de anonimato e distinção dos restantes, esteve à frente de um projeto como a USM desde o seu surgimento, “viu” a ideia nascer e teve um papel importante tanto no começo como durante o seu desenvolvimento. Só por si torna-se uma importante fonte de informações, conhecimento e experiências imprescindíveis ao estudo em causa. Um projeto novo que surgiu e alterou a vida dos seus alunos, a ideia vincada de um envelhecimento triste e solitário, veio dar lugar a uma fase rica em oportunidades. Tornou-se crucial com- preender como nasceu e cresceu esta ideia da USM para se poder estudar o mais aprofun- dadamente, assim como forma de um todo, pois é fundamental perceber o seu início até aos dias atuais.

Procuramos que o entrevistado em causa traga-nos aqui respostas com o máximo de informação que possam servir de reflexão como igualmente possam contribuir para uma análise metódica. Para tal, foi construído um guião de entrevista (anexo IX) como forma de um texto que serve de base à realização da entrevista.

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