• Nenhum resultado encontrado

A seguir, comparam-se os valores nos anos de 2009, 2010 e 2011, nas modalidades de tributação Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real Trimestral e Lucro Real Anual.

Quadro 33 - Comparativo Anual de Encargos Tributários

Ano Simples Nacional Lucro Presumido Lucro Real Trimestral Lucro Real Anual

2009 R$ 17.702,80 R$ 12.259,76 R$ 9.081,87 R$ 10.056,75 2010 R$ 37.835,05 R$ 16.959,34 R$ 14.113,49 R$ 18.414,39 2011 R$ 55.983,64 R$ 20.615,57 R$ 13.465,39 R$ 13.465,39 TOTAL R$ 111.521,49 R$ 49.834,67 R$ 36.660,75 R$ 41.936,53 Fonte: Segundo Pesquisa

Ao realizar uma análise comparativa dos resultados apurados entre os três anos, em todas as modalidades de apuração e recolhimento de impostos, conforme o quadro nº. 33, pode-se afirmar que durante o ano de 2009 a empresa obteve um total de tributos no valor de R$ 17.702,80 no Simples Nacional, R$ 12.259,76 no Lucro Presumido, R$ 9.081,87 no Lucro Real Trimestral e R$ 10.056,75 no Lucro Real Anual. Portanto a empresa teve uma economia de R$ 8.620,93 do Lucro Real Trimestral em relação ao Simples Nacional; de R$ 3.177,89 em relação ao Lucro Presumido e de R$ 974,88 em relação ao Lucro Real Anual.

Já no ano de 2010, a empresa obteve um montante de tributos de R$ 37.835,05 pelo Simples Nacional, R$ 16.959,35 de tributos pelo Lucro Presumido, R$ 14.113,49 pelo Lucro Real Trimestral e de R$ 18.414,39 pelo Lucro Real Anual. Novamente a empresa estudada teve uma economia de impostos em relação às outras modalidades, o que representa em valores a quantia de R$ 23.721,56 na modalidade Lucro Real Trimestral de economia em relação ao Simples Nacional, de R$ 2.845,85 em relação ao Lucro Presumido de R$ 4.300,90 em relação ao Lucro Real Anual.

No ano de 2011, a empresa estudada obteve um total de tributos de R$ 55.983,64 no Simples Nacional, R$ 20.615,57 de tributos no Lucro Presumido, R$ 13.465,39 no Lucro Real Trimestral e de R$ 13.465,39 também no Lucro Real Anual. Em relação as outras modalidades de tributação, o Lucro Real Trimestral

representou uma economia de impostos no ano de 2011 de R$ 42.518,25 para o Simples Nacional e de R$ 7.150,18 de economia para o Lucro Presumido. Em relação ao Lucro Real Anual, obteve-se o mesmo resultado do Lucro Real Trimestral, não havendo, portanto, economia neste ano. Pode-se perceber que o Lucro Real Trimestral e o Lucro Real Anual apesar de apurados da mesma forma em períodos diferentes, há uma pequena diferença entre valores, isso porque no Lucro Real Trimestral o prejuízo do período anterior pode ser compensado, limitado a 30% do lucro do período atual, já no Lucro Real Anual, quando há resultado acumulado negativo, não há imposto a pagar no período. Nota-se também, que no ano de 2011 não houve prejuízo fiscal, exatamente no ano em que houve o mesmo valor de tributos apurados.

Figura 1 - Demonstrativo Anual de Impostos Fonte: Gráfico Efetuado Pelo Autor

Conforme se pode visualizar na figura 1, percebe-se que há uma economia de R$ 74.860,74 do Lucro Real Trimestral em relação ao Simples Nacional. Já em relação ao Lucro Presumido, o Lucro Real Trimestral representou uma economia de R$ 13.173,92. E, ainda, em relação ao Lucro Real Anual, o Lucro Real Trimestral representou R$ 5.275,78 de economia de impostos.

Portanto, no total dos três anos, 2009, 2010 e 2011, conclui-se que a forma mais onerosa para tributar a empresa estudada foi o Simples Nacional. Já o Lucro Presumido e o Lucro Real Anual estão mais próximos do ideal, porém, para a empresa estudada a melhor opção de tributação se dá pelo Lucro Real Trimestral.

CONCLUSÃO

A complexa e alta carga tributária vigente no Brasil exige do profissional contábil um conhecimento profundo e atual dos métodos e formas de tributação para as empresas.

Pode-se concluir então, a partir deste trabalho, levando em conta o enquadramento da empresa, apesar de não ter sido realizado o planejamento anteriormente a opção, foi escolhido de forma correta, sanando desta forma, qualquer dúvida a respeito do enquadramento proposto e utilizado pela empresa.

Com um planejamento realizado periodicamente, pode-se mostrar de fato, que a forma de tributação, quando escolhida de forma errada, pode representar uma minimização de lucros, além de que, muitas vezes, por essa carga tributária ser pesada para o empresário, este acaba escolhendo sonegar impostos, o que a longo prazo pode levar a empresa e o empresário para situações desagradáveis. Já, por outro lado, quando realizado de forma correta, a economia de impostos dentro da Lei, pode gerar maior competitividade para a empresa.

É muito importante que exista uma proximidade estratégica do contador e do empresário para que o planejamento seja feito de forma correta, primando sempre pela elisão fiscal, dentro da Lei, escolhendo a forma menos onerosa para tributar a empresa.

Contudo, verifica-se que o trabalho realizado foi de extrema importância para a empresa estuda, pois demonstrou-se as diversas possibilidades de apuração de impostos, que foram demonstrados nos quatro tipos de enquadramento possíveis: Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real Trimestral e Lucro Real Anual, facilitando assim a visualização do empresário da forma menos onerosa para a sua empresa. Para o acadêmico o resultado também foi positivo, pois a pesquisa trouxe um conhecimento específico na área tributária e um maior conhecimento da legislação fiscal.

Enfim, o trabalho levantou e apurou que a melhor forma de tributação para a empresa estudada é o Lucro Real Trimestral, respondendo a questão central deste trabalho. Também, foram alcançados de forma exitosa os objetivos propostos, pois tanto a empresa, quanto o acadêmico foram mutuamente beneficiados, pois após demonstradas todas as formas de tributação, ambos puderam visualizar a eficácia do planejamento tributário nos anos analisados. Porém, é importante salientar que o rumo da empresa pode alterar totalmente a opção de enquadramento para os próximos anos, devendo-se realizar o planejamento nos anos seguintes.

Por fim, a realização do planejamento na empresa estudada revelou que é possível reduzir o pagamento dos impostos por meios legais, o que com certeza é uma excelente vantagem competitiva no restrito mercado dos negócios.

BIBLIOGRAFIA

BASSO. Irani Paulo. Contabilidade Geral Básica. 3 ed. Ijuí: Editora Unijui, 2005. BEUREN, Ilse Maria (Org). Como elaborar trabalhos monográficos em

contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2003.

BORGES, Humberto Bonavides. Planejamento Tributário: IPI, ICMS, ISS e IR. 10 ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2010

BRASIL, Lei Complementar nº. 123 de Dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Disponível em: <

http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leiscomplementares/2006/leicp123.htm>

. Acesso em 26/11/2011.

BRASIL, Lei nº. 10.925 de 23 de Julho de 2004. Reduz as alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS incidentes na importação e na comercialização do mercado interno de fertilizantes e defensivos agropecuários e dá outras providências. Disponível em:

<http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/2004/lei10925.htm>. Acesso

em:14/11/2011.

BRASIL, Lei nº. 9.715 de 25 de Novembro de 1998. Dispõe sobre as contribuições para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor

Público - PIS/PASEP, e dá outras providências. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9715.htm>. Acesso em 14/11/2011.

BRASIL, Lei nº. 9.718 de 27 de Novembro de 1998. Altera a Legislação Tributária

Federal. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9718.htm>.

Acesso em 24/11/2011.

CHAVES, Francisco Coutinho. Planejamento Tributário na Prática – Gestão

Tributária Aplicada. 2 ed. São Paulo: Atlas 2010.

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Disponível

em:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Contribui%C3%A7%C3%A3o_para_o_Financiament

o_da_Seguridade_Social.> Acesso em: 14/11/2011.

CURIA, Luiz Roberto; CÉSPEDES, Lívia e NICOLETTI, Juliana. Código Tributário

Nacional. Vade Mecum. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

CURIA, Luiz Roberto; CÉSPEDES, Lívia e NICOLETTI, Juliana. Constituição da

República Federativa do Brasil. Vade Mecum. 13ª ed.atual.e.ampl. São Paulo:

Saraiva, 2012.

FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

FURASTÉ, Pedro Augusto; Normas Técnicas para o Trabalho Científico:

Elaboração e Formatação. Explicitação das Normas da ABNT. 14 ed – Porto

Alegre: 2008

GIL. Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

HOFFMANN, André. Apostila de Contabilidade e Planejamento Tributário II, Ijuí. 2010.

MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 24. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Malheiros Editores, 2004.

OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade Tributária. 2. Ed. rev. e ampliada

São Paulo: Saraiva, 2008.

OLIVEIRA, Luis Martins de. CHIEREGATO, Renato; PEREZ JR. José Hernandes; GOMES, Marliete Bezerra; Manual de Contabilidade Tributária. São Paulo: Atlas, 2002.

PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia da Pesquisa. 10 ed. rev. e atual. Campinas: Papirus, 2004.

PINTO, João Roberto Domingues. Imposto de Renda, Contribuições

Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples. 19 ed.

rev. e ampliada. Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande Do Sul. Edição

Especial Conjunta CFC – CRCMG – CRCSP – CRCSC – CRCRJ – CRCPB –

CRCPR – CRCPA – CRCRO, 2011.

PIS/PASEP (Contribuição). Disponível em: <

http://pt.wikipedia.org/wiki/PIS/PASEP_%28contribui%C3%A7%C3%A3o%29>

Acesso em: 14/11/2011.

Regulamento do Imposto de Renda, 1999. Disponível em: <http://www.lefisc.com.br/indexRIR.asp.>. Acesso em 03/05/2012.

REIS, Luciano Gomes dos. Manual de Contabilização de Tributos e

Contribuições Sociais. São Paulo: Atlas, 2010.

SANTOS, Ademilson Rodrigues et al. Um novo conceito para a Contabilidade Gerencial? In: XIII Congresso Brasileiro de Custos. Anais eletrônicos... Belo Horizonte, 2005, 1 CD-ROM.

SILVA, Edna L.; MENEZES, Ester M. Metodologia da Pesquisa e elaboração de

Dissertação. Disponível em: <http://projetos.inf.ufsc.br/arquivos/Metodologia

%20da%20Pesquisa%203a%20edicao.pdf >. Acesso em: 10.10.2011.

Simples Nacional Perguntas e Respostas. Disponível em: <

http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/sobre/perguntas.asp>. Acesso

Documentos relacionados