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Planejamento tributário em um comércio varejista de combustíveis e lubrificantes

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ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

GUSTAVO LORENZON

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UM COMÉRCIO VAREJISTA DE COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES

TRÊS PASSOS(RS) 2012

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GUSTAVO LORENZON

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UM COMÉRCIO VAREJISTA DE COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUI.

.

Maria Margarete Baccin Brizolla

TRÊS PASSOS (RS) 2012

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AGRADECIMENTOS

“Agradeço a Deus, por estar presente em minha vida todos os momentos,

sejam eles bons ou ruins.”

“Aos meus pais, que puderam tornar este sonho realidade, sempre me

incentivando e abstendo-se, muitas vezes, de realizarem os seus próprios sonhos. Obrigado, minha gratidão é eterna”. “Ao corpo docente do Curso de Ciências Contábeis da Unijuí, em especial a minha professora orientadora Maria Margarete Baccin Brizolla, que além de professora foi uma grande amiga se dispondo a auxiliar no desenvolvimento deste trabalho”. “A minha namorada, Hellin, pelo companheirismo, atenção, calma e compreensão, mesmo nos momentos mais difíceis.” “Enfim, a todos que, direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho. Muito obrigado.”

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LISTA DE ABREVIATURAS

Art. - Artigo

CF – Constituição Federal

CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social

CRC – Conselho Regional de Contabilidade

CSLL – Contribuição sobre o Lucro Líquido

CTN – Código Tributário Nacional

GPS – Guia da Previdência Social

ICMS – Imposto sobre Mercadorias e Prestação de Serviços INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados

IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte

ISS – Imposto sobre Serviços

LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real

PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público

PIS – Programa de Integração Social

RAT – Risco de Acidente de Trabalho

RIR – Regulamento do Imposto de Renda

SAT – Seguro de Acidente de Trabalho

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Apuração do Simples Nacional/2009 ... 44

Quadro 2 - Apuração do Simples Nacional/2010 ... 44

Quadro 3 - Apuração do Simples Nacional/2011 ... 45

Quadro 4 - Resumo/SIMPLES NACIONAL ... 45

Quadro 5 - Cálculo da Contribuição Previdenciária – INSS/2009 ... 46

Quadro 6 - Cálculo da Contribuição Previdenciária – INSS/2010 ... 46

Quadro 7 - Cálculo da Contribuição Previdenciária – INSS/2011 ... 46

Quadro 8 - Resumo das Contribuições Previdenciárias – INSS ... 47

Quadro 9 - Apuração do CSLL – Lucro Presumido/2009 ... 48

Quadro 10 - Apuração da CSLL – Lucro Presumido/2010 ... 49

Quadro 11 - Apuração da CSLL – Lucro Presumido/2011 ... 50

Quadro 12 - Apuração do IRPJ – Lucro Presumido 2009 ... 51

Quadro 13 - Apuração do IRPJ – Lucro Presumido/2010 ... 51

Quadro 14 - Apuração do IRPJ – Lucro Presumido/2011 ... 52

Quadro 15 - Resumo/ Lucro Presumido ... 52

Quadro 16 - Apuração do IRPJ e da CSLL pelo Lucro Real Trimestral/2009 ... 54

Quadro 17 - Apuração do IRPJ e da CSLL pelo Lucro Real Trimestral/2010 ... 55

Quadro 18 - Apuração do IRPJ e da CSLL pelo Lucro Real Trimestral 2011 ... 56

Quadro 19 - Resumo – Lucro Real Trimestral ... 57

Quadro 20 - Apuração do IRPJ e da CSLL pelo Lucro Real Anual/2009 ... 58

Quadro 21 - Apuração do IRPJ e CSLL pelo Lucro Real Anual/2009 – Base Estimada ... 59

Quadro 22 - Apuração do IRPJ e do CSLL pelo Lucro Real Anual/2010 ... 60

Quadro 23 - Apuração do IRPJ e CSLL pelo Lucro Real Anual/2010 – Estimativa ... 61

Quadro 24 - Apuração do IRPJ e CSLL Pelo Lucro Real Anual/2011 ... 62

Quadro 25 - Apuração do IRPJ e CSLL pelo Lucro Real Anual/2011 – Estimativa ... 63

Quadro 26 - Comparativo do Cálculo do IRPJ/2009 Estimativa x Suspensão/Redução ... 64

Quadro 27 - Comparativo do Cálculo do IRPJ/2010 – Estimativa x Suspensão/Redução .... 64

Quadro 28 - Comparativo do Cálculo de IRPJ/2011 – Estimativa x Suspensão/Redução .... 65

Quadro 29 - Comparativo do Cálculo da CSLL/2009 – Estimativa x Suspensão/Redução ... 66

Quadro 30 - Comparativo do Cálculo da CSLL/2010 – Estimativa x Suspensão/Redução ... 67

Quadro 31 - Comparativo de Cálculo da CSLL/2011 – Estimativa x Suspensão/Redução ... 68

Quadro 32 - Resumo – Lucro Real Anual ... 68

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 8

1.1 Contextualização Do Estudo ... 9

1.1.1 Área de Conhecimento Contemplada ... 9

1.1.2 Caracterização da Organização ... 10 1.1.3 Problema do Tema ... 10 1.1.4 Objetivos ... 11 1.1.5 Justificativa ... 12 1.1.6 Metodologia do Trabalho ... 13 2REVISÃOBIBLIOGRÁFICA ... 18 2.1 Contabilidade ... 18 2.2 Contabilidade Tributária ... 19 2.3 Planejamento Tributário ... 19 2.3.1 Tributo ... 20 2.3.2 Imposto ... 21 2.3.3 Taxa ... 21 2.3.4 Contribuições de Melhoria ... 22 2.3.5 Contribuições Sociais ... 22

2.4 Princípios Constitucionais do Sistema Tributário ... 24

2.4.1 Princípio da Legalidade Tributária ... 24

2.4.2 Princípio da Isonomia Tributária ... 24

2.4.3 Princípio da Irretroatividade Tributária ... 25

2.4.4 Princípio da Anterioridade Tributária ... 25

2.4.5 Princípio da Imunidade Tributária ... 26

2.5 Elementos Fundamentais do Tributo ... 26

2.5.1 Fato Gerador ... 26 2.5.2 Base de Cálculo ... 27 2.3.5 Alíquota ... 27 2.5.4 Sujeito Passivo ... 28 2.5.5 Sujeito Ativo ... 28 2.6 Competência Tributária ... 29 2.7 Impostos Federais ... 29

2.7.1 Imposto sobre a Renda ... 30

2.8 Contribuições Federais ... 32

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2.8.2 Contribuição Social Sobre o Lucro ... 34

2.8.3 Contribuição da Seguridade Social – INSS Parte da Empresa ... 35

2.9 Outros Tributos – IPI – ICMS ... 36

2.9.1 IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados ... 36

2.9.2 Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS ... 37

2.10 Formas de Tributação ... 37 2.10.1 Lucro Real ... 38 2.10.2 Lucro Presumido ... 39 2.10.3 Lucro Arbitrado ... 39 2.10.4 Simples Nacional ... 40 3ESTUDOAPLICADO ... 43 3.1 SIMPLES NACIONAL ... 43 3.2 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA ... 45

3.3 IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS ... 47

3.4 PIS E COFINS ... 47

3.5 LUCRO PRESUMIDO ... 48

3.5.1 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO ... 48

3.5.2 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA – LUCRO PRESUMIDO ... 50

3.6 LUCRO REAL ... 53

3.6.1 Apuração do Lucro Real Trimestral ... 53

3.6.2 Apuração do Lucro Real Anual ... 57

3.7 Análise Comparativa Dos Resultados ... 69

CONCLUSÃO ... 72

(8)

INTRODUÇÃO

O presente trabalho está focado no Planejamento Tributário, através de dados colhidos em uma empresa comercial varejista de combustíveis e lubrificantes localizada em Sede Nova, região noroeste do estado do Rio Grande do Sul.

O planejamento nos remete primeiramente a uma idéia de antecipação dos fatos. O ato de planejar em uma empresa gera uma previsão de como os fatos podem impactar no orçamento e na gestão da entidade, abrindo dessa forma, uma gama de possibilidades para desenvolver métodos e estratégias para atingir o objetivo desejado. No que tange a Planejamento Tributário, sabe-se que é extremamente importante para todos os tipos e portes de empresa, pois a escolha correta na forma de tributação pode muitas vezes recolocar a empresa nos trilhos, ajudando na maximização dos resultados.

Em contrapartida, a escolha errada na forma de apuração e recolhimento de impostos, pode gerar muitas dificuldades e resultar em prejuízo, já que, uma vez escolhida a forma de tributação no ano calendário, ela atua de forma irretratável durante todo o ano, ou seja, não poderá ser alterada durante o exercício.

Com base nisso, o presente trabalho aborda de forma dinâmica, todos os tipos de tributação, simulando e apresentando todas as possibilidades dentro do conceito de Planejamento tributário, evidenciando ao final a melhor forma de apuração e recolhimento de impostos para a empresa em estudo.

O presente estudo inicia com a apresentação da organização, logo após, é levantada a problemática em questão precedida então, dos objetivos gerais e específicos. A justificativa da escolha do tema, a metodologia do trabalho, classificação da pesquisa e o plano de coleta e análise de dados foram abordados seqüencialmente nesta ordem.

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Posteriormente, apresenta-se então, a revisão bibliográfica contendo todo o embasamento teórico que fundamentou o estudo, buscando a base teórica para análise da problemática definida.

Na seqüência apresenta-se a aplicação prática, as análises e recomendações seguidas posteriormente pela conclusão, e, por fim, mostra-se todas referências bibliográficas consultados ao longo do trabalho.

1.1 Contextualização Do Estudo

A área do conhecimento abrangida no presente trabalho é a contabilidade tributária com ênfase no planejamento tributário, onde propõe-se escolher através dos tipos de enquadramento tributário, o que viabiliza de forma mais econômica o recolhimento de impostos.

1.1.1 Área de Conhecimento Contemplada

A Contabilidade é uma ciência que estuda e controla o patrimônio, nos aspectos quantitativos e qualitativos através dos registros e demonstração dos fatos contábeis. Ainda segundo Toigo apud Basso (2005 p. 22) “Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio sob o ponto de vista econômico - financeiro, observando e registrando seus aspectos quantitativos e qualitativos e as variações por ele sofridas”. Como vários autores citam, o patrimônio é o objeto de estudo da contabilidade e é composto por bens, direito e obrigações, sendo bens e direitos a parte positiva e as obrigações a parte negativa do patrimônio. A contabilidade tem como objetivo gerar informações através de lançamento dos fatos contábeis, evidenciação e demonstração, observando-se sempre os Princípios Contábeis.

A Contabilidade Gerencial é uma poderosa ferramenta no processo de gestão das empresas que muitas vezes é deixada de lado. Conforme Santos et al (2005, p. 9) Contabilidade Gerencial é “o processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação das informações tempestivas (passadas, presentes e/ou futuras) relevantes e úteis, para auxiliar os gestores das

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organizações no processo decisório”. Através desse conceito, a Contabilidade Gerencial nada mais é do que a geração de dados e informações úteis para auxiliar os administradores no planejamento e execução de estratégias para o objetivo fim da entidade.

Contabilidade tributária segundo Oliveira (2002): Ramo da contabilidade responsável pelo gerenciamento nos tributos incidentes nas diversas atividades de uma empresa, ou grupo de empresas, adaptando ao dia a dia empresarial as obrigações tributarias, de forma a não expor a entidade às possíveis sanções fiscais e legais

Segundo Fabretti (2003, p.25), “é o ramo da contabilidade que tem por objetivo aplicar na prática conceitos, princípios e normas básicas da contabilidade e da legislação tributária, de forma simultânea e adequada.”

O objetivo da contabilidade tributaria, é apurar com exatidão o resultado econômico do exercício social, demonstrando de forma clara e sintética.

1.1.2 Caracterização da Organização

O trabalho foi desenvolvido e realizado em um Posto de Gasolina que está

estabelecida na cidade de Sede Nova – RS, a referida empresa é uma empresa

individual, optante pelo regime de Lucro Real Trimestral e tem como objeto social o comércio varejista de combustíveis (Gasolina, álcool e diesel). Atualmente, a empresa possui dois funcionários, um prestador de serviço e mais a retirada de pró-labore do titular da empresa na folha de pagamento. Para preservar a integridade dos dados e objetivos da empresa, não foram autorizados a divulgação do Nome e Razão Social da empresa em estudo.

1.1.3 Problema do Tema

Diante do complexo sistema tributário brasileiro e de uma alta carga tributária, alguns empresários buscam a evasão fiscal como meio de sobrevivência

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no disputado mercado, na maioria das vezes, sem nenhuma razão para tal, colocando assim, a empresa em uma situação vulnerável ao fisco.

A busca incessante por minimizar custos e maximizar resultados não deve trair o empresário fazendo com que a prova seja a favor do fisco, mas sim pelo correto planejamento, procurando reduzir os tributos de forma lícita e evitando pagamentos no valor maior do que o devido.

Com a importância do Planejamento Tributário para as empresas e a necessidade de ter um sistema tributário eficaz e confiável, surge como questão central deste trabalho: Qual é o melhor enquadramento tributário para a empresa em estudo?

1.1.4 Objetivos

Segundo Beuren (2003), os objetivos constituem ações empregadas para dar solução ao problema de pesquisa apresentado.

Com base no problema exposto anteriormente traçaram-se os seguintes objetivos

1.1.4.1 Objetivo Geral

Identificar e analisar dentre os vários tipos de enquadramento tributário o mais adequado para empresa em estudo, selecionando entre as opções aquela que representar maior economicidade tributária.

1.1.4.2 Objetivos Específicos

 Revisar a literatura e a legislação que o tema aborda, dando apoio teórico e embasamento legal ao estudo prático;

 Coletar documentos contábeis e fiscais para a realização do planejamento tributário;

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 Simular todas as possibilidades de enquadramento, com dados fornecidos pelo empresário e também com os dados fornecidos pela contabilidade;

 A partir das simulações, indicar o melhor enquadramento tributário para sua empresa, bem como, conscientizar o empresário das desvantagens, perante os dados, de optar pela evasão fiscal.

1.1.5 Justificativa

Considerando que a contabilidade é a ciência que mede e controla o patrimônio da entidade é essencial o conhecimento das mais diversas operações que afetam de forma negativa esse patrimônio. Apesar de muitas vezes contabilidade e fisco não andarem de mãos dadas, seja qual for o objetivo, deve-se ter muito bem planejado e organizado a questão tributária dentro da empresa.

Seja qual for a opção tributária escolhida, pode-se constatar que a falta de planejamento pode restringir e muito os recursos financeiros para investir em outras áreas do negócio, causando desgastes e trabalho desnecessário para cobertura desses gastos.

Ter sucesso no planejamento de uma empresa só será possível no âmbito tributário, se o contador estiver atento a legislação vigente, alterações, devendo também ser profundo conhecedor de todas as situações possíveis para a eficaz projeção em cima das lacunas que a legislação oferece. Planejamento tributário só tem sentido se for feito de forma legal, e foi com base nessa busca de economicidade tributária aliada a legalidade e ao controle financeiro, que se decidiu realizar o trabalho nesta área do conhecimento da contabilidade.

Acredita-se que com as exigentes mudanças do ponto de vista contábil, com as novas normas, e do ponto de vista fiscal com as novas obrigações acessórias, se destacará o profissional que atender essa demanda de forma dinâmica e correta fazendo com que a empresa para qual o mesmo presta serviço se sobressaia.

Para a empresa estudada, tem-se relevante importância, uma vez que, vários fatores como o maior controle do fisco e o valor que pode representar um

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correto enquadramento tributário nas finanças empresariais, serão satisfeitas, de forma que se identifique e se aplique o devido enquadramento tributário adequado para a empresa em estudo.

Para a universidade e para o acadêmico serviu como instrumento de pesquisa e estímulo a continuar na área, servindo também como instrumento de consulta para outros alunos em formação acadêmica que desejam obter um conhecimento específico em Planejamento Tributário perante uma situação prática.

1.1.6 Metodologia do Trabalho

Foram abordados neste item do trabalho os métodos utilizados para o desenvolvimento da presente pesquisa, e os fundamentos metodológicos que serão aplicados para chegar a possíveis soluções e resultados desejados.

Assim Pádua (2004, p. 31), ensina que:

Tomada num sentido amplo, pesquisa é toda a atividade voltada para a solução de problemas; como atividade de busca, indagação, investigação, inquirição da realidade, é a atividade que vai nos permitir, no âmbito da ciência, elaborar um conhecimento, ou um conjunto de conhecimentos, que nos auxilie na compreensão desta realidade e nos oriente em nossas ações.

Nesse sentindo pode-se perceber que a partir da prática realizada no cotidiano podem-se obter dados – dentre estes positivos e/ou negativos – sobre os quais realizam-se pesquisas e estudos, dos quais encontram-se respostas e solução de problemas e ainda a criação de hipóteses para a concretização daquilo que está especificado na legislação e nas mais variadas teorias.

1.1.6.1 Classificação da Pesquisa

A partir da presente pesquisa metodológica, a qual foi abordada dentro da esfera do conhecimento contábil, desencadeará um relatório técnico científico, em conformidade com o artigo oitavo do Regulamento do Trabalho de Conclusão de

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Curso da Unijui – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

A pesquisa do presente trabalho de conclusão de curso será classificada na forma apresentado nos itens a seguir.

1.1.6.1.1 Da Natureza da Pesquisa

Ao realizar a pesquisa, deve-se determinar sob que forma esta foi realizada, pois de acordo com a sua natureza pode ser básica ou aplicada, segundo as autoras Menezes e Silva (2011), as quais ensinam que:

A elaboração de um projeto de pesquisa e o desenvolvimento da própria pesquisa, seja ela uma dissertação ou tese, necessitam, para que seus resultados sejam satisfatórios, estar baseados em planejamento cuidadoso, reflexões conceituais sólidas e alicerçados em conhecimentos já existentes.

O presente trabalho como tem em seu fundamento o planejamento tributário, enquadra-se em uma pesquisa de natureza aplicada, pois será de acordo com a aplicação da tributação federal que serão obtidos os resultados na empresa objeto da pesquisa.

1.1.6.1.2 Dos Objetivos da Pesquisa

Diante da pesquisa a ser realizada, encontram-se classificações referente a ao procedimento a ser adotado, partindo do objetivo geral, e seguindo a utilização de critérios a serem utilizados, pode classificar a pesquisa em exploratória, descritiva ou ainda em explicativa.

No que se refere à pesquisa exploratória, Beuren (2003) cita que é o momento em que o objetivo principal será aprimorado com idéias, ou com a descoberta de intuições, que será realizada com colhimento de fontes bibliográficas e sua respectiva análise, para que se chegue a delimitação de uma temática determinada para que possam determinar os objetivos específicos e as hipóteses e possíveis resultados da pesquisa que se inicia. Pode-se ainda, ser utilizado um caso

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prático e a partir de determinado assunto seja organizado o estudo: dos objetivos específicos, hipóteses e possíveis soluções. Para compreender melhor este forma de pesquisa, utiliza-se a elucidação de Furasté (2008, p,33):

A pesquisa bibliográfica baseia-se fundamentalmente no manuseio de obras literárias, quer impressa, quer capturadas via internet. É o tipo mais largamente utilizado. Quanto mais completas e abrangentes forem as fontes bibliográficas consultadas, mais rica e profunda será a pesquisa.

Já o estudo de caso pode ser definido conforme explica Gil (2002, p. 54) “Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento”.

Sobre a pesquisa descritiva, Gil (2002) diz que objetivo fundamental é descrever o comportamento, características e variações de determinado fenômeno, população ou acontecimento. O estudo é realizado através de coleta de dados, observação de acontecimentos e demais fatores que interferem naquele meio em que está sendo pesquisado.

Nesta forma de pesquisa ainda é possível estudar condições de uma determinada sociedade, nível escolar, número de eleitores, índices de criminalidade, contudo, a coleta de dados, para esta pesquisa deve ser padronizada, para se obter um resultado final equiparado e real.

A pesquisa explicativa visa identificar a causa da ocorrência de determinados acontecimentos, pois aprofunda o conhecimento com a realidade, e desencadeia a razão de determinada situação. Dos tipos de pesquisa ora elencados, é classificado como mais complexo e delicado, conforme ensina Pádua (2004, p. 62):

[...]busca relações entre fatos sociais ou fenômenos físicos através da identificação e manipulação das variáveis que determinam a relação

causa-efeito (estímulo-resposta) proposta na hipótese de trabalho. A

verificabilidade, bem como a quantificação dos resultados, são elementos essenciais a este tipo de pesquisa; os termos pesquisa de laboratório e

pesquisa de campo servem para designar o local onde elas se

desenvolvem, a partir de usa característica básica, que é o controle de variáveis com base no referencial teórico de cada área do conhecimento.

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O estudo do presente trabalho aborda as diversas formas de pesquisa, dando maior ênfase a pesquisa explicativa, pois será necessário aprofundar conhecimentos frente ao planejamento tributário de determinada empresa, para se chegar ao resultado pretendido.

1.1.6.1.3 Dos Procedimentos Técnicos da Pesquisa

Para a realização da pesquisa devem ser utilizados alguns procedimentos técnicos, os quais contribuirão para chegar a um denominador final, sendo que os procedimentos que podem ser utilização são o bibliográfico, o documental, e também o estudo do caso, este já devidamente explicado no item anterior.

Assim o procedimento bibliográfico está baseado na pesquisa bibliográfica, a qual utiliza tudo aquilo que já fora produzido a respeito do tema, e traz ao pesquisador fontes reais sobre aquilo que a pesquisa está sendo realizada na prática, a autora Pádua (2004, p. 55), ensina:

A pesquisa bibliográfica é fundamentada nos conhecimentos de biblioteconomia, documentação e bibliografia; sua finalidade é colocar o pesquisador em contato com o que já se produziu e registrou a respeito do seu tema de pesquisa. [...] O pesquisador vai aos poucos selecionando, na prática, o que é fonte em sua área de pesquisa;[...]

Já o procedimento documental, baseia-se na pesquisa documental, colhida através de documentos como recortes de jornal, apostilas, etc., e sobre esse procedimento Pádua (2004, p. 59) menciona:

O objetivo geral da documentação é guardar documentos úteis retirados de fontes perecíveis que vão servir de base para documentação bibliográfica ou temática. [...] No caso do projeto de pesquisa, o registro deve obedecer a uma estratégia de procedimentos, a fim de que sejam selecionados os dados realmente significativos, evitando a coleta de dados periféricos. [...]

Ainda sobre os procedimentos há o estudo do caso, o qual já fora explicado no item anterior.

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1.1.6.2 Instrumentos de Coletas de dados

Para a elaboração da pesquisa é necessária a coleta de dados, para que seja possível o desenvolvimento do trabalho, de acordo com o que a realidade apresenta.

Para dar desenvolvimento ao trabalho, é necessário realizar a coleta e registro de dados, como ensina Pádua (2004, p. 35) “A coleta e o registro dos dados pertinentes ao assunto tratado é a fase decisiva da pesquisa cientifica, a ser realizada com o máximo de rigor e empenho de pesquisador”.

Assim, no presente trabalho, como se desenvolve na esfera contábil, uma vez que o objetivo geral está vinculado ao planejamento tributário, serão utilizados como instrumento de coleta de dados planilhas, controles paralelos necessários e disponibilizados pela empresa, balanços patrimoniais e balancetes mensais.

1.1.6.3 Análise e Interpretação de Dados

O presente trabalho de conclusão de curso tem sua pesquisa voltada ao planejamento tributário junto a uma empresa do ramo de combustíveis, no qual será analisada sua contabilidade tributária em conjunto a legislação tributária vigente. Onde que, o estudo realizado, visa apresentar à empresa, ora analisada, quais formas de tributação são mais vantajosas ou não diante dos tributos que lhe são devidos.

Para a obtenção dos resultados desejados com o presente estudo, foram analisado e apurado os tributos devidos e as contribuições federais, em que a empresa está enquadrada frente ao sistema que adota, e ainda como seria a tributação em outro sistema em que a empresa poderia se enquadrar.

A análise e interpretação dos dados para a apuração do resultado foram através de quadros comparativos e de relatórios emitidos, buscando assim encontrar uma hipótese mais favorável à empresa frente aos tributos devidos.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Esse capítulo tem como finalidade fundamentar o tema do presente trabalho através de vários conceitos, buscando a solução para o problema proposto.

O comércio de combustível tornou-se um mercado altamente competitivo. Com a frota de veículos aumentando dia a dia, observou-se um número significativo de postos de combustíveis. No que tange a tributação, os comércios de combustíveis tem algumas particularidades, sendo que os combustíveis foram um dos primeiros segmentos tributados por substituição tributária de ICMS.

2.1 Contabilidade

A contabilidade é a ciência que controla os fatos que alteram o patrimônio da entidade. Segundo Oliveira (2002), contabilidade é a ciência que estuda e pratica o controle e registro dos fatos de uma administração econômica, sendo usado como ferramenta para o gerenciamento e evolução do patrimônio da entidade, servindo também como informação para seus usuários internos e externos. Portanto, a informação contábil serve desde prestação de contas entre sócios e acionistas, como também para os agentes arrecadadores de tributos, devendo sempre que necessário, primar a essência econômica dos fatos do que meramente pela sua forma jurídica.

Já Basso (2005, p. 44), cita que “[...] a finalidade fundamental da contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento”.

Enfim, a contabilidade é fundamental para controle do patrimônio, tomada de decisões e para prestar informações para os usuários desta.

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2.2 Contabilidade Tributária

Conforme Fabretti (2003), Contabilidade tributária é um ramo da contabilidade que aplica na prática os princípios e normas da contabilidade e da legislação tributária, devendo sempre demonstrar de forma clara, confiável e exata o resultado econômico apurado adequado a legislação tributária vigente.

O objeto da contabilidade tributária é apurar com exatidão o resultado econômico do exercício social, demonstrando-o de forma clara e sintética, para, em seguida, atender de forma extracontábil as exigências da legislação do IRPJ e da Contribuição Social Sobre o Lucro determinado a base de cálculo fiscal para formação das provisões destinadas ao pagamento desses tributos, as quais serão abatidas do resultado econômico (contábil), para determinação do lucro líquido à disposição dos acionistas, sócios ou titula de firma individual. (FABRETTI, 2003, p.31).

A complexa carga tributária imposta as empresas aliada as modernas ferramentas de controle do fisco, exigem cada vez mais atenção por parte das empresas, tornando a contabilidade tributária essencial no gerenciamento de tributos e no desenvolvimento de um planejamento tributário eficaz.

2.3 Planejamento Tributário

O ato de planejar no mundo dos negócios é essencial para antecipar-se de situações que possam comprometer o patrimônio da entidade. O planejamento tributário surge como uma ferramenta para controlar e prever uma forma menos onerosa de se tributar a empresa.

Segundo Chaves (2010), planejamento tributário nada mais é do que um processo de escolha de ação, antes mesmo de ocorrer o fato gerador, que visa direta ou indiretamente a economia de tributos. Ainda, segundo o autor, Planejamento tributário é a escolha de ação menos onerosa em termos tributários.

Dois fatores determinam a relevância dos impostos indiretos no atual contexto dos negócios. O primeiro é a convicção dos empresários de que tais impostos representam o maior ônus fiscal das empresas. O segundo é a consciência empresarial diante do significativo grau de sofisticação e complexidade da legislação pertinente. (BORGES, 2010, p. 2).

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Diante da pesada carga tributária e das opções que a legislação tributária fornece é que o Planejamento tributário surge como solução para evitar a sonegação fiscal. Segundo Machado (2004), quem elimina um tributo está cometendo um ato ilícito, reduzindo a carga tributária através da evasão fiscal (sonegação). Já a elisão fiscal é um comportamento lícito a qual busca apenas suprimir, total ou parcialmente um tributo.

2.3.1 Tributo

Segundo o art 3º do CTN: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em Lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” Em outras palavras, tributo representa uma obrigação de dar ou prestar, de valor econômico, obrigatório, que origina-se de atividades legais e seja instituído em lei, prevalecendo sempre a vontade da mesma e não das partes.

Fabretti (2003) classifica o Tributo como sendo gênero, já as espécies são classificadas em Impostos, taxas e contribuições.

Machado (2004, p.74), ressalta que podem ser feitas várias classificações para os tributos:

Quanto à espécie: impostos, taxas, contribuições de melhoria e contribuições sociais; Quanto à competência impositiva, os tributos são: federais, estaduais e municipais; Quanto à vinculação com a atividade estatal, os tributos são: a) vinculados: as taxas, as contribuições de melhoria e as contribuições

socias;

b) não vinculados: os impostos.

Portanto, os tributos podem ser regulados e instituídos por competência federal, estadual e municipal, cada um legislando no que lhe é cabido

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2.3.2 Imposto

O imposto, como o próprio nome diz, é de caráter obrigatório, sendo que o não cumprimento desta obrigação pode ocasionar sanções civis e criminais para a pessoa física ou jurídica. Segundo Oliveira (2002), Imposto é um tributo não vinculado, que uma vez imposta por lei, é devido, independente de haver uma contraprestação para com o contribuinte. Portanto, o pagamento do imposto não acarreta em um serviço específico para os contribuintes.

Art 16º CTN: “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.

São os impostos que custeiam a maioria das despesas públicas, Oliveira (2002, p. 22) cita que “Os impostos representam de fato, o instrumento do qual o

Estado dispõe para angariar recursos para a Administração pública”. O imposto é

investido na maioria das vezes, em obras públicas.

2.3.3 Taxa

Diferente do tributo, A taxa é um tributo vinculado, pago pelo contribuinte quando da utilização de um serviço público específico.

Conforme Curia, Céspdes e Nicoletti (2012), o fato gerador da taxa cobrada por União, Estados, Distrito Federal e Municípios é o exercício regular do poder de policia do serviço público prestado e posto a disposição do contribuinte.

Segundo Fabretti (2003), o poder de polícia é o poder que permite à administração pública regular a favor da coletividade e concernente à segurança pública, higiene, saúde pública, à ordem, etc.

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Considerando a característica de ser um tributo que tem como exigência a contraprestação do poder público em favor do contribuinte, a arrecadação da taxa compete a União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Art. 80 CTN: Para efeito de instituição e cobrança de taxas, considera-se compreendidas no âmbito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aqueles que, segundo a Constituição Federal,as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito público.

2.3.4 Contribuições de Melhoria

Conforme Fabretti (2003), a contribuição de melhoria é uma espécie de retribuição prestada pelo contribuinte, que tem como uma contrapartida a valorização do seu bem imóvel a partir de uma obra pública.

Art. 81º CTN: A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

O art. 82º do CTN, ainda pondera que ainda deve ser observado alguns requisitos mínimos que vai desde a publicação prévia em edital a impugnação do pagamento dos interessados. Fabretti (2003), ainda ressalta que a cobrança desse tributo é raramente cobrado e que quando feito, normalmente em desacordo com o previsto no art. 82.

2.3.5 Contribuições Sociais

Conforme Machado (2004), há três subespécies de contribuições sociais: Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, Contribuições de Interesse de Categorias Profissionais ou Econômicas e por fim as Contribuições para a

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Seguridade Social. Essas contribuições são destinadas a custear atividades específicas, como por exemplo, a Previdência Social.

O art. 149 da CF, prevê que é de competência privativa da União instituir as contribuições sociais, o que segundo Machado (2004), a União utiliza-se do argumento que determinadas áreas, como por exemplo a Saúde Pública, estão carente de recursos, justamente para obter a criação de novas contribuições para custear esse fins.

2.3.5.1 Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE)

Fabretti (2003, p. 120) ressalta que: “São contribuições regulatórias, utilizadas como instrumento de política econômica para enfrentar determinadas situações que exijam a intervenção da União na economia do país”. O objetivo geral dessa contribuição é resguardar um desenvolvimento em ordem das atividades por ela abrangida. Um exemplo é a CIDE sobre combustíveis.

2.3.5.2 Contribuição de Interesse de Categorias Profissionais ou Econômicas

Segundo Machado (2004), são contribuições instituídas em favor de determinadas categorias profissionais ou econômicas, mesmo que essas contribuições não sejam com a finalidade de arrecadar recursos para o Estado, são instituídas e regulamentadas da mesma forma. Fabretti (2003), cita que essas entidades de classe são consideradas autarquias pela CF. Exemplo CRC que regula e fiscaliza a profissão contábil no Brasil.

Ainda segundo Fabretti (2003), as contribuições não pagas, são inscritas em dívida ativa e cobradas mediante execução fiscal.

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2.3.5.3 Contribuições de Seguridade Social

O art. 194 da CF, cita que a seguridade social compreende um conjunto integrado de políticas sociais, por parte do Poder Público e da sociedade, cujo objetivo é amparar os cidadãos e seus familiares em situações como em caso de doença, em que o trabalhador não pode trabalhar, o mesmo recebe amparo do governo, que durante este período, subsidia o trabalhador que contribui para a Seguridade Social durante o período em que esteve na ativa.

2.4 Princípios Constitucionais do Sistema Tributário

Oliveira (2002, p. 24), cita que: “Os princípios constitucionais tributários

prevalecem sobre todas as demais normas jurídicas, as quais só têm validade se editadas em rigorosa consonância com eles”. Já segundo Machado (2004), esses princípios existem para proteger o contribuinte de abusos do poder. Os princípios Constitucionais Tributários são os seguintes: Princípio da Legalidade, Princípio da Isonomia Tributária, Princípio da Irretroatividade Tributária, Princípio da Anterioridade e por último o Princípio da Imunidade Tributária.

2.4.1 Princípio da Legalidade Tributária

Este Princípio impede que a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios estabeleçam tributos que não são autorizados por lei, conforme o art. 150 da CF.

Fabretti (2003, p. 124), ressalta que: “É de suma importância atentar para o

fato de que o princípio diz claramente: lei (fonte principal) e não: decreto, portaria, instrução normativa, etc. (fontes secundárias)”.

2.4.2 Princípio da Isonomia Tributária

Esse princípio define que não poderá haver tratamento tributário diferenciado para os contribuintes em situações que os fatos são semelhantes.

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A CF/88 no seu art. 150 dispõe o seguinte:

Art. 150: Sem prejuízo de outras garantias ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

[...];

II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.”

Segundo Fabretti (2003) a Isonomia tributária é semelhantes ao princípio da isonomia, expresso no caput do art. 5º da CF, em que dispões sobre a igualdade de todos perante a lei.

2.4.3 Princípio da Irretroatividade Tributária

Conforme Fabretti (2003), esse princípio garante ao contribuinte, que somente poderá exigir o seu pagamento após sua entrada em vigência, não podendo retroagir sobre fatos geradores já ocorridos.

Art. 150 CF/88 [...];

III – cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.

2.4.4 Princípio da Anterioridade Tributária

Segundo regulamentado pelo art. 150, inciso III, alínea “b” da CF/88 a criação ou majoração de novos tributos só pode produzir efeitos a partir do exercício seguinte, gerando uma maior previsibilidade do contribuinte em relação ao recolhimento destes tributos.

Machado (2004), pondera que se a criação ou aumento de tributo ocorrer no fim do exercício, para vigorar no exercício seguinte, a lei resguarda um período de vacância de no mínimo 90 dias para a sua exigência.

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2.4.5 Princípio da Imunidade Tributária

A imunidade é uma vedação constitucional que retira o poder do fisco de tributar certas situações, conforme consta na CF/88:

Art. 150: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vetado a União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI – instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda, ou serviços, uns dos outros; b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda, ou serviço dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

2.5 Elementos Fundamentais do Tributo

A obrigação do tributo relaciona um credor e um devedor, no caso, o estado (sujeito ativo) exige do contribuinte (sujeito passivo) uma obrigação imposta em Lei.

Segundo Oliveira G. (2008, p. 58), “o Estado é o sujeito ativo da obrigação

tributária que, graças ao seu poder de império, impõe ao particular, sujeito passivo da obrigação, um dever de dar, fazer ou não fazer.” As obrigações são classificados como principais e acessórias

2.5.1 Fato Gerador

Conforme Oliveira (2002), fato gerador é o fato propriamente dito, que gera a obrigação. Essa obrigação pode ser principal (pagamento de tributo devido ou de multa imposta por não atendimento à determinação legal), ou acessória (cumprimento de formalidades complementares). Já segundo Fabretti (2003), fato gerador é concretização da hipótese de incidência tributária que faz nascer a obrigação.

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Art. 114º: “Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência”.

Art. 115º: “Fato Gerador da obrigação acessória é qualquer situação que na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal”.

Machado (2004), ainda observa que uma determinada situação de fato gerador pode ser ao mesmo tempo uma obrigação principal e acessória, por exemplo em uma situação em que o empresário promove um saída de mercadoria, essa saída gera a obrigação de pagar ICMS (principal) e também de emitir o documento fiscal (acessória).

2.5.2 Base de Cálculo

Fabretti (2003, p. 130), define base de cálculo como: “O valor o qual é

aplicada a alíquota (percentual) para apurar o valor do tributo a pagar”. Ainda segundo o autor, deve ser definido em lei complementar, de forma clara, determinando os critérios da base de cálculo, podendo ainda, estar sujeito aos princípios da legalidade, anterioridade e da irretroatividade.

Essa determinação de base de cálculo em lei complementar está disposta na CF/88 no art. 146:

[...];

III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes.

2.3.5 Alíquota

Oliveira (2002, p. 131), conceitua alíquota como: “O percentual definido em lei que, aplicado sobre a base de cálculo, determina o montante do tributo a ser pago.

Fabretti (2003), ressalta que a alíquota está sujeito aos princípios da legalidade, irretroatividade e da anterioridade. Porém, quanto a anterioridade há

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exceções, previstos na Constituição Federal para impostos sobre importação, exportação, produtos industrializados e operações financeiras e ainda para algumas contribuições sociais.

2.5.4 Sujeito Passivo

Segundo Machado (2004, p. 136), “O sujeito passivo da obrigação tributária, é a pessoa natural ou jurídica, obrigada ao seu cumprimento”. O sujeito passivo é aquele que assume o dever em favor da outra parte.

O CTN no seu art. 121, regula que:

Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

Parágrafo único: O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:

I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;

II – responsável, quando sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.

O Contribuinte é o responsável direto, que constitui relação com a situação que causou o fato gerador, por sua vez, o responsável, é uma forma de sujeição atribuída a terceiros, que não são os responsáveis pelo fato gerador, o qual assume uma obrigação em forma de substituição ou até mesmo de fora solidária ao contribuinte.

2.5.5 Sujeito Ativo

O art. 119 do CTN dispõe que o sujeito ativo é aquele que detém o poder legal para exigir o cumprimento da obrigação.

Machado (2004), ressalta ainda que não deve ser confundido a competência para instituir um tributo, que é indelegável, com a competência para exigir o tributo na condição de sujeito ativo da obrigação. Os sujeitos ativos da obrigação são os entes públicos (União, Estados, Distrito Federal e municípios).

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2.6 Competência Tributária

Conforme Machado (2004), no Brasil, o poder e a competência para tributar são compartilhados entre a União, Estados, Distrito Federal e os municípios. Esse poder de tributar fornece autonomia para cada ente público.

Apesar de oferecer uma autonomia para os entes públicos, a mesma não é totalmente plena. O art. 6º do CTN dispõe que: “A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas constituições dos Estados, e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Município”.

Conforme a CF/88, em seus arts. 153, 155 e 156 define a competência de instituir impostos:

Art. 153: Compete a União instituir impostos sobre: I – importação de produtos estrangeiros;

II – exportação para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; III – renda e proventos de qualquer natureza;

IV – produtos industrializados;

V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;

VI – propriedade territorial rural;

VIII – grandes fortunas, nos termos da lei complementar. [...].

Art. 155: Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I – Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; II – operações relativas a circulação de mercadorias e sobre prestações de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;

III – propriedade de veículos automotores. [...].

Art. 156: Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I – propriedade predial e urbana;

II – transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.

2.7 Impostos Federais

Segundo Machado (2004), cabem as demais entidades integrantes da Federação (Estados, Distrito Federal e Municípios), parcelas da arrecadação dos impostos federais.

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Conforme o art. 153 da CF/88, os impostos federais incidem sobre: importação de produtos estrangeiros, exportação para o exterior de produtos nacionais, renda e proventos, produtos industrializados, operações de crédito, câmbio e seguro, valores mobiliários, propriedade rural e sobre grandes fortunas.

Sendo o planejamento tributário o foco do trabalho, será apresentado a seguir somente o Imposto de Renda, que é o imposto que afetará de forma direta a empresa em estudo.

2.7.1 Imposto sobre a Renda

Conforme Oliveira (2002), destaca: o Imposto de Renda é um tributo direto e de competência da União. Tem como fato gerador segundo o Art. 43 do CTN, a renda, que abrange os proventos do produto de capital, do trabalho ou da combinação de ambos e ainda, os acréscimos patrimoniais de qualquer natureza.

Tendo em vista o disposto no art. 153, inciso III, da Constituição Federal, e no art. 43 do Código Tributário Nacional, podemos afirmar que o âmbito material de incidência do imposto de renda é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho, ou da combinação de ambos; e de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no conceito de renda. (MACHADO, 2004, p. 294)

O Art. 44 do CTN, menciona que a base de cálculo para apuração é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.

2.7.7.1 Imposto de Renda Apurado pelo Lucro Real Trimestral

Oliveira (2002), conceitua Lucro real como sendo o lucro líquido contábil apurado no período, ajustado pelas adições, exclusões e compensações autorizadas pela legislação do Imposto de Renda. Segundo Hoffmann (2010), o lucro real se divide em duas modalidades: o lucro real trimestral e o lucro real anual.

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Ainda segundo Hofmann (2010), quem optar pela apuração trimestral do Imposto de Renda deve encerrar os períodos para apuração em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e em 31 de dezembro.

O imposto de renda trimestral será calculado com base na aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento) sobre a totalidade da base de cálculo, ou seja, 15% do lucro real, observando ainda a alíquota de 10% (dez por cento) sobre a parcela da base de cálculo que exceder o limite de R$ 60.000,00 – limite trimestral. (HOFFMANN 2010, p, 24).

2.7.1.2 Imposto de Renda Apurado pelo Lucro Real Anual

Conforme Oliveira (2002, p. 182), “As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem optar pela apuração do lucro real anual, alternativamente à apuração em cada trimestre. No entanto, os recolhimentos devem ser efetuados todos os meses.”

Hoffmann (2010), ressalta que o lucro real anual é calculado com base nos resultados acumulados nos meses do período-base, sendo levantado e considerado o resultado apenas no final do ano. Porém, utiliza-se de pagamento mensais por estimativa, semelhante ao lucro presumido.

Para efeitos de cálculo do lucro real anual, usa-se a mesma alíquota da apuração trimestral, 15%, e também deve ser observado o adicional de 10%, sobre o que exceder R$ 20.000,00 mensal do lucro estimado.

2.7.1.3 Imposto de Renda Apurado pelo Lucro Arbitrado

Segundo Fabretti (2003, p. 272), “O lucro arbitrado é uma prerrogativa do

Fisco, Este poderá arbitrar o lucro na forma da lei, nas hipóteses em que a escrituração contábil e fiscal do contribuinte for desclassificada.”

O lucro arbitrado é uma espécie de penalidade para os contribuintes que não atendem a certas obrigações, ou ainda, aqueles que tem seus registros contábeis

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com erros em que não é possível identificar o lucro real ou a movimentação financeira.

Conforme Hoffmann (2010), quando é possível identificar a receita bruta, o lucro arbitrado será determinado pela aplicação dos percentuais de presunção do lucro, acrescidos ainda de 20%. Já no caso das instituições financeiras o valor de acréscimo é 45%. Ainda segundo o autor, quando não for possível identificar as receitas, o lucro será apurado segundo regras especiais do fisco.

2.8 Contribuições Federais

2.8.1 PIS/COFINS

Segundo a Wikipédia (2011), a enciclopédia livre, a contribuição para o

Programa de integração Social – PIS, é uma contribuição social de natureza

tributária. Ainda segundo este site, esse tributo é devido pelas pessoas jurídicas e tem como finalidade financiar o pagamento do seguro-desemprego e do abono para os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos. O PIS foi instituído em 1970 e atualmente é amparada pela Lei 9.715/98. (PLANALTO, 2011)

Já a Contribuição Para Financiamento da Seguridade Social - COFINS, segundo a Wikipédia (2011), é uma contribuição social, assim como o PIS, só que destinada a financiar a seguridade social (previdência social, saúde e assistência social). Sua base legal encontra–se na lei 10.925/04. (RECEITA FEDERAL, 2011)

O Recolhimento das duas contribuições sociais acima, são pela forma cumulativa e não cumulativa, as quais veremos a seguir.

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2.8.1.1 PIS/COFINS – Forma Cumulativa

O PIS/COFINS apuradas na forma cumulativa tem como fato gerador, segundo Hoffmann (2010), o faturamento mensal da empresa, isto é, o total da receita bruta mensal, devendo ser observado as exclusões previstas em lei.

Da base de cálculo encontrada somando-se o total da receita bruta mensal, excluem-se:

- as vendas canceladas; - o IPI;

- os descontos incondicionais concedidos; - ICMS recolhido por substituição tributária;

- reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem receitas;

- o resultado positivo de equivalência patrimonial;

- os lucros e dividendos de investimento avaliado ao custo; - as receitas da venda do ativo permanente;

- repasse oriundo do orçamento geral a empresas públicas e sociedades de economia mista;

- receitas próprias das entidades sem fins lucrativos;

- venda de materiais, equipamentos, e prestação de serviços a Itaipu Binacional;

- receitas de exportação. (HOFFMANN, 2010, p. 15).

A alíquota aplicável para a contribuição do PIS na forma cumulativa é 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento). Já a alíquota da COFINS é de 3% (Três por cento). É importante ainda, ressaltar, que há casos em que essas alíquotas variam.

2.8.1.2 PIS/COFINS – Forma Não-Cumulativa

Segundo Hoffmann (2010), a apuração do PIS/COFINS na forma não-cumulativa, tem como fato gerador o faturamento mensal, independente de sua denominação ou classificação contábil, devendo ser observadas algumas receitas que não integram a base de cálculo.

Ainda segundo o autor, do valor das contribuições do PIS/COFINS apurados no período, a pessoa jurídica pode deduzir créditos calculados sobre o valor das entradas de bens, produtos e serviços como por exemplo: bens adquiridos para revenda, energia elétrica, aluguei pagos a pessoa jurídica, entre outros.

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2.8.2 Contribuição Social Sobre o Lucro

De acordo com Fabretti (2003), a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido, foi instituída pela Lei nº 7.689/88 e é devido pelas pessoas jurídicas e equiparados a pessoa jurídica.

2.8.2.1 Contribuição Social Sobre o Lucro – Lucro Real

Para as empresas optantes pelo Lucro Real Anual para efeitos de estimativa mensal, segundo Hoffmann (2010), a base de cálculo da CSLL, corresponderá a soma de 12% da receita bruta (mercadorias, fretes) e 32% para as prestadoras de serviço, mais os ganhos de capitais e demais receitas no mesmo período.

Já para as empresas optantes pelo Lucro Real apurados de forma trimestral, após a apuração do resultado antes da CSLL, serão feitos os devidos ajustes: as adições e as exclusões.

Inclusões – ou adições ao lucro contábil:

- resultado negativo da avaliação de investimentos em participações societárias avaliadas pelo valor do patrimônio líquido – equivalência patrimonial;

- valor da reserva de reavaliação baixado durante o período-base, cuja contrapartida não tenha sido computada no resultado do período;

- valor das provisões não dedutíveis na determinação do lucro real; - despesas indedutíveis mencionadas pelo art 13 da Lei nº. 9.249/95; - lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior;

- valor dos lucros distribuídos disfarçadamente, conforme art. 60 da Lei nº. 9.532/97.

Exclusões – ou deduções do lucro contábil:

- resultado positivo da avaliação de investimentos em participações societárias avaliadas pelo valor do patrimônio líquido – equivalência patrimonial;

- lucros e dividendos derivados de investimentos em participações societárias avaliadas pelo custo de aquisição, que tenham sido registrados como receitas;

- valor das provisões não dedutíveis ma determinação do lucro real, adicionadas no exercício anterior, que tenham sido baixadas no curso do período-base;

- participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados. (OLIVEIRA, 2002, p. 193).

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Após as adições e exclusões ao resultado antes da CSLL, deve ser feito, se houver prejuízos fiscais em períodos anteriores, a compensação do prejuízo, limitado em 30% do resultado apurado. Sobre a base de cálculo encontrada, aplica-se a alíquota de 9%.

2.8.2.2 Contribuição Social Sobre o Lucro – Lucro Presumido

Segundo Hoffmann (2010), a apuração da CSLL para os optantes pelo Lucro Presumido é a mesma para as pessoas jurídicas que recolhem mensalmente por estimativa.

A base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido, devida pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido corresponderá a soma dos valores:

I – 12% da receita bruta (compreendendo receita bruta como o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações da conta alheia, conforme o art. 31 da Lei 8.981-95) ou 32% para as prestadoras de serviço (conforme o art. 22 da Lei 10.684/03);

II – os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo inciso anterior e demais valores determinados nesta Lei, auferidos naquele mesmo período. (HOFFMANN, 2010, p. 13)

Conforme o art. 37 da Lei 10.637/02, a alíquota a ser aplicada sobre a base de cálculo encontrada é de 9% (nove por cento), podendo ainda ser deduzido do valor devido valores pagos a maior e as contribuições sociais retidas na fonte.

2.8.3 Contribuição da Seguridade Social – INSS Parte da Empresa

Conforme já visto anteriormente, a seguridade social é financiada por toda a sociedade. No art. 105 da CF/88 diz que os recursos são provenientes dos orçamentos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Na folha de pagamento, da remuneração paga ao segurado, o empregador deve descontar a parte do INSS devido pelo funcionário que é de 8% (oito por cento), recolhendo o valor em uma GPS (Guia de Previdência Social). Já a parte do empregador é dividido em 20% sobre a folha de salários para o INSS, para o Seguro

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de Acidente de Trabalho (SAT) varia conforme o risco: 1%, 2% ou 3%, e mais 5,8% a título de terceiros (SENAI, SENAC, INCRA, etc.).

2.9 Outros Tributos – IPI – ICMS

Além dos tributos já citados, ainda existem outros tributos para empresas optantes pelo Lucro Presumido e pelo Lucro Real: o Imposto Sobre Produtos Industrializados, de competência da União, e, ainda, o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de competência dos Estados.

2.9.1 IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados

Este tributo como o próprio nome sugere, incide sobre produtos industrializados utilizado comumente pela União para controle da economia.

Segundo o CTN no seu artigo 51, define como contribuintes do IPI:

I – o importador ou quem a Lei a ele equiparar II – o industrial ou quem a ele equiparar

II – o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos Contribuintes definidos nos itens anteriores; e

IV- o arrematante em leilão de produtos apreendidos ou abandonados, Levados a leilão

Conforme Oliveira (2008, p. 135), “Considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para consumo”.

O IPI é um tributo seletivo, ou seja, incide com alíquotas maiores sobre produtos não essenciais e nocivos a saúde como o as bebidas alcoólicas e cigarro, e com alíquotas menores ou até isentos para produtos de maior necessidade.

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2.9.2 Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS

O ICMS é um tributo de competência estadual, ou seja, no Brasil, cada estado possui o seu regulamento próprio, o que atualmente é muito criticado, pois dificulta as transações entre estados.

Segundo Oliveira (2008, p.127), são contribuintes do ICMS “[...] qualquer

pessoa física ou jurídica que realize com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviço”.

Portanto o Fato Gerador do ICMS é a circulação de mercadorias e serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Segundo Reis (2010), existem duas formas de apuração de ICMS:

a) Regime Normal de Apuração: regime de apuração pelo qual a empresa realiza o aproveitamento dos créditos provenientes da aquisição de matérias-primas destinadas a produção e de mercadorias destinadas a revenda, compensando os referidos créditos com os débitos oriundos da venda de produtos e mercadorias. Por esse regime, ao final do mês, as empresas devem apurar o saldo a pagar ou a recuperar do imposto, relativos apenas as operações realizadas por ele mesmo; b) Regime de Substituição Tributária: regime pelo qual o ICMS é recolhido na fonte em determinada fase de sua circulação, sendo que, nas fases subseqüentes, não há débito ou créditos de imposto, pois o mesmo já foi recolhido pelo contribuinte eleito como substituto tributário. (REIS 2010, p. 159).

2.10 Formas de Tributação

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2.10.1 Lucro Real

Segundo Oliveira (2002), lucro real é o lucro líquido apurado contabilmente, observando-se os princípios contábeis do período, ajustado pelas adições, exclusões e compensações, autorizadas pela legislação do Imposto de Renda.

Segundo o art. 14 da Lei 9.718/98, estão obrigadas ao lucro real as pessoas jurídicas: (RIR, 1999).

a) Pessoa jurídica cuja receita bruta total for superior a R$ 48.000.000,00 no ano calendário anterior, ou superior ao valor proporcional ao número de meses do período;

b) Instituições financeiras e equiparadas;

c) Que usufruam de benefícios fiscais relativos a isenção ou redução do imposto de renda;

d) Que, durante o ano calendário tenham recolhido o IRPJ mensal por estimativa;

e) Que tenham lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

f) As empresas de factoring;

g) Pessoa jurídica com atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis, enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais tenha registro de custo orçado.

Os procedimentos para o cálculo, aplicam-se para a todas as formas de apuração do lucro real, seja trimestral ou anual.

Depois de determinado o lucro líquido contábil, este é transferido para o livro LALUR (Livro de apuração do Lucro Real) onde segundo Hoffmann (2010), serão feitos os ajustes fiscais por meio de adições e exclusões ao lucro.

A alíquota do Imposto de Renda aplicável é de 15%, observando-se ainda, o adicional de 10%, caso a base de cálculo atinja o limite de R$ 20.000,00 mensais.

(39)

2.10.2 Lucro Presumido

Conforme Oliveira (2002), o lucro presumido trate-se de uma presunção por parte do fisco do que seria o lucro de determinada empresa. Ainda segundo o autor as pessoas jurídicas cuja receita bruta total, no ano calendário anterior, tenha sido necessariamente inferior a R$ 24.000.000,00 podem optar por esse sistema de tributação, com algumas exceções.

Não podem optar por essa modalidade, mesmo que a receita bruta total seja inferior ao mencionado limite, as empresas:

a) que efetuaram pagamento mensal pelo regime de estimativa, no decorrer do ano-calendário, inclusive mediante balanço ou balancetes de suspensão ou redução de imposto;

b) cujas atividades sejam de instituições financeiras ou equiparadas;

c) que obtiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

d) que são beneficiárias de isenções ou reduções do Imposto de Renda. e) Que exercem as atividades de factoring. (OLIVEIRA, 2002, p. 178).

Para cálculo do IRPJ, incidem os seguintes percentuais sobre a receita bruta: - 1,6%, nos casos de receita bruta auferida na revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo e álcool etílico hidratados para fins carburantes;

- 8%, receitas brutas auferidas nas atividades comerciais, industriais, transporte de cargas, serviços hospitalares, venda de unidades imobiliárias, empreitada com fornecimento de material, venda de produtos rurais, industrialização quando a matéria-prima, material secundário, e de embalagem forem fornecidos pelo encomendante, e outras não mencionadas nos demais percentuais;

- 16%, transporte de passageiros com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00, exceto no caso de transporte de cargas, serviços hospitalares; - 32%, prestação de serviços, pelas sociedades civis, relativa ao exercício de profissão regulamentada e prestação de serviço não mencionada anteriormente. (PINTO 2011, P. 182).

2.10.3 Lucro Arbitrado

Conforme Hoffmann (2010), por ser um espécie de imposição legal e mesmo que a pessoa jurídica possa optar por esse tipo de tributação, dentro do conceito de planejamento tributário, esse tipo de enquadramento tributário é de longe a mais onerosa.

Referências

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