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O CEJUSC de Ijuí é muito bem estruturado, contando com um ótimo espaço físico dentro do Fórum, possui 3 salas de mediação, mobília adequada, material de apoio de qualidade (computadores, telefones, impressoras), sendo destinado, inclusive, uma estagiária para auxiliar nas atividades cotidianas. Detém também um grupo qualificado de conciliadores e mediadores judiciais.

A mediação é uma prática recente e pouco conhecida pela comunidade ijuiense, visto que o curso de formação de mediadores passou a ser ofertado apenas em março de 2017, sendo que os mediadores estão atualmente em período de estágio supervisionado. Durante a pesquisa de campo, quando as pessoas eram perguntadas se sabiam o que é a mediação e quais seus benefícios chegavam a se espantar e respondiam da seguinte forma: “o que é

isso?”, “nunca ouvi falar”, “é tipo conciliação?”.

Uma das perguntas do questionário era no seguinte sentido: “Você acha que a

mediação é uma forma eficaz para solucionar os conflitos de forma pacífica?. Das 10 pessoas

breve explicação sobre o tema e porque a maioria delas associa a mediação à ideia de conciliação, confundindo os dois institutos.

Ao serem desafiadas a explicar por que acham a mediação um meio eficaz para resolver conflitos de forma pacífica, houve grande dificuldade, inclusive, houve quem não conseguiu justificar sua resposta. As frases foram no seguinte sentido: “resolução mais

rápida dos problemas”, “fazer um acerto logo”, “é possível fechar um acordo razoável para ambas as partes”, “o acordo é uma forma de resolver melhor os conflitos”, “se é um bom mediador, acredito que é possível resolver. Sempre se tenta resolver sem processo antes de buscar o judiciário”, “o Judiciário está cheio de processos, portanto, pela mediação se resolve conflitos menos complexos, de forma rápida, deixando os casos mais complexos a cargo dos juízes”, “Há um entendimento melhor entre as partes. É possível esclarecer questões pendentes”, e “se resolve o conflito por meio do diálogo, prevenindo, assim, mais conflitos”.

Interessante pontuar também a nítida diferença de comportamento entre as pessoas que foram entrevistadas antes de uma sessão de conciliação/mediação e as que foram questionadas após o ato. As pessoas entrevistadas antes das sessões ainda estavam resistentes ao diálogo e buscavam culpar a outra parte pelo conflito vivenciado, eximindo-se de qualquer responsabilidade. Conversando com algumas pessoas após as sessões, foi possível verificar a quebra da resistência e uma consciência das mesmas acerca da importância da comunicação, sendo que uma frase chamou a atenção: “é importante a gente conversar, nada se resolve sem

o diálogo, muitas vezes eu estou pensando uma coisa e a outra parte está pensando outra completamente diferente, e eu não sei o que ela está pensando nem ela sabe o que eu estou pensando. Ali dentro a gente pode conversar, cada um pode expor o seu pensamento. É melhor chegar num acordo do que só ficar aplicando a lei simplesmente”.

Esse comentário efetuado por uma das pessoas entrevistadas vai de encontro à fala da juíza, dos advogados e dos mediadores, ou seja, só de ter a oportunidade de falar abertamente sobre o conflito as partes já se sentem satisfeitas, embora muitas vezes não haja acordo formalizado. É nítida a satisfação das partes ao saírem de uma sessão de conciliação ou mediação no CEJUSC, logo, embora não seja uma prática conhecida na comunidade, ela é bem aceita e elogiada quando as partes têm a chance de ter contato com ela. Por meio dessa

prática há uma humanização da justiça, um empoderamento dos mediandos (dotando-os das noções de cidadania, autonomia, democracia, dentre outras),

Em termos de autonomia, cidadania, democracia e direitos humanos a mediação pode ser vista como a sua melhor forma de realização. As práticas sociais de mediação configuram-se em um instrumento de exercício da cidadania, na medida em que educam, facilitam e ajudam a produzir diferenças e a realizar tomadas de decisões, sem a intervenção de terceiros que decidem pelos afetados em um conflito. (WARAT, 2001, p. 88).

Conforme se constata pelas respostas dos entrevistados, é praticamente consenso que a mediação oferece uma série de benesses, se bem utilizada, tais como: reestabelecimento da comunicação entre as partes; empatia; facilidade e agilidade na solução dos conflitos; resolução participativa e célere; economia processual; solução benéfica a ambas as partes; maior voluntariedade no cumprimento dos acordos, dentre outras. Todavia, é consenso também que são inúmeros os percalços a serem enfrentados, dentre os quais pode-se citar: cultura do litígio; resistência dos operadores do direito em geral; postura não colaborativa de alguns advogados; formação insuficiente dos mediadores; não remuneração dos mediadores; formação acadêmica de juristas voltada ao litígio; utilização equivocada da mediação em muitas situações; presença de preposto nas sessões; frustração das sessões pelo não comparecimento das partes; dentre outros.

Uma das maiores queixas dos mediadores entrevistados é em relação à resistência dos advogados ao procedimento de mediação. Muitos advogados veem a mediação como uma “perda de tempo”, como algo que não dá resultados, como uma inimiga em potencial, baseados na ideia de que se não há litígio, não há trabalho a ser feito. Ademais, alguns advogados, por não deter conhecimento na área, acabam não se portando adequadamente nas sessões. Porém, a mediação e outras práticas autocompositivas são o horizonte a ser buscado no Direito, afinal, os números apontados no primeiro capítulo desta monografia demonstram que o modelo em vigor está sucumbindo, e é necessário buscar outras formas de resolução de conflitos que qualifiquem o acesso à justiça.

Muito dessa postura dos advogados advém da própria formação acadêmica pois, a maioria dos cursos de Direito no Brasil não tem previsto em sua grade curricular uma matéria obrigatória ou optativa a respeito dos meios alternativos de resolução de conflitos e, pelo

menos até a publicação do novo Código de Processo Civil esse tema não era discutido frequentemente na academia.

Outro percalço facilmente constatado no CEJUSC de Ijuí se refere ao não comparecimento das partes para as sessões agendadas. Os mediadores que atuam no Centro não se dedicam exclusivamente a essa atividade, em função de terem suas respectivas profissões. Além disso, como exposto anteriormente, estão em formação, sendo necessário montar um grupo de no mínimo três pessoas disponíveis no mesmo turno para que a sessão se realize, logo, estabelecer uma agenda não é tarefa fácil.

O que ocorre frequentemente, é que uma das partes ou ambas não comparecem no dia marcado para as sessões, muitas vezes por falta de intimação; outras, mesmo regularmente intimadas deixam de se fazer presente. Isso frustra a logística e organização do CEJUSC, além de representar desperdício de dinheiro público, eis que foi necessário movimentar toda a máquina. Assim, é necessário qualificar a comunicação entre as Varas e o CEJUSC, a fim de melhor organizar a agenda de trabalho.

Questão crucial de ser trabalhada também é a formação dos mediadores. A formação ofertada (curso teórico-prático de 40 horas) é insuficiente, considerando especialmente que a maioria das pessoas exercem outras atividades, muitas advogam, por exemplo, e quebrar o paradigma da heterocomposição exige maior lapso de tempo e experiência prática. Em contrapartida, a mediação acaba sendo utilizada de forma equivocada em muitas situações, afinal, existem conflitos que não podem ser mediados, sendo cabível outra forma de abordagem. Um exemplo é uma demanda proposta por um consumidor em face de uma empresa prestadora de serviços. Essa contenda, em regra, não é caso de mediação e, para piorar, muitas vezes as empresas enviam um preposto (que atualmente não precisa ser empregado da empresa) que desconhece os fatos e já vai orientado a não fazer acordo.

Um dos empecilhos à mediação é a falta de remuneração dos mediadores, o que causa evasão de profissionais, dificuldades e gastos financeiros ao NUPEMEC no que tange a formação de um quadro estável de mediadores. No âmbito do Rio Grande do Sul, no mês de setembro de 2017, a Presidência do TJRS publicou o Ato nº 028/2017 que dispõe sobre a remuneração dos conciliadores e mediadores judiciais, o qual vem causando certas controvérsias.

No artigo 1º do Ato consta que os mediadores e conciliadores capacitados na forma da Resolução nº 1026/2014 – COMAG e credenciados junto ao NUPEMEC, nomeados com observância ao sistema de rodízio estabelecido pelos CEJUSCs, e que não exerçam atividade voluntária, serão remunerados por acordo homologado ou termo de entendimento, da seguinte forma: nas conciliações, o valor mínimo será de 2 URC’S e máximo de 4 URC’S (considerando que o valor do URC está R$ 35,18, receberão no mínimo R$ 70,36 e no máximo R$ 140,72 por acordo homologado); nas mediações cíveis no mínimo 4 e no máximo 8 URC’S (entre R$ 140,72 e R$ 281,44 por termo de entendimento) e nas mediações de família será no mínimo 8 e no máximo 10 URC’S (entre R$ 281,44 e R$ 351,80 por termo de entendimento).

Logo, conforme se observa dos termos do artigo 1º, os conciliadores e mediadores judiciais só receberão pelo seu trabalho se for estabelecido um acordo/entendimento entre as partes, o que contraria toda a principiologia da mediação, que não busca majoritariamente um acordo e sim o reestabelecimento da comunicação entre os mediandos surgindo o entendimento como uma eventual consequência. Tal forma de remuneração é indigna, eis que não valoriza o trabalho do mediador e deixa bem clara a intenção do Tribunal ao incorporar em sua estrutura os meios alternativos de resolução de conflitos, qual seja, unicamente diminuir o contingente de processos.

O parágrafo 1º do referido artigo diz que a remuneração será fixada pelo magistrado responsável pelo processo e, após a fixação as partes serão intimadas para pagamento dos honorários do conciliador ou mediador, na forma acordada ou, na omissão, conforme determinado pelo magistrado, ressalvadas as hipóteses de concessão de justiça gratuita, em que ficará suspensa a exigibilidade na forma e pelo prazo do artigo 98, §3º, do CPC:

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. [...]

§ 3o Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência

ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.

Os Magistrados da Comarca de Ijuí ao deferirem a gratuidade da justiça, estão fazendo uma ressalva quanto à remuneração do conciliador ou do mediador que atua no CEJUSC, tendo como base o artigo 98, §5º, do CPC, o qual diz que “A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.”. Porém, os magistrados não estão fixando a remuneração devida, apenas estabelecem o mínimo a ser observado em se tratando de conciliação ou de mediação, nos termos do ato supracitado, ficando à cargo dos próprios conciliadores/mediadores negociar com as partes o valor a ser pago, o que causa grande constrangimento e vai na contramão do que dispõe o ato da Presidência do TJRS. Logo, é premente a necessidade de uniformizar e adequar a remuneração dos conciliadores e mediadores em todo o país.

Por fim, há autores que criticam a incorporação da mediação no âmbito do Poder Judiciário, sob o temor de que essa prática seja deturpada de seus fins, tornando-se mero instrumento para desafogar o contingente de processos nos fóruns do Brasil. Warat (2001, p. 89), refere que “A mediação, ainda que a consideremos como um recurso alternativo do judiciário, não pode ser concebida com as crenças e os pressupostos do imaginário comum dos juristas. A mentalidade jurídica termina convertendo a mediação em uma conciliação.”.

Logo, o que se percebe é que o Poder Judiciário incorpora a mediação, mas não dá condições adequadas para que ela cumpra com seu papel pacificador de conflitos, tornando-se um mero ato processual. É questionável a suposta mudança de postura por parte do Judiciário, pois, na prática isso não se observa, ou seja, se está dando uma resposta simbólica e superficial para um problema que atinge diretamente o direito de acesso à justiça em seu aspecto material. Portanto, é urgente a quebra de paradigma dentro desse poder.

CONCLUSÃO

O presente trabalho de conclusão de curso trouxe como tema central a mediação judicial como uma política pública de tratamento adequado de conflitos, notadamente sua configuração a partir do novo Código de Processo Civil. Como abordado ao longo do estudo, ao Poder Judiciário foi atribuída a função constitucional de solucionar conflitos, por meio da aplicação do Direito ao caso concreto, sendo consagrado no artigo 5º, inciso XXXV da Constituição Federal de 1988 o direito de acesso à justiça.

No entanto, como as pessoas perderam a capacidade de dialogar e, consequentemente, a autonomia de resolver os próprios conflitos, o Poder Judiciário teve que assumir, de certa forma, uma postura “paternalista” em relação aos seus jurisdicionados, na medida em que estes buscam constantemente auxílio para solucionar suas contendas. Em decorrência disso, verifica-se uma explosão de litigiosidade no Judiciário e uma morosidade na tramitação dos processos.

Veja que se encerrou o ano de 2016 com 79,7 milhões de processos em tramitação, aguardando alguma solução definitiva, chegando-se à conclusão de que mesmo que o Judiciário fosse paralisado sem o ingresso de novas demandas e mantida a produtividade dos magistrados e servidores, seriam necessários aproximadamente 2 anos e 8 meses de trabalho para zerar o estoque de processos pendentes.

A crise da justiça brasileira é determinada por uma série de fatores: os juízes tem alta carga de trabalho e representam apenas 4,1% do quadro de pessoal, sendo que há um grande déficit de magistrados (em 2016, dos 22.450 cargos criados por lei, apenas 18.011 foram ocupados, ou seja, havia 4.439 cargos vagos, em sua grande maioria de juízes de 1º grau); a

sociedade brasileira vivencia uma cultura do litígio (a cada grupo de 100.000 habitantes, 12.907 ingressaram com uma ação no Poder Judiciário no ano de 2016); o índice de conciliação é baixo; dentre outros.

Todos esses números refletem diretamente na qualidade do acesso à justiça e é mais que urgente repensar o sistema de justiça brasileiro. Surge então a mediação judicial, especialmente com a publicação do novo Código de Processo Civil, que traz como norma fundamental a solução consensual dos conflitos. O CNJ estabelece que é dever do Poder Judiciário ofertar outros meios de resolução de conflitos (o chamado Sistema Multiportas), especialmente os consensuais, vez que é direito do cidadão ter o seu conflito solucionado por meios adequados, que não somente por meio de uma decisão judicial.

Porém, ao mesmo tempo que incorpora a mediação, o Judiciário não fornece condições adequadas para que essa prática cumpra com seu papel pacificador de conflitos, talvez nem seja este o intuito, pois a prática tem revelado um objetivo oculto: unicamente desafogar o Poder Judiciário do número de processos que tramitam em sua estrutura.

A mediação apresenta uma série de benefícios, além de ser prática democrática e cidadã, recuperando nos mediandos a noção de alteridade, de diálogo, de responsabilidade e civilidade no momento de resolver os conflitos. Logo, se bem aplicada, a mediação apresenta grande potencial pacificador e poderá recuperar a confiança dos jurisdicionados no Poder Judiciário, por meio de um acesso à justiça qualificado. Warat (2001, p. 89) expõe que:

A mediação seria um salto qualitativo para superar a condição jurídica da modernidade, baseada no litígio e apoiada em um objetivo idealizado e fictício, como é o de descobrir a verdade, que não é outra coisa que a implementação da cientificidade como argumento persuasivo.

No âmbito do Estado do Rio Grande do Sul, verifica-se intenso trabalho do TJRS por meio do NUPEMEC no que tange à instalação de CEJUSCs em todo o Estado, e o Núcleo se apresenta ativo e inovador em suas atividades. Porém, a qualificação do pessoal que atuará nesses Centros precisa ser repensada e melhorada. Ademais, faltam condições para a formação de um quadro de mediadores contínuo e com disponibilidade, já que não há valorização profissional do mediador, inclusive, com remuneração digna.

No CEJUSC de Ijuí, a mediação passou a ser ofertada recentemente (em março de 2017) e o Centro ainda não conta com mediação familiar. Mediante a coleta e análise de dados concluiu-se que a mediação não é uma prática conhecida na comunidade, porém, quando as pessoas têm a oportunidade de participar de uma sessão e tomam conhecimento do procedimento, é bem recepcionada e elogiada. Além disso, há grande confusão por parte das pessoas entre mediação e conciliação, tratando-as como práticas semelhantes. Apesar de ser recente, o número de sessões de mediação na Comarca tem aumentado gradativamente.

Percebeu-se que a grande maioria dos participantes da pesquisa (juíza, advogados, partes e mediadores) tem um olhar muito positivo sobre a mediação e há um certo consenso entre eles quanto aos benefícios dessa prática, dentre os quais pode-se citar: a privacidade, a economia financeira, de tempo e emocional, o reestabelecimento da comunicação entre as partes, a participação ativa na construção das decisões, empoderamento dos mediandos, baixo índice de descumprimento dos acordos, dentre outros. No entanto, também reconhecem que há aspectos a serem superados.

A questão cultural se mostra como o principal entrave para a efetividade da mediação, pois a maioria das pessoas não sabe o que é a mediação e quais são seus benefícios, bem como permanecem atreladas ao processo como única forma de resolver conflitos. Essa cultura do litígio é fomentada pela postura dos operadores do Direito em geral, que resistem à mediação, e pela própria formação acadêmica dos juristas, voltada à concepção de litígio.

A falta de uniformidade na remuneração de conciliadores e mediadores, e a formação insuficiente desses profissionais é igualmente um obstáculo. Na cidade de Ijuí não é diferente, os mediadores enfrentam grande dificuldade face à postura não colaborativa de alguns advogados, principalmente os mais antigos, sendo que em relação aos advogados mais novos já se percebe uma mudança de mentalidade.

Com a pesquisa, concluiu-se que a mediação não é prática conhecida na comunidade, porém, é bem recepcionada quando as pessoas têm a oportunidade de participar das sessões, justamente pelo caráter transformador da prática. Warat (2001, p. 79) refere que a mediação se diferencia da conciliação e da arbitragem por este caráter transformador dos sentimentos “que, por graça da mediação, pode ocorrer nas relações sentimentalmente conflituosas, o que

é ignorado no procedimento judicial e nos outros procedimentos alternativos de resolução dos conflitos judiciais.”.

Assim, verifica-se que há necessidade de maior divulgação sobre o tema para a comunidade e sensibilização dos operadores do Direito para essa nova tendência introduzida pelo novo Código de Processo Civil. É preciso igualmente firmar parceria entre o Poder Judiciário, Defensoria Pública, Ministério Público e Ordem dos Advogados do Brasil a fim de propagar a prática da mediação, caso contrário, ela acabará se tornando só mais um ato processual, despido de qualquer função pacificadora e se perderá uma grande oportunidade de humanizar e qualificar a justiça.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, André Gomes de (org.). Manual de Mediação Judicial. 5. ed. Porto Alegre:

TJRS, 2015. Disponível em:

<http://www.tjrs.jus.br/export/processos/conciliacao/doc/Manual_Mediacao_MJ_5ed_Interne t.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2017.

ALBERTON, Genacéia da Silva. Mediação institucional: uma proposta para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. IN: ALBERTON, Genacéia da Silva (Org.). Coleção Mediação Volume I. Porto Alegre: Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Departamento de Suporte Operacional, Serviço de Impressão e Mídia Digital, 2017. Disponível em: <http://www.tjrs.jus.br/site/processos/conciliacao/ebooks.html>. Acesso em: 10 maio. 2018.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 15 out. 2017.

______. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em: 15 out. 2017.

______. Lei 13.140, de 26 de junho de 2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/L13140.htm>. Acesso em: 15 out. 2017.

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