• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO III. DADOS E METODOLOGIA DE ANÁLISE

3.7. TRATAMENTO DOS DADOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS

3.7.1. Análise de conteúdo

A análise de conteúdo é uma técnica de análise das comunicações, que irá analisar os dados recolhidos, por questionários ou observação (Bardin, 1977). Na análise do material, busca-se classificá-los em temas ou categorias que auxiliam na compreensão do que está por trás dos discursos.

A análise de conteúdo se caracteriza por um conjunto progressivo de técnicas, conforme demonstrado na categorização acima apresentada, onde se utilizou muito o referencial teórico apresentado no intuito de obter clareza sobre os aspectos analisados acima.

Para Flick (2009) o pesquisador não deve lançar-se a campo desprovido de suporte teórico, mesmo que para pesquisas qualitativas não se estabeleçam hipóteses, as categorias de análise precisam ser desenvolvidas, ale de que não será possível efetuar as inferências e interpretações, caso não se domine os conceitos básicos das teorias que respaldam a coleta de dados. A análise de conteúdo, se enfatiza como um método específico, que proporciona mais clareza, aprofundamento e se torna mais factível, em função da elaboração de esquemática que o sustenta passo a passo, portanto existe um método acompanhado de etapas que devem ser seguidas gradativamente com base em percepção dos participantes do questionario, suporte teórico e conhecimento técnico do pesquisador na área de estudo, tornando desde modo a análise mais rigorosa e menos ambígua.

Para Silva e Fossá (2015) infere-se que para estudos desde tipo, a observação in loco, se torna um evento primordial para a efetiva condução da análise de conteúdo, contudo não se pode afirmar que a observação deve ser considerada primordial para análise de outros temas de estudo.

Com o intuito de tornar mais claro o entendimento sobre o método de análise de conteúdo, apresenta-se a ilustração, esquematizada por Bardin (1977), através das seguintes etapas, constantes na figura 16 sobre Desenvolvimento de uma análise, que segue:

CAPÍTULO III. DADOS E METODOLOGIA DE ANÁLISES

Figura 16 - Desenvolvimento de uma análise

Fonte: Bardin (1977, p. 102)

A figura 16, representa uma metodologia para o desenvolvimento de uma análise científica. A conceitualização da análise de conteúdo, pode ser concebida de diferentes formas, tendo em vista a vertente teórica e a intencionalidade do pesquisador que a desenvolve, seja adotando conceitos relacionados à semântica estatística do discurso, ou ainda, visando à inferência por meio da identificação objetiva de características das mensagens (Weber, 1985; Bardin, 1977).

Para Gil (2008), apesar das varias formas que podem assumir os processos de análise e interpretação dos dados, em grande parte das pesquisas sociais se observa os seguintes passos:

• Estabelecimento de categorias;

• Codificação (dados brutos são transformados em símbolos para que possam ser tabulados);

CAPÍTULO III. DADOS E METODOLOGIA DE ANÁLISES

• Tabulação (processo de agrupar e contar casos que estão nas várias categorias de análise, podendo ser simples e/ou cruzada assim como manual e/ou eletrônica);

• Análise Estatística dos dados (é procedida em dois níveis: a descrição dos dados e das generalizações obtidas a partir desses dados);

• Avaliação das generalizações obtidas com os dados (para maioria das pesquisas de cunho social são utilizadas amostras as quais devem após o resultado encontrado deve com base na mesma generalizar os resultados para toda população de onde foi selecionada a amostra;

• Inferência de relações causas e

• Interpretação dos dados (na pesquisa social é recomendável que haja um equilíbrio entre o arcabouço teórico e os dados empiricamente obtidos, a fim de que os resultados da pesquisa sejam mais significativos.

Nesta pesquisa o pesquisador participou dos fóruns realizados com freqüência mensal para observar as temáticas emergentes no setor e as demandas trazidas por cada organização, assim como participou de reuniões de grupos que trabalhavam conjuntamente para resolver temas específicos como, elaboração de projetos e formas de construção de alternativas para participação de editais que visam distribuir recursos para estas organizações.

Para Fossá e Silva (2013 p. 01), a análise de conteúdo é uma técnica de análise das comunicações, que irá analisar o que foi informado pelo respondente e considerado pelo pesquisador. Para a verificação do material, aplica-se a divisão por temas ou categorias visando facilitar a compreensão do leitor. Também para Neto e Pilger (2007, p. 54), a aplicação da análise de conteúdo é realizada a partir da transcrição do material extraído do questionário, e possui como objetivo “obter categorias iniciais, intermediárias e finais”.

O conceito de análise de conteúdo, pode aparecer de diversos prismas, considerando a vertente teórica e a intencionalidade do pesquisador, que desenvolve a pesquisa tanto adotando conceitos que levam a semântica estatística da investigação, quanto, visando a inferência, através da identificação objetiva, oriundas das características das informações avaliadas (Weber, 1985; Bardin, 1977).

A aplicação da análise por categorias utilizada para a sintetização das respostas advindas da aplicação dos questionários, as respostas analisadas foram subdivididas em três categorias: Categoria Inicial, intermediária e final as quais serão desdobradas e analisadas

CAPÍTULO III. DADOS E METODOLOGIA DE ANÁLISES

tecnicamente com suporte do referencial teórico no item de análise de dados qualitativos desde a pesquisa. Segundo Valentim (2005), a análise categorial pode ser entendida como:

A análise categorial trata do desmembramento do discurso em categorias temáticas, em que os critérios de escolha e de delimitação orientam-se pela dimensão da investigação dos temas relacionados à inteligência competitiva organizacional, identificados nos discursos dos sujeitos pesquisados (Valentim, 2005, p. 183-184).

Nesta análise por categorias na linha de Bardin (2011) procuramos o desdobramento do texto obedecendo a uma relação de correspondência ou de semelhança entre as coisas, portanto organizamos os dados em categorias agrupadas de forma analógica que pode ser observados no ponto de analise das categorias que será tratado mais adiante .

Documentos relacionados