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X X Verificar as necessidades de TI do IFSP e definir soluções para problemas de TI

18. Como você considera o tempo das reuniões do Comitê de TI?

6.5 Análise de dados da pesquisa com o Presidente do Comitê

A entrevista com o Presidente do Comitê de TI foi feita mediante aplicação de um roteiro semiestruturado composto por nove questões abertas, conforme pode ser visto detalhadamente no Apêndice B. Foi feita a solicitação de entrevista presencial, mas em atendimento à demanda do entrevistado, as questões foram enviadas por e-mail em quatorze de maio de dois mil e quinze e foram respondidas na mesma data.

As questões foram pertinentes para o entendimento da organização na visão das dificuldades encontradas na elaboração de estratégias que envolvem a TI e a instituição, principalmente alinhamento estratégico entre o PDTI com o PDI (Plano Desenvolvimento Institucional), foco específico das instituições da APF.

As principais atribuições do comitê de TI do IFSP, conforme definido por sua presidência são:

I – promover a utilização planejada e coordenada de serviços de Tecnologia da Informação (TI) para dar suporte às necessidades do IFSP;

II – propor o Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI);

III – fomentar ações visando o alinhamento do Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) elaborado pelo Comitê de Tecnologia da Informação com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFSP;

IV – quando necessário, efetuar votações e aprovar planos, documentos e relatórios estratégicos de Tecnologia da Informação do IFSP, encaminhando-os ao reitor, para conhecimento da comunidade;

V – discutir diretrizes e padrões na área de Tecnologia da Informação;

VI – prover a Pró-reitoria de Desenvolvimento Institucional com informações para suas atividades e auxiliar na execução de suas decisões;

VII – orientar as atividades e levantar demandas que envolvem a Tecnologia da Informação de acordo com os interesses de cada área de negócio ou campus.

Os itens afirmados pela presidência do Comitê sobre as atribuições do Comitê de TI do IFSP, mesmo que mais detalhados, são equivalentes em relação às respostas informadas pelos CTIs que são membros deste colegiado.

Entre as atividades destacam-se para este trabalho os itens II e III que tem envolvimento com a questão da TI com a estratégia da organização, principalmente pela elaboração do plano formal da TI o PDTI e o seu alinhamento com o PDI.

O questionamento sobre as principais dificuldades do planejamento do Comitê de TI e as maiores dificuldades e desafios na gestão do setor de TI são equivalentes as respostas afirmadas pelos CTIs. Descrevendo que os principais problemas estão relacionados com o comprometimento dos participantes e a conciliação das atividades inerentes aos cargos que ocupam, juntamente com as dificuldades relacionadas com manter diretrizes aos recursos necessários, como um dos maiores desafios, estes mesmos itens foram destacados pelos CTIs pesquisados. Lembrando que tanto para os CTIs quanto para a presidência as questões eram dissertativas, não havendo a indução para as respostas.

A responsabilidade pelo desenvolvimento do planejamento estratégico de TI no IFSP e a elaboração do PDTI é de responsabilidade da Pró-reitoria de Desenvolvimento Institucional e do Comitê de Tecnologia da Informação.

Ao analisarmos o PDTI com a realidade do planejamento, gestão e controle de TI no IFSP, foi questionado se o mesmo espelha a realidade. Assim conforme verificado neste estudo de caso característica marcante do IFSP nestes últimos anos é a sua transformação institucional. Desta forma, a presidência declara que o PDTI cumpre o atendimento a decretos normativos para compras em TI, porém faz-se necessário um estudo mais abrangente e minucioso. Detalhando-se que o PDTI 2013-2014 é o primeiro elaborado pela gestão atual.

Entre os CTIs pesquisados foi questionado a possibilidade de alteração do PDTI, conforme analisado no Gráfico 26 - Possibilidade de alteração das metas prescritas no PDTI na página 135. Os dados demonstraram que 73% dos pesquisados desconhecem a possibilidade de mudanças nas metas prescritas no PDTI e 9% afirmaram que as mesmas não podem ser alteradas. O questionamento foi realizado a presidência do Comitê de TI que informou, igualmente explicitado no PDTI 2013-2014, que: “O PDTI tem sido um documento com validade de 2 anos. No documento é explicitado que, dentro de sua validade, revisões que gerem novas versões podem acontecer”.

Assim novamente fica afirmado a possibilidade de alterações no PDTI gerando novas versões que atendam as demandas estratégicas emergentes, ocasionado uma estratégia realizada que pode ser diferente da estratégia inicial deliberada, e esta não ocorre pela falta de planejamento, mas por questões oriundas a mudanças de cenários que não são previsíveis em sua totalidade, principalmente por questões de mudanças de políticas públicas e priorizações de áreas consideradas mais importantes em dado momento pelo Governo Federal, além de motivos macroeconômicos.

O acompanhamento das metas traçadas no PDTI não é realizado com periodicidade determinada, mas por demanda, de acordo com a necessidade, realizada

atualmente pela Diretoria Adjunta de Desenvolvimento Institucional. Este é um dos motivo que explica a falta de conhecimento dos membros da CTI sobre o acompanhamento das metas. Pois apenas 3 membros responderam que já participaram de reuniões do Comitê em que as metas prescritas no PDTI são discutidas, deste 2 afirmaram que esta acontece anualmente e um sem data definida.

Entre as sugestões para melhoria do planejamento, implementação e controle do PDTI foi afirmado que o PDTI sendo um documento relativamente recente e a criação de um setor específico para pensar e tratar de assuntos relativos à governança de TI tem sido o caminho adotado.

A entrevista encerrou-se com o questionamento sobre a existência ou não de grande rotatividade de servidores da área de TI nos campi ou na reitoria e seus motivos. A presidência afirma acreditar que sim. E entre os principais fatores estão às condições de trabalho (sobrecarga de tarefas) e salários mais atraentes em outros órgãos públicos e, no caso específico da cidade de São Paulo, onde se encontram o campus de São Paulo e a Reitoria, o tempo e desgaste empregados no deslocamento para o local de trabalho.

A entrevista apresentou um caráter assertivo nas suas respostas e nenhuma das questões deixou de ser respondida. Adicionalmente, o entrevistado informou sua disponibilidade para sanar possíveis dúvidas e outros questionamentos que poderiam surgir, após o encaminhamento das respostas.

7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Este capítulo verifica os pressupostos das dificuldades que as organizações públicas federais enfrentam nos desafios para realização de elaboração de planos estratégicos na área de TI, especificamente no estudo de caso proposto sobre o Comitê de TI do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP). Assim através da pesquisa de campo realizada com os Coordenadores de Tecnologia da Informação (CTI) e também com a Presidência deste Comitê foi possível verificar as suas principais dificuldades e, ao mesmo tempo, as oportunidades de mudança que podem ser trabalhadas como vantagens. Este capítulo apresenta as recomendações para melhoria e aprimoramento das atividades deste Comitê. Salientando a importância da utilização do PDTI (Plano Diretor de Tecnologia da Informação) como ferramenta de alinhamento estratégico do setor de informática com a organização.