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ANEXO A – LINHA DO TEMPO DA REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

5.1 Rede federal de educação profissional, científica e tecnológica

A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica encontra-se em todos os estados brasileiros, oferecendo cursos técnicos, superiores, e pós-graduação lato sensu e stricto sensu, mestrado e doutorado. Segundo sítio da Rede Federal17 (2014), cobrindo todo o território nacional a rede presta um serviço à nação, ao dar continuidade à sua missão de qualificar profissionais para os diversos setores da economia brasileira, sendo formada pelas seguintes instituições:

 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia;  Centros Federais de Educação Tecnológica;

 Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais;

 Universidade Tecnológica Federal (instituição única da rede que se encontra no Paraná).

O histórico das transformações ocorridas na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica podem ser observados com maiores detalhes na ilustração do Anexo A. Nesta ilustração, uma linha de tempo de 1909 a 2009, é possível observar a criação das dezenove “Escolas de Aprendizes Artífices”, pelo então presidente Nilo Peçanha através do decreto nº 7.566 em 23 de setembro de 1909, subordinadas ao então Ministério dos

17 Expansão da Rede Federal, disponível em: <http://redefederal.mec.gov.br/expansao-da-rede-federal>. Acesso

Negócios da Agricultura, Indústria e Comércio, até o ano de 2009, ano da comemoração do centenário da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.

Observa-se que a rede foi transformando-se a partir das necessidades oriundas da sociedade brasileira, pois se no seu início os cursos eram apenas de ensino profissionalizante, hoje a rede federal cumpre o papel de pesquisa, ofertando cursos de Mestrado e Doutorado em algumas de suas unidades.

Conforme informações do portal da Rede Federal (2015) a rede está vivenciando a maior expansão de sua história. De 1909 até 2002 foram construídas 140 escolas técnicas no país e de 2003 a 2010 o Ministério da Educação entregou 214 escolas, estas previstas no plano de expansão da rede federal de educação profissional e outras foram federalizadas. O Gráfico 1 ilustra o cenário da Rede Federal até 2014, todas em funcionamento, totalizando 562 escolas em atividade, conforme os dados Rede Federal (2015).

Gráfico 1 - Cenário da rede federal até 2014

Fonte: Rede Federal (2015).

A Rede Federal foi reordenada pela Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Desde então, trinta e um centros federais de educação tecnológica (CEFETS), setenta e cinco unidades descentralizadas de ensino (UNEDS), trinta e nove escolas agrotécnicas, sete escolas técnicas federais e oito escolas vinculadas a universidades deixaram de existir para formar os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Formando os trinta e oito Institutos Federais presentes em todos os estados brasileiros (REDE FEDERAL, 2015). Essa rede ainda é formada por instituições que não aderiram aos institutos federais, mas também oferecendo

educação profissional em todos os níveis, sendo dois CEFETS, vinte e cinco escolas vinculadas a universidades e uma universidade tecnológica.

Várias transições de nomenclatura e institucionais ocorreram entre as unidades da rede federal desde as primeiras “Escolas de Aprendizes e Artífices” em 1909 até a denominação dos “Instituto Federais” em 2008, conforme pode ser analisado na Figura 17.

Figura 17 - Histórico de nomenclaturas das unidades da Rede Federal

Fonte: Rede Federal (2015).

Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia são maioria nas instituições que formam a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, formados por 38 instituições espalhadas pelas diversas regiões do Brasil, conforme pode ser analisado no Quadro 9.

Quadro 9 - Institutos Federais nas regiões e estados brasileiros

Região Estados Instituição Cidade Sede

Centro- Oeste

Distrito Federal Instituto Federal de Brasília Brasília Goiás Instituto Federal Goiás Goiânia Instituto Federal Goiano Goiânia Mato Grosso do Sul Instituto Federal Mato Grosso do Sul Campo Grande

Mato Grosso Instituto Federal Mato Grosso Cuiabá

Nordeste

Alagoas Instituto Federal Alagoas Maceió Bahia Instituto Federal Baiano Salvador

Instituto Federal Bahia Salvador Ceará Instituto Federal Ceará Fortaleza Maranhão Instituto Federal Maranhão São Luís

Paraíba Instituto Federal Paraíba João Pessoa Pernambuco

Instituto Federal Pernambuco Recife Instituto Federal Sertão Pernambucano Petrolina Piauí Instituto Federal Piauí Teresina Rio Grande do Norte Instituto Federal Rio Grande do Norte Natal

Sergipe Instituto Federal Sergipe Aracajú

Norte

Acre Instituto Federal Acre Rio Branco Amazonas Instituto Federal Amazonas Manaus

Amapá Instituto Federal Amapá Macapá Pará Instituto Federal do Pará Belém Rondônia Instituto Federal Rondônia Porto Velho

Roraima Instituto Federal Roraima Boa Vista Tocantins Instituto Federal Tocantins Palmas

Sudeste

Espírito Santo Instituto Federal Espírito Santo Vitória

Minas Gerais

Instituto Federal Norte de Minas Gerais Montes Claros Instituto Federal Sudeste de Minas Juiz de Fora

Instituto Federal Minas Gerais Belo Horizonte Instituto Federal Sul de Minas Pouso Alegre Instituto Federal Triângulo Mineiro Uberaba Rio de Janeiro

Instituto Federal Rio de Janeiro Rio de Janeiro Instituto Federal Fluminense Campos dos Goytacazes São Paulo Instituto Federal São Paulo São Paulo

Sul

Paraná Instituto Federal Paraná Curitiba Rio Grande do Sul

Instituto Federal Sul-Rio-Grandense Pelotas Instituto Federal Farroupilha Santa Maria Instituto Federal Rio Grande do Sul Bento Gonçalves Santa Catarina Instituto Federal Catarinense Blumenau

Instituto Federal Santa Catarina Florianópolis Fonte: Elaboração própria, a partir de CONIF (2014).

Os Institutos Federais são definidos na Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, no seu Art. 2º como instituições de educação superior, básica e profissional, pluricurriculares e multicampi, especializados na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, com base na conjugação de conhecimentos técnicos e tecnológicos. Os objetivos dos Institutos Federais são elucidados na Seção III da lei de sua criação, que pode ser observada com maiores detalhes no ANEXO B deste trabalho. A Lei cria a obrigatoriedade mínima para 50% de suas vagas para cursos técnicos e 20% de vagas para licenciatura, conforme o artigo 8º da referida lei:

Art. 8o No desenvolvimento da sua ação acadêmica, o Instituto Federal, em cada

exercício, deverá garantir o mínimo de 50% (cinquenta por cento) de suas vagas para atender aos objetivos definidos no inciso I do caput do art. 7o desta Lei, e o

mínimo de 20% (vinte por cento) de suas vagas para atender ao previsto na alínea b do inciso VI do caput do citado art. 7o.

§ 1o O cumprimento dos percentuais referidos no caput deverá observar o conceito

de aluno-equivalente, conforme regulamentação a ser expedida pelo Ministério da Educação.

§ 2o Nas regiões em que as demandas sociais pela formação em nível superior

justificarem, o Conselho Superior do Instituto Federal poderá, com anuência do Ministério da Educação, autorizar o ajuste da oferta desse nível de ensino, sem prejuízo do índice definido no caput deste artigo, para atender aos objetivos definidos no inciso I do caput do art. 7o desta Lei.

A partir desta definição, deduz-se que os 30% restantes atenderão os cursos de nível de educação superior previstos: a) cursos superiores de tecnologia; b) cursos de bacharelado e engenharia; e) cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e especialização e d) cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado. Abre-se também a possibilidade para os cursos de Formação Iniciada e Continuada (FIC) previsto no inciso II do mesmo artigo 8º, objetivando a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização de profissionais, em todos os níveis de escolaridade, nas áreas da educação profissional e tecnológica.

Uma característica importante dos Institutos Federais, é a grande quantidade de

campi, menores do que as estruturas das universidades federais, porém espalhados

geograficamente, o que supostamente interioriza o acesso ao ensino superior e à pós- graduação, diminuindo a evasão.

A expansão que a Rede Federal nos últimos anos, e consequentemente, os Institutos Federais, proporcionou um grande aumento na quantidade dos campi com os investimentos feitos em ampliação e novas unidades. Podemos verificar o aumento dos campi na Tabela 1 e no Gráfico 2.

Tabela 1 - Quantidade de campi por região do Brasil

Região Preexistentes (2003/2010) Criados (2011/2012) Previstos (2013/2014) Previstos Total

Centro- Oeste 9 17 18 12 56 Nordeste 49 68 25 52 194 Norte 15 22 8 16 61 Sudeste 39 66 18 23 146 Sul 28 41 19 17 105 Brasil 140 214 88 120 562

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados SIMEC/MEC (2014).

Gráfico 2 - Quantidade de campi por região de forma cumulativa

Fonte: Elaboração própria, a partir de dados SIMEC/MEC (2014).

A instituição de ensino público denominado Instituto Federal cresceu de forma muito rápida em um curto período de tempo. Se compararmos a quantidade dos campi anterior ao período de 2003, que era de 140, para a quantidade em 2014 que é 562, temos o resultado de um aumento de 301%, ou seja, quadriplicou-se o número dos campi em um período de 12 anos. O atendimento dos Institutos Federais até 2002 com os 140 campi eram prestados em 120 municípios do país, com a expansão de até 2014 os 562 campi atenderam 512 municípios. 140 354 442 562 0 200 400 600 800 1000 1200 Preexistentes 2003/2010 2011/2012 Previsão 2013/2014 Brasil Sul Sudeste Norte Nordeste Centro-Oeste