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ANÁLISE DAS DEMONSTRACOES CONTABEIS

No documento Contabilidade (páginas 122-124)

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES ANÁLISE HORIZON TAL E INDICADORES DE EVOLUÇÃO ÍNDICES E QUO-

ANÁLISE DAS DEMONSTRACOES CONTABEIS

índices e coeficientes);

6. Comparação com padrões (cálculos e comparações com quoci- entes-padrão);

7. Relatórios (apresentação das conclusões em forma de relatórios inteligíveis por leigos).

Desta forma o relatório de análise deve apresentar informações sobre a situação econômico-financeira da organização e sobre o seu desempe- nho ao longo dos períodos analisados, bem como as tendências para o futuro. Devem ser esclarecidas, ainda, as causas que proporcionaram o grau de endividamento, liquidez e rentabilidade encontrados, quer sejam positivos ou negativos; assim sendo, a tarefa de interpretação do adminis- trador se inicia mediante os dados contábeis fornecidos pelo profissional de ciência contábeis.Ricardo Machado

Análise de balanços/Análise tradicional/Análise horizontal A finalidade da análise horizontal é identificar o crescimento no tempo de cada item das demosntrações contábeis com o intuíto de caracterizar tendências desses ítens.

A fórmula geral é:

Onde:

 : é a variação horizontal percentual do item analizado;  x : valor do item no ano-base;

y : valor do item no ano de análise;

Como pode-se ver, a análise horizontal nada mais é do que a variação percentual em base 100% (ou em base 1, caso se opte por utilizar índices (não multiplicar por 100)) de uma ano tomado como base para o outro.

Exemplo 1

Vejamos um exemplo: Demonstração de Resultado

Conta/Ano ano 1 ano 2 ano 3

Vendas 1200* 1350 1475

Custos das mercadorias vendidas 1000 1100 1200

Lucro bruto 200 250 275

(*) Valores em moeda corrente.

Agora, ao aplicarmos a fórmula da análise horizontal, tomando o ano 1 como base, teremos:

E aplicando a fórmula para os anos das contas de Custo das mercadorias vendidas e para o lucro bruto, teremos:

Demonstração de Resultado

Conta/Ano ano 1 ano 2 ano 3

Vendas 100* 112,5 122,92

Custos das mercadorias vendidas 100 110 120

Lucro bruto 100 125 137,5

(*) Valores em percentual.

Desta tabela, podemos fazer uma pequena análise:

 Percebe-se que o valor de vendas está crescento mais rapidamente que o valor dos custos, o que leva o lucro bruto a uma tendência de crescimento. Se fosse o contrário, os custos crescendo mais rapidamente que as vendas, a tendência do lucro bruto seria a de redução.

Embora extremamente simples de se efetuar, a análise horizontal é um instrumento poderoso de análise contábil, podendo ser empregada em qualquer série temporal, mesmo das que não constem em demosntrações contábeis, tais como volume de produção, número de horas-extra, etc.

Observações gerais

É muito importante a correta seleção dos itens a serem considerados na análise horizontal, pois, devem ser agrupadas as contas pouco representativas em grupos maiores a fim de que a análise não se torne complexa ao extremo restando, então, prejudicada a sua eficácia.

Por isso recomenda-se que sejam selecionados as contas de até o quarto nível (no caso do Ativo, temos, Ativo, 1º nível; Ativo Circulante, 2º nível; Disponibilidades, 3º nível; Caixa, 4º nível). Também recomenda-se o acompanhamento de contas críticas, independentemente de seu nível.

Vale lembrar que a análise horizontal não pode nunca ser empregada de forma isolada, mas sim em conjunto com a análise vertical, os quaocientes e outras ferramentas de análise, estatísticas ou não, a fim de que se possa ter um elevado nível de qualidade da análise contábil a ser feita.

Análise Vertical estabelece um comparativo entre gastoXreceita, ou seja quanto em % representou seu gasto com relação a receita

Análise Horizontal estabelece comparativo entre um exercício e outro, ou seja de um ano para outro qual foi a variação entre as despesas, aumentou? diminuiu?

Antes de realizar uma analise é necessário saber qual a finalidade a fim de definir qual é a mais eficiente e eficaz.

ANÁLISE DAS DEMONSTRACOES CONTABEIS

1. ANÁLISE DAS DEMONSTRACOES CONTABEIS

A análise da situação econômico-financeiro de uma empresa é feita por meio de indicadores que representam a liquidez (situação financeira), a rentabilidade (situação econômica) e a posição de endividamento (estru- tura de capital) da empresa em determinado momento. Para se ter uma visão rápida da situação econômico-financeiro em determinado momento, basta se apurar os índices de liquidez corrente, seca e geral, os índices de rentabilidade (da empresa e do empresário) e os índices de endividamen- to da empresa, em termos de quantidade e qualidade. Estes três índices serão vistos como mais detalhes ao longo de nossa aula, porem, a critério do analista, uma serie de outros indicadores, projeções e modelos tam- bém podem ser utilizados para melhor diagnostico da situação econômico- financeiro das entidades.

2. CONCEITOS BASICOS

As demonstrações contábeis mais utilizadas para efeito de analise contábil são o balanço patrimonial (BP), a demonstração de resultado do exercício (DRE), a demonstração das origens e aplicação dos recursos (DOAR), a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA), a demonstração de fluxo de caixa (DFC) e a demonstração de valor adicio- nado (DVA). Também podem ser considerados, entretanto, no processo de avaliação, as notas explicativas que acompanham os balanços, assim como os pareceres de auditoria e outros relatórios emitidos pela empresa. A maior ênfase da analise, todavia, reside nas duas primeiras demonstra- ções, ou seja, o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício, uma vez que tais demonstrativos identificam, de forma objetiva, a situação financeira e econômica da entidade em determinado momento.

Os indicadores (ou índices ou quocientes) são obtidos sempre da di- visão entre grandezas ou valores constantes em contas, grupos e subgru-

pos do ativo, passivo ou resultado, tais como o ativo circulante, disponível, realizável em curto prazo, estoques, receitas, passivo circulante, capital próprio, capital de terceiros, etc. Tais quocientes permitem diagnosticar a saúde econômico-financeiro das entidades, em termos de viabilidade futura e continuidade.

3. ANALISE HORIZONTAL E VERTICAL

A analise horizontal e a analise vertical das demonstrações propiciam a verificação de tendências, possibilitando a projeção de cenários, com base na manutenção ou alteração de determinado comportamento. Os quocientes obtidos pela divisão de valores constantes em grupos, subgrupos e mesmo contas, uns pelos outros, possibilitam uma rápido diagnostico da situação econômico-financeiro das empresas, possibilitando a imediata ação no sentido da correção de problemas com eventuais ajustes.

A analise horizontal compara valores de um ano para outro, ou seja, ve- rifica a posição econômico-financeiro da empresa em determinados períodos e a compara em relação ao ano anterior, mostrando a evolução da estrutura patrimonial existente. Já a analise vertical, como o próprio nome diz, é feita de cima para baixo, por meio do calculo da composição de cada item do ativo ou passivo em relação a um total no mesmo período.

Em um exemplo de analise horizontal, se o ativo circulante de uma empresa em um ano X1 era de R$ 1.000, em um ano X2 era de R$ 2.000, dividindo-se o valor do ano posterior pelo ano anterior, encontraremos o valor 2. Isto quer dizer, na pratica, que o ativo circulante dobrou em relação ao ano anterior. Porem, se o capital no ano X1 era de R$ 10.000 e no X2 era de R$ 5.000, pode-se dizer que houve uma redução significativa no capital da empresa, tanto é que de um ano para outro, o fator de evolu- ção foi de 0,5.

Em outro exemplo, na analise vertical, se o ativo circulante (AC) da empresa é de R$ 1.000 em determinado período e o ativo total (AT) é de R$ 10.000 neste mesmo período, isto significa que o Ativo Circulante representa apenas 10% do ativo da empresa, sendo o quociente de 0,1. Porem, se as dividas de curto prazo representam R$ 5.000, isto significa que elas representam 50% de tudo o que a empresa possui, ou mesmo de tudo o que ela deve (passivo total).

4. ANALISE POR INDICES

Os indicadores ou índices ou quocientes como são conhecidos refle- tem a posição econômico-financeiro da empresa em determinados perío- dos, em termos de liquidez, rentabilidade e endividamento. São obtidos por meio de divisões entre grupos, subgrupos ou mesmo contas apresen- tadas nas demonstrações contábeis, umas pelas outras, de maneira a evidenciar a situação do patrimônio.

Como um exemplo, temos o índice de liquidez corrente, obtido pela divisão entre o valor do ativo circulante e o valor do passivo circulante, que mostra a capacidade de pagamento de uma empresa em curto prazo. Ha. diversos índices que podem ser obtidos por meio de divisões entre grandezas expressas nas demonstrações contábeis, evidenciando a situação patrimonial existente. Os principais índices utilizados são os relativos à estrutura de capital, índices financeiros, econômicos e de atividades, conforme veremos a seguir.

5. INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAL

Tais indicadores demonstram como foi utilizado o capital da empresa em determinados grupos ou subgrupos de contas. A seguir, mostramos os dois principais índices utilizados relativos ao comprometimento do capital da empresa.

5.1 Imobilização do Patrimônio Liquido – indica quanto a empresa i- mobilizou de seu patrimônio liquido ou quanto a empresa aplicou de seu capital total no ativo permanente

IPL = Imobilizado PL

ou IPL = Ativo Permanente PL

5.2 Participação de Capitais de Terceiros sobre Recursos Próprios –

indica quanto a empresa possui de recursos de terceiros em relação ao seu capital próprio.

PCT = Capitais de Terceiros Capital Próprio

6. INDICADORES FINANCEIROS

Os indicadores financeiros são os normalmente ligados à solvência da empresa e endividamento. A seguir, apresentamos os principais índices utilizados.

6.1 Índice de Liquidez Corrente (ou Liquidez Comum) – mostra a ca- pacidade de pagamento da empresa em curto prazo. Um índice acima de 1 é considerado positivo e quanto maior, melhor a liquidez para pagar as dividas de curto prazo e menor a possibilidade de inadimplência.

ILC = Ativo Circulante Passivo Circulante

6.2 Índice de Liquidez Seca – é o mesmo índice que o de liquidez cor- rente, porem diminuem-se do ativo circulante o valor dos estoques, como se a empresa não pudesse contar com a venda de seus estoques para fins de sanar suas dividas de curto prazo. É um índice muito utilizado por banqueiros, por ocasião da analise de credito relacionado a financiamen- tos.

ILS = Ativo Circulante - Estoque Passivo Circulante

6.3 Índice de Liquidez Geral – mostra a capacidade de pagamento da empresa em longo prazo, considerando a possibilidade de que ela venda tudo o que possui para saldar suas dividas, tanto de curto como de longo prazo. O ideal é um índice acima de 1 por representar uma boa capacida- de de pagamento das dividas de curto e longo prazo. Porem, o índice deve ser analisado em conjunto com outros anos, pois pode acontecer, por exemplo, de a empresa fazer determinada aquisição de um ativo permanente em longo prazo em um ano (e o índice ficar muito baixo), e recuperar sensivelmente o valor gasto em anos posteriores, pelo acrésci- mo de renda (e do ativo circulante), o que pode provocar um acréscimo significativo no índice.

ILG = Ativo Circulante + Realizavel a Longo Prazo Passivo Circulante + Realizavel a Longo Prazo

6.4 Índice de Liquidez Imediata – mostra o que a empresa dispõe de imediato para fazer frente a dividas de curto prazo. É um índice sem muita expressão, apenas demonstrando quanto se dispõe em disponibilidades imediatas para fazer frente à quitação de dividas.

ILI = Disponível (Caixa e Bancos) Passivo Circulante

6.5 Índices de Endividamento – Ha. vários indicadores de endivida- mento, dentre os quais destacamos o que evidencia a proporção de capital de terceiros utilizado pela empresa sobre o capital próprio e de terceiros, ou seja, o patrimônio liquido somado ao exigível de curto e longo prazo.

Capital de Terceiros Capital de Terceiros + Capital próprio

Ou Exigivel total ou PC + ELP Exigivel total + PL PC + ELP +PL

Ha. outro índice que reflete a garantia do capital próprio ao capital de terceiros (quantidade). Capital próprio Capital de terceiros ou de outra forma… PL . Exigível total

E no que se refere à qualidade do endividamento, ou seja, se a divida é de curto ou longo prazo, ha. o seguinte indicador…

PC . Ou seja, quanto da divida total da empresa é de curto prazo.

7. INDICADORES ECONOMICOS

Os indicadores econômicos indicam a situação de rentabilidade da empresa, em relação a sua possibilidade e habilidade na geração de resultados, assim como seu potencial de vendas, que é refletido na DRE (demonstração do resultado do exercício). A taxa de retorno sobre o investimento e a taxa de retorno sobre o patrimônio liquido são os dois principais índices utilizados, permitindo verificar quanto de retorno gera a empresa a partir do investimento realizado.

TRI = Lucro Liquido Ativo Total TRPL = Lucro Liquido Patrimônio Liquido 8. INDICADORES DE ATIVIDADES

Os indicadores ou índices de atividade são utilizados no processo de analise do giro de estoques, ou seja, de sua renovação, considerando os prazos envolvidos em compras e vendas de mercadorias. No caso, quanto maior a velocidade de renovação de estoques e a velocidade de recebi- mento de vendas, melhor, assim como quanto mais lento for o pagamento das compras. O índice mais utilizado é o seguinte.

PMRE + PMRV onde… PMPC

PMRE = prazo médio de renovação dos estoques PMRV = prazo médio de recebimento de vendas PMPC = Prazo médio de pagamento de compras

Para se calcular os prazos de recebimento de vendas médio, assim como pagamento médio de compras e quantos dias a empresa leva para vender seus estoques, utilizamos as seguintes formulas.

PMRV = 360 x Duplicatas a Receber Vendas Brutas

PMRV = 360 x Estoques Custo das Vendas

PMPC = 360 x Fornecedores Compras

9. AVALIACAO DA SITUACAO FINANCEIRA, ECONOMICA E PA- TRIMONIAL DE UMA EMPRESA.

Uma boa análise da situação financeira, econômica e patrimonial de- ve ser feita com base no tripé de decisões da empresa: Situação Financei- ra (liquidez), Estrutura de Capital (endividamento) e Situação Econômica (rentabilidade). E não é só o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício que são utilizados para a devida análise.

Além destas duas demonstrações, sem dúvida fundamentais, são im- portantes a demonstração do Fluxo de Caixa (direto e indireto), a De- monstração de Origens e Aplicação de Recursos, a Demonstração do Valor Agregado e alguns indicadores de outras demonstrações. Isto porque muitas vezes a real situação financeira ou econômica pode não estar demonstrada no balanço ou DRE.

A empresa pode, por exemplo, investir uma grande quantia em imobi- lizado durante o ano, sendo que aquele imobilizado, a partir de sua opera- ção ou funcionamento, pode gerar um acréscimo de rentabilidade em anos seguintes. Haveria um indicador muito alto de imobilização, preocu- pante no início, porém, no ano seguinte, esta imobilização poderia se transformar em grandes resultados operacionais.

Os indicadores ou índices ou quocientes são as principais grandezas utilizadas por agentes financeiros (bancos) e econômicos (governo), além dos demais interessados na contabilidade (acionistas, investidores, corre- tores, etc.). São medidas de desempenho da empresa, que permitem avaliar inicialmente o comportamento e a trajetória da empresa.

Uma boa situação de liquidez aliada a um baixo endividamento, com bons indicadores de rentabilidade é sem dúvida, o sinal de uma empresa sólida e merecedora de crédito. Porém, a devida análise para fins de

concessões governamentais ou mesmo pelos agentes financeiros é mais aprofundada, utilizando diversos outros índices, a partir de outras demons- trações contábeis, que não apenas o BP e a DRE. Notas explicativas, Pareceres de auditoria e relatórios expedidos pela própria empresa (e sua auditoria interna) também podem ser utilizados, além das demonstrações financeiras.

10. RELATORIO DE ANALISE.

Relatórios de análise são documentos expedidos por instituições fi- nanceiras, instituições de valores mobiliários, empresas contratadas, etc. ou mesmo pela própria empresa, que espelham a situação financeira, econômica e patrimonial, mostrando indicadores financeiros, patrimoniais e de rentabilidade da empresa, assim como seu desempenho geral ao longo de determinados exercícios. São também solicitados por bancos e instituições de crédito ou fomento governamental, para fins de concessão de financiamentos ou liberação de empréstimos, assim como levados a conhecimento de sócios, acionistas e investidores, por ocasião de assem- bléias ordinárias e extraordinárias. Gilberto Casagrande Sant’anna

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Osni Moura Ribeiro

1 CONCEITO

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um relatório contábil destinado a evidenciar a composição do resultado formado em um determinado período de operações da entidade. Essa demonstração, observado o princípio da competência, evidenciará a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas e os

correspondentes custos e despesas (NBC-T-3.3).

A DRE, portanto, é uma demonstração contábil que evidencia o resultado econômico, isto é, o lucro ou o prejuízo apurado pela empresa no desenvolvimento das suas atividades durante um determinado período que geralmente é igual a um ano.

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