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4.2 PERFIL DOS DOCENTES DA UTFPR E UFABC

4.2.1 Análise Descritiva das Variáveis Categóricas

Nas Tabelas 1 e 2 são apresentadas as variáveis categóricas e numéricas das duas IES. Os dados analisados são compostos das variáveis sexo, escolaridade, instituição de formação, região de formação, país de formação, continente de formação e bolsa CNPq.

A partir da aplicação de regressão logística, nas Tabelas 3 e 4 são apresentadas as variáveis explicativas das análises descritivas e numéricas. Esse modelo verifica a magnitute da relação de casualidade (causa e efeito) entre as diferentes variáveis em uma série de variáveis independentes explicativas sobre uma variável dependente de interesse.

Para diferenciar as linhas de pesquisas dos docentes, foram aplicadas as técnicas de mineração de textos conforme a Tabela 5 e Figuras 9 e 20, resultando em 20 palavras-chave como os termos mais frequentes nas linhas de pesquisa dos grupos de pesquisa por universidade.

Nas Tabela 6 e 7 os dados representam os fatores que influenciaram a derivação dos docentes de forma multivariada e o ajuste do modelo logístico, comparando a performance do modelo em relação a outras modelagens.

A Tabela 8 apresenta a análise descritiva das variáveis categóricas de interesse. Dessa forma, pode-se destacar que a maioria dos docentes era do sexo masculino (64,3%) e tinha pelo menos doutorado (75,3%).

Sobre as instituições de ensino mais frequentes na obtenção do último título, tem-se a USP com 16,5%, seguida da UFPR (10,4%). Além disso, 8% dos docentes da UTFPR obtiveram o último título de formação na própria instituição. Analisando esse parâmetro para a UFABC, tem-se apenas 0,8% dos docentes que obtiveram o último título de formação na UFABC. Os dados sobre os últimos títulos dos docentes demostram que a UTFPR apresenta maior percentual de docentes formados na própria instituição, um total de 194 docentes, enquanto a UFABC apresenta cinco docentes formados na própria instituição nos últimos anos.

Quando analisados os dados sobre as regiões de formação dos docentes que obtiveram o último título de formação no Brasil, mais da metade (53,7%) registra tê-lo feito na região sul e 10,6% do total dos docentes no exterior, sendo 6,1% na Europa, 3,4% na América do Norte e 0,5% na Ásia/Oceania.

Analisando os dados encontrados pela grande área, tem-se que a grande área de formação do último título mais frequente foi Engenharia (40,3%), seguida de Ciências exatas e da Terra (21,5%). Foram analisados um total de 169 Bolsas de pesquisas concedidas aos docentes das duas IES. Desse total, 68,05% dos docentes tinha bolsa CNPQ tipo PQ – 2, 10,65% dos docentes bolsas do tipo DT – 1D e 9,47% dos docentes com bolsas do Tipo PQ-1D.

Tabela 1 - Análise descritiva das variáveis categóricas – perfil dos pesquisadores.

Variáveis N %

Sexo Feminino Masculino 1093 1971 35,70 64,30

Escolaridade Graduação 86 2,70 Mestrado 699 22,00 Doutorado 1641 51,60 Pós-doutorado 753 23,70 IES de formação UTFPR 251 8,00 USP 519 16,50 UFPR 328 10,40 UFSC 262 8,30 Unicamp 233 7,40 UEM 218 6,90 UFABC 25 0,80 Outras 1319 41,80 Região de formação Sudeste 1239 43,90 Centro-Oeste 15 0,50 Nordeste 44 1,60 Norte 8 0,30 Sul 1515 53,70

País de formação Brasil Exterior 2821 335 89,40 10,60

Continente de formação

América Latina 2834 90,00

América do Norte 106 3,40

Europa 192 6,10

Ásia/Oceania 17 0,50

Grande área de formação

Engenharias5 796 40,30

Ciências biológicas 43 2,20

Ciências agrárias 211 10,70

Ciências da saúde 23 1,20

Ciências exatas e da terra 425 21,50

Ciências humanas 222 11,20

Ciências sociais aplicadas 113 5,70

Linguística letras e artes 75 3,80

Multidisciplinar 68 3,40 Bolsa CNPQ DT - 1D DT - 2 PQ - 1A PQ - 1B PQ - 1C PQ - 1D PQ - 2 4 18 3 8 5 16 115 2,37 10,65 1,78 4,73 2,96 9,47 68,05 Fonte: O Autor (2019).

A Tabela 2 apresenta a análise descritiva das variáveis numéricas de interesse. Vale destacar que as variáveis nível de experiência técnica, nível de experiência acadêmica e nível de experiência em gestão foram criadas de forma que se contabilizou a quantidade de cargos em que um indivíduo obteve determinada

5 Engenharias (EN): engenharia elétrica, engenharia civil, engenharia biomédica, engenharia

química, engenharia mecânica, engenharia de materiais e metalúrgica, engenharia aeroespacial, engenharia de transportes, engenharia nuclear, engenharia sanitária, engenharia de produção, engenharia de minas, engenharia/tecnologia/gestão, engenharia naval e oceânica.

experiência e dividiu-se pelo total de cargos do mesmo. Sendo assim, essas variáveis expressam a porcentagem de experiência em cada área adquirida ao longo da carreira.

Visando a construção da imagem do pesquisador, o CL permite o cadastro da trajetória profissional do docente, dando ênfase à vida acadêmica. Dessa forma, a PL permite ao docente realizar o registro de suas produções, experiências profissionais na área de docência e técnica em pesquisa em ciência e tecnologia. Dessa forma, pode-se destacar que a média da quantidade de áreas de atuação foi de 1,41, com desvio padrão de 0,63. Além disso, a quantidade mínima de áreas de atuação observada foi de uma área e a máxima cinco áreas de atuação.

O tempo de duração na obtenção do último título acadêmico, na amostra geral dos dados, apresenta uma média 8,93 anos, com desvio padrão de 6,49. Além disso, o tempo mínimo observado foi de um ano e o máximo de 47 anos.

Analisando o desempenho do domínio fluente do idioma, além do português, viu-se que os 2,29 indivíduos eram “fluentes” ou entendiam, com desvio padrão 1,09. Além disso, a quantidade mínima de idiomas observada foi um idioma e a máxima nove idiomas.

A linha de pesquisa representa em quais áreas o docente realiza suas pesquisas e publicações. No conjunto de dados analisados, tem-se que a média da quantidade de linhas de pesquisa foi de 2,44, com desvio padrão 2,70. Além disso, a quantidade mínima de linhas de pesquisa observada foi uma linha de pesquisa e a máxima 35 linhas de pesquisa.

Analisando a experiência técnica, acadêmica e de gestão dos docentes, os dados gerais apresentam que a média do nível de experiência técnica foi de 0,06 (6,00% de experiência técnica), com desvio padrão 0,13. Além disso, o nível mínimo de experiência técnica observado foi de 0,00 e o máximo de 1,00. A média do nível de experiência acadêmica foi de 0,52 (52,00% de experiência acadêmica), com desvio padrão de 0,31. Além disso, o nível mínimo de experiência acadêmica observada foi de 0,00 e o máximo de 1,00. A média do nível de experiência em gestão foi de 0,02 (2,00% de experiência em gestão), com desvio padrão de 0,13. Ademais, o nível mínimo de experiência em gestão observado foi de 0,00 e o máximo de 1,00. A média da quantidade de formações complementares foi de 8,90, com desvio padrão de 11,76. Além disso, a quantidade mínima de formações complementares observadas foi de 0,00 formação e a máxima de 124 formações.