• Nenhum resultado encontrado

ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DAS PROTEÍNAS LIGANTES DE CÁLCIO NO COMPLEXO COCLEAR

A análise da distribuição das CaBP no complexo coclear, através da técnica de imunofluorescência permitiu identificar a presença de terminais e pericários imunorreativos a CB em secções médias e caudais do complexo coclear apenas no DCMo (Figura 13D e G). Por outro lado, a distribuição de fibras imunorreativos a CR foi observada no DCDp das secções médias e uma densa imunorreatividade a CR foi observada nas porções VCA e VCP (Figura 13B e E). Nas secções caudais do complexo a imunorreatividade a CR foi caracterizada pela distribuição de pequenos neurônios envolvidos por uma densa neurópila no DCDp e DCFu. Adicionalmente, neurônios imunorreativos a CR aparentemente maiores em relação àqueles observados no DC foram visualizados no VCP (Figura 13H). Embora não tenhamos realizado nenhum tipo de quantificação, a análise preliminar da marcação imunoistoquímica para CB e CR no complexo sugere a presença de neurônios duplamente marcados na porção DCFu (Figura 13I). O conjunto de secções

42 submetidas à imunofluorescência para PV revelaram uma maciça marcação de neurônios apenas nas porções DCMo e DCFu. O DCDp não apresentou elementos imunocorados para PV (Figura 14D, G e J). Por outro lado, observamos neurônios imunorreativos a PV em ambas as subdivisões do VC (Figura 14A, D e G). Ressaltamos que uma grande proporção de neurônios no VC apresentou dupla marcação para PV e CR (Figura 14C, F e I). Também podemos destacar que a laminação encontrada no DC pôde ser melhor evidenciada pela distribuição das CaBP, onde DCDp apresenta maior imunorreatividade para CR, enquanto que as camadas DCFu e DCMo apresentam uma mistura entre neurônios imunorreativos a CB e PV (Figura 13D e G e Figura 14G e J).

43 Figura 13. Fotomicrografias da imunofluorescência de secções coronais do encéfalo de Artibeus planirostris mostrando a expressão de CB (vermelho) nos neurônios do CC no sentido rostrocaudal em A, D e G. Expressão de CR (verde) nos neurônios do CC no sentido rostrocaudal em B, E e H. Sobreposição das marcações CB (vermelho) + CR (verde) no CC nos três níveis: rostral, médio e caudal em C, F e I. Os asteriscos representam ampliação da área para melhor visualização dos neurônios. Barra: 100 μm.

45 Figura 14. Fotomicrografias da imunofluorescência de secções coronais do encéfalo de Artibeus planirostris mostrando a expressão de PV (verde) nos neurônios do CC no sentido rostrocaudal em A, D, G e J. Expressão de CR (vermelho) nos neurônios do CC no sentido rostrocaudal em B, E, H e K. Sobreposição das marcações PV (verde) + CR (vermelho) no CC nos três níveis: rostral, médio e caudal em C, F, I e L. Os asteriscos representam ampliação da área para melhor visualização dos neurônios. Barra: 100 μm.

46 5. DISCUSSÃO

5.1 CITOARQUITETURA

O CC formado pelo DC e VC recebe entrada da porção coclear do nervo vestibulococlear, oitavo par craniano. A divisão em ventral e dorsal ocorre em todas as espécies estudadas até o presente. Entretanto, os estudos de anatomia e a fisiologia apresentam uma tendência a abordar mais o DC, isso ocorre nas variadas espécies, incluindo o humano (BAIZER et al, 2014), morcego (ZOOK e CASSEDAY,1982), o babuíno (MOORE et al., 1996), o gato (OSEN, 1969), a chinchila (FLECKEISEN et al., 1991), a cobaia (HACKNEY et al., 1990), o hamster (ZHANG e GUAN, 2008), o macaco (RUBIO et al., 2008), o rato (WOUTERLOOD et

al., 1984; BAZWINSKY et al., 2008), o coelho (DISTERHOFT et al., 1980), o gambá

(RYUGO et al., 1995). Se observarmos, os estudos tendem a seguir a descrição de um núcleo específico do complexo, ao invés de relatar a descrição do complexo total. Com base nisso, o presente estudo se propôs a analisar todas as divisões do complexo de Artibeus planirostris.

Os neurônios nos CN os quais diferem em suas propriedades anatômicas e fisiológicas, originam diferentes caminhos auditivos paralelos ascendentes, relacionados com o processamento de aspectos específicos das informações acústicas, portanto, é essencial para maior compreensão do processamento auditivo do tronco encefálico (TYPLT et al, 2012). Para a subdivisão do VCA, três principais tipos de células morfológicas foram descritas por Osen (1969) no gato: células espessas esféricas, células espinhas globulares e células estreladas, onde é descrito que os tipos celulares encontrados apresentam relação direta com a função da cóclea e suas fibras emitidas até o complexo coclear. Se compararmos aos achados observados em nosso estudo, é possível encontrar semelhanças com as células esféricas e as globulares, sendo encontradas também na porção anterior do VC. As células se apresentam de morfologia semelhante, e principalmente quando se leva em consideração que o VCA recebe os feixes de axônios da cóclea, apresentando assim uma possível morfologia celular associada a sua função.

Assim como observado em A. planirostris, as diferenças anatômicas são mais óbvias na laminação celular do DC do que no VC dos CN em mamíferos. De forma

47 evolutiva, se partirmos dos mamíferos não primatas, passando pelos primatas não humanos e chegando até o homem, há uma redução progressiva: 1) no número de células granulares no CC; 2) a organização das células DCFu (também denominadas bipolares ou piramidais); 3) diminuição da laminação de células granulares associadas no DC; e 4) perda da camada granular entre o VCA e VCP (FUSE, 1913; MOSKOWITZ, 1969; DUBLIN, 1976; MOORE e OSEN, 1979, MOORE, 1980; HEIMAN-PATTERSON e STROMINGER, 1985). Sendo assim, a relação da utilização do sistema auditivo com a organização celular está completamente envolvida com os aspectos comportamentais e evolutivos de cada espécie.

Um estudo em Macaca mullata indica que o DC de primata não humano contém uma arquitetura de células granulares apropriada para realizar a integração de entrada acústica e somatossensorial usada por não primatas para se orientar para sons, argumentando que as características neuronais entre os DC são semelhantes (RUBIO et al., 2008). Sabemos que este processo das células granulares se repete na nossa espécie estudada, encontradas no VCAGr e DCMo, tendo em vista a utilização de seu aparelho auditivo como importante meio de localização e orientação espacial. No VC dos primatas, os mesmos tipos de células anatômicas são encontrados em outros mamíferos. As células arbustivas são mais comuns anteriormente, enquanto as células multipolares são mais comuns posteriormente (ADAMS, 1986; ADAMS, 1997; RHODE et al,. 2010).

5.2 ESTEREOLOGIA

O CC se apresenta distinto em várias espécies entre os vertebrados, podendo ter relação direta com seu estilo de vida e principalmente em alguns casos pela utilização do sistema auditivo no seu cotidiano. Um exemplo disso, os morcegos, possuem um DC relativamente bem desenvolvido, ligeiramente laminado e, em contraste com os golfinhos, que mesmo utilizando um sistema de ecolocalização no ambiente aquático, possuem um DC muito pouco desenvolvido (MALKEMPER et al., 2012). Nas focas, como os golfinhos, a orelha externa é muito reduzida e seu DC apresentam os padrões celulares menos organizados como em humanos (HALL et

al., 1974). Essas características são refletidas quando pensamos em volume e

48 (1998), trouxe um panorama entre mais de 50 espécies de mamíferos e suas características auditivas, dentre elas o volume do CC. Pensando nisso, podemos observar a grande semelhança entre o volume do CC do modelo experimental, morcego Artibeus planirostris, com os roedores e lagomorfos. Quando comparamos com outra espécie de quiróptero, uma espécie de porte menor, observamos que o nosso modelo experimental apresentou volume relativamente maior ao morcego little brown (Myotis lucifugus), significando assim que os aspectos anatômicos, físicos, hábitos, alimentação e estilo de vida são alguns dos dados que interferem nessa questão de volume estrutural dos núcleos estudados e avaliados. Alguns dos dados comparativos podem ser visualizados na tabela 5.

Tabela 5. Volume do complexo coclear de 10 espécies de mamíferos com peso corporal de cada exemplar (em gramas).

Nome comum Gênero e espécie Peso corporal (gramas)

Volume CC (mm³)

Morcego Artibeus planirostris 44,2 1,91

Morcego (little brown)* Myotis lucifugus 8,61 0,78

Gato* Felis catus 3,068 15,44

Chinchila* Chinchila laniger 580 5,52

Humano* Homo sapiens 64,922 45,62

Macaco* Macaca mulatta 3,300 3,39

Camundongo* Mus musculus 27 0,75

Coelho* Oryctolagus cuniculus 5,230 3,71

Rato (Norway)* Rattus norvegicus 226 2,76

Golfinho* Delphinus delphis 61,000 99,54

* Dados comparativos retirados de estudos anteriores (GLENDENNING e MASTERTON, 1998; MALKEMPER et al., 2012).

49 5.3 IMUNOISTOQUÍMICA

No estudo desenvolvido em rato e várias outras espécies proposto por Baizer e colaboradores (2014), a imunorreatividade para CB foi relativamente uniforme com corpos celulares dispersos na camada molecular do DC. Na imunorreatividade para CR, as camadas mais externas têm menos elementos marcados, apresentando imunomarcação apenas nas camadas DCDp do dorsal e VCA e VCP do ventral. Imunorreatividade para PV foi observada na camada externa, molecular, do DC (BAIZER et al, 2014). Podemos analisar tais resultados se apresentando muito similares a distribuição de CaBP encontrada em A. planirostris, entretanto o que apresenta maior proximidade morfológica é o rato. Este dado corrobora com os aspectos anatômicos do nosso modelo experimental, onde se mostra mais próximo do rato do que do camundongo, por exemplo. E o padrão se repete quando é analisado a imunorreatividade celular e suas populações neuronais. Mesmo fugindo um pouco da escala evolutiva e os morcegos se apresentando mais próximos dos primatas, é curioso sua similaridade com os roedores, o que pode ser pensado como estilo de vidas similares ou algum aspecto comportamental envolvido influenciando diretamente na anatomia e neuroquímica dos quirópteros.

A imunorreatividade para CB foi descrita em três populações de células:

cartwheels cells (ovóides e pequenas) da camada molecular do morcego (ZETTEL et al., 1991), da chinchila (FRISINA et al., 1995), da cobaia e o rato (SPATZ, 1997)

e do macaco (RUBIO et al., 2008), células de Purkinje do rato e da cobaia (SPATZ, 1997, 2003) e células unipolar brush cells no sagui (SPATZ, 2000). No estudo proposto por Baizer e colaboradores (2014), não foram observados os perfis que se assemelham às cartwheels cells nas seções imunorreativas a CB em humanos. Foi verificado as células de Purkinje no ser humano, sugerindo que há expressão CB e que os métodos são suficientes para detectá-la. Em contraste, muitos neurônios imunorreativos a CB foram observados várias vezes nas camadas mais externas do DC, sendo encontrados em todas as outras espécies. Alguns ou todos esses neurônios provavelmente correspondem às cartwheels cells. Em A. planirostris a imunorreatividade para CB, foi encontrada muito bem marcada nas camadas mais externas do DC, prioritariamente na camada molecular, sendo assim classificada como células pequenas e granulares, como as cartwheels cells.

50 Em estudos realizados com rato, a expressão de CR foi observada em corpos celulares dispersos nas camadas fusiforme e profunda do DC (ARAI et al., 1991, FLORIS et al., 1994; SPATZ, 2000; MANOHAR et al., 2012). Em humano, os processos marcados com CR funcionam ao longo do DC na camada mais externa, molecular. O padrão de imunomarcação para CR variou entre as outras espécies. No gato, muito poucos corpos celulares são marcados, enquanto que em ratos e cobaias existem muitos corpos celulares dispersos. Na chinchila, CR está presente em uma ampla faixa de células abaixo da camada molecular, precisamente na camada fusiforme (CHUNG et al., 2009; BAIZER et al., 2014). Analisando os achados é possível observar que o nosso modelo experimental apresenta padrão de imunomarcação para CR semelhante ao encontrado em rato e em chinchila.

Os resultados encontrados em relação a distribuição de PV são inconsistentes entre as espécies. Celio (1990) não encontrou PV em corpos celulares nos CN de rato, embora ele descrevesse axônios e terminais imunorreativos a PV. Em contraste, Bazwinsky e colaboradores (2008) relataram que no rato houve a imunorreatividade para PV em todos os neurônios do DC. Já Baizer e colaboradores (2014) relataram que foram encontradas grandes diferenças entre as espécies na coloração para PV, onde em seres humanos, o PV também marcou fibras longas na camada molecular e fusiforme. Em gato, o PV não marcou fibras, mas corpos celulares espalhados em toda a largura do DC. Em cobaia, corpos de células fusiformes são imunorreativos a PV. Em chinchila e em rato, há PV nos corpos celulares na camada molecular. Isto mais uma vez corrobora com os achados em nossa espécie, trazendo um padrão de distribuição das CaBP similar aos roedores.

51 6. CONCLUSÃO

Poucos estudos abordam a organização citoarquitetônica e o padrão de distribuição de proteínas ligantes de cálcio no sistema auditivo de quirópteros. Nosso estudo é o primeiro realizado em morcego Artibeus planirostris que descreve características morfométricas e estereológicas. Estes parâmetros nos permitiram concluir que o CC apresenta duas divisões principais (CN ventral e dorsal) evidenciadas pela análise com o método de Nissl. As médias de área celular observadas entre DCDp, DCFu, DCMo, VCA, VCAGr e VCP são significativamente diferentes entre si, onde os neurônios do VCA e VCP apresentaram as maiores médias de área celular. O CC apresenta estimativa de volume e comprimento de 1,91 mm³ e 7,2 mm, respectivamente. A interferência da ecolocalização nas características morfológicas no encéfalo do nosso modelo experimental pode esclarecer as especificidades neuroquímicas relacionados à distribuição das CaBP. Contudo, mais estudos morfológicos, comportamentais e fisiológicos são necessários para elucidar melhor a proximidade anatômica e hipoteticamente funcional do nosso modelo experimental com os roedores, sobretudo os ratos.

52 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS*

Adams JC. 1986. Neuronal morphology in the human cochlear nucleus. Arch Otolaryngol Head Neck Surg 112:1253–1261.

Adams JC. 1997. Projections from octopus cells of the posteroventral cochlear nucleus to the ventral nucleus of the lateral lemniscus in cat and human. Auditory Neurosci 3:335–350.

Aguirre, LF, Vargas A, Solari S. 2009. Clave de campo para la identificación de los murciélagos de Bolivia. Cochabamba. Centro de Estudios en Biología Teórica y Aplicada.

Altringham JD. 1996. Bats: Biology and Behaviour. Oxford: Oxford University Press.

Andressen C, Blümcke I, Celio MR. 1993. Calcium-binding proteins: selective markers of nerve cells. Cell and Tissue Research 271:181–208.

Aquino AMCM, Araújo MS. 2002. As vias auditivas: periférica e central. In: Processamento auditivo – Eletrofisiologia e psicoacústica. São Paulo: Lovise 17-31.

Arai R, Winsky L, Arai M, Jacobowitz DM. 1991. Immunohistochemical localization of calretinin in the rat hindbrain. J Comp Neurol 310:21–44.

Arif SH. 2009. A Ca (2+)-binding protein with numerous roles and uses: parvalbumin in molecular biology and physiology. BioEssays 31:410– 21.

Baizer JS., Wong KM, Paolone NA, Weinstock N, Salvi RJ, Manohar S, Hof PR. 2014. Laminar and neurochemical organization of the dorsal cochlear nucleus of the human, monkey, cat, and rodents. The Anatomical Record 10: 1865-1884.

Baker RJ, Bininda-Emonds ORP, Mantilla-Meluk H, Porter CA, Van den Bussche RA. 2012. Molecular time scale of diversification of feeding strategy and morphology in New World Leaf-Nosed Bats (Phyllostomidae): a

53 phylogenetic perspective. In: Gunnell GF, Simmons NB, editor. Evolutionary History of Bats: Fossils, Molecules, and Morphology. Cambridge: Cambridge University Press. p. 385-409.

Barquez RM, Mares MA, Braun JK. 1999. The Bats of Argentina. Lubbock, Special Publications of the Museum of Texas Tech University Number 42.

Bazwinsky I, Hartig W, Rubsamen R. 2008. Characterization of cochlear nucleus principal cells of Meriones unguiculatus and Monodelphis domestica by use of calcium-binding protein immunolabeling. J Chem Neuroanat 35:158–174.

Bhatnagar KP. 2008. The brain of the common vampire bat, Desmodus rotundus murinus (Wagner, 1840): a cytoarchitectural atlas. Brazilian Journal of Biology, 68(3), 583-599.

Bourk TR, Mielcarz JP, Norris BE. 1981. Tonotopic organization of the anteroventral cochlear nucleus of the cat. Hear 4:215–241.

Braunewell KH, Gundelfinger ED. 1999. Intracellular neuronal calcium sensor proteins: a family of EF-hand calcium-binding proteins in search of a function. Cell and Tissue Research 295:1–12.

Butler BE, Lomber SG. 2013. Functional and structural changes throughout the auditory system following congenital and early-onset deafness: implications for hearing restoration. Frontiers in systems neuroscience.

Caspary DM, Ling L, Turner JG, Hughes LF. 2008. Inhibitory neurotransmission, plasticity and aging in the mammalian central auditory system. Journal of Experimental Biology 11:1781-1791.

Celio MR. 1990. Calbindin D-28k and parvalbumin in the rat nervous system. Neuroscience 35:375–475.

54 Chung S-H, Marzban H, Watanabe M, Hawkes R. 2009. Phospholipase Cbeta4 expression identifies a novel subset of unipolar brush cells in the adult mouse cerebellum. Cerebellum 8:267–276.

Datzmann T, von Helversen O, Mayer F. 2010. Evolution of nectarivory in

phyllostomid bats (Phyllostomidae Gray, 1825, Chiroptera:

Mammalia). BMC Evolutionary Biology, 1:165.

Davletov BA, Sudhof TC. 1993. A single C2 Domain from synaptotagmin-I is sufficient for high affinity Ca2+/phospholipid binding. Journal of Biological Chemistry 268:26386–26390.

Dewey CW. 2006. Neurologia de cães e gatos-Guia prático. Editora Roca.

Disterhoft JF, Perkins RE, Evans S. 1980. Neuronal morphology of the rabbit cochlear nucleus. J Comp Neurol 192:687–702.

Dublin WB. 1976. Fundamentals of sensorineural auditory pathology. Thomas.

Dyce KM, Wensing CJG, Sack WO. 2004. Tratado de anatomia veterinária. Elsevier Brasil.

Feng AS, Vater M. 1985. Functional organization of the cochlear nucleus of rufous horseshoe bats (Rhinolophus rouxi): frequencies and internal connections are arranged in slabs. J Comp Neurol 235:529–553.

Fenton MB. 1992. Bats. New York: Facts on File. Inc (265).

Féres MCL, Cairasco NG. 2003. Descrição anatômica da presença do íon zinco nos núcleos cocleares. Rev Bras Otorrinolaringol 2:208-13.

Fernández VL, Bernardini M. 2010. Neurologia em cães e gatos. São Paulo: MedVet.

Fleckeisen CE, Harrison RV, Mount RJ. 1991. Cytoarchitecture of cochlear nucleus in the chinchilla. Acta Otolaryngol Suppl 489: 12–22.

55 Floris A, Diño M, Jacobowitz DM, Mugnaini E. 1994. The unipolar brush cells of the rat cerebellar cortex and cochlear nucleus are calretinin-positive: a study by light and electron microscopic immunocytochemistry. Anat Embryol 189:495–520.

Frandson RD. 1979. Anatomia e fisiologia dos animais domésticos. Guanabara Koogan.

Frisina RD, Zettel ML, Kelley PE, Walton JP. 1995. Distribution of calbindin D-28k immunoreactivity in the cochlear nucleus of the young adult chinchilla. Hear Res 85:53–68.

Fuse G. 1913. Das Ganglion ventrale und das Tuberculum acusticum bei einigen Säugern und beim Menschen; Die Randgebiete des Pons und des Mittelhirns. JF Bergmann 7:1–210.

Gerke V, Creutz CE, Moss SE. 2005. Annexins: linking Ca2+ signalling to membrane dynamics. Nature Reviews Molecular Cell Biology 6:449– 461.

Getty R. 1986. Sisson/Grossman anatomia dos animais domésticos. Vol. 2. Rio de janeiro. Koogan.

Glendenning KK, Masterton RB. 1998. Comparative morphometry of mammalian central auditory systems: variation in nuclei and form of the ascending system. Brain, behavior and evolution 51:59-89.

Gundersen HJG, Jensen EBV, Kieu K, Nielsen J. 1999. The efficiency of systematic sampling in stereology—reconsidered. Journal of microscopy 3:199-211.

Hackney CM, Osen KK, Kolston J. 1990. Anatomy of the cochlear nuclear complex of guinea pig. Anat Embryol 182:123–149.

Hall JG, Lindeman HH, Mathisen H. 1974. The cochlea and the cochlear nuclei in the seals Cystrophora cristata and Phocida groenlandica. Neurobiology 4:105-115.

56 Haynes MA, Lee Jr TE. 2004. Artibeus obscurus. Mammalian species 752:1-5.

Heiman‐Patterson TD, Strominger NL. 1985. Morphological changes in the cochlear nuclear complex in primate phylogeny and development. Journal of morphology 3:289-306.

Heizmann CW, Hunziker W. 1991. Intracellular calcium-binding proteins: more sites than insights. Trends in Biochemical Sciences 16:98–103.

Henkel CK. 2006. Sistema Auditivo. In: HAINES, D. E. Neurociência Fundamental para Aplicações Básicas e Clínicas. Elsevier 3:391-408

Hof PR, Glezer II, Condé F, Flagg RA, Rubin MB, Nimchinsky EA, Weisenhorn DMV. 1999. Cellular distribution of the calcium-binding proteins parvalbumin, calbindin, and calretinin in the neocortex of mammals: phylogenetic and developmental patterns. Journal of chemical neuroanatomy 16:77-116.

Hollis L. 2005. Artibeus planirostris. Mammalian Species 775:1-6.

Howard CV, Reed MG. 2010. Unbiased Stereology. Three-Dimensional Measurement in Microscopy. Liverpool, QTP Publications 39–56.

Hudspeth AJ. 2000. Sensory transduction in the ear. In: Kandel ER, Schwartz JH, Jessel TM, editors. Principles of neural science. New York: Mcgraw-Hill p 614-624.

Jacobowitz DM, Winsky L. 1991. Immunocytochemical localization of calretinin in the forebrain of the rat. The Journal of Comparative Neurology 304:198–218.

Jones G, Teeling EC. 2006. The evolution of echolocation in bats. Trends in Ecology & Evolution 3:149-156.

Kaltenbach JA, Lazor J. 1991. Tonotopic maps obtained from the surface of the dorsal cochlear nucleus of the hamster and rat. Hear. Res 51:149–160.

57 Komune N, Yagmurlu K, Matsuo S, Miki K, Abe H, Rhoton Jr AL. 2015. Auditory brainstem implantation: anatomy and approaches. Operative Neurosurgery 2:306-321.

Kunz TH, Lumsden LF. 2003. Ecology of cavity and foliage roosting bats. In: Kunz, T.H., Fenton, M.B., Bat Ecology. Chicago and London. The University of Chicago 3-89.

Lent R. 2010. Os Sons do Mundo, Estrutura e Função do Sistema Auditivo. In: Cem Bilhões de Neurônios? Conceitos Fundamentais de Neurociência. 2 ed. Atheneu 265-295.

Liebich HG, König HE. 2011. Órgão Vestibulococlear. In: Anatomia dos Animais Domésticos. 4 ed. Artmed 613-628.

Lim BK, Engstrom MD, Lee TE, Patton JC, Bickham JW. 2004. Molecular differentiation of large species of fruit-eating bats (Artibeus) and phylogenetic relationships based on the cytochrome b gene. Acta Chiropterologica 1:1–12.

Luo F, Wang Q, Farid N, Liu X, Yan J. 2009. Three-dimensional tonotopic organization of the C57 mouse cochlear nucleus. Hearing research 1:75-82.

Machado SF. 2003. Processamento auditivo: uma nova abordagem. São Paulo: Plexus 36-47.

Malkemper EP, Oelschläger H, Huggenberger S. 2012. The dolphin cochlear nucleus: Topography, histology and functional implications. Journal of morphology 273:173-185.

Manohar S, Paolone NA, Bleichfeld M, Hayes SH, Salvi RJ, Baizer JS. 2012. Expression of doublecortin, a neuronal migration protein, in unipolar brush cells of the vestibulocerebellum and dorsal cochlear nucleus of the adult rat. Neuroscience 202:169–183.

58 Marques-Aguiar SA. 1994. A systematic review of the large species of Artibeus Leach, 1821 (Mammalia: Chiroptera), with some phylogenetic inferences. Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi, Zoologia 1:3– 83.

Miranda JMD, Bernardi IP, Passos FC. 2011. Chave ilustrada para determinação dos morcegos da Região Sul do Brasil. Curitiba: João MD Miranda.

Moore JK, Osen KK, Storm-Mathisen J, Ottersen OP. 1996. gamma-Aminobutyric acid and glycine in the baboon cochlear nuclei: an immunocytochemical colocalization study with reference to interspecies differences in inhibitory systems. J Comp Neurol 369:497–519.

Moore JK, Osen KK. 1979. The cochlear nuclei in man. Am. J. of Anat 154:393–

Documentos relacionados