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Terceira Parte: Métodos e

OBJECTIVOS DA ORGANIZAÇÃO

5. Análise do Desenvolvimento do Voo à Vela

Numa análise sobre o eventual desenvolvimento do VAV, há que verificar quais as orientações existentes e/ou as que serão necessárias

Primeiramente, tentaremos averiguar, através dos questionários, se já existem quaisquer orientações a nível financeiro, se têm apoio por parte de entidades externas, ou se ficam somente com as suas orientações internas (objectivos da própria organização desportiva).

Seguidamente, tentaremos detectar, segundo a opinião dos inquiridos, quais os Planos de Acção apropriados para estas organizações desportivas, ou seja, as medidas necessárias que as Es/Cs do VAV deverão adoptar para que ocorra um desenvolvimento.

Finalmente, verificar se esses planos de acção, deverão passar por:  Uma simples racionalização dos recursos financeiros existentes,

para uma futura aposta no campo do desenvolvimento;

 Se deverão apenas assentar numa avaliação dos processos existentes e daí efectuar as modificações necessárias para que o desenvolvimento ocorra;

 Se os planos de acção são bem geridos, garantindo e apostando, numa boa forma, que regule e oriente a modalidade, dentro da organização desportiva.

5.1. Orientações

Ao tentar detectar, através da análise dos questionários, quais as orientações existentes nas Es/Cs de VAV, quereremos verificar se essas orientações são as mais correctas.

Cada organização desportiva terá as suas orientações. Mas, se possível, estas deverão ser as mais adequadas, para encaminhar a modalidade em questão na direcção do desenvolvimento.

Teremos, assim, que averiguar se o desenvolvimento do VAV, segundo os inquiridos, terá uma das seguintes orientações:

− Estar sob influência dos recursos financeiros: quer diversificando as fontes de financiamento, ou apenas através de financiamentos particulares;

− Apoiar-se em entidades externas, como os media, e/ou a imagem que estas organizações desportivas possam transmitir para o exterior;

− Apoiar-se somente nas decisões internas, com uma autonomia apropriada, e/ou com um quadro de incentivos para o pessoal da organização desportiva, e/ou ainda, através de uma melhoria das condições de trabalho.

Lamartine Pereira da Costa (1979) fala da palavra dinamismo, como sendo “a palavra chave dos modernos projectos organizacionais que acompanham os acontecimentos e mudam a ênfase sobre os extremos das características das organizações” (p. 40). Será uma expressão a ter em consideração, quando referirmos desenvolvimento das Es/Cs de VAV, pois, sem ela, os indivíduos, ou grupo de indivíduos destas organizações desportivas, dificilmente terão incentivos.

Dando importância ao dinamismo, as perguntas que se seguem, parecem-nos pertinentes, para que ocorra um delineamento estratégico nas Es/Cs de VAV, para se encaminharem no sentido do desenvolvimento:

1) Quais são as nossas actividades? 2) Quais são os nossos objectivos? 3) Quais são os resultados?

4) Como estamos indo internamente?

5) Quais seriam nossas futuras actividades? 6) Quais seriam nossos futuros objectivos? 7) Quais seriam as repercussões internas?

As respostas, dentro do possível, a estas questões, podem orientar o desenvolvimento da organização desportiva em causa. “Uma vez que visam revelar as actividades chaves do empreendimento e sua provável evolução.

Estrutura eficiente, num determinado momento, é aquela que faz essas actividades funcionarem e produzirem resultados.” (Costa, 1979, p.40)

5.2. Planos de Acção

Tal como o sub capítulo anterior, tentar detectar, através da análise dos questionários, quais as orientações existentes nas Es/Cs de VAV, queremos agora verificar quais os planos de acção existentes. Verificar se esses planos de acção são os mais correctos para encaminhar estas organizações desportivas no sentido do desenvolvimento.

Verificar se existe:

− Uma racionalização dos recursos financeiros; − Uma avaliação dos processos adoptados; − Uma gestão desses processos adoptados.

Para uma organização desportiva conseguir encaminhar-se no sentido do desenvolvimento, terá que, primeiramente, aperceber-se dos recursos materiais e dos recursos financeiros existentes. Só a partir desse ponto, poderá criar um ou vários planos de acção. Por fim, saber gerir esses planos de acção, para caminharem no sentido do sucesso.

Consideramos recursos materiais, apoiando-nos no autor Lamartine Pereira da Costa, como “os equipamentos, máquinas, edifícios, instalações, etc.” (Costa, 1979, p.10). Quanto aos recursos financeiros, queremos designar “os meios monetários – o dinheiro disponível em espécie ou em depósito nos bancos – para a manutenção e funcionamento da entidade” (Costa, 1979, p.10).

desenvolvimento destas organizações desportivas. As Es/Cs de VAV, terão por detrás, uma das seguintes estruturas:

z Estrutura Tradicional ou “Functional Structure”; se a E/C de VAV contém orientações e/ou planos de acção, na vertente comercial e moderna.

z Estrutura Consumista ou “Product Structure”, se a E/C de VAV contém orientações e/ou planos de acção, em que os produtos desportivos (neste caso a oferta de voos), são oferecidos de modo a levar toda uma sociedade moderna a consumir;

z Estrutura Georáfica ou “Geografic Structure”, se a E/C de VAV contém orientações e/ou planos de acção que, dependendo da região onde está inserida, existem os técnicos específicos para a dinamizam;

z Estrutura do Cliente ou “Client or Customer Structure”, se a E/C de VAV contém orientações e/ou planos de acção, onde é dado ênfase apenas ao voo de planador, para um grupo de pessoas específico, por exemplo: só pilotos com licença, ou só alunos em vias de obter uma licença.

Qualquer que seja a conduta adoptada por uma E/C de VAV, para que o desenvolvimento da modalidade ocorra e para o desenvolvimento da respectiva organização desportiva, apenas ocorrerá, se estivermos cientes do tipo de processos existentes.

Capítulo II – Metodologia

Neste capítulo, apresentam-se as opções metodológicas adoptadas para a realização do trabalho em campo. Em primeiro lugar, efectua-se uma breve explicação do método utilizado para a recolha de dados. Depois, descreve-se a amostra e expõem-se os procedimentos utilizados, referentes à recolha e tratamento dos dados. Por último, discutem-se as limitações apresentadas no decorrer do trabalho em campo.

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