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Capítulo I – Tratamento dos Dados

2. Controlo de Qualidade

Efectuada a análise dos questionários, há que, resumidamente, explicitar as diferentes fases do processo. Utilizando a amostragem, foi estabelecido um controlo de qualidade que implicou uma selecção dos questionários. Os questionários que não satisfizeram os critérios apresentados no Capítulo II, primeira parte, foram eliminados automaticamente.

A apresentação da análise efectuada, que levou aos resultados apresentados, teve, como sustento, o controlo estatístico. Começámos por caracterizar os indicadores, a partir dos valores indicados: com o máximo e com o mínimo, obtivemos as médias, assim como os desvios padrão. Apenas tivemos em consideração a média, por ser o valor referencial mais apropriado para este trabalho de investigação.

Uma apreciação e análise de todas as dimensões servirá de objectivo central ao nosso trabalho de investigação. Relacionar as caracterizações investigadas com os resultados obtidos, conseguimos obter uma resposta para a pergunta de partida.

Os dados estão apresentados em conformidade com a estruturação temática deste trabalho de investigação: imagem das Es/Cs do VAV (metáforas e missões), imagem da modalidade desportiva do VAV (valores, pontos fortes e fraquezas), sistema de valores (valores de grupos específicos e valores organizacionais), processo de decisão (controlo da decisão, lógica da decisão, avaliação das decisões dos técnicos e influência nas decisões no VAV) e, por fim, as estratégias de desenvolvimento (orientações para os planos de acção e os planos de acção para o desenvolvimento).

Seguindo esta estruturação, temos um reforço para a qualidade apresentada neste trabalho.

Resultados

Considerando a análise efectuada até aqui, conseguimos descrever e apresentar os diferentes indicadores, conforme os valores obtidos:

● Valores obtidos em relação aos inquiridos em Portugal; ● Valores obtidos em relação aos inquiridos no Reino Unido; ● Comparação dos valores obtidos.

Se recordarmos o modelo aplicado, tivemos em consideração cinco dimensões:

ƒ Dimensão “imagem das Es/Cs de VAV”; ƒ Dimensão “imagem do VAV”;

ƒ Dimensão “sistemas de valores” subjacentes; ƒ Dimensão “processos de decisão” utilizados;

ƒ Dimensão “desenvolvimento: planos de acção” para modalidade.

Antes da conclusão final e para obter resposta às perguntas de partida, é necessário sintetizar a análise apresentada para cada uma das dimensões. Efectuaremos, assim, uma síntese dos resultados.

Quanto à análise da dimensão “imagem das Es/Cs de VAV”, estas organizações desportivas devem prestar um serviço público. Todos os seus elementos devem estar envolvidos na tomada de acções, devendo a organização desportiva adoptar uma gestão efectuada por um conjunto de indivíduos, ou seja, dinamizar acções através da união (associativismo). Não devem ter um único dirigente, que gere sozinho. Importante será passar por fases de reorganização, procurando a existência de um plano de acção, i.e., devem apoiar-se num plano burocrático.

Ainda, na análise da dimensão “imagem das Es/Cs de VAV”, obtivemos as seguintes respostas: devem procurar a vertente da competição, elaborando actividades programadas para este nível; devem procurar a vertente da alta competição, através da existência de actividades programadas, de modo a atingir este nível, conseguindo assim notoriedade e visibilidade, ajudando à promoção da modalidade; devem procurar ter uma missão cultural, para o desenvolvimento da modalidade; devem procurar uma generalização da prática, procurando novas estratégias para aliciar indivíduos à prática; devem procurar desenvolver a vertente de lazer; devem procurar dar uma formação educativa.

Numa análise da dimensão “imagem do VAV”, verificámos que esta modalidade deve preencher os indivíduos pessoalmente e, de menor importância, deverá também preenchê-los socialmente. Deverá ainda preencher os indivíduos, no campo do relacionamento interpessoal.

Ainda, na análise da dimensão “imagem das Es/Cs de VAV”, obtivemos as seguintes respostas: a modalidade deverá adquirir pontos fortes; a modalidade deverá contornar as suas fraquezas.

Na análise da dimensão “sistema de valores”, averiguámos que as decisões dos Dirigentes e GT devem ser sempre reavaliadas e que, as acções destes, devem ser analisadas, conforme as suas características individuais. Quanto às decisões dos Ps/Is, esta deverá aumentar, ao possuírem votos nas tomadas de decisões.

Ainda, na análise da dimensão “sistema de valores”, obtivemos as seguintes respostas: valorização das relações humanas, devendo ter em conta o respeito, a amizade, a transparência e a honestidade; valorização da participação, será importante, para que ocorra o respectivo desenvolvimento (a nível do crescimento pessoal, como também um desenvolvimento da modalidade desportiva); valorização de um sistema burocrático, deve ser

especialização das funções e cumprir com as tarefas propostas, i.e., uma formalização e cumprimento de normas.

Já na análise da dimensão “processo de decisão”, detectámos que as decisões se processam, maioritariamente, internamente, existindo um afastamento de decisões por parte das entidades externas. Apesar de ser necessária alguma dependência, as organizações desportivas devem procurar, sempre, independência, de modo a existir total controlo das decisões internas, sem intervenções de entidades externas. Das entidades externas, apenas deverão esperar por apoios. Devem assumir as responsabilidades de uma gestão autónoma, ou seja, um controlo dos processos de decisão interna.

Ainda, na análise da dimensão “processo de decisão”, obtivemos as seguintes respostas: as decisões políticas serão as mais lógicas de serem adoptadas, pois integram estratégias para o desenvolvimento da modalidade desportiva; as preferências dos Ps/Is e dos Ps/As, também devem ser tidas em conta, pois estes indivíduos devem demonstrar e exteriorizar algumas das suas preferências, influenciando as decisões; uma decisão hierárquica participada, e/ou uma decisão por competências, e/ou uma decisão “Top and Bottom” (e/ou vice versa) ajuda quem gere a organização desportiva, para conseguirem, em conjunto, atingir as competências necessárias.

Para finalizar a dimensão “processo de decisão”, há que referir que um processo de decisões, que seja informal (onde não exista qualquer planeamento, ou antevisão dos problemas que possam surgir e que poderão necessitar de uma resposta), não será aconselhado adoptar. Um processo de decisões formais será adequado, pois existirá um conjunto de planeamentos, estando a organização desportiva em alerta para o surgimento de problemas que necessitem de decisões imediatas.

Para finalizar, na análise da quinta e última dimensão “desenvolvimento: planos de acção”, devemos considerar uma diversificação das fontes de financiamento, tanto ao nível de financiamentos particulares, como financiamentos públicos. Será deveras proveitoso, para um desenvolvimento consistente da modalidade, um apoio financeiro constante. A intervenção dos media e a divulgação da imagem da modalidade serão

medidas indispensáveis, pois ajudam e acompanham, numa eventual ocorrência de desenvolvimento da modalidade.

Ainda na análise da dimensão “desenvolvimento, planos de acção”, obtivemos os seguintes componentes para a elaboração de um plano de acção: uma implementação de incentivos começaria na melhoria das condições materiais, dentro das organizações desportivas, para que os seus intervenientes pudessem actuar com maior valor, excedendo as expectativas; adopção de orientações, sua implementação e respectiva dinamização; programas que tenham parâmetros bastante específicos, evitando a dispersão; apoio por parte de entidades externas, tornando as organizações desportivas, com uma vertente comercial e moderna, afim de que o produto a consumir possa ser a modalidade desportiva em questão, de forma a abranger toda uma sociedade; depender, primeiramente, da região onde estão inseridos.

A seguinte figura mostra, de forma sistemática, algumas das componentes referenciadas, para um bom plano de acção a ser adoptado por estas organizações desportivas:

Figura 25

Componentes para a formulação de um Plano de Acção

Orientações

(adopção, implementação, e dinamização)

Intervenientes

(melhoria das condições e satisfação)

DESENVOLVIMENTO

Apoios

(entidades externas, para uma vertente comercial)

Programas

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