Análise dos dados do questionário aplicado pós-visita a exposição

Gráfico 4 - Grau de aprendizagem.

Fonte: Dados de pesquisa, 2018

A primeira questão refere-se à compreensão dos alunos sobre a importância da descoberta da radiação infravermelha. Cerca de 65,85% dos alunos após participar da atividade alcançam os objetivos propostos, quando tomam consciência da construção dinâmica do conhecimento ao compreender o processo investigativo e principalmente em reconhecer o caráter útil da ciência para sociedade. Cerca de 21,95% não foram capazes de compreender o conceito científico. Enxergam somente o caráter prático da descoberta. Os 12,2% restantes fazem referência a decomposição da luz branca.

Gráfico 5 - Grau conhecimento prévio.

Fonte: Dados de pesquisa, 2018

A segunda pergunta refere-se ao conhecimento ou não por parte dos alunos da descoberta de William Herschel, o raio infravermelho. Podemos verificar que 100% do grupo não tinham conhecimento do fenômeno apresentado.

A atividade realizada permite ao aluno perceber que o conhecimento científico produz impactos econômicos e sociais. E que pesquisas e descobertas científicas nem sempre apresentam caráter aplicativo, e diferentes formas de conhecimento tem contribuído para compreensão de fenômenos da natureza.

Gráfico 6 - Grau de aprovação da metodologia.

Fonte: Dados de pesquisa, 2018

A terceira pergunta versa sobre as atividades investigativas. Na opinião de 95% dos alunos essa metodologia de ensino, que para Sasseron (2017) é baseada na discussão de conteúdos científicos e nas práticas científicas, seria um fator determinante para aprendizagem.

Sobre a História da Ciência a quarta pergunta apresentou o resultado de 100% positivo, o que reforça o fato de que envolver o aluno na atmosfera científica possibilita o entendimento da construção do conhecimento e do como se faz ciência.

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após análise do conjunto de interações observadas durante a aplicação do Produto Educacional, pode-se perceber que essa forma de ensinar como se faz ciência é recompensadora. O que se pretende quando se concebe um produto que tem o objetivo ensinar a pessoas o que outras pessoas fizeram para que possam compreender melhor as “descobertas” científicas, é oportunizar um aprendizado real e significativo, além de compreender o quão complexo e encantador é o trabalho de um cientista. Desse modo, é inevitável a sensação de dever cumprido, quando no final de cada visita pode-se perceber a mudança de concepção sobre a ciência, os cientistas e suas contribuições.

É importante dizer que em uma sociedade em que os conhecimentos e informações chegam e se modificam com tanta rapidez é indispensável que o estudante consiga ter a capacidade de discernir o que é real ou mito.

O fator preponderante desse trabalho foi reproduzir em um espaço não-formal de Educação foi reproduzir os passos do cientista William Herschel, que levou a descoberta da radiação infravermelha, tudo de forma contextualizada, tornando a atividade prazerosa.

Entre a idealização e a materialização do produto ocorreram algumas mudanças, pois mesmo com a pesquisa realizada sobre a construção do experimento, a impressão que se teve foi que se estava sempre em face a algum problema que deveria ser solucionado para reprodução e implementação da SEI. A reprodução do aparato construído por Herschel, o local de aplicação, e em especial a dinâmica da exposição, que por ser de caráter investigativo teve seus painéis iniciais substituídos por expositores com rodas, passaram por várias mudanças.

A experiência na idealização e construção da Exposição/ SEI oportunizou momentos em que resultados não esperados, como nos obtidos na aferição da temperatura com os termômetros que sempre apresentaram discrepância, levaram a uma busca de aprimoramento. E assim, em todo esse processo, em várias etapas participei de uma atividade investigativa para construir o produto

Os dados da pesquisa foram coletados em setembro de 2018, posteriormente outras turmas visitaram a Exposição: O que vem depois do arco-íris” com aplicação da sequência de ensino por investigação. Durante o ano de 2019, o Museu Interativo de Ciências do Sul Fluminense recebeu 911 visitantes, porém, é certo que nem todas as unidades escolares participaram da sequência original. Isso porque o tempo é o primeiro fator limitador e segundo porque dependemos da presença da luz do Sol para que todas as etapas possam ser desenvolvidas.

O que se presencia é um ambiente prolífico, onde além dos alunos professores e funcionários de escolas são parte integrante nesse processo ensino- aprendizagem.

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