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10. Competições

11.6 Análise dos objetivos da época

No início da época desportiva a equipa técnica definiu os principais objetivos para o ano (tabela 16). Iremos, de seguida, analisar em que medida esses objetivos foram alcançados juntamente com a análise da progressão dos nadadores nas principais provas do ano.

Tabela 32:Lista de verificação dos objetivos da equipa absoluta

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A percentagem proposta, como objetivo, de participação nos campeonatos zonal e nacionais do escalão juvenil, júnior e sénior foi de 60%. Nas três competições do escalão de juvenis a percentagem de participação foi de

25%, no escalão de juniores as percentagens de participação foram de 46.66%, 53.33% e 37.5% e no escalão sénior as percentagens de participação nos três campeonatos nacionais foram 42.10% no campeonato nacional de piscina curta e de 31.57% nos campeonatos nacionais de piscina longa (inverno e verão). Se tivermos em consideração apenas o objetivo que foi proposto, então este objetivo não foi cumprido, mas estas percentagens foram influenciadas por alguns aspetos. Os aspetos que mais influenciaram a percentagem de participação nos campeonatos zonais e nacionais foram a falta de tempos de acesso aos campeonatos (TAC’s), a percentagem de desistência, a percentagem de trabalhadores a tempo inteiro e lesões.

Objetivos Lista de

Verificação Aumentar a percentagem de participação no campeonato zonal de juvenis e

campeonatos nacionais de juvenis, juniores e seniores (60%)  Aumentar o número de pódios nacionais/zonais;  Aumentar o número de campeões nacionais/zonais; ✓ Consolidar a posição de ambas as equipas na 2ª divisão do nacional de clubes; ✓ Aumentar o número de pontos na Taça de Portugal (Formação e Rendimento);  Renovar o título de campeões nacionais de longa distância; ✓ Apuramento de um atleta para o Campeonato Europeu de Juniores de Águas Abertas; ✓ Apuramento de duas atletas para o Campeonato Mundial de Águas Abertas; ✓ Apuramento de um atleta para o Campeonato Mundial de Natação Pura (Seleção do

Malawi).

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A falta de TAC’s é o principal motivo para a falha do primeiro objetivo da equipa, 51.92% (47.36% seniores, 43.75% juniores, 62.5% juvenis A e 75% juvenis B) dos nadadores não tinham TAC’s para participarem nos campeonatos zonal e nacionais.

Outro fator condicionante é a percentagem de nadadores seniores do CFP que já trabalha a tempo inteiro (15%), sendo esse o principal motivo para não puderem treinar a 100% nem para participarem nos campeonatos nacionais. Como já foi referido no capítulo anterior a taxa de desistência deste ano no escalão absoluto foi de 23.07% (15% seniores, 31.25% juniores, 50% juvenis A e nos juvenis B não houve desistências) ou seja dos 52 nadadores que começaram a época 12 desistiram sendo que 1 nadadora mudou de modalidade e os outros 11 nadadores abandonaram a prática desportiva competitiva. Devido ao protocolo de aquecimento, recuperação ativa nas competições e reforço muscular que foram desenvolvidos este ano, não houve um grande número de lesões. De realçar duas lesões que condicionaram dois nadadores, um nadador juvenil B no 1º macrociclo e a uma nadadora sénior no 2º macrociclo. Relativamente ao aumento do número de conquistas de pódios e de títulos nacionais, foram conquistados 25 pódios nacionais, um número inferior em comparação com a época anterior (38 pódios) e 7 títulos nacionais o que faz com que o objetivo tenha sido cumprido, visto que na época anterior tinham sido conquistados apenas 6 títulos nacionais.

O objetivo principal, relativamente aos campeonatos nacionais de clubes para ambas as equipas do CFP, consistia em manter e consolidar uma classificação que permitisse manter as equipas na 2ª divisão. Este objetivo foi claramente cumprido e até superado pois a equipa masculina, que na época transata tinha sido vice-campeã nacional da 3ª divisão, obteve uma classificação na 6ª posição em 16 equipas e a equipa feminina que ao obter um 4º lugar e com a alteração dos regulamentos dos campeonatos nacionais de clubes para a próxima época, conquistou uma subida de divisão fazendo com que o CFP tenha, passados 23 anos, uma equipa na 1ºdivisão nacional.

A taça de Portugal consiste em premiar os clubes que apresentam maior consistência de resultados nos principais campeonatos nacionais, sendo que é

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formada por duas vertentes, formação e rendimento. A taça de Portugal de formação é destinada aos escalões de infantis e juvenis e as pontuações são distribuídas conforme a classificação do nadador em cada prova. As principais provas nacionais que contribuem para a taça de Portugal são os torneios de nadador completos de infantis e juvenis, os torneios de fundo infantis e juvenis, os campeonatos zonais infantis e juvenis, o campeonato nacional de infantis de verão, o campeonato nacional de juvenis de inverno e o campeonato nacional de juvenis de verão. Para além destas provas existem outros fatores que pontuam, como os recordes nacionais individuais e de estafetas e ainda a presença em seleções nacionais.

A taça de Portugal de rendimento já é destinada aos escalões de juniores e seniores. As provas que pontuam são o campeonato nacional de piscina curta de juniores e seniores, o campeonato nacional absoluto de inverno em piscina longa e o open de Portugal. Para além destas provas os recordes nacionais juniores, seniores e absolutos (individuais e de estafeta) e também as presenças em seleções nacionais pontuam para a taça de Portugal.

Na época de 2015/2016 a equipa do CFP fez 442 pontos (11º lugar) na taça de Portugal de formação e 468 pontos (12º lugar) na taça de Portugal de Rendimento e visto que na presente época o CFP pontuou 456 pontos (11º lugar) na taça de Portugal de formação e 417 pontos (12º lugar) na taça de Portugal de rendimento podemos concluir que este objetivo não foi cumprido na totalidade pois relativamente à taça de Rendimento houve um ligeiro decréscimo na pontuação. É de realçar que no Open de Portugal, as duas nadadoras seniores participaram nos campeonatos mundiais de AA e devido a esse facto, só iniciaram a sua participação no segundo dia da competição. Também dois juniores não participaram nos campeonatos devido aos exames nacionais do 12º ano. Estes dois fatores influenciaram muito a pontuação, tanto pelo cansaço das nadadoras que participaram nos mundiais de AA como no decréscimo do número de provas no escalão júnior.

O campeonato nacional de longa distância é formado por duas provas, 3000 metros livres para o escalão de juvenis e 5000 metros para os escalões júnior e sénior. O CFP tem mantido um certo domínio nesta prova e como é o clube

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defensor do titulo nacional por equipas, o objetivo para esta temporada seria manter tanto o título coletivo como os individuais. Este objetivo foi cumprido com uma margem bastante considerável dado que em termos coletivos o CFP somou 85 pontos, mais 16 pontos do que o segundo classificado. Esta pontuação consiste na soma dos pontos de algumas performances, como é exemplo o nadador juvenil que, ao ficar em 1º lugar, conseguiu 12 pontos; no escalão júnior, ao obtermos as classificações de dois 3º e 6º lugares, somámos mais 8, 8 e 5 pontos respetivamente; no escalão sénior, ao obtermos o 1º, o 2º e o 6º lugares, somámos mais 12,10 e 5 pontos e, por fim, a nível absoluto com as classificações de 1º, 2º e 8º lugares, somaram-se mais 12, 10 e 3 pontos, dando assim um total de 85 pontos que consequentemente dá o 1º lugar em termos coletivos.

A nível internacional no início da época a equipa técnica definiu como objetivo principal a qualificação de 4 nadadores, 3 nadadores para AA e um nadador para NP (pela seleção do Malawi), para as provas internacionais mais importantes do ano. Essas provas eram o campeonato europeu de juniores de AA, o campeonato mundial absoluto de AA e ainda o campeonato mundial absoluto de NP. Ao qualificarmos estes 4 nadadores podemos afirmar que os objetivos a nível internacional foram todos cumpridos.

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