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5 VERIFICAÇÃO, COM ESPECIALISTAS, DAS NARRATIVAS INFOGRÁFICAS DESENVOLVIDAS

5.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS

De acordo com Valero Sancho, em termos gerais, uma infografia não deve cansar o intérprete. O documento não deve ser muito complexo em relação a sua profundidade e à quantidade de grafismos por tela. Para esse especialista se o infográfico for muito denso, não funciona. Ele também fala na densidade do conteúdo, que no caso desta pesquisa versa sobre a GD, afirmando não ser conveniente utilizar signos próprios da matemática profunda para que o aluno não se perca. O infógrafo Aitor Eguinoa concorda que o tema é muito complicado e denso, havendo muita informação para explicar. “Creio que poderia se explicar em várias infografias. Afinal nós comprovamos que quanto menos densa for a infografia, as pessoas preferem, porque as compreendem em sua totalidade” (EGUINOA, 2013). Para este especialista, a informação não é encontrada porque está atrás de um ícone que não foi visto ou porque o conteúdo está muito resumido, sendo que, desta maneira, uma frustração é criada no intérprete fazendo com que ele vá perdendo o interesse no infográfico. “Então é melhor otimizá-lo ou separá-lo para que tu vás adquirindo informação de maneira gradual” (EGUINOA, 2013).

Català, Táscon e Valero Sancho defendem que é preciso haver uma unidade de conteúdo. Ao contrário de Aguinoa, Valero Sancho diz que as três narrativas infográficas poderiam estar contidas numa só apresentação. Ele sugere que o escritório de arquitetura seja a tela principal, servindo de sumário que mostra o que tem dentro do documento.

[...] é muito importante que saibamos o quão profundo é o teu documento. E a maneira de sabê- lo é vendo esta única tela, porque aqui,

dependendo de quantos objetos tenha iluminado, sabemos o quão profundo é [...]. Eu creio que o elemento central está aqui. E aqui não necessitas colocar nenhum texto, como não colocastes

(VALERO SANCHO, 2013).

O especialista sugere ainda que tenha uma tela de entrada estética e que, ao clicar em qualquer lugar dessa tela, o intérprete seja direcionado para a tela principal. Nesta tela teria a mesa com todos os objetos, inclusive os baralhos e os lápis das narrativas 2 e 3, assim como os objetos utilizados na atividade da primeira narrativa. O primeiro objeto a ser acessado deveria ser o cubo, que é mais simples, e somente depois os outros objetos poderiam ser vistos. “O cubo não é complexo. A partir deste exemplo explicarias todos os demais. Do simples ao complicado” (VALERO SANCHO, 2013).

Català revela que unificaria as cores de todas as narrativas infográficas para que não pareçam três páginas distintas, apresentando mais elementos em comum em cada uma delas. Segundo ele, deveria haver uma barra com os botões de navegação, que seria um elemento de continuidade das três narrativas. Já Mario Táscon sugere um trabalho de unificação dos ícones.

A respeito da primeira narrativa infográfica na web, Valero Sancho diz que o componente icônico está bem. “A mesa funciona muito bem. Tens que fazer uma icônica que se entenda rápido e facilmente. Contextualmente tu tens que fazer com que isto seja reconhecível no mundo” (VALERO SANCHO, 2013). Quanto aos ícones dessa narrativa infográfica, Táscon sugere que os livros que estão na prateleira sejam maiores ou estejam mais afastados. “Eu poderia pensar que só tem um livro, é fácil errar neste ícone” (TÁSCON, 2013). Para Valero Sancho, o mapa que está sob a mesa de arquitetura não deveria ser iluminado como os demais objetos, devendo receber outro efeito para indicar que ali há um link. Esta sugestão é feita, pois o mapa abre uma explicação sobre as áreas em que a GD é utilizada, não entrando no conteúdo da disciplina como ocorre com os outros objetos. Valero Sancho recomenda ainda que seja mais explicitado que aquilo que está no vídeo em LIBRAS é a mesma coisa do que está escrito em português. Ele aconselha colocar um sinal de igual ou colocar tudo num mesmo plano.

Sobre a segunda narrativa infográfica desenvolvida, Marín Ochoa diz que é muito bonita, mas esperava mais jogo, mais possibilidades de interagir. “É muito linear, mas como imagem gráfica está bonita [...]. A do arquiteto dá mais possibilidades” (MARÍN OCHOA, 2013). Para

Valero Sancho, é preciso evitar estéticas desnecessárias, como a ilustração contida na tela de abertura dessa narrativa infográfica. De Pablos corrobora ao dizer que essa imagem gera um pouco de ruído: “Artisticamente pode estar muito bom, mas comunica menos do que se tivesse formas mais simples. Eu acho que aqui, menos é mais e que sempre se deveria fazer os desenhos o mais simples possível” (DE PABLOS, 2013). Quanto ao texto, De Pablos diz que a cor azul se perde com o fundo. Para ele, o fundo deveria ser em branco e o texto em preto para ressaltar. Valero Sancho alerta para a utilização de um fundo que não interfira, jogando com transparências quando algo não é muito importante.

Català diz ter gostado da terceira narrativa infográfica, pois ela permite entrar em cada um dos lápis. “O uso das cores me parece muito inteligente. Eu teria colocado o texto com a mesma cor de cada lápis. Em cada página, correspondente a cada lápis, teria colocado uma cor dominante parecida com o lápis” (CATALÀ, 2013). Para o especialista, fica mais fácil para o intérprete lembrar-se do conteúdo da página por meio de sua cor. Táscon também sugere que o texto seja da mesma cor que o lápis e que as telas de conteúdo utilizem mais essa mesma cor. Neste mesmo sentido, Eguinoa afirma que há muitas cores na narrativa infográfica do lápis, há muita informação.

Eu creio que esta imagem funcionaria muito melhor se só deixamos coloridos os lápis usados. Os demais que sejam todos de uma mesma cor, por exemplo, brancos, pretos ou cinzas. Desta maneira tu automaticamente verias que cada cor é uma reta. Aqui eu tenho dificuldades. Quando eu clico na primeira tela e vou para a seguinte me custa ver que é da mesma cor, porque aqui tinha um monte de cores. Eu creio que isto ajudaria a tê-los mais claro. Se tenho sete opções, então somente sete cores. A ideia de fazer uma cor diferente da outra está muito bem, mas tem que identificar mais a cor com esta próxima tela porque senão parece que é aleatório. Ainda mais o texto não está colorido (EGUINOA, 2013). Além da mudança das cores, os especialistas também sugerem que a posição dos lápis na tela inicial esteja na mesma direção em que aparecem na parte do conteúdo. Eles também falam sobre os ícones da narrativa infográfica 3. Para Táscon, o ícone de voltar parece com o de

carregar uma página e o ícone da contextualização parece com um ícone de busca ou ampliação. Sobre os mesmos ícones, Eguinoa comenta: “vemos a lupa, mas não sabemos seu significado [...]. A flecha não me parece ter problemas, mesmo que pareça „voltar a ver‟ porque é circular, mas uma flecha para trás sempre parece „voltar‟”.

Para Eguinoa, os ícones têm que dar pistas de para que servem, estando relacionados ao que vai acontecer quando clicado, caso contrário, não convida o intérprete a entrar ou cria uma frustração. Essa relação é o mais difícil de alcançar nas interações com muita informação.

O mais complicado é organizá-la para que o leitor não perca nada e saiba encontrar o que necessita. Por isso a navegação, a interatividade, os botões, como aparecem nas telas, em que ordem, sempre é o mais complicado de fazer [...]. Se eu aperto e não ocorre o que eu espero, me desorienta e faz com que eu perca a concentração. E se o que estamos explicando é uma coisa complexa, [...] não é fácil de entender, tudo isso são barreiras que estamos colocando que dificultam a transmissão da informação

(EGUINOA, 2013).

Para Valero Sancho, as pessoas têm que saber onde são as zonas ativas da infografia. Se o desenho confunde o intérprete, está mal feito. Segundo o especialista, “funciona mais o simples em forma e em conteúdo. Utilizando, sempre que necessário, a metáfora [...]. Mas a metáfora tem que ser simples também e todos tem que entendê-la” (VALERO SANCHO, 2013). Nesta direção, Eguinoa afirma que o problema dos produtos interativos é que as pessoas têm que se familiarizar. É preciso utilizar códigos que estão muito bem aceitos ou que as pessoas já reconhecem, caso contrário os primeiros momentos sempre vão ser de aprendizagem. Assim, quanto mais fácil for este primeiro passo e quanto menos custe para os intérpretes decodificar o produto, melhor.

Marín Ochoa defende que os intérpretes devem ter liberdade para entrar em qualquer parte da página, elegendo o seu caminho. Para ela, as narrativas infográficas desenvolvidas propiciam esta liberdade, apresentando um nível de web entretenimento:

É possível descobrir o que há por trás de cada objeto e em cada objeto há uma aprendizagem, um conhecimento. Então é quase que um jogo [...] tem um conhecimento que é implícito e se torna mais explicito a maneira que se aprofunda nele. Isto é interessante (MARÍN OCHOA, 2013). Marín Ochoa também achou interessante a seção “no dia a dia” nas duas últimas narrativas, ou na do arquiteto, quando mostrava o exemplo das paralelas e do ângulo de 90 graus. “Através do escritório encontramos paralelas e ângulos. É muito importante ver no dia a dia” (MARÍN OCHOA, 2013). Sobre as atividades, Valero Sancho diz que poderia ter um resumo da matéria no final, como uma revisão, e logo perguntas, a explicação do acerto ou erro e a nota. “A resposta é muito importante. A autocorreção no ensino é muito importante” (VALERO SANCHO, 2013).

Para Táscon, as narrativas infográficas desenvolvidas usam uma interface curiosa de abertura, que chamam a atenção:

Um gráfico tem que ter duas coisas persuasão e atenção. Em princípio tem um bom grau de persuasão, me parece interessante ver o que está nesta mesa, o que são estes objetos. É interessante ver o que acontece com estes lápis. Interessante estas cartas e ver o que significam. Ou seja, tem um elemento persuasivo e logo tem elementos informativos. Eu creio que esses dois elementos são a base da infografia (TÀSCON, 2013). Quanto às imagens das narrativas infográficas desenvolvidas, Català diz que faria as proporções e as perspectivas maiores, mas que os infográficos parecem bastante corretos. Neste sentido, Eguinoa afirma que as explicações realmente mais importantes, que são os desenhos dos conteúdos de GD, deveriam ser maiores possibilitando ao intérprete de lê-las melhor.

Marín Ochoa define infografia como imagem sintética, na qual menos é mais. Para Valero Sancho, as narrativas infográficas devem ter menos textos e a imagem melhor organizada. De acordo com este especialista, é preciso evitar o máximo de texto possível, colocando apenas um título ou um texto explicativo em cada tela para que se saiba qual é o seu objetivo.

uma infografia tem que permitir que se entenda

tudo sem necessidade de ler. Se não, não é uma boa infografia. Se tu tens que colocar muito texto, então não estás conseguindo o que buscas com a infografia. Infografia tem que te permitir a didática por si mesma. Que aquilo funcione de maneira simples sem grandes necessidades de explicações. Na medida em que se tem que explicar com textos ou com voz, estamos tendo um problema com a imagem (VALERO SANCHO, 2013).

Um elemento que Català indica que deve ser melhorado é a tipografia. Para ele, “a infografia possui um papel, que geralmente esquecemos, que ela não é somente um texto para ler, mas é um texto que te convida a ler. Além disso, deve ser claro e conciso”. Para o especialista, o texto da infografia também deve se converter em visual: “Eu chamo isto de desenhar a letra”. Assim, o texto dever ser utilizado como um desenho a mais ou como uma imagem.

A letra se tu a convertes, a hierarquizas, lhe dás tons de cinza, de preto, fazes jogos tipográficos, uns em caixa alta, outros em caixa baixa, uns maiores e uns menores, estás convertendo também em visual. Estás redesenhando o visual e estás fazendo-o atrativo (CATALÀ, 2013).

Para Català, as narrativas infográficas desenvolvidas deveriam ter outro tipo de fonte que fosse maior para que pudesse ser lida mais facilmente e que ao mesmo tempo não manchasse. “Necessitas uma letra clara, fina, grande e, se possível, pouco texto” (CATALÀ, 2013). De acordo com Marín Ochoa, a tipografia nas infografias não deve ser muito reta para não cansar a vista. Para ela, as tipografias das narrativas infográficas desenvolvidas são muito pequenas, devendo ter um pouco mais de corpo e os textos explicativos deveriam ter fontes maiores. A especialista alude que as tipologias com serifa são mais fáceis de ler. De Pablos discorda, proferindo que a fonte que tem serifa é para textos grandes. “Parece-me muito bem escolhido o texto”, diz ele. Sobre o tamanho da fonte, o pesquisador anuncia:

Eu sempre sou partidário de aumentar o tamanho da fonte dos textos. Aqui não se pode aumentar

muito porque o espaço que tem é pouco. Eu sempre acho que a tipografia pode ser um pouco maior. É verdade que muitos computadores têm a possibilidade de ampliar os textos [...] este problema não chega a existir porque se pode ampliar a tela e ver o texto maior (DE PABLOS, 2013).

Em relação ao espaço disponível, Eguinoa afirma que numa tela da web o espaço é limitado. Como nas narrativas infográficas desenvolvidas é preciso incluir um vídeo, em todas as telas, isto tira espaço para o resto das informações. “Temos que duplicar a informação, temos que colocar de forma escrita e visual. Esta é uma deficiência que temos que lidar, por isso tem que organizá-lo muito bem para que nenhuma das duas percam” (EGUINOA, 2013).

No que tange a navegação, De Pablos e Català defendem o surgimento de uma mensagem que indique o que é cada link quando os intérpretes passam o mouse por cima, facilitando que eles decidam se querem entrar ou não.

o melhor seria que no momento em que passas o

mouse, aparecesse um texto que te dissesse o que significa isto [...] sem a necessidade de entrar. Um pouco do que ocorre com os lápis, pois eles têm uma flecha e o texto ao lado. Isto está claríssimo. O do arquiteto o melhor não seria carregá-lo com muita informação. Por isso digo, na hora de passar o mouse, aparece um texto que te mostre os respectivos temas (CATALÀ, 2013). Para Marín Ochoa, não é necessário esses textos associados aos links, uma vez que os intérpretes vão se familiarizando com o pictograma na medida em que vão trabalhando. “O que seria bom é que o ícone se ilumine ou aumente [...] que dê a sensação que quando você passe por aí, te diga „Entre, tenho mais informações‟. Mas não colocar o texto [...] iria confundi-los mais. É pouco acessível” (MARÍN OCHOA, 2013). Eguinoa concorda, dizendo que não é ideal que apareça o texto quando passa o mouse pelos ícones “porque se estamos fazendo algo visual temos que tentar utilizar menos texto possível. Se necessitamos colocar um texto é porque o ícone não é bom”.

Ao ser questionado sobre o termo “narrativas infográficas”, De Pablos alega que a infografia implica em narrativa. Para Català, no momento em que se explica, se está narrando. “Se a infografia não tem narração fica pobre. Eu não vejo nenhum inconveniente em você chamar de narrativa infográfica. Porque tem uma narrativa que é textual e tu estás dizendo que é diferente, que te apoias em gráficos” (DE PABLOS, 2013). Da mesma forma, Marín Ochoa diz estar convencida de que a infografia pode ser uma narrativa. “Tu também estás contando uma história aqui. A história da reta. Dizendo o que é a reta, quais são suas características. Estás contando uma história” (MARÍN OCHOA).

Sobre a questão da interação entre as pessoas que acessam uma narrativa infográfica, Eguinoa diz que ela é estimulada por causa das referências visuais que servem de ponto de partida para o debate, possibilitando vincular o conhecimento às imagens. Para este especialista:

A infografia é uma ferramenta muito útil para a educação de qualquer tipo de pessoas, de qualquer aluno e de qualquer idade. Visualmente compreendemos muito melhor as informações, temos maior capacidade de reter, de memorização. A interatividade, os recurso online, nos dá muita capacidade para adaptar os conteúdos a cada nível de aprendizagem.

Em sua experiência como infógrafo, Eguinoa percebe o apoio da comunidade educativa que enxergam as narrativas infográficas como uma ferramenta muito útil, que comunica a seus alunos. Neste sentido, Manuel de Pablos considera que esta pesquisa seja um trabalho muito interessante, sendo uma forma a mais de mostrar que a infografia, que é o binômio texto imagem, tem capacidade didática.

Neste caso aplicado a Geometria Descritiva me parece que é um passo a mais que vem mostrar a potência de como a infografia, como o uso da imagem com texto, pode ajudar, neste caso, as pessoas surdas, para conhecer a mensagem. Parece-me muito interessante [...]é um trabalho muito direito e demonstra as possibilidades que tem a infografia que não é somente infografia aplicada ao jornalismo (DE PABLOS, 2013).

Marín Ochoa aponta como positiva a diversidade de elementos (como animação, vídeo, língua de sinais, português) inseridos nas narrativas infográficas desenvolvidas. Para ela, os surdos ganham muito com a visualidade: “Eu estou convencida que as pessoas que lhes falta um sentido, desenvolvem muito mais os outros” (MARÍN OCHO, 2013). Eguinoa corrobora, dizendo que as pessoas surdas têm outros sentidos, como o visual, muito mais desenvolvidos que os ouvintes. Para ele, é possível adaptar as informações e conteúdos à maneira do surdo de perceber, fazendo com que ele interaja ou busque aquilo que necessita para sentir-se cômodo. “É o que temos que tentar, que o aluno se sinta cômodo para que tenha uma melhor compreensão” (EGUINOA, 2013).

Català diz que a infografia tem um peso muito grande para o surdo, que é uma pessoa em que quase tudo se concentra em imagem. “Meus parabéns porque aqui eu creio que a infografia cumpre um papel muito grande e, além do mais, para qualquer tipo de ensino [...] sobre geometria descritiva, que é uma ciência absolutamente visual, me parece perfeito” (CATALÀ, 2013).

Marín Ochoa expõe que lhe parece genial utilizar a infografia como forma de ajudar as pessoas com deficiência e que esta pesquisa abre uma brecha de estudos muito interessante, podendo ser utilizada para outros tipos de deficiência, para melhorar as condições de vida. Para essa especialista, a maneira como este trabalho foi conduzido, foi muito respeitosa com os surdos, dando a eles o nível de importância que merecem.

Segundo De Pablos, o conceito didático deste trabalho lhe parece fantástico porque fala de uma coisa tão complicada como a geometria descritiva, num nível muito elementar. “É fantástico que a infografia sirva para isto mesmo [...] estão muito bem, são criativas, são simples. Penso que estas coisas não devam ser com muita complicação. Quanto mais simples são, melhor vão funcionar” (DE PABLOS, 2013). Català diz que estudou GD e teria agradecido ter essas imagens tanto para estudar, quanto para explicar aos seus alunos, que não eram surdos, mas que tinham tantos problemas como os surdos para entender a geometria descritiva que é algo muito visual. Para Táscon, a infografia é boa para todos, sendo um recurso visual para quem tem habilidades visuais, seja surdo ou não.

5.4 CONCLUSÃO

Os dados obtidos nas entrevistas com os especialistas na área de infografia e visualização foram analisados para a verificação das narrativas infográficas desenvolvidas para a aprendizagem de surdos em CoPs. Os aspectos relacionados à visualidade dessas infografias foram destacados pelos especialistas, que apontaram os pontos positivos e aqueles que poderiam ser melhorados. Os especialistas foram unânimes em dizer que a visualização do conhecimento por meio das narrativas infográficas são ferramentas úteis para a educação de todas as pessoas, inclusive para os surdos pelas suas habilidades visuais.

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS