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6.1 Análise e Discussão dos Resultados do SSG

Quanto à FC e ao objetivo pela qual a analisamos é importante referir que o comportamento da mesma, durante o SSG 4x4, não sofreu alterações do início para o final do estudo, não existindo diferenças significativas do comportamento da FC da primeira para a última sessão (gráfico 1). Este resultado pode ter sido influenciado pela altura em que a última recolha foi executada, visto que na semana anterior tinha sido férias da Pascoa e a época desportiva sofreu uma interrupção dos treinos, ocorrendo uma quebra no decurso normal da mesma. Durante a execução do exercício os valores da FC mantiveram-se elevados tanto na primeira como na segunda parte do SSG 4x4, não observamos diferenças significativas entre ambas (gráfico 1). Demonstrando-nos assim, que o SSG 4X4 com estas características solicita uma elevada exigência fisiológica aos jogadores (gráfico 1). Estes resultados vão de encontro às afirmações de Hill-Hass et al., (2008), Hill-Hass et al., (2009) e Dellal et al., (2011)a

relativamente às exigências em causa, nomeadamente em termos aeróbios, que o SSG 4x4 em regime intervalado tem nas capacidades aeróbias dos jovens jogadores, no aumento da FC que este, SSG 4X4 solicita e de ser um método de treino que permite alcançar altas intensidades.

No entanto, estes resultados apresentam a limitação de apenas conhecermos o comportamento da FC de três jogadores, desconhecendo assim qual o comportamento da mesma nos outros cinco jogadores, que participaram no SSG 4x4. A utilização de apenas 3 frequencímetros está relacionada com a escassez de material. Para além deste ponto também é importante referirmos que o jogador C se lesionou no final das sessões o que o impossibilitou de participar nas duas últimas sessões. Apesar de termos consciência da enorme limitação dos dados em causa para a solidez das conclusões que podemos retirar é de realçar que os mesmos vão ao encontro de outros estudos tal como referimos.

A realidade foi semelhante no grupo de controlo uma vez que dispusemos também apenas de três frequencímetros tal como aconteceu no grupo experimental, agravada ainda pela supressão de um dos equipamentos uma vez que se verificou que registava e fornecia valores

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irreais e erróneos (muito acima de 200 batimentos por minuto). Ainda assim, com a informação que conseguimos recolher verificamos que o comportamento da FC ao longo do exercício não foi homogéneo para ambas as amostras (gráfico 2), ao contrário do que tinha acontecido no SSG 4X4 (grupo experimental). Apesar das limitações atrevemo-nos a afirmar que quando comparamos os dados do início e final do estudo percebemos que a reação que o SSG 4x4 despoletou nos jogadores é mais homogénea e superior em termos de valores de FC que a evidenciada pelo grupo de controlo (jogador M momento 1 e 16). Tal poderá ser ainda mais relevante se tivermos ainda em conta que não existiu qualquer interferência com o objetivo de influenciar a intensidade no SSG 4x4, ao contrário do que acontecia com o exercício do grupo de controlo onde o treinador tinha a preocupação constante de tentar manter uma intensidade de exercício elevada. Tal poderá justificar também as constantes irregularidades que as curvas apresentam, tornando-as mais heterogéneas. Indicando-nos assim, que em termos de exigência, para ambas as amostras, o SSG 4x4 teve uma intensidade superior e mais homogénea do que a que se fez sentir no exercício do grupo de controlo. Por último, no gráfico três que evidencia o comportamento, em termos de média, registado durante as 16 sessões/momentos em ambas as fazes dos exercícios (1º parte, minuto de recuperação e 2º parte), nos dois grupos (experimental e controlo) podemos verificar que ao longo desses momentos, em ambas as fases do exercício, a média da FC do grupo experimental (SSG 4X4) foi superior à registada pelo grupo de controlo. Para além disto, não verificamos grande diferença, em termos de médias, entre a primeira e segunda parte do exercício do grupo experimental, ao longo dos momentos. Estes resultados vão de encontro aos resultados e conclusões de Dellal, Drust, & Lago_Penas, (2012a). Já que estes autores

indicam que existe uma diminuição significativa da frequência cardíaca da primeira repetição para a quarta, não se observando essa diferença da primeira para a segunda repetição. Estes mesmos autores destacam que o número de repetições que os exercícios incluem em qualquer sessão de treino é um fator importante a ter em conta na planificação e organização das sessões de treino do futebol. Já que estas afetam as respostas físicas e técnicas dos jogadores ao longo das várias repetições.

Prosseguimos agora para o gráfico 6 que nos mostra o comportamento da média dos tempos por jogador no exercício SSG 4x4. Podemos destacar que na generalidade das amostras observamos uma diminuição das médias dos tempos registadas do início para o final.

Isto poderá indicar-nos que os jogadores foram diminuindo o diferencial de tempo entre o momento em que iniciavam o movimento e o momento em que o colega realizava o passe. Demonstrando assim uma melhoria do desempenho dos jogadores. Contudo, estaríamos a cair em erro se não tivéssemos em atenção que estes valores estão na unidade de tempo de milissegundos e que estas diminuições registadas são de valores muito baixos. Os quais estão

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abaixo dos valores de referência para tempos de reação, como tal não terão significado ao nível humano.

Por último, na tabela 2 que nos informa sobre o comportamento dos indicadores referentes aos passes (sucesso e insucesso) e aos confrontos (sucesso e insucesso), destacamos que se observou um aumento do número de confrontos com sucesso e insucesso. Não se tendo verificado qualquer alteração no indicador dos passes (sucesso e insucesso). Pensamos que este comportamento poderá ser um indicador de que os problemas que o SSG 4x4 e o comportamento dos jogadores na execução do exercício desencadearam, nos jogadores, a necessidade de os resolver através de confrontos (ações técnico-táticas defensivas e ofensivas) contribuindo para o aumento do número de confrontos. (exemplo: Pressão sobre o portador da bola e linhas de passe cortadas, solução passa por apostar no 1x1). Contudo, não encontramos na literatura suporte a esta nossa hipótese, embora Dellal, et al., (2011)b,

tenham observado o mesmo comportamento, nestes dois indicadores, no SSG 4X4 sem limite de toques.

No entanto, esta análise e perceção dos resultados, apenas nos deram uma ideia geral do que aconteceu no grupo experimental. Por este motivo, citado anteriormente, e pela necessidade de compreendermos mais especificamente e aprofundadamente como cada um dos jogadores reagiram e evoluíram com a participação neste SSG 4x4, iremos analisar individualmente cada um dos indicadores para percebermos que evoluções existiram em cada um deles, após a participação no SSG 4x4. Esta análise terá como base os resultados e informações individuais que apresentamos no corpo do trabalho e em anexo.

Jogador A: Neste jogador observamos uma diminuição da média dos momentos em que o

jogador iniciou a sua ação (tabela n.º 5 em anexo). Esta observação podia-nos indicar que o jogador teria diminuído o diferencial de tempos entre o momento em que inicia o movimento e o momento em que o colega realiza o passe. Contudo, esta diminuição é de 60ms, um valor muito baixo. O qual se situa abaixo dos valor de referência para tempos de reação, como tal não terão significado ao nível humano. Não existindo assim, neste caso, melhoria do desempenho do jogador.

No que diz respeito ao comportamento quantitativo dos passes e dos confrontos, o que nos sobressai mais é o aumento dos passes realizados com sucesso (mais 3) e o aumento dos confrontos com insucesso (mais 4) (tabela n.º 2 nos resultados). Quanto ao aumento dos passes com sucesso, este poderá estar relacionado com dois fatores, o primeiro com um aumento das linhas de passe que foram oferecidas pelos colegas de equipa (aumento das soluções) ou então pela consciencialização e opção de realizar passes que privilegiassem a posse de bola, não arriscando na execução de passes que aportavam um maior risco para a manutenção da posse de bola e como consequência a perca da mesma. Na nossa

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interpretação pensamos que esta segunda opção poderá ser a mais próxima da realidade já que se olharmos para o indicador dos confrontos com insucesso observamos que ocorreu um aumento, o que poderá ter sido consequência da não existência de soluções de linha de passe por parte dos colegas, consequência da pressão e cobertura dos espaços por parte da equipa adversária. Tendo, o jogador, sido obrigado a apostar no 1x1. Contudo, teria sido importante perceber a que equivale este número de confrontos com insucesso. Ou seja, se são confrontos em que este jogador está com a posse da bola e têm que realizar uma ação técnico tática ofensiva, ou se por contrário este jogador não está na posse da bola e tem que realizar uma ação técnico tática defensiva. Este ponto, não é percetível com os dados que dispomos, mas teria sido importante perceber. Já que este jogador é defesa e caso este aumento de confrontos com insucesso se registaram nas situações defensivas seria ainda mais preocupante. Já que indicaria que o jogador, não conseguiu resolver os problemas, através das ações técnico táticas defensivas, a seu favor e a favor da sua equipa.

Jogador B: No jogador B as médias registadas, dos momentos em que o jogador iniciou a sua

ação, não sofreram alterações significativas para que possamos afirmar melhorias, neste ponto, do rendimento do jogador (tal como aconteceu com o jogador A). Contudo, é de registar que o valor máximo de tempo registado, na primeira parte do treino inicial para o final, aumentou (147 para 416). Este resultado indica-nos que, neste caso específico, o jogador terá antecipado o que iria acontecer, antecipando o movimento e como consequência o registo deste aumentou. Esta hipótese é sustentada através do cruzamento destes valores com o valor do tempo que a bola demorou a chegar ao jogador (desde o passe até à receção). Já que este valor é de 190ms (valor mais baixo que o referente ao momento de inicio da ação) (tabela n.º 6 em anexo). No entanto, este foi um caso pontual, já que neste jogador se registou um aumento (mais 4) do número de registos em que o inicio da ação ocorreu depois do colega realizar o passe, (tabelas n.º 12 e 13 em anexo). Demostrando que, provavelmente, não conseguiu antecipar (através da leitura dos indicadores) o que os seus colegas iam fazer, ou então, o jogador B, optou por dar o mínimo de indicadores sobre o que iria fazer, aos seus adversários, iniciando o seu movimento mais tarde (para tirar assim partido da situação). Por último, o comportamento dos valores quantitativos dos passes realizados diminuíram (menos 8) e o número de confrontos com insucesso aumentaram (mais 4 no total) (tabela n.º 2 nos resultados). Estes resultados podem estar relacionados com o aumento da pressão, maior cobertura dos espaços feita pela equipa adversária que provavelmente provocou no jogador a necessidade de responder, a estes problemas, através de situações de 1x1. Ou também poderá ter sido resultado de uma má interpretação do contexto por parte do jogador e como consequência uma má decisão de apostar no 1x1 em vez de realizar um passe, para o colega de equipa. Contudo, teria sido importante conhecer que confrontos foram estes, se maioritariamente ofensivos ou defensivos. Já que este jogador também é defesa e como tal o insucesso nos confrontos defensivos são ainda mais preocupantes, já que este como defesa

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não conseguiu resolver os problemas a seu favor e da equipa. Demonstrando problemas nesta situação.

Jogador D: No caso deste jogador as médias, dos momentos em que o jogador iniciou a sua

ação, não sofreram alterações, no entanto o número de intervenções aumentaram significativamente (tabela n.º 7 em anexo). Este aumento poderá estar relacionada com uma melhor interpretação do que era o exercício, uma maior predisposição, motivação e também pode estar relacionada com a maior importância que este jogador teve no jogo da sua equipa após a lesão do jogador C (consequente impossibilidade de participar na última sessão). A maioria destas ações são classificadas como movimentos iniciados após o colega realizar o passe (tabela n.º 12 e 13 em anexo). A hipótese que levantamos está relacionada com a opção do jogador em iniciar o seu movimento o mais tarde possível, fornecendo indicadores aos seus adversários mais tarde para que consiga assim tirar vantagem da situação.

Este aumento de intervenções traduziu-se no aumento do número de passes com sucesso (mais 2) e no aumento do número de confrontos com sucesso (mais 8) e insucesso (mais 4) (tabela n.º 2 nos resultados). O aumento do número de passes com sucesso é um ponto positivo já que pudera-nos indicar que o jogador melhorou neste gesto técnico. Ou então, e pensamos que poderá ser a hipótese que está mais próxima do que aconteceu, poderá estar relacionado com dois fatores, o primeiro com um aumento das linhas de passe que foram oferecidas pelos colegas de equipa (aumento das soluções) ou então pela consciencialização e opção de realizar passes que privilegiassem a posse de bola, não arriscando na execução de passes que aportavam um maior risco para a manutenção da posse de bola e como consequência a perca da mesma. Esta, última hipótese, ainda é mais justificada se olharmos para o aumento do número de confrontos com sucesso (mais 8). Já que este aumento pode ter sido consequência da não existência de linhas de passe e consequente decisão pelo 1x1. Este valor cruzado com o valor do número de confrontos com insucesso demonstra um saldo positivo nas situações de 1x1 e como tal uma melhoria da resolução das situações a seu fazer. Sendo um dado que nos indica uma melhoria do rendimento do jogador nestas situações. Contudo, teria sido importante percebermos em quantos confrontos com sucesso e insucesso o jogador se encontrou como defesa e avançado para assim perceber-mos que pontos teriam que ser melhorados.

Jogador E: Quanto ao comportamento das médias dos momentos em que o jogador iniciou a

sua ação, o que sobressaiu mais foi a diminuição das médias registadas na segunda parte do treino inicial para o treino final (222 para 41). Este resultado indica-nos que, neste caso específico, o jogador terá retardado os movimentos e como consequência o registo de tempos destes diminuiu. O objetivo pelo qual o jogador teve este comportamento estará, provavelmente, relacionado com o facto de procurar fornecer aos seus adversários poucos

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indicadores sobre o que iria fazer e assim ganhar vantagem com isso. Esta hipótese é sustentada através do cruzamento destes valores com o valor do tempo médio que a bola demorou a chegar ao jogador (desde o passe até à receção). Já que este valor é de 135,67ms (valor superior ao valor do momento de inicio da ação) (tabela n.º 8 em anexo). Registamos neste jogador um aumento do número de observações em que o inicio da ação ocorreu depois do colega realizar o passe, (tabela n.º 12 e 13 em anexo). Sendo mais um ponto para justificar a hipótese que apresentamos para justificar o comportamento das médias dos momentos. Por último, registou-se que o número de passes com insucesso aumentaram e o número de confrontos com sucesso (mais 5) e insucesso (mais 3) também aumentaram (tabela n.º 2 nos resultados). As possíveis justificações, para o aumento do número de passes com insucesso, de confrontos com sucesso e insucesso, que apontamos estão relacionadas com o menor espaço e a maior pressão que a equipa adversária poderá ter exercício, criando problemas ao portador da bola (jogador E). Isto teve como consequência menos linhas de passe seguras, tendo a opção do jogador passado pela realização de passes mais arriscados e com maior probabilidade de perca de bola. No entanto, mais uma vez, teria sido importante percebermos quantos confrontos com sucesso e insucesso o jogador se encontrou como defesa e avançado para assim podermos perceber em que situações o jogador não esteve bem e tem limitações para assim, através do treino e da prescrição de exercício adequados, melhorar o seu desempenho.

Jogador F: Neste jogador, observamos uma pequena diminuição da média dos momentos de

início da ação (tabela n.º 9 em anexo). Esta observação podia-nos indicar que o jogador teria diminuído o diferencial de tempos entre o momento em que inicia o movimento e o momento em que o colega realiza o passe. Contudo, esta diminuição é tão abaixo dos valores de referência para tempos de reação, que não tem significado ao nível humano. Não existindo assim, neste caso, melhoria do desempenho do jogador. No entanto, é importante referir que o valor máximo (215 para 33) registado no início e no final (principalmente na segunda parte) diminuiu (tabela n.º 13 em anexo). Neste caso particular poderá querer dizer-nos que o jogador optou por retardar o início do movimento. Isto para assim, fornecer o menor número de informação sobre o que iria fazer e poder com isto ganhar vantagem sobre o adversário. Quanto aos momentos de início do movimento é de referir que verificamos um aumento do início do movimento antes e após a realização do passe. (tabela n.º 12 e 13 em anexo). Tendo sido o único jogador que tal aconteceu. A hipótese que levantamos, para que tal tenha acontecido, terá a ver com uma melhor e maior capacidade de adaptação do jogador às variações que aconteceram durante a execução do exercício, tirando assim partido e adaptando-se a todos os momentos (exemplo: momentos de maior pressão por parte da equipa adversário talvez adotou um comportamento de retardar o momento de inicio do movimento, fornecendo menos e mais tardiamente os indicadores sobre o que iria fazer, ao contrário do que aconteceu nos momentos de menor pressão).

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Quanto, ao comportamento dos valores quantitativos dos passes realizados com sucesso registamos um aumento (mais 4) deste indicador. Este aumento do número de passes com sucesso poderá estar relacionado com a melhoria da capacidade de leitura do jogador quanto ao que ia acontecendo, no exercício. Por exemplo: o jogador poderá ter optado por realizar um passe com menos risco e assim manter a posse de bola, em vez de realizar um passe que fosse mais arriscado e que como consequência poderia ocorrer a perca da posse de bola. É de ressaltar que o número de confrontos com sucesso aumentou (mais 3) e de confrontos com insucesso (para 0) diminuiu (tabela 2). Tendo neste caso o jogador melhorado o seu desempenho, já que conseguiu resolver os problemas, que os seus adversários lhe colocaram, a seu favor e da sua equipa (mantendo ou recuperando a posse de bola). Teria sido, também, importante perceber a que equivale estes confrontos, se são confrontos em que o jogador está no papel de defesa ou de avançado, para assim percebermos se isto pode ter reproduções na posição que o jogador adota no jogo (defesa).

Jogador G: As médias, dos momentos em que o jogador iniciou a sua ação, registam uma

ligeira diminuição. Mas esta diminuição situa-se abaixo dos valores de referência para tempos de reação, como tal não terão significado ao nível humano. Não existindo assim, neste caso, melhoria do desempenho do jogador. Além do mais esta diminuição pode estar relacionada com a diminuição do valor máximo de tempo registado (153 para 56) (tabela n.º 10 em anexo). Isto pode dever-se mais uma vez ao facto de o jogador ter optado por retardar o seu movimento para assim não dar indicadores ao seu adversário do que iria fazer e assim tirar proveito da situação. Verificamos que houve um aumento do início do movimento após a execução do passe por parte do colega (tabela n.º 12 e 13 em anexo). Corroborando ainda mais a hipótese que foi levantada anteriormente, e podendo ser completada com o facto de poder ser consequência da maior pressão e cobertura dos espaços por parte da equipa adversaria, ou então mesmo ser consequência de ambas as hipóteses.

Por último, observou-se que os confrontos com sucesso (mais 2) e insucesso (mais 2) nesta amostra aumentaram (tabela n.º 2 nos resultados). Estes aumentos podem estar relacionados com os problemas que os adversários e equipa adversária lhe colocaram, e/ou então com a maior ou menor capacidade por parte do jogador de tomar as decisões certas e executa-las, corretamente, para que consiga o sucesso (exemplo: optar por um passe em vez de 1x1).

Jogador H: Quanto ao comportamento das médias dos momentos do início da ação, não

verificamos alterações, no entanto é de referir que o número de intervenções aumentou nomeadamente na primeira parte do exercício (mais 8) (tabela n.º 11 em anexo). Este aumento poderá estar relacionado com uma melhor perceção do que era o exercício, maior motivação, menor cansaço, maior predisposição para o treino, melhor interpretação do que estava a acontecer. Pudemos observar que ocorreu um aumento do início do movimento após

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a execução do passe por parte do colega (tabela n.º 12 e 13 em anexo). Tal terá acontecido como consequência das exigências e dos problemas que foram colocados pela postura da equipa adversária (exemplo: pressão sobre o portador da bola, coberturas defensivas, pouco espaço). Por este motivo é que possivelmente o jogador terá retardado o movimento, para assim fornecer a informação o mais tardiamente possível e com isso poder ganhar vantagem sobre os adversários.

Por último, o comportamento dos valores quantitativos dos passes realizados com sucesso aumentou (mais três) bem como o número de confrontos com sucesso e insucesso (mais 3 cada um) (tabela n.º 2 nos resultados). A hipótese que levantamos para justificar estes aumentos está relacionada com a hipótese, já levantada anteriormente, sobre os problemas e as exigências que o exercício e a equipa adversária terão colocado ao jogador. O que possivelmente terá obrigado o futebolista a decidir e a optar mais vezes por resolver os problemas através do 1x1. Fazendo deste modo aumentar ambos os indicadores. Contudo,

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