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ANÁLISE ESTATÍSTICA

As variáveis contínuas são apresentadas como média e desvio padrão e as variáveis categóricas como frequência absoluta e relativa. As características entre os grupos foram comparados, utilizando o teste t de Student para amostras independentes e Qui-quadrado conforme o tipo e distribuição das variáveis. Modelos lineares foram utilizados para analisar as relações entre Escore total de Qualidade de Vida relacionada à Saúde e as variáveis preditoras (rinoconjuntivite e asma [sim / não]). Todas as análises foram realizadas usando SPSS v.18 (SPSS Inc, Chicago, IL).

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul sob parecer consubstanciado 131.568/2012. Os pais ou responsáveis legais leram e assinaram um consentimento informado aprovado para este estudo.

RESULTADOS

Etapa 1:

Na primeira fase do estudo, distribuímos 2000 questionários e obtivemos o retorno de 1691 (84,5%); a média de idade dos escolares foi de 11,5 anos e 780 (46%) eram do sexo masculino. Ao menos metade dos pais/responsáveis completou apenas o ensino fundamental 893 (52,8%). Quanto à classificação econômica, 1626 (96%) pertenciam às classes B e C.

Com relação às perguntas sobre diagnóstico epidemiológico de asma, 42% dos escolares relataram história de sibilância e 28% uso de medicação para asma alguma vez na vida. Nos últimos 12 meses, 16% tiveram sibilo e 24% fizeram uso de medicação para asma. De acordo com os critérios utilizados nesse estudo 324 (19%) dos escolares foram classificados com AA.

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Tabela 1 - Caracterização dos escolares na etapa I Variável

Idade (anos), média ±DP 11,5 ± 2,02

Sexo (masculino), n(%) 780 (46,1)

Escolaridade do Chefe da Família (ensino fundamental), n(%) 893 (52,8) Classificação Econômica (Classe B e C), n(%) 1626 (96,1) História de sibilância alguma vez na vida, n(%) 715 (42,3) Diagnóstico de asma alguma vez na vida, n(%) 474 (28,0) Sibilância nos últimos 12 meses, n(%) 279 (16,5) Uso de medicação para asma nos últimos 12 meses, n(%) 409 (24,2) Diagnóstico de asma, medicação ou sibilância (Asma Ativa), n(%) 324 (19,2)

Etapa II

Na Etapa II, 480 escolares responderam aos questionários sobre, sintomas respiratórios e qualidade de vida. Destes 246 (51,2%) apresentaram RCA no último ano. Após a classificação dos grupos, 189 escolares foram classificados com asma e 291 como controles saudáveis. Quanto à frequência de sintomas, 149 (78,5%) e 97 (33,3%) dos escolares com asma e controles, respectivamente, apresentaram RCA.

Na análise de IgE específico, 185 escolares aceitaram realizar a coleta de sangue e 127 (68,6%) foram considerados atópicos a pelo menos um dos alérgenos testados. No grupo de asmáticos 77 (80,2%) e no grupo controle 50 (56,1%) escolares são atópicos. A tabela 2 apresenta os resultados para atopia separados por grupo.

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Tabela 2 - IgE específico por grupos

Atopia Asma Ativa (n= 96) Controles (n= 89) p*

Gramíneas n(%) 42 (43,7) 19 (21,3) 0,002

Mix poeira doméstica n(%) 75 (78,1) 49 (55) 0,001

Atopia n(%) 77 (80,2) 50 (56,1) ˂0,001

*Teste Quiquadrado

A tabela 3 demonstra as médias do escore nos domínios avaliados de qualidade de vida entre os grupos asma e controle, RCA e entre atópicos e não atópicos. O grupo com asma apresentou pior escore nos domínios bem estar físico (p ˂0,001) e no escore total de qualidade de vida (p=0,025) quando comparado ao grupo controle. Da mesma forma, a média dos escores de qualidade de vida para o grupo de escolares com asma e RCA é significativamente menor nos mesmos domínios bem estar físico (p˂0,001) e escore total (p= 0,018) quando comparadas aos controles com os mesmos sintomas. As médias dos escores dos escolares com e sem atopia não apresentaram diferenças estatísticas.

A tabela 4 apresenta as médias dos escores dos grupos de asmáticos e controles com e sem atopia e RCA. A média do escore no domínio família é menor para os asmáticos atópicos (p=0,021). Para este mesmo grupo de escolares com e sem RCA, as médias nos domínios bem estar físico (p=0,039) e bem estar emocional (p=0,025) apresentam-se menores para os asmáticos com RCA. Nenhuma diferença foi encontrada no grupo controle com e sem atopia e com e sem RCA.

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Tabela 3 - Escores nos domínios de QVRS para os grupos asma e controle, RCA e atopia.

Domínios(n) Bem Estar Físico média±DP Bem Estar Emocional média±DP Auto Estima média±DP Família média±DP Amigos média±DP Escola média±DP Escore Total média±DP G E R A L Grupo Asma(189) 64,5 ±19,3 77,5 ±16,8 61,1 ±19,4 72,5 ±17,2 73 ±18,7 60,2 ±16,3 68,1 ±10,1 Controle(291) 72,9 ± 16,3 79,2 ±15,6 59,3 ±20,2 73 ± 17,2 75,3 ±16,1 61,8 ±16,3 70,2 ±9,7 P ˂0,001* 0,279 0,330 0,729 0,183 0,294 0,025* RCA Asma (n=241) 66,2±18,6 77,3±16,5 60,3±19,3 72,4±17,8 73,2±17,9 60,5±16,3 68,3±10 Controles(n=226) 73,2±16,3 80±15,2 59,3±20,2 72,8±16,7 76±15,6 61,7±16,2 70,5±9,5 P ˂0,001* 0,067 0,586 0,837 0,083 0,407 0,018* Atopia Asma (n=87) 68,8±19,1 79,3±19,7 59,6±19,4 70,6±19,7 73,4±19 62,7±16,1 69,1±11 Controles (n=36) 67,8±21,2 77,6±12,6 56,2±20,4 77,4±16,9 73,4±14,8 59,5±18,3 68,6±9,5 p 0,806 0,553 0,401 0,060 0,996 0,371 0,830

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Tabela 4 - Escores nos domínios de QVRS para asmáticos e controles com e sem RCA e atopia.

Domínios(n) Bem Estar Físico média±DP Bem Estar Emocional média±DP Auto Estima média±DP Família

média±DP média±DP Amigos média±DP Escola Escore Total média±DP A S M A Atopia Atópicos (60) 66,3±19,3 78,6±18,6 60,3±18,8 68,2±19,9 72,5±20,8 61,4±16,6 67,9±11,1 Não Atópicos(14) 61,6±20,6 77,2±12,8 60,3±18,8 81,2±16,9 74,1±15,2 63,3±18,1 68,3±9,6 P 0,443 0,739 0,121 0,021* 0,745 0,720 0,897 RCA Com RCA(148 ) 63,2±19,1 76,6±16,6 60,2±18,6 72,6±17,3 73±18,4 60,2±16,7 67,6±10,2 Sem RCA (38) 70,3±18,5 82,8±14,5 63,6±22 70,8±17,1 75,6±18 61±15,2 70,7±9,7 P 0,039* 0,025* 0,382 0,579 0,425 0,779 0,089 C O N T R O L E Atopia Atópicos (27) 74,5±17,5 81±22,5 58,1±20,9 76,1±18,3 75,4±14,3 65,5±14,9 71,8±10,5 Não Atópicos (22) 71,8±21,1 77,8±12,7 58,8±22,6 75±16,9 73±14,9 57,1±18,4 68,9±9,7 P 0,640 0,538 0,911 0,820 0,565 0,092 0,330 RCA Com RCA(93) 71,1±16,8 78,4±16,8 60,4±20,5 72,2±18,6 73,7±17,4 61±15,5 69,5±9,6 Sem RCA(188) 73,8±15,8 79,4±15,3 58,4±19,8 73,2±16,7 76±15,1 61,9±16,4 70,4±9,5 P 0,214 0,628 0,430 0,676 0,270 0,651 0,432

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Na análise multivariável a qualidade de vida relacionada à saúde, o diagnóstico de asma apresentou uma associação significativa com o escore total (β=-2,59 CI95% -4,82 a -0,37 p=0,022), no entanto a variável RCA não apresentou uma relação significativa com o desfecho (β -1,18 CI95% -3,13 a 0,768 p= 0,235).

Na avaliação do ACT, a maioria dos participantes com diagnóstico de asma 62(50,4%) apresentou a doença não controlada. Quando correlacionamos a pontuação do ACT com os domínios de qualidade vida, encontramos fraca correlação positiva em todos os domínios, com significância estatística para domínio bem estar físico (r= 0,38; p˂0,001) e no escore total (0,24; p=0,008), indicando que uma maior a pontuação no ACT (asma mais controlada) está associada a maior escore de qualidade de vida (tabela 5).

Tabela 5- Correlação entre os domínios da qualidade de vida com o escore do

Asthma Control Test (ACT)

Domínios QV ACT

R* P**

Bem Estar Físico 0,38 ˂0,001

Bem Estar Emocional 0,16 0,080

Auto Estima 0,05 0,532

Família 0,13 0,140

Amigos 0,07 0,430

Escola 0,01 0,899

Escore Total 0,24 0,008

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DISCUSSÃO

Nosso estudo investigou a qualidade de vida de um grupo de escolares de uma área de economia agrícola, sem a presença de poluentes ambientais industriais, mas que apresenta outros alergenos potencialmente associados à doença. Classificamos os escolares em grupo de asma e controle e os escores de qualidade de vida da nossa população mostraram-se menores no domínio bem estar físico e no escore geral no grupo com asma, evidenciando pior qualidade de vida nestes domínios para este grupo.

Atualmente existe crescente interesse em estudos envolvendo não somente a avaliação clínica tradicional das doenças, com testes específicos, sinais e sintomas, mas também a avaliação da qualidade de vida, que ganhou importância, especialmente em pacientes com doenças crônicas, como asma e doenças alérgicas.

Muitos estudos que avaliaram qualidade de vida em pacientes com asma, mostram baixa qualidade de vida autorrelatada nesta população (15-17) comparados a indivíduos sem asma (16). Um estudo realizado com criança italianas, afirmou que os principais domínios afetados na criança com asma são sintomas e atividades (23). Pesquisadores da Suécia e da Jordânia acrescentam que crianças e adolescentes estão frequentemente preocupados em sofrer uma crise de asma. Tosse e dor no peito são causas de preocupação, além da limitação de exercer atividades que possam exacerbar uma crise de asma e/ou causar desconforto. (17, 24, 25).

Nossos escolares com asma e com sintomas de RCA, também apresentaram escores menores no bem estar físico e no escore total, comparados ao grupo controle. Na comparação de asmáticos com RCA a asmáticos sem RCA o resultado mostrou o grupo de asma com RCA tem menores escores nos domínios bem estar físico e emocional. Devido a sua sintomatologia, a rinite é tratada na literatura, como a doença alérgica que mais interfere na qualidade de vida de seus portadores, especialmente nos domínios relacionados à saúde física(26).

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Em análise multivariável, a asma mostra-se mais associada à piora da qualidade de vida em nossos escolares com asma e RCA. Sabe-se que indivíduos com asma apresentam menor tolerância ao exercício físico comparados a não asmáticos devido às limitações causadas pela obstrução da via aérea no repouso e a ocorrência de broncoespasmo induzido pelo exercício (27). Essas alterações ocasionam diminuição da capacidade ventilatória e dispnéia, determinando a interrupção precoce da atividade física e um estilo de vida mais sedentário (28, 29) que podem influenciar na sua qualidade de vida, especialmente em seu bem estar físico.

Neste contexto, a redução na qualidade de vida pode ser proporcional ao grau de atividade da doença. Em nosso estudo 50% dos escolares com asma estão com a doença mal controlada. Pesquisas envolvendo a associação entre o controle da asma e qualidade de vida utilizando questionários específicos são escassas (30). Nossos resultados, mesmo mostrando correlação fraca, que poderia estar associada com o número pequeno de questionários respondidos, reforçam a ideia de que quanto mais controlada a asma, melhor a qualidade de vida, com destaque para o domínio bem estar físico e para o escore geral de qualidade de vida.

A região onde o presente estudo foi desenvolvido é tipicamente colonial, caracteriza-se pela produção primária, especialmente soja, trigo, milho, canola, aveia e gramíneas. Estudos de prevalência de asma e sintomas respiratórios e alérgicos em ambientes agrícolas são alvo de interesse, no entanto, ainda escassos. Nossa população apresentou prevalência considerável de asma, aproximando-se da média nacional divulgado pelo ISSAC(2), a prevalência de rinoconjuntivite em nossa população (51%) foi elevada, ultrapassando a média encontrada nas cidades brasileiras na fase 3 do ISSAC para escolares e adolescentes (27% para rinite e 13% para rinoconjuntivite)(31). Um achado interessante de nosso estudo é de que 80% dos asmáticos tiveram um IgE específico positivo, enquanto 56% da população saudável também apresentou testes positivos. O Lolium perene testado foi positivo em 43% dos asmáticos, sendo comum nessa região, pois cresce abundantemente nas terras onde a soja é plantada e durante a época de sua polinização, uma nuvem do pólen desta

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gramínea, conhecida pelo seu potencial alérgico, invade a cidade. Os nossos resultados não mostraram que a qualidade de vida dos asmáticos ou das crianças com RCA foi ou não foi diferente nos que apresentavam teste positivo para o Lolium.

Alguns estudos afirmam que crianças expostas a um ambiente sem poluição, como em áreas rurais e agrícolas, em contato precoce com alérgenos ambientais, como pólens e poeiras das colheitas tem menor risco para o desenvolvimento de sintomas alérgicos e respiratórios (9). Um estudo realizado com 8259 crianças de 6 a 13 anos da Alemanha, Suíça e Áustria(10), com o objetivo de comparar a prevalência e a qualidade de vida na população que mora em áreas agrícolas com crianças que não vivem nesse meio que utilizou classificação para as variáveis semelhante à nossa, encontraram menores prevalências de asma, rinite e atopia nas crianças do meio agrícola (9% asma, 1% rinite e 22% atopia), todas as prevalências foram substancialmente menores do que as encontradas em nossa população. Quanto à qualidade de vida, relataram escores maiores nas crianças do meio agrícola, e, de forma semelhante ao nosso estudo, encontraram menor QVRS associada significativamente com doenças alérgicas, mas não com a sensibilização atópica. Os autores enfatizaram que a população de crianças do meio agrícola tiveram escores maiores de qualidade de vida, mas também menores prevalências de doenças alérgicas.

Uma das limitações do nosso estudo foi que apenas os asmáticos que aceitaram participar da etapa II realizaram os questionários e os exames de atopia, todavia o grupo controle foi selecionado de maneira aleatória o que permite generalização dos dados.

Na população desta área agrícola, a QVRS em escolares com asma é menor quando comparadas aos escolares controles e a RCA como comorbidade da asma parece influenciar na QVRS. Estes resultados parecem associados especialmente ao bem estar físico. Contudo, o diagnóstico de asma, de forma isolada, apresenta maior associação com menor escore de qualidade de vida.

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Conclusão

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4.1 CONCLUSÃO

O presente estudo mostrou que na população estudada, há prevalência média de asma ativa e alta prevalência de RCA. Com relação aos achados de qualidade de vida, o domínio bem estar físico e o escore total, apresentaram menores escores para os indivíduos com asma comparados aos controles e para os escolares com asma e RCA, comparados aos com asma sem RCA. Quando analisamos somente o grupo de escolares com asma com e sem RCA, os domínios bem estar físico e emocional tiveram menores escores neste grupo com RCA. Em análise multivariável da qualidade de vida relacionada à saúde, o diagnóstico de asma apresentou uma associação significativa com o escore total de qualidade de vida relacionada à saúde. Os domínios bem estar físico e o escore total tiveram correlação positiva com o controle da doença, mostrando que quanto mais controlada a asma, maior foi o escore de qualidade de vida nestes domínios.

Com base nos resultados supracitados, conclui-se que para esta população de escolares que mora num ambiente agrícola, a QVRS em escolares com asma é menor quando comparadas aos escolares controles. A RCA como comorbidade da asma parece influenciar na QVRS, especialmente no bem estar físico, mas a asma aparece mais relacionada com a piora da QVRS.

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