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Procedeu-se, inicialmente, à análise estatística dos dados relativos ao Perfil do Magistrado (Tabela 9).

Tabela 9 – Características da amostra

Gênero Faixa etária acadêmica Formação magistratura federal Tempo na Cargo que ocupa Estado em que atua

M

asculino

Fem

inino

Até 35 anos 36 a 40 anos 41 a 45 anos 46 a 50 anos mais de 51 anos Especialização Mestr

ado

Doutor

ado

Até 5 anos 6 a 10 anos 11 a 15 anos 16 a 20 anos nais de 21 anos Direto

r d

e fo

ro

Juiz Federal Juiz Federal Substi

tuto

Juiz Feder

al no JEF

AC AM AP BA DF GO MA MG MT PA PI RO RR TO 136 39 80 41 42 8 4 82 35 6 86 47 31 11 0 2 80 91 12 2 6 0 25 27 24 10 46 11 8 9 3 2 2

A análise dos dados relativos à amostra de 175 juízes evidenciou que, com relação ao Perfil do Magistrado:

a) entre os respondentes, 136 são do gênero masculino e 39 do feminino. Assim a Justiça Federal do 1º Grau conta com 77,71% de homens e 22,28% de mulheres;

b) do total de 175 juízes, 45,71% têm até 35 anos, 23,42% têm entre 36 e 40 anos, 24% têm entre 41 e 45 anos, 4,57% têm mais de 51 anos;

c) quanto à formação acadêmica 46,85% possuem especialização, 20% têm mestrado, e 3,42% possuem doutorado;

d) no tocante ao tempo na magistratura federal 49,14% ingressaram a menos de 5 anos, 26,85% contam entre 6 e 10 anos de serviço, 17,71% estão entre 11 e 15 anos na magistratura federal, 6,28% contam entre 16 e 20 anos, e na amostra não foi encontrado nenhum juiz com mais de 21 anos na magistratura federal;

e) os Juízes Federais e Substitutos podem ocupar simultaneamente a Direção do foro e o Juizado Especial Federal - JEF. Para essa amostra, com relação ao cargo que ocupam, considerou-se apenas o cargo de Juiz Federal onde se obteve 55,26% de respostas, e 55,15% Juízes Federais Substitutos responderam;

f) com relação ao Estado em que atuam: do Acre responderam 66,7%, do Amazonas 60%, nenhum juiz do Amapá respondeu ao questionário, da Bahia foram 42,4% respondentes, do Distrito Federal, 58,7% dos juízes responderam ao questionário, de Goiás foram 72,7%, do Maranhão 66,7% participaram da pesquisa respondendo aos questionários, do Mato Grosso foram 84,6%, de Minas Gerais 51,7%, do Pará, 50% juízes responderam, do Piauí 69,2%, de Rondônia, 37,5% de Roraima 66,7% e, Tocantins com 50% de respondentes.

Para determinação da margem de erro da pesquisa, utilizou-se a seguinte equação:

)

1

(

)

(

2

±

=

N

n

n

N

pq

O

e

onde:

n representa o tamanho da amostra;

o2 é o nível de confiança, que é definido em função da área compreendida por um desvio-padrão, um à direita e um à esquerda da média, sendo que 1, 2 ou 3 desvios-padrão têm, respectivamente, 68%, 95,5% ou 99,7% de nível de confiança;

p é percentagem com a qual o fenômeno se verifica; q é percentagem complementar (100 – p);

e = margem de erro; N = tamanho da população.

Para o cálculo foi considerada uma população homogênea, onde p e q assumiram, respectivamente, 0,9 e 0,1. A população total foi de 317 e a amostra de 175. A Tabela 10 apresenta as margens de erro para três níveis de confiança8.

Tabela 10 – Margem de erro da pesquisa

Nível de Confiança Número de desvio-padrão Margem de erro

68% 1 + 1,52%

95,5% 2 + 3,04% 99,7% 3 + 4,56%

Os dados foram tabulados em 3 tabelas de acordo com os blocos de questões, e em seguida foram confrontados com a literatura.

No segundo bloco, relativo ao Fluxo do Conhecimento/Informação (Tabela 11), a intenção era saber se os respondentes sabiam onde encontrar informação no TRF - 1ª Região e nas Seções Judiciárias que pudessem contribuir para o desenvolvimento, ou não, de um projeto. Este bloco poderia mostrar que sabendo onde está a informação pode-se evitar o retrabalho, o gasto desnecessário, e economizar tempo. O que confirmaria o conceito de MPs: identificar e compartilhar as MPs é aprender com os outros e reusar o conhecimento evitando o desperdício. O compartilhamento efetivo das MPs pode ajudar as organizações a: identificar e substituir uma prática pouco produtiva; melhorar o desempenho de trabalhadores colocando- os ao lado de trabalhadores com bom desempenho; evitar que a roda seja reinventada; minimizar o retrabalho; economizar custos por meio de uma melhor produtividade e eficiência; e melhorar os serviços (REDDY; MCCARTHY, 2006).

8 Uma pesquisa com 95% de confiança, significa que se fossem realizadas cem pesquisas semelhantes, em 95

Tabela 11 – Fluxo do conhecimento/ informação

2. Fluxo do conhecimento/informação Discordo Concordo totalmente totalmente

Não sei avaliar 1 2 3 4 5 6 7

2.1. Sei onde encontrar informação no TRF - 1ª Região 5 14 46 51 27 20 12 0

2.2. E nas Seções Judiciárias 4 19 21 63 32 22 14 0

2.3. Conheço os Programas que estão sendo desenvolvidos para o TRF - 1ª

Região 25 34 69 25 10 3 5 4

2.4. E para as Seções Judiciárias 23 27 68 23 13 12 5 4

2.5. Conheço os Programas que já foram desenvolvidos para o TRF - 1ª

Região 17 30 41 53 12 10 7 5

2.6. E para as Seções Judiciárias 20 17 40 54 17 15 7 5

2.7. Sei onde encontrar Programas ou Projetos já desenvolvidos 45 26 53 31 9 4 5 2

2.8. Sei onde encontrar especialistas que possam ajudar no desenvolvimento

de um Projeto no TRF - 1ª Região 57 31 42 16 13 5 4 7

2.9. E nas Seções Judiciárias 40 28 42 30 15 8 5 7

2.10. A distribuição da informação para gerentes ou pessoas envolvidas na

tomada de decisão é feita freqüentemente no TRF - 1ª Região 17 9 19 23 22 11 2 72

2.11. E nas Seções Judiciárias 15 6 23 23 26 10 7 65

2.12. A geração de novas idéias, produtos ou serviços ocorrem com

freqüência no TRF - 1ª Região 6 16 16 42 21 11 7 56

2.13. E nas Seções Judiciárias 11 20 29 49 26 4 4 32

2.14 O compartilhamento do conhecimento/informação ajuda o bom

desempenho do TRF - 1ª Região e suas respectivas Seções Judiciárias 4 0 7 10 20 27 97 10

Fonte: Dados coletados pela autora na pesquisa

O terceiro bloco aborda o Ambiente Interno (Tabela 12), onde o objetivo foi identificar se havia trabalho em equipe, compartilhamento de experiências, e algumas barreiras ao compartilhamento como hierarquia, mudanças constantes de gestores, e falta de planejamento.

Fatores da cultura organizacional também dificultam o compartilhamento e a transferência: estruturas e regras muito rígidas dificultam o fluxo do conhecimento, (NONAKA; TAKEUCHI, 1997; MCDERMOTT, 1999); falta de conhecimento do contexto social onde o conhecimento foi criado e empregado, inexistência de um vocabulário comum, falta de compreensão dos processos internos da organização (ARGOTE, 1999); falta de motivação (O'DELL; GRAYSSON J UNIOR, 1998); falta de vontade para aprender com os outros, inabilidade para procurar na organização quem sabe o quê, e inabilidade para trabalhar em equipe (HANSEN; NOHRIA, 2004; HUYSMAN; WIT, 2004); necessidade de linguagem legítima, histórias organizacionais, procedimentos e paradigmas da empresa, são as barreiras apontadas por Krogh et al. (2001).

Tabela 12 – Ambiente interno

3. Ambiente interno Discordo Concordo

totalmente totalmente

Não sei avaliar 1 2 3 4 5 6 7

3.1. Em geral tenho tempo para discutir com colegas sobre novos Projetos 12 45 57 33 13 8 6 1

3.2. Busco sugestão junto aos colegas para resolver problemas surgidos no

trabalho 3 13 18 30 32 30 47 2

3.3. Em geral trabalhamos em equipe 20 60 20 17 20 17 19 2

3.4. Temos uma cultura de compartilhamento do conhecimento no TRF - 1ª

Região 24 27 26 31 12 2 9 44

3.5. E nas Seções Judiciárias 22 28 32 40 26 0 11 16

3.6. Os servidores têm interesse em compartilhar e disseminar seus

conhecimentos 16 13 49 28 28 16 9 16

3.7. Os magistrados têm interesse em compartilhar e disseminar seus

conhecimentos 6 16 38 46 43 14 7 5

3.8. A hierarquia é acentuada dificultando o compartilhamento do

conhecimento 25 32 36 22 15 25 9 11

3.9. As mudanças constantes desorganizam o ambiente de trabalho 12 27 23 21 14 39 26 13

3.10. No TRF - 1ª Região as ações são rigorosamente planejadas 7 22 27 23 8 14 2 72

3.11. E nas Seções Judiciárias 10 25 32 45 16 7 2 38

Fonte: Dados coletados pela autora na pesquisa

O quarto bloco de questões Facilitador Organizacional (Tabela 13) quis identificar a existência de comunidades de prática, tecnologias, seminários, que são elementos facilitadores para o compartilhamento do conhecimento tácito e explícito e, conseqüentemente poderia ser identificada a importância de se ter uma base de dados de MPs. Na Base de Dados estaria registrado o conhecimento explícito, e nas relações sociais o conhecimento tácito dos juízes e seus pares seria compartilhado.

Identificou-se que uma interface distante entre funcionários pode ser um obstáculo para o aprendizado e o compartilhamento (INPKEN; DIKUR, 1998). A tecnologia pode facilitar essa interface aumentando o alcance individual por meio de processos formais de comunicação. Os indivíduos, em geral, não compartilham com seus colegas de trabalho porque eles possuem informações similares e também não percebem o que eles estão fazendo (KOGUT; ZANDER, 1996). Os sistemas de informação também oferecem agilidade e confiabilidade ao processo de aprendizagem, pois permitem o tratamento de grandes volumes de informação, o dinamismo freqüentemente ligado à informação, além de ser objeto essencial para a formação de uma MO (FURTADO; MACHADO, 2001).

Tabela 13 – Facilitador organizacional

4. Facilitador organizacional Discordo Concordo

totalmente totalmente

Não sei avaliar 1 2 3 4 5 6 7 4.1. Existem Comunidades de Prática ou outra forma eletrônica para

compartilharmos o conhecimento 15 7 29 39 28 19 8 30

4.2. Se houvesse um incentivo para o compartilhamento do conhecimento

compartilharíamos mais 2 8 16 18 26 32 66 7

4.3. O aprendizado individual é, normalmente, transformado em

aprendizado organizacional e disponibilizado em um Repositório 21 49 33 34 16 4 4 14

4.4. O TRF - 1ª Região propicia encontros internos para que possamos

compartilhar experiências 2 25 30 39 26 12 13 27

4.5. No TRF - 1ª Região existe um Repositório com as suas Melhores

Práticas 22 20 17 17 18 6 9 66

4.6. Ter um Repositório de Melhores Práticas facilitaria a elaboração de

novos Projetos 0 0 4 17 17 43 92 2

4.7 Ter um Repositório de Melhores Práticas reduziria a necessidade de

desenvolver novos Projetos 16 6 12 29 19 37 41 15

4.8. Ter um Repositório de Melhores Práticas aumentaria a eficiência 0 0 4 12 15 49 90 5

4.9. Eu cadastraria meus Projetos em um Repositório as Melhores Práticas 0 0 6 4 24 42 91 8

4.10. É importante aprender com a experiência dos outros 0 0 1 0 17 23 134 0

4.11. Temos infra-estrutura tecnológica para compartilhar o conhecimento 0 5 4 12 10 42 77 25

4.12 Temos infra-estrutura tecnológica para disseminar o conhecimento 0 5 4 12 12 44 78 20

4.13. Integramos Projetos que podem beneficiar mais de uma unidade 6 0 24 18 31 13 36 47

4.14. Em geral desenvolvemos novos Projetos sem verificar se alguma

unidade já teve alguma solução para o mesmo problema 2 5 14 22 43 26 26 37

4.15 Se soubesse de um Projeto desenvolvido por outra área, copiaria para

não ter que reinventar a roda 1 7 15 20 28 21 69 14

Fonte: Dados coletados pela autora na pesquisa

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