• Nenhum resultado encontrado

Análise reflexiva sobre o processo de avaliação e controlo

A avaliação em saúde corresponde ao processo crítico-reflexivo, contínuo e

sistemático sobre práticas e processos, traduzidos por indicadores de natureza quantitativa e/ou qualitativa. A sua finalidade é proporcionar informações para auxiliar processos de tomada de decisão.

Sendo designada como a última etapa do processo de planeamento em saúde, a avaliação integra-se também em cada uma das etapas anteriores uma vez que “ o planeamento da saúde deve ser entendido como um processo contínuo e dinâmico. Em saúde não se poderá considerar uma etapa do processo de planeamento como inteiramente concluída, porque na fase seguinte será sempre possível voltar atrás e recolher mais informações que levem a refazê-la (Giraldes e Imperatori, 1993).

A finalidade da avaliação será melhorar os programas e orientar a distribuição dos recursos a partir das informações dadas pela experiência. Desta forma, avaliar significa determinar o valor das intervenções realizadas.

Segundo a OMS (1991) citada por Tavares (1990) a avaliação é uma maneira sistemática de utilizar a experiência para melhorar a atividade em curso e planificar mais eficazmente. Sendo a etapa final do planeamento integra-se também em cada uma das fases das suas etapas. Avaliar de forma correta é a única forma de compara o estado inicial e final da população- alvo. Avaliar é calcular o valor das intervenções efetuadas. Avalia- se para melhorar os programas e orientar a distribuição dos recursos a partir das informações dadas pela experiência.

Neste projeto a avaliação foi um processo contínuo e transversal a todas as etapas do seu desenvolvimento.

6.1 AVALIAÇÃO DOS OBJETIVOS

O principal objeto da avaliação é determinar o grau de sucesso na consecução de um objetivo (Tavares, 1990).

80 Cláudia Jesus Dias Xavier Roma Pereira

Relativamente ao cumprimento dos objetivos definidos, estes foram atingidos. O objetivo geral estava planeado para ser atingido até ao final do mês de Abril de 2013 foi atingido. O plano de ação de UCC de Alandroal foi apresentado à ARS Alentejo, IP embora em plano de ação conjunto com o concelho de Vila Viçosa.

Relativamente aos objetivos específicos, como são interdependentes do objetivo geral, também foram planeados para serem atingidos até ao final do Mês de Abril de 2013 embora cada objetivo tivesse planeado para um horizonte temporal específico nomeadamente:

 De Novembro de 2012 a Janeiro de 2013 após o levantamento das necessidades de saúde e sociais do concelho foram definidas prioridades de atuação do Plano de Ação de UCC do concelho de Alandroal;

 Durante o mês de Fevereiro de 2013 foram fixados os objetivos do plano de ação da UCC;

 De Fevereiro a Março de 2013 foram selecionadas as estratégias do plano de ação da UCC;

 Durante o mês de Abril de 2013 foi preparado operacionalmente o plano de ação da UCC e definidos os indicadores de avaliação do plano de ação da UCC.

6.2 AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

Segundo Imperatori & Giraldes (1982:85) o programa é definido como “ o

conjunto de atividades necessárias à execução parcial ou total de uma determinada estratégia, que requerem a utilização de recursos humanos, materiais e financeiros e que são geridos por um mesmo organismo”

Este relatório apenas se refere a um projeto de intervenção comunitário. Segundo os autores citados anteriormente o projeto é defino como “ uma atividade que decorre

num período de tempo bem delimitado que visa obter um resultado específico e que contribui para a execução de um programa” (1982:85).

Nesta perspetiva, sendo um programa constituído por vários projetos, face ao tempo limitado disponível, a intenção é transformar este projeto num programa, uma vez

81 Cláudia Jesus Dias Xavier Roma Pereira

que está planeado para ser desenvolvido em quatro fases: elaboração, operacionalização, implementação e consolidação.

O presente relatório apenas pretende avaliar a primeira fase, que consiste na sua conceção e elaboração propriamente dita.

Relativamente ao objetivo geral do projeto: Elaborar o Plano de Ação de UCC do Concelho de Alandroal para candidatura à ARS Alentejo, IP até Abril de 2013, os profissionais que colaboraram para a sua execução previram uma avaliação no final de cada etapa do processo de planeamento do plano de ação com o objetivo de avaliar todo o trabalho e empenho da equipa e se possível alterar estratégias.

Relativamente ao Plano de Ação de UCC de Alandroal propriamente dito, este está definido para um horizonte temporal de três anos. Deste modo, foram estabelecidas metas anuais para cada indicador que traduz os objetivos a alcançar para cada programa da UCC. Os indicadores a contratualizar propostos regem-se pelos indicadores propostos pela missão de Cuidados de Saúde Primários (2009).

A monitorização e avaliação das UCC são incumbência do ACES, num processo global de avaliação e acreditação de todas as unidades funcionais do respetivo ACES e devem incidir sobre as áreas da disponibilidade, acessibilidade, produtividade, qualidade técnico-científica, efetividade, eficiência e satisfação, e podem contemplar especificidades e características de carácter regional, quando estas se apresentem como fatores corretivos e niveladores da matriz nacional.

A monitorização e avaliação da UCC têm por base um modelo de matriz nacional que aplica a metodologia de autoavaliação, avaliações interpares e avaliações cruzadas entre UCC.

6.3 DESCRIÇÃO DOS MOMENTOS DE AVALIAÇÃO INTERMÉDIA E MEDIDAS CORRECTIVAS INTRODUZIDAS

Para Tavares (1990) a avaliação ainda que possa ser considerada a última etapa do planeamento em saúde, poderá relançar um novo ciclo, e se for transversal a todo o processo, pode levar a um novo diagnóstico e à reformulação de objetivos e metas.

82 Cláudia Jesus Dias Xavier Roma Pereira

A primeira avaliação ocorreu no final do mês de Janeiro aquando do final da realização do diagnóstico situacional. Nessa avaliação foi possível constatar a necessidade de caracterizar também as famílias do concelho de Alandroal e quantificar e caracterizar as valências das instituições sociais do concelho, obedecendo assim aos requisitos do documento de suporte á implementação de UCC (Missão para os Cuidados de Saúde Primários, 2009).

A segunda avaliação ocorreu no final da segunda etapa do projeto, ou seja, na determinação de prioridades. Nesta fase foi necessário acrescentar a necessidade de intervenção ao nível da população ativa, nomeadamente ao nível da promoção de estilos de vida saudáveis, quer pelas necessidades de saúde identificadas no diagnóstico de situação, quer pela necessidade de intervenção referida pelo Plano Nacional de Saúde.

Na terceira fase de avaliação do projeto ocorrida na fase de estabelecimento de objetivos e estratégias no final de Março de 2013 a equipa referiu a necessidade do recurso a outros planos de ação de UCC implementados na mesma região de saúde de forma a obedecer aos critérios propostos pela ERA e pelo ACES Alentejo Central.

Na quarta e última fase da avaliação do projeto a equipa envolvida no programa propôs a necessidade de reformular a carga horária do plano de ação de acordo com a indicação do ACES de que o plano de ação seria apresentado em conjunto com o concelho de Vila Viçosa e os recursos humanos da equipa colaboradora seriam partilhados.

83 Cláudia Jesus Dias Xavier Roma Pereira

7. ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE COMPETÊNCIAS MOBILIZADAS E