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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

2.7 METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE

2.7.2 Análise de viabilidade financeira

A análise de viabilidade financeira é aquela baseada no resultado da projeção do fluxo de caixa da empresa. Esta análise é muito importante para a empresa, pois até pode-se obter um lucro alto na implementação de um novo investimento, mas se este investimento não for capaz de gerar caixa para a empresa ela pode acabar por ficar sem capacidade de pagamento de seus fornecedores.

Hirschfeld (2012, p.183) defende o posicionamento de que “a viabilidade financeira de um empreendimento é examinada dentro de um prazo de interesse no qual desejamos saber se o esforço produtivo a ser realizado vale mais do que a simples aplicação dos valores envolvidos a taxa mínima de atratividade”.

Na análise financeira serão abordados as projeções do fluxo de caixa e os cálculos dos indicadores que se baseiam nele para ser calculado, como a taxa interna de retorno, o valor presente líquido e o payback.

2.7.2.1 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa é um instrumento de extrema importância para o correto gerenciamento das empresas. É com a estruturação do fluxo de caixa que o gestor da empresa pode analisar as capacidades de pagamento da entidade. Sá (2012, p.19) conceitua o fluxo de caixa como “o método de captura e registro dos fatos e valores que provoquem alterações no saldo do disponível e sua apresentação em relatórios estruturados de forma a permitir sua análise e interpretação”. Numa visão mais simplificada Zdanowicz (2004, p.40) conceitua o fluxo de caixa como “conjunto de ingressos e desembolsos de numerários ao longo de um período projetado”.

O fluxo de caixa é muito importante para a empresa poder liquidar as suas obrigações em dia, e Gomes (2013, p.38) destaca que “a empresa não pode gastar lucro, só se pode gastar caixa. O lucro é resultado de critérios, enquanto que o caixa é algo objetivo e real”. Ele (2013, p.40) ainda complementa que “o fluxo de caixa é tão importante e fundamental na empresa

que, se ela tiver que optar em ter apenas um relatório de controle de suas operações, esse relatório deverá ser o fluxo de caixa”.

O fluxo de caixa deve ser utilizado nas organizações para as tomadas de decisões gerenciais onde Frezatti (2013, p.28) orienta para o fato que

A geração de caixa é algo fundamental na organização, em seu estágio inicial, em seu desenvolvimento e mesmo no momento de sua extinção. Toda a teoria de finanças leva em conta isto. Afinal as decisões empresariais buscam, de alguma forma, demonstrar a geração de caixa que possam trazer, seja um projeto de investimento isolado, tendo seu mérito avaliado, ou um caso de fusões e aquisições em que o EVA (Economic Vale Added) seja identificado.

O fluxo de caixa é essencial para o processo de decisões financeiras, que Bruni e Famá (2012, p.19) revelam que

O conceito e a análise do fluxo de caixa são o ponto principal do processo de tomada e compreensão das decisões financeiras. Representa o volume de recursos colocados no investimento ou que poderiam ser retirados do investimento ao longo dos anos. Para construir as estimativas do fluxo de caixa, basta analisar as entradas e saídas de recursos.

O autor Lapponi (2007, p.347) destaca que “o fluxo de caixa do projeto para a empresa em funcionamento é um fluxo de caixa incremental que incorpora toda a mudança que a aceitação do projeto causará no fluxo de caixa da empresa”.

Os fluxos de caixas em relação as atividades de investimentos podem ser expressos sob as seguintes formas:

 Fluxos de Caixa Nominais: encontram-se expressos em valores correntes da época de sua realização.

 Fluxos de Caixas constantes: os valores são apresentados no mesmo padrão monetário, ou seja, estão referenciados em moeda da mesma capacidade aquisitiva.  Fluxos de Caixas descontados: os valores encontram-se todos descontados para a data presente por meio de uma taxa de desconto definida para o investimento. (KASSAI et al., 2012, p.62)

Os fluxos de caixa também podem ser definidos como convencionais ou não convencionais os quais são definidos por Kassai et al. (2012, p.63) em

 Fluxos de Caixas Convencionais: o padrão convencional de fluxo de caixa consistente numa saída inicial (-Si) de caixa seguida de uma série de entradas (+E), ou seja, com apenas uma inversão de sinais.

 Fluxos de Caixas não convencionais: um padrão não convencional de fluxo de caixa ocorre uma saída de caixa inicial não é seguida por uma série de entradas, mas de uma forma alterada e não uniforme, com várias entradas e/ou saídas.

No quadro 3 demonstra-se a estrutura de um fluxo de caixa, o qual deve ser sempre adequado para a realidade especifica de cada empresa para obter-se uma maior compreensão.

Quadro 3 - Modelo de fluxo de caixa

ITENS MESES

JAN FEV MAR ABR MAI JUN Σ

1. INGRESSOS

Venda de Mercadorias à Vista Venda de Mercadorias a prazo Venda de Veículo

Aumento de Capital Social Aluguéis a Receber Receitas Financeiras Σ

2. DESEMBOLSOS

Compra de Mercadorias à vista Compra de Mercadorias a prazo Salário com ES

Despesas Administrativas Despesas com Vendas Despesas Tributárias Despesas Financeiras Aluguéis a Pagar

Compra de materiais de consumo Compra de Microcomputador

Contraprestação de arrendamento mercantil Σ

3. DIFERENÇA DO PERÍODO (1 - 2) 4. SALDO INICIAL DE CAIXA

5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA (+ 3 + 4) 6. NÍVEL DE CAIXA DESEJADO

7. EMPRÉSTIMO A CAPTAR

8. APLICAÇÕES NO MERCADO FINANCEIRO 9. AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS

10. RESGATE DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS 11. SALDO FINAL DE CAIXA PROJETADO Fonte – Zdanowicz (2004, p.162)

A análise do fluxo de caixa é de extrema importância ao se elaborar a análise de um projeto de investimento, devido que o lucro da empresa leva em conta alguns valores que não são desembolsáveis, como a depreciação. Kassai et al. (2012, p.62) argumentam que “ a decisão de se avaliar projetos de investimentos com base nos resultados de caixa, e não no

lucro econômico, é devida a uma necessidade econômica, revelando a efetiva capacidade da empresa em remunerar o capital aplicado e reinvestir os benefícios gerados”.

É possível concluir que o fluxo de caixa é um instrumento de extrema importância nas organizações para os processos de tomada de decisões. Alem disto, o fluxo de caixa é o instrumento para levantar a capacidade de pagamento da empresa através da apuração do capital circulante líquido. As empresas não devem utilizar o fluxo de caixa apenas quando estão perto da falência, ele deve ser utilizado diariamente como um instrumento financeiro indispensável na gestão.

2.7.2.1.1 Orçamento do fluxo de caixa

O orçamento do fluxo de caixa é muito importante para um correto planejamento financeiro da empresa. Baseando-se nas ideias de Sá (2012) pode perceber-se que quem trabalha com as projeções esta em constante contato com a incerteza, pois trabalha com o futuro. Para Zdanowicz (2000, p.92) os conceitos de orçamento de caixa podem ser muitos na visão do planejamento financeiro, sendo que ele destaca os seguintes conceitos:

a) Orçamento de caixa é o instrumento que relacionará os futuros ingressos e desembolsos financeiros de caixa para um dado período de tempo;

b) Orçamento de caixa é a técnica utilizada pela administração financeira, que sintetizará o somatório de ingressos e o somatório de desembolsos a serem movimentados no exercício orçado, permitindo detectar, antecipadamente, se haverá excedente ou escassez de recursos financeiros no período projetado;

c) Orçamento de caixa é a ferramenta financeira que ira projetar as entradas, as saídas e o nível desejado de caixa para o período considerado;

d) Orçamento de caixa é o plano que ira refletir as situações econômico-financeiras e patrimoniais da empresa para determinado período.

Para Fonseca (2012, p.109) pode-se definir o orçamento do fluxo de caixa “como sendo um plano que é elaborado no início de certo período que procura mostrar todas as entradas e saídas de caixa esperadas no período através de uma classificação por fontes e função, tendo como resultado o saldo final do período”.

O orçamento de caixa é extremamente importante para manter o planejamento financeiro equilibrado. Para Zdanowicz (2000, p.93) “o objetivo do orçamento de caixa será dispor dos recursos financeiros necessários para que a empresa possa continuar funcionando normalmente, alem de viabilizar o que foi planejado no plano geral de operações e/ou investimentos”.

Assim, é possível concluir que o orçamento de caixa é um planejamento das entradas e saídas de caixa para um período de tempo futuro e que seu objetivo é manter a empresa com capacidade de pagamento de suas obrigações, ou seja, seu objetivo principal é manter a empresa ativa nos seus negócios.

2.7.2.2 Período de payback

O payback é um método de análise de investimentos em que se percebe em quanto tempo um investimento gera retorno positivo para a empresa, ou seja, quando o investimento realizado ira gerar fluxo de caixa positivo. Em uma melhor definição é possível definir o payback como o

O período de recuperação de um investimentos consistente na identificação do prazo em que o montante do dispêndio de capital efetuado seja recuperado por meio dos fluxos líquidos de caixa gerados, pelo investimento. É o período em que os valores dos investimentos (fluxos negativos) se anulam com os respectivos valores de caixa (fluxos positivos). (KASSAI et al., 2012, p.88).

Segundo Souza e Clemente (2012, p.88) o uso do payback “em contextos dinâmicos, como economias globalizadas, esse indicador assume importância no processo de decisões de investimentos”.

As estimativas do período payback podem ser feitas de duas formas, sendo uma delas o payback simples a outra o payback descontado.

2.7.2.2.1 Payback simples

O método do payback simples é o menos indicado para a análise de investimentos, devido a não considerar o custo do dinheiro no tempo.Segundo Bruni e Famá (2012, p.65) “o método do payback simples é uma forma simples, fácil e direta, que estima o prazo necessário para se recuperar o investimento realizado. Quando o custo de capital do investimento não é considerado”. Conforme Carvalho (2002, p.293) o payback “calculado sem considerar os juros, o tornaria inútil para o nosso trabalho”.

Frezatti (2008, p.75-76) chama a atenção para o fato de que o cálculo do payback simples apresenta algumas limitações, que para o autor são as seguintes:

 O período máximo aceitável é determinado com determinado grau de subjetividade. Nesse sentido, é importante que seja definido pela entidade, para que seja percebido como algo “justo” para as varias áreas da entidade;

 O fator tempo é considerado apenas implicitamente, ou seja, se os valores não forem ajustados por uma taxa de custo de oportunidade, o cálculo apurado será distorcido;

 Não considera as entradas de caixa que ocorreram depois de seu período. Dessa maneira, projetos com diferentes perspectivas de retorno serão tratados de maneira semelhante, sem discriminação, o que é grande objetivo do método.

Baseado nos autores citados acima é possível concluir que o método do payback simples é de fácil aplicação nos investimentos e que demonstra o período para se recuperar o capital investido sem o retorno de juros, ou seja, apenas se recupera o capital inicial. Contudo este método não é aconselhável por não considerar o custo do dinheiro no tempo.

2.7.2.2.2 Payback descontado

O método do payback descontado é um método de mais aceitabilidade e confiabilidade, pois considera o custo do dinheiro no tempo para fins de cálculo, ou seja, utiliza uma TMA definida nos critérios internos da empresa.

Segundo a definição de Gomes (2013, p.129) “o período de recuperação de capital descontado é o numero de períodos (anos, semestres, meses) em que a soma algébrica da serie de valores presentes do fluxo de caixa, descontados ao custo de oportunidade a data focal zero.”

Kassai et al. (2012, p.91) orientam que

Apesar de o payback original ser mais conhecido, o payback descontado é mais “refinado” e proporciona uma análise mais elaborada, apesar de manter as outras falhas da versão original, referentes a distribuição de fluxos de valores, bem como aqueles que ocorrem após o período de recuperação.

O método do payback descontado, por utilizar o custo do dinheiro no tempo apresenta algumas vantagens que são elas:

 Seu valor pode ser interpretado como o prazo de recuperação do capital investido remunerado de acordo com o custo de capital do projeto. Valores situados alem da data do payback descontado contribuirão com lucros extras;

 Pode ser interpretado, também, como um ponto de equilíbrio. Enquanto o método do payback simples representaria um ponto de equilíbrio contábil, o método do payback descontado representaria um ponto de equilíbrio financeiro. (BRUNI E FAMÁ, 2012, p.72)

O payback descontado também possui algumas desvantagens, que para Bruni e Famá (2012, p.73) são “as desvantagens do método do payback descontado seriam similares a do payback simples, a exceção de considerar custo do dinheiro no tempo”.

Levando-se em consideração esses aspectos, é possível perceber que o payback descontado é mais indicado que o payback simples, pois o descontado considera o custo do dinheiro no tempo e nenhuma empresa no mundo dos negócios irá investir sem retorno.

2.7.2.3 Taxa mínima de atratividade – TMA

A Taxa mínima de atratividade (TMA) é uma taxa que é definida pela empresa, ou seja, esta taxa a empresa que elabora um projeto de investimentos deve definir. Souza e Clemente (2012, p.71) entendem a

Taxa mínima de atratividade a melhor taxa, com baixo grau de risco, disponível para aplicação do capital em análise. A decisão de investir sempre terá duas alternativas para serem avaliadas: investir no projeto ou “investir na taxa mínima de atratividade”. Fica implícito que o capital para investimento não fica no caixa mas, sim, aplicado a TMA.

Os autores Souza e Clemente (2012, p.15) definem a taxa mínima de atratividade é “a taxa de juros que deixa de ser obtida na melhor aplicação alternativa quando há emprego de capital próprio, ou é a menor taxa de juros que tem de ser paga quando recursos de terceiros são aplicados”.

Os autores Casarotto Filho e Kopittke (2010, p.97) destacam que “ao se analisar uma proposta de investimento deve ser considerado o fato de se estar perdendo a oportunidade de auferir retornos pela aplicação do mesmo capital em outros projetos.”

Para Souza e Clemente (2012, p.71) “a base para se estabelecer uma estimativa de TMA é a taxa de juros praticada no mercado”. E ainda complementa que devido

O entrelaçamento das diversas taxas de captação e aplicação existentes no mercado confirma a dificuldade de estabelecer um valor exato para a taxa mínima de atratividade (TMA) a ser usada na descapitalização do fluxo de benefícios de um projeto de investimento. A razão dessa dificuldade é a oscilação, ao longo do tempo, das taxas que servem de piso e de teto para a TMA.

Para definir a TMA é necessário sempre efetuar uma análise da empresa como um todo, levando em conta o custo de capital, os retornos que os sócios esperam para um investimento e o risco envolvido no projeto, pois todos os ganhos deste investimento devem

ser comparados com outros investimentos para avaliar qual o de mais lucratividade para a empresa.

2.7.2.4 Valor presente líquido – VPL

O método do valor presente líquido (VPL) é aquele que nos traz os fluxos de caixa a um valor presente líquido, ou seja, nos mostra quanto que um investimento gera até uma determinada data. Frezatti (2008, p.79) destaca que

O valor presente líquido do fluxo de caixa é obtido subtraindo-se os investimentos iniciais de um projeto do valor presente das entradas de caixa, descontados a uma taxa igual ao custo de oportunidade da empresa. O projeto deverá ser aceito quando o seu VPL for positivo, o que significa que ele estará proporcionando um retorno à empresa superior a seu custo de capital.

Bruni e Famá (2012, p.78) trazem a concepção de que o PL “representa os recebimentos futuros trazidos e somados na data zero, subtraídos do investimento inicial – sendo, assim um valor presente líquido do investimento inicial”. Souza (2013, p.82) ainda destaca que “dado um custo de oportunidade ou uma taxa de atratividade mínima do aplicador, calcula-se o valor presente líquido dos fluxos de caixa a essa taxa, também chamada taxa de desconto do fluxo”.

Para elaborar a análise do VPLé preciso levar em conta algumas variáveis para que a análise do investimento saia de forma correta, sendo que é possível elencar as seguintes:

a) O valor do investimento;

b) O valor dos fluxos futuros de benefícios (caixa, lucros, dividendos, juros); c) A quantidade de períodos que haverá os fluxos futuros;

d) A taxa de juros desejada pelo investidor. (PADOVEZE, 2012, p.490)

Para a localização do VPL, Kassai et al. (2012, p.64) define a aplicação da seguinte fórmula: Onde:

FCn - Fluxo de Caixa esperado (positivos ou negativos); i - taxa de atratividade definida (desconto); e

O critério para a aceitação do VPL é que o investimento seja capaz de gerar caixa positivo, onde isso ocorrendo o investimento é considerado rentável e deve ser aceito pela empresa, e com isto Kassai et al. (2012, p.64) orientam que “é considerado atraente todo investimento que apresente PL maior ou igual a zero”. Nesta mesma perspectiva Lima et al. (2008, p.6) destacam que

Os projetos ou investimentos que apresentem VPL positivo são aceitáveis, viáveis. Entretanto, a escolha entre dois projetos, com investimentos iniciais distintos, porém ambos com VPL positivos, não é simples, requer uma análise mais requintada dos cenários, dos riscos e do custo de oportunidade.

Lima Junior e Aldatz (2013, p.229) definem que “as principais vantagens da utilização do VPL são: os resultados são de fácil interpretação, constitui-se em uma medida de risco e ao mesmo tempo de liquidez”.

Ao se realizar a análise de um investimento para a tomada de decisão, o VPL é o fator mais importante que deve ser levado em conta, pois todo o investimento com VPL positivo deve ser aceito, ou seja, gera resultado positivo para a empresa.

2.7.2.5 Taxa interna de retorno - TIR

A taxa interna de retorno (TIR) é uma maneira de mostrar o quanto um investimento gera de retorno para a empresa em percentual. O autor Kassai et al. (2012, p.68) a definem como:

A taxa interna de retorno (TIR) ou internal rate of returne (IRR) é uma das formas mais sofisticadas de avaliar propostas de investimentos de capital. Ela representa a taxa de desconto que iguala, num único momento, os fluxos de entrada com os de saída de caixa. Em outras palavras, é a taxa que produz um VPL igual a zero. Na mesma linha de pensamento Souza e Clemente (2012, p.81) define a TIR como “a taxa que torna o valor presente líquido ( PL) de um fluxo de caixa igual a zero”. Padoveze (2012, p.491) destaca que “em vez de buscar o PL de fluxo futuro, busca-se a taxa de juros que iguala o total dos fluxos futuros descontados a essa taxa de juros com o valor do investimento inicial”.

O uso da TIR nas análises de viabilidade econômica possui algumas vantagens e desvantagens, que são elas:

Vantagens:

 Considera o fluxo de caixa completo do projeto e o valor do dinheiro no tempo;  Informa se o projeto simples cria ou destrói valor;

 É uma taxa de juro, uma medida relativa, em vez de uma medida absoluta, como o VPL. A TIR é fácil de ser comunicada e, aparentemente, pode ser bem compreendida por muitos.

Desvantagens

 Deve ser aplicada somente na avaliação de projetos com o fluxo de caixa com uma única mudança de sinal, denominados projetos de tipos simples ou projetos simples;  É necessário determinar a priori a taxa requerida no projeto;

 Não tem propriedade aditiva do VPL de um fluxo de caixa de mesmos projetos;  A maior TIR não seleciona o melhor projeto de um grupo de projetos mutuamente excludentes com o mesmo prazo de análise, exceto aplicando a análise incremental, ou grupo de projetos independentes sob restrição orçamentária;

 Há a dificuldade em reinvestir o retorno do projeto para garantir a rentabilidade periódica igual à TIR. (LAPPONI, 2007, p.177).

Os autores Kassai et al. (2012, p.68) definem que a TIR pode ser obtida através da seguinte formula: Onde:

FCn – Fluxo de caixa esperados (positivos ou negativos); IRR – Taxa interna de retorno;

n – Tempo do fluxo de caixa.

Os autores Casarotto Filho e Kopittke (2010, p.120) destacam que “os investimentos com TIR maior que TMA são consideráveis rentáveis e são passiveis de análise.”

Pode-se perceber de que a TIR é uma maneira de se chegar a quanto um investimento ira render, é com a TIR que se verifica se o investimento em questão gerou uma taxa acima da TMA. Um fator importante sobre a TIR é que ela não é definida, mas sim o próprio investimento comparado com as entradas e saídas de caixa a definem.

2.7.2.6 Valor atual uniforme equivalente – VAUE

O método do valor uniforme equivalente – VAUE é que se localiza uma série uniforme dos fluxos de caixa. Para Casarotto Filho e Kopittke (2010, p.95) o VAUE é

O método que consiste em achar a série uniforme atual (A) equivalente ao fluxo de caixa dos investimentos a taxa mínima de atratividade (TMA), ou seja, acha-se a

série uniforme equivalente a todos os custos e receitas para cada projeto utilizando-

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