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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.5. Análises das amostras por espectroscopia na região do

A espect rom et ria é o processo analítico- inst rum ent al baseado nas propriedades de absorção, em issão e reflexão de energia elet rom agnética em região específica do espect ro ( PAVI A, 1996; SI LVERSTEI N, 2000) .

Na Figura 5.6 encont ram - se os espect ros do padrão de - t ocoferol e do óleo de babaçu utilizados para est e t rabalho e na Tabela 5.6, encont ram - se os valores das freqüências vibracionais das am ost ras do padrão de - t ocoferol e do óleo brut o de babaçu.

Figura 5.6. Espect ro na região do I nfraverm elho do padrão de - t ocoferol puro ( a) e do óleo brut o de babaçu ( b) .

Tabela 5.6. Valores das freqüências de vibração na região do I V do padrão de - t ocoferol e da am ost ra de óleo brut o de babaçu.

Número de ondas (cm-1) Intensidade Atribuição Padrão -tocoferol Óleo bruto Babaçu - 3358 Fraca O- H 2923 2947 Muito forte CH2, CH3 2737 2814 Muito forte CH2, CH3 - 1788 Muito forte C = O

1425 1445 Média Anel fenólico

1148 1179 Fraca C- O

721 723 Muito Fraca C- O

Na Figura 5.7, pode- se com parar o espect ro do infraverm elho do - tocoferol com o óleo de babaçu bruto, onde am bos apresentaram bandas sem elhantes ( SI LVERSTEI N et al., 2007) . Os m odos vibracionais próxim os a 3358 cm- 1 referem - se à vibração do est iram ent o da ligação O- H. O alargam ent o dessas bandas deve- se ao fat o do grupo hidroxila não

a)

est ar t ot alm ente livre e part icipando das ligações de h idrogênio int erm oleculares. As absorções em t orno da região ent re 2923 cm- 1 a

2814 cm- 1 com int ensidade fort e referem - se às vibrações de estiram ent os assim ét ricos do grupo CH2 e sim ét ricos do CH3. Na região de absorção

de1788 cm- 1 aparece um a banda com fort e int ensidade devido à

deform ação axial do grupo carbonila C= O. A banda de absorção com int ensidade m édia ent re 1425 e 1445 cm- 1envolvem a deform ação axial das ligações carbono- carbono do anel arom át ico, onde as bandas de esquelet o aparecem frequent em ente com o dublet es, dependendo da nat ureza dos subst ituint es do anel, ( MAN et. al., 2005; SI LVERSTEI N et

al., 2007) . A banda na região ent re 721 e 723 cm- 1 com fraca int ensidade

foi at ribuída à deform ação angular assim ét rica no plano CH2 onde t odos os

grupos m etilenos se deform am nest a região.

Nas Figuras 5.7 e 5.8, encont ram - se os espect ros na região do infraverm elho sobrepost os relacionados aos est udos feit os com as am ost ras de óleo brut o de babaçu, e as prim eiras et apas de refino realizado em bancada e as am ost ras colet adas na indúst ria.

Figura 5.7. Espect ros das am ost ras na região do infraverm elho das et apas de refino do óleo de babaçu via indust rial

Figura 5.9. Espect ros das am ost ras na região do infraverm elho das et apas de refino do óleo de babaçu via bancada

Nos espect ros de FTI R ilust rados nas Figuras 5.8 e 5.9, pode- se identificar a presença do - t ocoferol de acordo com Man et al., ( 2005) , pela presença das bandas de absorção caract erísticas da est rut ura do esquelet o fenólico ( 1461cm- 1 - 1450 cm- 1) , do est iram ent o assim ét rico de m etil ( 1460 cm- 1) , do estiram ent o sim ét rico de m etil ( 1378 cm- 1) , do

estiram ent o em 1262 cm- 1 para (–CH

2) , 1086 cm- 1 é a deform ação do

fenil e 919 cm- 1 para estiram ent o t rans ( = CH2) . Ahm ed et, al., ( 2005) ,

t am bém observou em seus estudos em diversos óleos veget ais que a m aioria dos espect ros obt idos na região do infraverm elho, continham fort e absorção ent re 1500-1000cm- 1 para o est udo de t ocoferois.

A Figura 5.10, m ost ra a curva de calibração propost a para as analises de espect roscopia no infraverm elho por t ransform ada de Fourier ( FTI R) .

Not a- se que t ant o o refino realizado na indúst ria quant o a nível laborat orial, à m edida que a am ost ra inicial de óleo foi sendo subm etida

ao processo de refino, as intensidades dos m odos vibracionais referent es ao anel fenólico dim inuem , devido a supost a degradação do - t ocoferol da m at riz de origem . Com provação observada quando se fez o estudo analítico at ravés da const rução de um a curva para a quantificação de - t ocoferol por est a t écnica.

Figura 5.10. Curva analítica para - t ocoferol - FTI R

Segundo Ret o et al., ( 2008) , ainda que um a análise inicial possa ser feit a com base na inspeção visual do gráfico ( y= ax+b) e na det erm inação do valor do coeficient e de det erm inação, um a análise com plet a requer um a análise de variância. I st o é, ant es de se ut ilizar o m odelo linear para a função de calibração desej ada, é preciso confirm ar a linearidade, procedendo- se à com paração de variâncias. O t este foi realizado at ravés do cálculo da razão das m édias quadráticas ( Tabela 5.7) , obt idos pelo soft ware Microsoft Excel 2007.

y = 0,023x + 0,117 R² = 0,978 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0 1 2 3 4 5 Á re a C oncentração (mg.L-1)

Tabela 5.7. Análise de variância para os dados da curva analítica – FTI R Efeitos Soma Quadrática Grau de Liberdade Média Quadrática Teste F Calculado Tabelado -tocoferol Regressão 0,01118377 1 0,01118377 72,6925 5,32 Resíduo 0,00023135 8 2,891 x 10- 5 Tot al 0,01141519 9 R2 0,9787 R 0,9772 Equação y = 0,0235x + 0,1172

Percebe- se que a indicação de exist ência de relação linear ent re as variáveis dependent e y e independent e x foi alt am ent e significativa e confirm ada com o Fcal que foi superior ao Ftab. O valor obt ido de R2

dem onst ra a eficiência da regressão.

Dest a m aneira, ao int erpolar- se os valores encont rados das áreas selecionadas de 1465,900 a 1446,621 cm- 1, região escolhida devido

aos est udos j á realizados para - t ocoferol ( SI LVA et al., 2009) onde se encont ra a região do anel fenólico, caract erístico dest e, obt eve- se ent ão, a quantificação dest e com post o.

Vale ressalt ar que devido à baixa resolução apresent ada por est a t écnica para a quantificação de - t ocoferol, não se pôde validá-la.

Na Tabela 5.13, encont ram - se as concent rações do -t ocoferol com a aplicação das duas t écnicas.

Tabela 5.8. Concent rações de - t ocoferol a partir das et apas de refino do óleo de babaçu (CLAE e FTI R)

Tipo de amostra Concentração -tocoferol (mg.L-1) CLAE Concentração -tocoferol (mg.L-1) FTIR

Óleo brut o de babaçu 1,470 13,220

Óleo neut ralizado de babaçu – I ndust rial

1,177 11,520

Óleo clarificado de babaçu – I ndust rial

1,052 5,560

Óleo neut ralizado de babaçu – Bancada

0,550 1,040

Óleo clarificado de babaçu – Bancada

0,363 0,430

Observa- se nitidam ent e que cada t écnica aqui aplicada, apresent a suas particularidades. De um lado t em - se a CLAE, onde se pode identificar e separar com precisão os com post os de int eresse. Do out ro o FTI R, que t am bém é um a técnica m uit o difundida no m eio cientifico, m as que apresent a cert as lim it ações, t ais com o sobreposições dos m odos vibracionais, por haver coincidência de absorção dest as. E é exat am ent e o que os dados dest a t abela est ão dem onst rando. Para que se obt ivesse um a diferença t ão significativa das concent rações encont radas pelas duas t écnicas aqui aplicadas. Com provado assim , que há um a redução da concent ração inicial de - t ocoferol partindo- se do óleo brut o de babaçu para cada et apa de refino.

Evidencia- se, dest a m aneira, a necessidade da adição de antioxidant e, sej a natural ou sint ético ao t érm ino de refino de óleos em geral, j á que a quantidade present e nat uralm ent e no óleo é degradada m ediante as et apas do processo de refino.

5.6. Tratamento estatístico – Validação da Metodologia (CLAE) 5.6.1. Precisão – Repetitividade

Os result ados encont rados para a precisão est ão expressos em percent agem de coeficient e de variação est ão dem onst rados na Tabela 5.9.

Tabela 5.9. Valores de concent ração obtidos na repetitividade para o - t ocoferol Repetição (0,1 mg.L-1) Concentração -tocoferol (mg.L-1) 1 0,098 2 0,097 3 0,098 . . . . . . 10 0,098 Média ( M) 0,098 Desvio Padrão ( DP) 7.10-4 Coeficient e de variação ( CV % ) 0,72 Repetição (1,5 mg.L-1) Concentração -tocoferol (mg.L-1) 1 1,46 2 1,48 3 1,47 . . . . . . 10 1,47 Média ( M) 1,47 Desvio Padrão ( DP) 10-2 Coeficient e de variação ( CV % ) 0,68

Repetição (10,0 mg.L-1) Concentração -tocoferol (mg.L-1)

1 9,98 2 9,97 3 9,97 . . . . . . 10 9,97 Média ( M) 9,97 Desvio Padrão ( DP) 7.10-3 Coeficient e de variação ( CV % ) 0,070

Conform e HARRI S ( 2008) , quant o m enor for o coeficiente de variação m ais preciso será o conj unt o de m edidas, sendo, port ant o, os result ados encont rados para a repetitividade do m ét odo satisfat ório.

5.6.2. Exatidão

A exatidão do m ét odo foi calculada at ravés do índice de recuperação ( R) do - t ocoferol. Os valores dos índices de recuperação est ão indicados na Tabela 5.10.

Tabela 5.10. Recuperação das am ost ras fort ificadas com soluções padrões de - t ocoferol com concent rações de 1,5 e 10 ( m g.L- 1)

Concentração Teórica (mg.L-1) Médias Desvio Padrão (s) Coeficiente de Variação (CV%) Concentração Determinada (mg.L-1) R (%) 1,5 8946,0 23,0314 0,2574 1,449 ± 0,051 96,60 10 57087,8 55,7371 0,0976 9,908 ± 0,092 99,08 * Média de t rês injeções

Os valores de recuperação se encont ram dent ro do int ervalo de variação aceit ável na faixa de concent ração recom endada. De acordo com os pesquisadores Brit o et al., (2003) esses valores são estim ados considerando- se que análises de elem ent os m aj orit ários cost um am apresent ar erros sist em áticos relativos m uit o inferiores aqueles obtidos para analit os em concent rações m uit o pequenas. Tais valores são sugeridos pelo m anual da Association of Official Analytical Chemists ( AOAC) .

5.6.3. Lim it e de detecção ( LD) e lim ite de quantificação ( LQ)

Para est e estudo os result ados encont rados para o lim ite de det ecção e para o lim it e de quantificação do m ét odo foram respect ivam ent e: 0,089 e 0,311 m g.L- 1.

5.6.4. Linearidade

Para o est udo da linearidade, est e j á foi descrit o no item 5.3.2. 5.6.5. Reprodutibilidade

Para est e est udo não foi possível realização da reprodut ibilidade, devido não haver disponibilidade de out ros laborat órios e de out ros equipam ent os para a realização das análises.

CONCLUSÃO

C

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