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ZIZEK, Slavoj (2010), Viver no Fim dos Tempos, Lisboa, Relógio d’ Água.

Apêndice 1- Entrevistas 1.1 Guião das entrevistas

1.2 Transcrição das entrevistas

1.2.2 Ana Umbelino N

programação pública, esta temática fica aprisionada na Associação, na PILT, seja o que for, não é?

P: Sim, sim. Olha, para acabar, gostarias de fazer algum comentário final?

R: Eu acho realmente que estes programas destas rotas, destes projetos em Portugal - não sei se fizeste mais ou menos uma panorâmica do que é que acontece - muitas vezes têm um final infeliz.

P: Pois têm.

R: Pronto, e o meu voto é que esta Rota tenha um final feliz, porque quando as vontades dos técnicos que estiveram no projeto se perderem… ou porque se envolveram em outro projetos, e tudo o mais, o projeto cai. Eu gostava que o projeto não caísse. Eu acho que a classificação pode ser um pequeno catalisador.

P: Sim.

R: E também era importante que houvesse mais fontes de financiamento, para continuar a haver um projeto. E realmente o meu voto é que este não fosse mais um daqueles projetos…com um final infeliz, porque houve algum investimento, mais do que financeiro foi de grande esforço logístico das câmaras e da equipa, e daqui a dez anos espero estar ainda aqui a falar sobre o impacto das Linhas de Torres. Acho que é basicamente isso. P: Está bem, muito obrigada, Ana, pela entrevista.

R: De nada.

1.2.2 Ana Umbelino N

º Entrevistado Instituição Local Data

2 Ana Umbelino (vereadora) C. M. Torres

P- Câmara Municipal de Torres Vedras, entrevista com a Senhora vereadora Ana Umbelino. Gostaria de começar por um ponto prévio que será dizer-me o seu nome, a sua profissão e atividade.

R- O meu nome é Ana Umbelino, sou psicóloga de formação, e continuo ligada à minha entidade de origem que é a Agência de Desenvolvimento Regional do Oeste, tendo sido requisitada para exercer funções inicialmente de adjunta do Gabinete de Apoio ao Presidente, e depois mais tarde vim a ser eleita, e daí neste momento estar a tempo integral a desempenhar funções no cargo de vereadora na Câmara Municipal de Torres Vedras.

P- Em relação a este projeto, como viveu e acompanhou o mesmo, quer em relação à sua entidade, quer em relação aos outros parceiros?

R- Este é um projeto relativamente ao qual nós depositámos grandes esperanças e grandes espectativas. É óbvio que ao longo desta trajetória em que temos feito o acompanhamento do projeto experimentámos sentimentos diferentes, tivemos vivências diferentes. Sempre tivemos a preocupação, durante o período de vigência do apoio financeiro por parte do MFEEE, de cumprir escrupulosamente com o plano de ação desenhado, e houve uma grande preocupação de efetivamente respondermos ao contrato que foi firmado, e nesse sentido experimentámos alguma ansiedade no sentido de termos as obras concretizadas, quer do ponto de vista material, quer do ponto de vista imaterial. Numa fase mais recente, de facto temos muitas espectativas relativamente àquilo que poderá vir a ser a Rota Histórica das Linhas de Torres enquanto produto turístico.

P- Sim.

R- E nesse sentido consideramos ser fundamental levar a cabo algumas ações que de facto garantam a sustentabilidade do projeto, de todo o investimento, e de todo o empenho que foi dedicado ao mesmo. Daí que, do ponto de vista das vivências, elas sejam, enfim…ambíguas, no sentido em que por um lado temos uma grande expectativa relativamente ao futuro, por outro lado também tememos que todo o investimento que tem vindo a ser feito, possa resvalar para algo mais individualista, contingente, para aquilo que sejam as prioridades de cada município, e não um projeto integrado e colectivamente pensado pelos seis municípios envolvidos.

P- Passo assim à primeira questão de forma mais concreta. Em muita da documentação publicada, mesmo oficial, sobre a Rota Histórica das Linhas de Torres, ela é apresentada, pelo menos sempre na fase inicial, como um produto cultural e turístico. Concorda com esta designação? E porquê?

R- Sim, eu concordo com esta designação, eu julgo que o património histórico das Linhas de Torres Vedras é um ativo histórico-cultural que tem um potencial turístico. Eu creio que neste momento nós ainda não temos um produto turístico estruturado. Nós o que neste momento temos é um capital cultural muito interessante que poderá vir do ponto de vista turístico a ser explorado. Mas, penso que ainda não podemos falar de um produto turístico verdadeiramente estruturado. Julgo que todo o esforço que foi desenvolvido no sentido de primeiro dar a conhecer o que foram as Linhas de Torres Vedras, o que representaram na história do país e na história da europa, esse aspecto é fundamental e de facto reflete uma missão de natureza educativa ou pedagógica de que os municípios estão incumbidos. Por outro lado também nos cumpre, naturalmente, preservar e salvaguardar esse património e torná-lo susceptível de ser fruído, torná-lo acessível aos cidadãos. Por outro lado, parece-nos que pelas características peculiares e idiossincráticas deste património, o mesmo se reveste de um potencial turístico muito assinalável. Desde logo pela circunstância das Linhas de Torres Vedras, e falando concretamente nas fortificações, terem tido como sabemos um papel preponderante na trajetória que a Europa descreveu, na medida que também foram determinantes para inflectir o percurso que estava a ser levado a cabo por Napoleão. Portanto, foram determinantes a esse nível, o que lhes confere um carácter europeu e um carácter mundial. Portanto é algo que tem um interesse que não se circunscreve ao nível local, ou ao nível nacional. E depois a relação entre os diversos patrimónios, o património natural com o património militar, é muito interessante, e no fundo tudo aquilo que está condensado nas Linhas de Torres acaba por ser interessante para diferentes públicos, e pode de facto vir a representar do ponto de vista do desenvolvimento económico algo bastante interessante. Agora, julgo que essa vertente turística carece de desenvolvimento por parte dos municípios envolvidos e também naturalmente pela própria Administração Central. Portanto, julgo que deveria existir um maior investimento por parte da Administração Central relativamente a esta Rota, na estruturação deste produto, e depois na sua inter-relação com as demais rotas que existem ao nível do país.

P- Quais são para si os objetivos mais interessantes deste projeto? Pois, como sabe de certeza, ele envolve múltiplas componentes desde a arqueológica, à do restauro, conservação, valorização, musealização,

requalificação de sítios, o envolvimento das populações - e o caso de Torres Vedras é um bom exemplo nos seis parceiros - , quais são, no fundo, destas valências todas, aquelas que considera mais significativas?

R- Julgo que desde logo é bastante significativo ter-se investido na recuperação, no restauro deste património. De facto ele estava um pouco abandonado.

P- Sim.

R- Tínhamos fortificações que, enfim, não tinham um plano de conservação, de manutenção e portanto julgo que foi muito importante envidarem-se esforços no sentido de garantir a salvaguarda e a preservação deste património. Por outro lado, e em concomitância, aquilo que foi levado a cabo foram ações de natureza educativa e pedagógica, e eu julgo que é fundamental de facto que todos os cidadãos conheçam a história, aquilo que inclusivamente lhe está próximo. Para além disso, penso que todo o movimento que foi criado a partir deste projeto, foi muito significativo na recuperação e na regeneração da envolvente. E portanto, esse aspecto é fundamental no sentido de valorizar o território. Não houve uma intervenção circunscrita aos sítios. Aquilo que se fez foi criar acessos, foi no fundo, potenciar toda a zona envolvente, e esse aspecto parece-me muito interessante. Por outro lado, claro que a musealização de algumas estruturas, de criação de centros de interpretação é também fundamental não só para dar a conhecer a história, como também para criar novos pontos de atração, novos pontos de interesse. Acresce que muitas das fortificações estavam situadas em zonas um pouco mais periféricas ou marginais, e tudo aquilo que mencionei há pouco, o investimento feito, é fundamental para regenerar e para integrar essas zonas mais marginais, mais periféricas, e nesse sentido também foi muito importante, como disse, para a valorização do território, para a criação de uma maior coesão territorial e por consequência também social. Por outro lado, em termos do envolvimento da população, julgo que foi muito interessante ao longo destes anos, e esse é um processo em continuidade, o de envolver os agentes culturais, envolver a população em geral, a sociedade civil, interessá-la pelo tema e fazer com que a mesma criasse conteúdos e que passasse a ter um papel importante em todo este sistema. Por exemplo, no caso de Torres Vedras, existe uma associação que garante inclusivamente algumas das visitas guiadas. Existe uma outra, ligada aos passeios pedestres, que com regularidade realiza esse tipo de ações. Portanto, eu julgo que se desencadeou uma relação muito interessante com os agentes culturais locais, e esse aspecto garante a sustentabilidade de todo o projeto. E garante que o mesmo não está circunscrito ao município, alargou-se, ancorou-se, digamos assim, na comunidade.

P- Considera que os recursos envolvidos foram razoáveis e adequados?

R- Eu julgo que sim, que foram razoáveis e adequados numa fase inicial. Agora neste momento o que me parece é que para passarmos para a estruturação de um produto turístico nós já vamos ter que colocar mais recursos. E por outro lado não podemos ter a perspectiva de que cumprimos com a candidatura e agora o processo está terminado. Não, de facto há um investimento contínuo que tem que ser realizado. Nesse sentido eu julgo que os recursos foram adequados, mas neste momento são insuficientes para respondermos a alguns desafios, nomeadamente ao nível do turismo.

P- No seu ponto de vista, quais são os aspectos mais positivos no projeto e, por oposição, os menos positivos? R- Os mais positivos são desde logo a capacidade de se criar um projeto de natureza supraconcelhia, que eu julgo que é um desafio, e que e as tendências futuras se encaminham nesse sentido, no sentido de as cidades terem a capacidade de se integrarem em redes e de conseguirem desenvolver um trabalho que suplanta as suas fronteiras administrativas. E nessa perspectiva penso que foi um trabalho também instigante. Os aspectos menos positivos prendem-se com alguma morosidade na tomada de decisões e com alguma dificuldade no desenvolvimento de um trabalho sistemático, que, como digo, após o término da candidatura, garanta em timings adequados o fluir, digamos assim, do projeto. E penso que esse é o aspecto mais negativo, essa dificuldade em se decidir e decidir rapidamente.

P- Em tempo eficaz. R- Exatamente.

P- Quais acha que podem ser as vantagens de uma oferta cultural e turística sob a designação de Rota? Uma vez que agora também há muitas rotas como oferta ao nível nacional, para não falar já ao nível internacional. R- O conceito de rota é positivo na medida em que nos permite aglutinar uma série de recursos culturais e turísticos. E penso que do ponto de vista da comunicação facilita efetivamente a promoção, digamos assim, do

que nós estamos a tentar difundir. Portanto a mais-valia da palavra rota é essa, é remeter para uma miríade de recursos culturais, naturais, turísticos, e que são facilmente comunicáveis porque a palavra rota condensa tudo isso. Agora como diz, e bem, existe neste momento uma proliferação de rotas, o que me parece é que tem que haver aí uma estratégia desde logo a nível nacional. Nos temos que ter uma estratégia nacional que nos permita criar uma inter-relação entre todas as rotas existentes. Porque muitas das rotas têm o mesmo substrato. No caso das Linhas de Torres, a ideia é criar complementaridade entre recursos culturais, e aí falamos não só no património físico que integra as Linhas de Torres Vedras, como integra também a gastronomia, como os vinhos, como o património natural. Ora se atentarmos nas outras rotas, as outras rotas também assentam nas mesmas premissas e também visam criar uma complementaridade entre recursos existentes no território. Nós temos que ser capazes de criar as inter-relações adequadas entre as diversas rotas e fazer que haja porventura uma migração de públicos. Ou a densificação, digamos assim, da experiência do turista, e não criar uma concorrência entre rotas, ou às tantas estar a banalizar o conceito, que depois poderá ter o efeito inverso, não é?

P- Claro, negativo. Quanto a si o que poderá distinguir esta oferta de outras que de algum modo são similares e que sejam do seu conhecimento? Ou seja, o que é diferencia a Rota Histórica das Linhas de Torres de outras rotas?

R- Eu penso que aquilo que a diferencia é de facto a essência da Rota, que é remeter para um sistema militar que é considerado um dos mais eficazes e eficientes da história, e por estar associado a um conjunto de acontecimentos históricos com uma magnitude e com uma intensidade ímpares. Portanto, aqui a componente histórica acaba por constituir o contributo ou a característica mais diferenciadora. É claro que depois de forma supletiva podemos aduzir outras razões como há pouco já mencionei…

P- Claro.

R- O facto de estarmos a falar de fortificações que ficam situadas em zonas muito interessantes do ponto de vista paisagístico…enfim, podemos aduzir outras razões, mas eu penso que o elemento central é de facto esse, remete para questões de natureza histórica, para o facto de inclusivamente, no caso de Portugal, ter estado em causa a nossa soberania, e ter havido um envolvimento das populações. Quando digo que é um sistema militar altamente eficaz, claro que associado a isso está tudo o resto, não é? A importância simbólica que esse sistema teve para o país e para aquele que foi o destino do país. E o facto de efetivamente as populações terem sido envolvidas. Eu penso que há uma carga histórica muito forte, e como digo a importância não se circunscreve aos portugueses, com os exércitos vieram pessoas de toda a Europa e as consequências do que aqui se passou, do que Portugal foi palco, repercutem-se noutros países da Europa e do mundo, dada também a importância geoestratégica que a Europa tinha a todos os níveis. E portanto, penso que é a questão histórica, digamos assim, que faz toda a diferença. Tudo o resto, claro, complementa e ajuda a valorizar.

P- Enriquece… No fundo já respondeu a esta pergunta seguinte, que é, para si o projeto deve considerar-se basicamente concluído, ou em alternativa como um “work in progress” ? Ou seja, um projeto aberto a futuros desenvolvimentos?

R- Pois eu julgo que terá que ser forçosamente um projeto aberto a futuros desenvolvimentos, porque aquilo que conseguimos em conjunto foi concretizar um conjunto de ações, essencialmente ações de carácter físico, que eram requeridas e eram fundamentais. Agora, claro, existe um conjunto alargado de ações com finalidades diferentes que têm que ser operacionalizadas e por outro lado a preservação do património é um processo contínuo, ad aeternum. Julgo que nós não devemos funcionar por ciclos de candidaturas. Temos que continuar a investir e investir ainda mais neste projeto.

P- Que vantagens poderá ter um projeto com estas características, ou seja, nomeadamente a de abarcar um território relativamente vasto?

R- Pois, aí eu penso que a característica de abarcar um território relativamente vasto traz mais-valias no sentido em que por um lado permite uma certa diversidade, por outro lado uma certa escala. Porque de facto as Linhas de Torres Vedras só fazem sentido se forem vistas numa perspectiva sistémica, não é? Se uma pessoa vier só a Torres Vedras ver o Forte de São Vicente, tem uma experiência muito mais limitada do que se percorrer os vários municípios. E se for ao centro de Interpretação que existe em Torres Vedras ou em outro lugar qualquer conhece uma parte da história. Mas, ao percorrer todos eles, constrói uma narrativa muito mais aprofundada. Julgo que esta ideia de se assumir um território como um todo e de criar estruturas de interpretação que são polinucleadas, traz uma grande vantagem pela diversidade que oferece ao visitante e também naturalmente ao turista. E penso que essa é uma das grandes mais-valias, portanto é a escala e a diversidade que encontramos

reunidas nestes seis territórios Claro que isto depois também acarreta algumas dificuldades que são as dificuldades de integração e de articulação.

P- Sim.

R- Mas isso é inerente a qualquer projeto que supere a esfera municipal.

P- Claro. Na sua opinião, esta proximidade com a cidade de Lisboa pode ser uma mais-valia ou não?

R- Eu julgo que pode ser uma mais-valia, uma mais-valia porque nós podemos aproveitar a própria marca Lisboa e podemos criar relações de complementaridade, estou a pensar por exemplo no caso dos cruzeiros, que é um caso típico, não é? Nós sabemos há que milhares de turistas que acorrem a Lisboa porque estão a fazer cruzeiros. Quer dizer, se essas pessoas diversificarem os seus programas de um dia, de meio dia e não forem sempre para os mesmos locais, já padronizados e sempre iguais há décadas, eu penso que é uma mais-valia poderem visitar estes territórios aqui. Depois é claro que a proximidade com Lisboa pode ser vista de uma perspectiva negativa no sentido de as pessoas não dormirem nestes territórios e portanto ficarem em Lisboa ao invés de se alojarem no território integrante das Linhas de Torres. Mas eu penso que há que tentar reverter essa situação e fazer com que as pessoas fiquem em Lisboa, mas também possam pretender ter uma experiência um pouco mais ousada, e se formos capazes de aproveitar as unidades existentes e porventura até refuncionalizar algum património, criando estruturas de alojamento de nicho e mais diferenciadas, penso que conseguimos aproveitar muito bem a proximidade de Lisboa. Na minha perspectiva a proximidade de Lisboa é uma grande mais-valia e devemos tentar aproveitá-la. Porque se estivéssemos mais distantes, mais dificilmente se conseguiríamos aceder aos turistas…claro, pelo aeroporto, por uma série de outras razões, afluem a Lisboa, e felizmente o turismo em Lisboa está a aumentar.

P- Sim.

R- E, portanto, teremos que aproveitar essa tendência.

P- E agora, como já mencionou, que o equipamento, a Rota, é considerada como um equipamento que já está no terreno, quais são os principais desafios que se colocam a esta iniciativa, qual o modelo de gestão que na sua opinião pode garantir a sustentabilidade?

R- Nós aliás estamos a trabalhar no sentido de criar uma associação intermunicipal. Penso que faz sentido caminharmos para uma associação intermunicipal até porque neste momento não existe nenhuma estrutura com personalidade jurídica que reúna todos estes municípios e que dê uma certa substância ao trabalho que está a ser desenvolvido. Eu penso que em termos de modelos de gestão ele deve assentar numa equipa muito leve, mas que terá que ser uma equipa muito dedicada. Nós já fizemos alguma cenarização, chegamos à conclusão de que neste momento mercê das dificuldades económicas e financeiras que atravessam os vários municípios não teremos capacidade de criar uma equipa exógena, digamos assim, portanto teremos que aproveitar recursos internos, de todo o modo eu creio ser fundamental existir pelo menos a figura de um diretor executivo que possa dimanar dos municípios que fazem parte da associação, mas que garanta uma operacionalidade e uma eficiência a todo este processo. De outro modo tornar-se-á tudo muito lento. A importância da associação também remete para dois outros aspectos: por um lado a possibilidade de podemos de forma célere começar a desenvolver parcerias com agentes e com estruturas privadas e fazer coisas tão simples como cobrar um determinado preço pela realização de visitas guiadas, enfim, algo que é muito complexo uma vez que estamos a falar de seis municípios, para agilizar digamos assim, processos do dia-a-dia, do quotidiano…

P- Sim, sim.

R- …mas que pressuponham essa relação, e por outro lado tentarmos também dentro da associação intermunicipal incluirmos não só municípios, mas também outros atores, outros agentes. Penso que é fundamental incluirmos também os privados…

P- Claro.

R- … portanto para poder nomeadamente com os agentes turísticos ter uma relação de complementaridade, de empenhamento, de trabalho colaborativo e também com outras estruturas que possam existir nestes territórios. Julgo que caminharmos para uma associação intermunicipal é o passo a tomar, e depois ter a capacidade de