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Fernando Rodrigues Tavares17 INTRODUÇÃO

Neste presente artigo, coloco-me a desenvolver uma análise sobre as Leis que tem como base a educação direito de todos como também dever não só do estado, mas da família. A educação vem sofrendo grandes problemas na sociedade brasileira, dentre os problemas pode ser relatado à revisão do sistema educacional.

Ao buscar fundamentos concretos para uma sociedade justa e igualitária devo citar o artigo 6° e 205 da Constituição Federal que deixa bem claro que a educação tem como amparo o estado e ao mesmo tempo, a família tem o dever em educar seu filho, perpassando para a sociedade que deverá subsidiar no pleno desenvolvimento da pessoa. Diante do contexto vemos que a educação não só é um direito como também um dever de todos.

Diante disso, cito um dos maiores defensores da educação com direito público Anísio Teixeira onde diz que,

O direito à educação faz-se um direito de todos, porque a educação já não é um processo de especialização de alguns para certas funções na sociedade, mas a formação de cada um e de todos para a sua contribuição à sociedade integrada e nacional, que se está constituindo com a modificação do tipo de trabalho e do tipo de relações humanas. Dizer-se que a educação é um direito é o reconhecimento formal e expresso de que a educação é um interesse público a ser promovido pela lei. (TEIXEIRA, 1996).

Nesta proporção a educação precisa de um apoio da sociedade para que juntos venhamos a contribuir para o melhoramento na mesma, porém necessita de obrigações que tem por dever ser respeitadas mediante a quem promove efetivar o direito como Estado, também não esquecendo a própria sociedade ao entorno.

Tendo em vista a LDBEN, ECA e a Constituição Federal do Brasil de 1988 no âmbito da educação, deixarei uma indagação para ser discutida, será que estas leis estão sendo totalmente cumpridas na escola, o estado está cumprindo o seu dever?

Ano VI - Nº 01 - jan./jun. 2019 - Natal/RN - ISSN 2317-8841

63 Com base nestas indagações iniciaremos o referencial teórico do artigo com uma reflexão

relatando o direito a educação na constituição Federal de 1988 e a importância da mesma para o seu desenvolvimento, citando algumas referência com base neste tema, no segundo capitulo falaremos sobre o direito a educação com referência ao estatuto da criança e do adolescente informando alguns tópicos que o ECA tem para a finalidade da inclusão das crianças e adolescentes na escola.

Por fim, no ultimo tópico relatarei sobre o direito a educação na LDBEN, no qual vou citar algumas propostas da LDBEN que vai abranger os processos educativos no desenvolvimento do cidadão.

Logo após as seções introdutórias, e o referencial teórico irei encerrar com algumas considerações.

O DIREITO A EDUCAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO 1988

A constituição federal brasileira de 1988 trouxe a educação para a ótica da política e do interesse público. É bom salientar que no início da Constituição Federal do ano de 1988, constitui conteúdos ideais para a educação e ordenou o Estado como idealizador de direito democrático com o objetivo de promover os direitos da educação coletivas e individuais. Nesta constituição de 1988 foram estabelecidas leis que deve ser seguida pela sociedade e o Estado.

Diante esta afirmação cito SILVA, 1992 que diz:

Os direitos sociais, como compreensão dos direitos fundamentais do homem, são prestações positivas estatais, enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de situações sociais desiguais (Silva, 1992, p. 258).

É bom salientar que vivemos em um país que precisa de uma colaboração melhor da família nas escolas, alunos que não tem o apoio da família para elaborar suas atividades, não esquecendo que falta um olhar mais mastigado do Estado para que possa eliminar as situações sociais desiguais de tanto estrutural quanto educacional nas escolas. Nesta proporção informo a Constituição Federal de 1988 como argumentos teóricos dizendo no artigo 205 que:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Brasil, 1988, p.100).

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Na citação supracitada sobre a Constituição Federal vemos que a educação está inserida na mesma e precisa demonstrar estes direitos a todos os cidadãos e necessidade de defender para que não seja esquecido com o tempo. O Estado tem por obrigação fornecer a todos pelo menos uma educação de qualidade mínima.

A educação é essencial para o caráter social e está introduzida como um principal ordenamento constitucional e por sua vez é imprescindível para o direito da vida do cidadão. Nesta questão a educação em como um processo de possibilitar e subsidiar ao cidadão a exercer a sua cidadania de uma forma participativa e coerente, introduzindo o dever e o conhecimento dos direitos de cidadão.

JAEGER,1989 diz que:

(...) a educação não é uma propriedade individual, mas pertence por essência à comunidade. O caráter da comunidade imprime-se em cada um de seus membros e é no homem, muito mais do que nos animais, fonte de toda a ação e de todo comportamento. Em nenhuma parte, o influxo da comunidade nos seus membros tem maior força que no esforço constante de educar, em conformidade com seu próprio sentir, cada nova geração. A estrutura de toda a sociedade assenta nas leis e normas escritas e não escritas que a unem e unem seus membros. (Jaeger, 1989, p. 4)

A educação está vinculada a comunidade em um processo que emiti o caráter da mesma a própria realidade vivenciada e que o homem é o autor de toda ação e comportamento, para que tenha maior força na realização da educação da nova geração. Quando o cidadão tem a praticidade de adquirir o conhecimento está colaborando para a democratização das condições sociais e tendo consciência sobre o que está acontecendo na realidade social vivida. Diante disso, o cidadão começa a mudar o modo de viver com o objetivo de formar uma cidadania mais efetiva. Neste caso o direito a educação se enquadra no direito social e visa à condição legal com intuito do pleno exercício da cidadania participativa e dignidade humana. Nesta proporção vamos adentrar no tema que foca o direito a educação através da ECA.

O DIREITO A EDUCAÇÃO NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Para ter esta garantia do direito da criança e do adolescente, teve que dar um início com um movimento social em busca do direito universal, que aconteceu há 70 anos ou mais, com o foco de defender a igualdade entre cada pessoa e que seja frisado que cada um de nós temos a nossa diferença em culturas, etnias, credo e poder econômico.

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65 No Brasil foi feito um movimento na década de 80 em busca da reinvenção da nossa

cidadania. Em 1988 foi o marco da nacionalização na representação dos direitos humanos através da atualização da constituição federal do Brasil, que trouxe a transição democrática para o direito da criança com o intuito na proteção integral dela. Deixando bem claro no artigo da constituição federal do Brasil, artigo 227 dizendo:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Brasil, 1988, p.109).

Informando da importância da família, sociedade e Estado em assegurar o direito