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P1 Anexo C: Princípios e critérios que devem sustentar decisões sobre a transição de administração

da NTIA para as funções de nomes

Final

1186 Estes princípios e critérios devem ser a base sobre a qual se formam as decisões sobre a transição de administração da NTIA. Isto significa que as propostas podem ser testadas em relação aos princípios e critérios antes de serem enviadas ao ICG.

1) Segurança, estabilidade e flexibilidade: As alterações não devem prejudicar a

operação das funções da IANA e devem garantir a responsabilidade e a objetividade na administração do serviço.

2) A transição deve ser submetida aos testes de estresse adequados.

3) Os novos mecanismos de governança da IANA não devem ser excessivamente onerosos e devem adequar-se ao propósito.

4) Apoiar a Internet aberta: A proposta de transição deve contribuir para uma Internet aberta e interoperável.

5) Responsabilidade e transparência: O serviço deve ser responsável e transparente. i) Transparência: A transparência é um pré-requisito da responsabilidade.

Embora possa haver preocupações com confidencialidade ou com a

continuidade operacional durante o processo de autorização ou reautorização de TLDs, a decisão final e a justificativa para essa decisão devem ser publicadas ou, no mínimo, devem ser submetidas a uma análise independente como parte de uma avaliação retrospectiva do desempenho de serviço.

A menos que seja impedido ou impossibilitado pela confidencialidade, todo e qualquer relatório de auditoria e outros materiais de revisão devem ser publicados para inspeção pela comunidade mais ampla.

ii) Independência de responsabilidade: Os processos de responsabilidade devem ser independentes do operador de funções da IANA47 e devem assegurar

a responsabilidade do operador de funções da IANA perante a comunidade inclusiva global de múltiplas partes interessadas.

iii) Independência de política da IANA: Os processos de política devem ser independentes do operador de funções da IANA. O papel do operador de funções da IANA é implementar as alterações de acordo com a política acordada através do processo de política ascendente relevante.

iv) Proteção contra captura48: Devem ser aplicadas proteções para impedir a

47 O termo operador das funções da IANA significa a unidade que fornece o serviço.

48 Um grupo pode ser considerado capturado quando um ou mais membros podem controlar efetivamente os resultados, independentemente de uma falta de acordo de outras partes interessadas cuja concordância ou não objeção exigiria chegar a um consenso. As condições para o consenso deverão ser adequadamente acordadas pelo grupo.

captura do serviço ou de qualquer função de supervisão ou administração da IANA.

v) Padrões de desempenho: O operador de funções da IANA deve atender os níveis de serviço acordados e suas decisões devem estar alinhadas com a política acordada. Deve haver processos em prática para monitorar o

desempenho, assim como mecanismos para remediar falhas. Uma previsão de fallback também deve estar em prática em caso de falha do serviço.

vi) Recursos e reparação: Qualquer processo de recurso deve ser independente, robusto, acessível, oportuno, fornecer reparação vinculante às partes afetadas e estar aberto ao escrutínio público. Os recursos devem ser limitados a

contestações à implementação de política ou ao processo seguido, e não à política em si.

6) Níveis de serviço: O desempenho das funções da IANA deve ser feito de forma confiável, oportuna e eficiente. É um serviço vital e toda proposta deve garantir a continuidade de serviço durante e depois da transição, satisfazendo a qualidade de serviço acordada e reconhecida que esteja alinhada com os compromissos do nível de serviço.

i) Os compromissos do nível de serviço devem ser ajustáveis às necessidades de desenvolvimento dos clientes das funções da IANA e submetidos a melhorias contínuas.

ii) A qualidade de serviço deve ser auditada de forma independente (revisão

retroativa) em relação aos compromissos acordados.

7) Baseado em política: As decisões e ações do operador de funções da IANA devem ser baseadas na política acordada através de reconhecidos processos ascendentes de múltiplas partes interessadas. Assim, as decisões e ações do operador das funções da IANA devem:

i) Ser previsíveis (ou seja, decisões claramente enraizadas na política acordada e aplicável, conforme estabelecido pelo órgão de política relevante).

ii) Aderir a leis/processos (ou seja, para ccTLDs: respeitar as leis e processos nacionais, bem como quaisquer políticas de consenso aplicáveis da ICANN e padrões técnicos da IETF). Após a transição das funções da IANA, o operador de funções da IANA continuará prestando serviço aos registros existentes em conformidade com as normas técnicas vigentes, em conformidade com as decisões de políticas dos registros e a segurança e a estabilidade da própria zona raiz.

iii) Ser não discriminatórias.

iv) Ser auditáveis (revisão retroativa).

v) Ser passíveis de recursos pelas partes significativamente interessadas. 8) Diversidade dos clientes das funções da IANA:

relacionamento com os operadores de TLDs. A proposta deverá refletir a diversidade de acordos de responsabilidade para os usuários diretos das funções da IANA.

ii) Para os ccTLDs, o operador de funções da IANA deve fornecer um serviço sem exigir um contrato e deve respeitar a diversidade dos acordos vigentes para os ccTLDs. Particularmente, o operador de funções da IANA não deve impor nenhuma exigência adicional sobre os registros, a menos que esteja direta e comprovadamente vinculada à segurança global, estabilidade e flexibilidade do DNS.

iii) Para os gTLDs, o operador de funções da IANA deve continuar prestando serviços, não obstante qualquer litígio contratual previsto ou em andamento entre a ICANN e o operador de gTLDs. Não deve ser imposta nenhuma exigência adicional para o fornecimento de serviços da IANA, a menos que esteja direta e comprovadamente vinculada à segurança global, estabilidade e flexibilidade do DNS.

9) Separabilidade: Toda proposta deve assegurar a capacidade de:

i) Separar as funções da IANA do atual operador (por exemplo, a ICANN), caso justificado e em linha com os processos acordados.

ii) Convocar um processo para selecionar um novo operador de funções da IANA. iii) Considerar a separabilidade em qualquer transferência futura das funções da

IANA.

10) Modelo de múltiplas partes interessadas: Qualquer proposta deve estimular a participação de múltiplas partes interessadas na futura supervisão das funções da IANA.