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Animais encontrados atropelados em estradas ou rodovias deverão ser coletados, sempre que possível, e anotado em ficha padrão dados referentes à espécie, local do atropelamento, data da coleta, tipo de ambiente existente ao longo da estrada e estado de conservação da carcaça. Mesmo que não haja a coleta do material, a ficha

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de registro de dados deverá ser sempre preenchida.

A carcaça coletada deverá ser acondicionada em sacos de lixo e, posteriormente, colocada em freezer ou congelador comuns (dependendo do tamanho do animal) para melhor conservação do material. Durante a coleta o fiscal deve utilizar luvas para manuseio mais seguro da carcaça.

Nos casos onde a coleta da carcaça for impossível, devido ao seu estado de deterioração, pêlos, unhas ou o crânio, deverão ser coletados. Este material deverá ser encaminhado a instituições de pesquisa ou a museus, juntamente com uma notificação do depósito. Em casos de dúvida o Departamento de Biodiversidade deverá ser consultado.

Quanto à ficha de dados sobre o atropelamento, uma cópia deverá ser encaminhada ao Departamento de Biodiversidade para montagem de um banco de dados específico sobre casos de atropelamento de animais silvestres em estradas e rodovias.

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A partir do momento em que as autoridades governamentais apreendem os animais silvestres, essas têm a obrigação de dispô-los de forma apropriada e responsável. Tal responsabilidade passa basicamente por dois níveis de decisão. O primeiro, no momento da apreensão quando a equipe de fiscalização tem que decidir sobre o destino imediato dos animais (Figura 3.1). O segundo, quando os técnicos especializados em manejo de fauna devem decidir sobre o destino final dos animais apreendidos, sejam esses: a reintrodução, a manutenção em cativeiro, a destinação científica ou a eutanásia.

Para facilitar a decisão nesses momentos serão utilizados dois modelos de organograma. O primeiro destinado à fiscalização, elaborado a partir das necessidades das equipes de fiscalização locais, e o segundo baseado em diretrizes definidas pela IUCN (2000) para destinação de fauna apreendida.

Desta forma, os técnicos da fiscalização deverão utilizar o roteiro descrito na Figura 3.1, sempre que tiverem que tomar uma decisão quanto ao destino imediato dos animais apreendidos.

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Figura 3.1 Organograma de orientação para a destinação imediata dos animais apreendidos.

DENÚNCIA E VERIFICAÇÃO

Animais recém capturados, apreendidos ainda no interior de armadilhas ou arapucas

Animais feridos ou em local de risco (devido à caça, acidentes ou alterações ambientais).

Animais em viveiros, gaiolas ou criadouros.

Animais apreendidos mortos, apreensão de couros, peles

ou esqueletos

Certeza Dúvida Resgate Animal alojado em condições desfavoráveis Animal alojado em boas condições, com alimentação e espaço adequados Inspeção sanitária Material em bom estado de conservação SOLTURA NO MESMO LOCAL (Notificação) TERMO DE APREENSÃO

TERMO DE FIÉL DEPOSITÁRIO (cadastros e Comunicação de Dados)

CEMAS

Avaliação pelo Conselho de Fauna

Apreendido posteriormente

Mantido em depósito

TRIAGEM

(Critérios técnicos locais, avaliação pelo Conselho de Fauna, critérios da IUCN)

REABILITAÇÃO CATIVEIRO EUTANÁSIA

Parcerias com Universidades, Museus e Criadouros. Criação de Demanda Científica.

Pesquisa Biomédica.

Programas de Conservação na natureza e fora da natureza.

Programas de Criação em Cativeiro. Pareceres Conselho de Fauna.

Doação SIM NÃO Encaminhamento à instituições de pesquisa ou museus. Procedência conhecida Sim Não

Utilização para fins de educação

ambiental encaminhamento do

material ao aterro sanitário

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Durante o processo de triagem realizado pelo Centro de Manejo de Fauna, os animais serão avaliados conforme suas características taxonômicas, sanitárias e comportamentais, sendo que durante esse processo será decidido o destino ou possível destino para cada indivíduo apreendido. Cabe ainda ressaltar que a decisão quanto à destinação final dos animais dependerá de vários fatores legais, sociais, econômicos e ambientais, sobretudo contemplando as características particulares das áreas naturais remanescentes no Estado do Paraná. Seguindo os princípios das diretrizes da IUCN (2000) para disposição de animais apreendidos, a decisão final sobre o destino de animais deve contemplar três pontos:

♦ Maximizar o valor conservacionista dos animais sem qualquer prejuízo a sua saúde, comportamento e características genéticas, ou prejuízo ao status de conservação de populações silvestres ou de cativeiro da mesma espécie; ♦ Não incentivar o comércio ilegal ou irregular;

♦ Proporcionar uma solução, mesmo que envolva a manutenção de animais em cativeiro, a sua reintrodução à natureza ou o emprego da eutanásia.

A fim de facilitar a escolha de qual opção de manejo adotar mediante uma situação de apreensão de animais silvestres, a IUCN (2000) criou um “Organograma de Decisão” (Figuras 3.2 e 3.3), que pode ser utilizado para o encaminhamento tanto de espécies ameaçadas como daquelas consideradas comuns. Estes procedimentos referem-se às opções de cativeiro ou ao retorno dos animais à natureza, tendo com base uma série de perguntas e respostas básicas sobre a destinação mais conveniente e segura para as espécies.

ANÁLISE DA ÁRVORE DE DECISÃO ELABORADA PELA IUCN

Pergunta 1: O retorno à natureza trará uma contribuição significativa à conservação da espécie? Há algum programa de manejo que possua recursos suficientes que possibilite o seu retorno?

A consideração mais importante para se decidir sobre a disposição de espécimes apreendidos é o valor de conservação da espécie em questão. Deve-se levar em conta a sobrevivência do maior número de indivíduos possível. Portanto, a reintrodução de animais apreendidos deve melhorar as perspectivas de sobrevivência da população silvestre.

Resposta: Sim: Vide opção de retorno à Natureza Não: Vide opções de cativeiro

OPÇÃO CATIVEIRO (Figura 4.2)

Pergunta 2: Os animais foram submetidos à quarentena e exames veterinários? Os animais que forem transferidos ao cativeiro devem possuir um certificado de saúde por causa dos riscos de introduzirem doenças à populações cativas.

Resposta: Sim: Vide pergunta 3

Não: Quarentena e exames, e vide pergunta 3

Pergunta 3: Achou-se que os animais possam estar contaminados por doenças ou podem ser tratados de qualquer infecção encontrada?

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Se, durante a quarentena, descobriu-se que os animais estejam infectados por doenças infecciosas incuráveis (como tuberculose), devem ser sacrificados para que outros animais não sejam infectados.

Resposta: Sim: Vide pergunta 4

Não: Se houver doença crônica e incurável, primeiro oferecer os animais à instituições de pesquisa. Se for impossível, deve-se realizar a eutanásia. Pergunta 4: Há qualquer base para que a transferência estimule futuros

comércios ilegais ou irregulares?

Deve-se ter certeza que aqueles locais envolvidos em transações ilegais ou irregulares não possam obter os animais para transferência, e também que a transferência não compromete o objetivo da apreensão e que não aumentará o comércio ilegal, irregular ou indesejável.

Resposta: Sim: Vide pergunta 5ª Não: Vide pergunta 5b

Pergunta 5ª: Há espaço disponível em alguma instituição onde os benefícios ultrapassam os riscos?

Pergunta 5b: Há espaço disponível em alguma instituição que ofereça benefícios em particular para os animais em questão ou para a espécie?

Há várias opções para se dispor de animais apreendidos em cativeiro, incluindo estabelecimentos públicos e privados, comerciais ou não. Quando uma escolha deve ser feita entre várias opções, a principal consideração deve ser a que possa oferecer oportunidade dos animais participarem de um programa que beneficie a conservação da espécie, que promova assistência mais efetiva e que assegure o bem-estar dos animais.

Resposta: Sim: Acordo e transferência Não: Vide pergunta 6

Pergunta 6: Há instituições interessadas em utilizar animais para a pesquisa? Muitas instituições de pesquisa mantêm coleções de animais para estudos. Se estes animais são mantidos sob condições que assegurem seu bem-estar, a transferência para tais instituições pode ser uma alternativa aceitável. Se a transferência não for possível, os animais devem ser sacrificados.

Resposta: Sim: Acordo e transferência Não: Eutanásia

♦ RETORNO À NATUREZA (FIGURA 3.3)

Pergunta 2: Os animais foram submetidos a exames e quarentena?

Animais apreendidos que poderiam ser soltos devem possuir atestado de saúde, devido ao risco de se introduzir doenças à populações silvestres. Desta forma, os animais devem ficar em quarentena para confirmar se estão livres de doenças antes de retornarem à natureza.

Resposta: Sim: Vide pergunta 3

Não: Quarentena e exames, e vide pergunta 3

Pergunta 3: Os animais estão livres de doenças, ou podem ser tratados das mesmas se as tiverem?

Se, durante a quarentena, descobre-se que os animais estão infectados por doenças incuráveis estes devem ser sacrificados, para que outros animais não sejam infectados,

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a menos que hajam instituições interessadas em utilizá-los para pesquisa. Resposta: Sim: Vide pergunta 4

Não: Se houve doença crônica e incurável, primeiro oferecer os animais a instituições de pesquisa. Se for impossível, deve-se sacrificá-los.

Pergunta 4: A procedência e/ou local de origem do animal podem ser confirmados?

A localização geográfica da qual os animais apreendidos foram removidos deve ser determinada com precisão. Como regra geral, os animais devem retornar somente à população a qual pertenciam anteriormente.

Resposta: Sim: Vide pergunta 5 Não: Vide opção de cativeiro

Pergunta 5: Os animais apresentam algum comportamento anormal que os torna indesejáveis?

Anormalidades comportamentais como resultado do período em cativeiro ou contato com as pessoas pode tornar os animais indesejáveis para a soltura, pois em geral não possuem, ou não desenvolveram satisfatoriamente, habilidades de caçar, evitar predadores e selecionar seu alimento.

Resposta: Sim: Vide opção de cativeiro Não: Vide pergunta 6

Pergunta 6: Os indivíduos podem ser soltos ou reintroduzidos rapidamente e os benefícios para a conservação superam quaisquer riscos para tal ação?

Reintroduzir animais à natureza somente será uma opção correta se houver a existência de um habitat para tal operação e programas de monitoramento pré e pós- soltura.

Resposta: Sim: Definição do local de soltura / Soltura Não: Vide pergunta 7

Pergunta 7: Para a espécie em questão, existe algum programa reconhecido cujo objetivo seja a reintrodução dos animais à natureza?

No caso de espécies para a qual haja programas de reintrodução e/ou reprodução em cativeiro, os animais apreendidos devem ser transferidos para tais programas. Se a espécie faz parte de um programa de reprodução em cativeiro, mas seu táxon (sub- espécie ou raça) não faz parte deste programa, outros métodos de disposição devem ser considerados.

Resposta: Sim: Acordo e transferência ao programa existente Não: Vide pergunta 8

Pergunta 8: Há necessidade e/ou é possível se estabelecer um programa de reintrodução para a espécie?

Nos casos onde os indivíduos não possam ser transferidos a programas de reintrodução, estas podem ser possíveis se: existir habitat apropriado para tal operação; se houver recursos suficientes disponíveis para custear o monitoramento da espécie; e se houver número suficiente de animais disponíveis para que os esforços para a reintrodução sejam potencialmente viáveis.

Resposta: Sim: Acordo e transferência ao novo programa ou estabelecimento Não: Vide opção de cativeiro

Durante o processo de Triagem, com relação à decisão sobre o retorno de animais apreendidos à natureza, outros aspectos que devem ser considerados são:

38 a) se o animal é filhote ou jovem;

b) se o animal é social, ou seja, vive em grupos; c) se o animal apresenta algum tipo de ferimento;

d) em caso de aves, observar se apresentam penas cortadas ou falta delas na cauda, pois este fato impossibilita o vôo;

e) se o animal é “domesticado”, ou seja, não demonstra condições de obter alimento e proteção no ambiente natural;

f) se a área proposta para a soltura apresenta formação vegetal necessária a sua sobrevivência, se o seu tamanho é compatível com o tamanho necessário de área de vida da espécie, e preferencialmente se existem na área levantamentos prévios de flora e fauna. As áreas devem ser escolhidas de maneira a minimizar possíveis efeitos negativos sobre populações naturais. Por conseqüência, devem ser evitadas Unidades de Conservação e suas zonas de amortecimento, bem como ilhas de habitat ou ilhas verdadeiras;

g) as solturas de animais apreendidos devem sempre estar vinculadas a programas específicos de manejo para as diferentes espécies. Em alguns casos também há necessidade de se contar com orientação técnica e especializada sobre a viabilidade da soltura (conselho ou comitê técnico de fauna, por exemplo);

h) animais ameaçados de extinção devem ser tratados de maneira especial, caso a caso, seguindo recomendações de comitês nacionais ou internacionais existentes (apêndices da CITES, por exemplo);

i) todo e qualquer animal considerado apto para soltura deverá ser seguramente identificado e individualmente marcado, no mínimo, com anilhas, brincos ou tatuagens, para permitir monitoramento posterior, mesmo que fortuito ou esporádico;

j) em casos de soltura em propriedades particulares, deve-se ter o consentimento do proprietário, bem como seu comprometimento quanto à segurança da área em relação a coibir a caça, desmates, etc.

Se as alternativas citadas acima não forem contempladas de forma positiva não se deve proceder à soltura. Os animais devem ser encaminhados a uma das opções de cativeiro. Antes da soltura dos animais na natureza deve ser preenchida uma ficha contendo informações sobre o local de soltura, data, espécies soltas, quantidade de indivíduos, tipo de marcação realizada, informações sobre o estado clínico e sanitário dos animais (prestadas por um médico veterinário), e outros dados que venham detalhar os procedimentos adotados (Figura 3.4). Esta ficha deverá ser anexada ao processo e uma cópia enviada ao IAP/ Departamento de Biodiversidade para montagem de um banco de dados. Estatísticas precisas de apreensões e solturas, aliadas a informações obtidas pelo monitoramento, irão possibilitar um planejamento mais efetivo no futuro manejo das mesmas. Ainda é importante ressaltar que a soltura imediata de um animal apreendido somente é recomendada para aqueles exemplares recém-capturados da natureza, ou seja, em autuação onde é dado o flagrante de apanha ou captura dos animais. Mesmo assim, deve ser observada e avaliada a condição física geral dos mesmos, pois o ato de captura dos animais muitas vezes pode resultar em acidentes que inviabilizem a sobrevivência dos animais.

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Figura 3.2: Perguntas e respostas referentes às Opções de Cativeiro (IUCN, 2000)

P1: O retorno à natureza trará uma contribuição à sobrevivência da espécie? Há

algum programa de manejo que possua recursos suficientes que possibilitem a

reintrodução dos animais?

SIM

Investigar opções para retorno à natureza

NÃO

P2: Os animais foram submetidos à quarentena

e exames veterinários? Quarentena e exames NÃO

SIM

P3: Achou-se que os animais possam estar contaminados por doenças, ou pode-se tratá-

los de qualquer infecção descoberta? Há alguma instituição interessada em pesquisar os animais? NÃO

SIM

Acordo e transferência

NÃO SIM

P4: Há qualquer base para que a transferência estimule futuros comércios ilegais ou

irregulares? SIM NÃO P5a: Há espaço disponível em alguma instituição onde os benefícios ultrapassam os riscos? P5b: Há espaço disponível em alguma instituição que ofereça benefícios em particular

para os animais em questão ou para a

espécie?

SIM NÃO

Acordo e transferência P6: Há instituições interessadas em utilizar estes animais para pesquisa?

Eutanásia NÃO SIM Acordo e transferência SIM NÃO

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Figura 3.3: Perguntas e respostas referentes ao Retorno à Natureza (IUCN, 2000)

Há alguma instituição interessada em pesquisar os animais?

Eutanásia P1: O retorno à natureza trará uma contribuição

significativa à conservação da espécie? Há algum programa de manejo que possua recursos suficientes que possibilitem o retorno do animal de forma segura e a ser monitorada?

Seguir opção de cativeiro NÃO

SIM

P2: Os animais foram submetidos a exames e quarentena?

Quarentena e exames NÃO

SIM

P3: Os animais estão livres de doenças ou podem

ser tratados das doenças se as tiverem? NÃO

Acordo e transferência SIM SIM

P4: A procedência, ou local de origem do animal podem ser confirmados?

SIM

P5: Os animais apresentam algum comportamento anormal que os torna indesejáveis?

Seguir opções de cativeiro

SIM

P6: Os indivíduos podem ser reintroduzidos ou soltos rapidamente e os benefícios para a conservação superam quaisquer riscos para tal ação?

NÃO

Definição do local de soltura / Soltura

SIM

P7: Para a espécie em questão, existe algum programa de reprodução ou reintrodução na natureza?

NÃO

SIM

Acordo e transferência para algum programa existente

P8: Há necessidade e é possível se estabelecer um programa de reintrodução para a espécie?

Acordo e transferência para algum estabelecimento ou programa existente

Seguir opção de cativeiro SIM

NÃO

NÃO

NÃO

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Figura 3.4: Modelo de ficha de cadastro referente à soltura de animais silvestres apreendidos

TERMO DE SOLTURA DE ANIMAIS APREENDIDOS

N.º do processo:... Data: ...

Equipe/ ESREG: ...

Local da apreensão: ... Coordenadas geográficas ... Local da soltura: ... Coordenadas geográficas... Instituição responsável pelo atendimento clínico-veterinário: ... Médico veterinário responsável: ... CRMV n.º: ...

Relação das espécies:

Nome vulgar Nome científico Quantidade Sexo Idade Tipo de marcação

Condições gerais do(s) animal(is): ... ...

Foi realizada consulta câmara técnica estadual de fauna? ( ) Sim ( ) Não Parecer:

... de ... de ...

... Responsável pela soltura

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QUANDO DA DESTINAÇÃO AO CATIVEIRO

ENCAMINHAMENTO DOS ANIMAIS APRENDIDOS A ZOOLÓGICOS, CETAS, CRIADOUROS OU

INSTITUIÇÕES DE PESQUISA

Todo animal encaminhado a zoológicos, CETAS, criadouros ou instituições de pesquisa deverá ser acompanhado de um recibo, juntamente com o termo de compromisso de depósito (Figuras 3.5 e 3.6), sendo de responsabilidade do técnico ambiental a sua emissão. Este recibo deverá ser preenchido em três vias, sendo uma anexada no processo, outra entregue ao local que estará recepcionando os animais, e a terceira via enviada ao IAP/ Departamento de Biodiversidade para cadastramento das informações em banco de dados específico.

Estas instituições ficam encarregadas da manutenção e assistência médico- veterinária aos animais, devendo ser comunicado ao IAP qualquer tipo de problema que venha a ocorrer com os mesmos. O IAP fica responsável pelas vistorias nesses locais, podendo solicitar relatórios técnicos sobre o estado dos indivíduos depositados sempre que achar necessário. Recomendam-se vistorias bimestrais, a fim de obter um melhor controle e monitoramento dos trabalhos realizados com os animais.

De acordo com a legislação vigente a autoridade responsável por questões relacionadas à fauna é o IBAMA. Desta forma, cabe aos demais órgãos ambientais estaduais ou municipais repassar informações sobre apreensões e depósitos de fauna realizados. Isto pode ser feito em forma de relatório mensal ou envio de uma cópia do processo a este órgão. Sendo assim, o destino final dos animais, seja o depósito definitivo em zoológicos, criadouros e outras entidades assemelhadas, ou a transferência dos animais de uma instituição para outra deve ser realizada conjuntamente e/ou com anuência do IBAMA.

A destinação de animais apreendidos para criadouros cadastrados, zoológicos ou centros de triagem deve ser feita, sempre que possível, com consulta prévia a estas instituições, de forma a prepará-las para o recebimento dos animais. O ideal é que o IAP, através do Departamento de Biodiversidade, selecione as instituições que poderão atuar como receptoras de fauna e estabeleça um termo de cooperação com as mesmas. Para tanto, estas instituições deverão passar por um processo de vistoria técnica, a fim de averiguar se o criadouro está com a documentação devidamente cadastrada e atualizada junto ao IBAMA, se as condições dos recintos são adequadas às espécies, e quais as espécies que poderão ser destinadas a este local. De forma a facilitar este processo, sugere-se que no termo de cooperação entre o IBAMA e o IAP, conste uma cláusula onde haja o comprometimento do IBAMA em repassar, sempre que necessário, listas atualizadas dos criadouros cadastrados. Como contrapartida o IAP poderá auxiliar o IBAMA nas vistorias e fiscalização destas instituições.

No Estado do Paraná os criadouros e zoológicos cadastrados que podem atuar como receptores de fauna apreendida estão listados na Tabela 4.1, 4.2 e 4.3 de acordo com o IBAMA local.

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Tabela 3.1: Zoológicos, registrados junto ao IBAMA e em atividade no Estado do Paraná.

Instituição Endereço

Zoológico Municipal de Curitiba Rua Presidente Faria s/n- Centro- Curitiba/PR- CEP: 80030- 000

Zoológico Foz Tropicana – Parque das Aves

Av. das Cataratas S/N KM10,5 – Foz do Iguaçu/PR- CEP: 85861-000

Zoológico Municipal. De Foz do Iguaçu/ Bosque Guarani

Rua Tarobá, 875- Jardim Festugato- CEP: 85.851-220 – Foz do Iguaçu/PR

End. Prefeitura: Rua Jorge Sanways, 611- 85.851-970 – Foz do Iguaçu/PR

Fonte: www.ibama.gov.br 23 de janeiro de 2003

Tabela 3.2: Criadouros Conservacionistas, registrados junto ao IBAMA e em atividade no Estado do Paraná. Criadouro/ proprietário Endereço para correspondência Telefone Espécie (s) Marcos Wasilewski/ Criadouro Guaratuba

Av. 7 de Setembro, 940- Jardim Jicara- CEP: 83.280-000 – Guaratuba/PR (041) 472- 1000 Papagaios, araras e Tucanos

Lucien Ribas Rua Herculano de Freitas, 797- Ponta Grossa/PR- CEP: 84070- 200 (042) 2273797/ 2240047 Passeriformes, araras, papagaios Nelson Balzan

Câmara Municipal de Coronel Vivida – Centro- CEP: 85.550- 000 – Coronel Vivida/PR

(046) 232- 1696

Cervídeos e Roedores

Darci Dércio Haack

Rodovia das Cataratas, km 11- Vila Carimã- CEP: 85.863-000

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