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10 a 12 cm

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REDE DE CONTENÇÃO:

Necessária para contenção e manipulação de animais em bretes e interior dos recintos. Um grande número de espécies incluindo répteis e mamíferos podem ser contidos utilizando-se destas redes.

Devem ser confeccionadas em corda de seda de nylon (6 mm diâmetro) flexível e resistente com malha de 5 a 8 cm.

Tamanhos Sugeridos:

♦ medindo 5x2 m com malha de 8 cm. ♦ medindo 4x1,5 m com malha de 5 cm.

TRANSPORTE DE ANIMAIS SILVESTRES

O transporte de animais silvestres pode ser necessário em situações como translocação de populações, introdução de exemplares, translocação de animais problema e retirada de animais da natureza para o cativeiro. O sistema de transporte deve ser adequado à espécie que será deslocada, e sempre que possível planejado com antecedência. Deve-se sempre considerar as características de resposta ao estresse da espécie e quando possível do indivíduo em questão.

Deve-se planejar se o animal vai ser contido por meio físicos ou químicos, ou se vai ser induzido a entrar no transporte por meio de corredores de lona ou outro sistema. A caixa de transporte deve impossibilitar que o indivíduo observe o meio externo, conferindo condições de penumbra. Nessas condições, as respostas do animal aos agentes estressantes, como sons e odores vindos do meio externo, ficam atenuadas. Animais muito estressados podem ser tranqüilizados ou sedados.

Durante os procedimentos de transporte e manipulação de animais silvestres, deve-se: ♦ evitar ao máximo ruídos ou movimentação excessiva ao redor dos locais de

transporte. Outro fator importante, que deve ser ponderado, refere-se às condições ambientais durante o período de transporte;

♦ evitar o transporte de animais nos dias de temperatura muito elevada ou extremamente baixa;

♦ evitar ainda a permanência prolongada desses animais em locais ensolarados. O transporte por terra deve ser feito preferencialmente durante a noite, pois nesse período as estradas apresentam, em geral, menor tráfego e conseqüentemente menos ruídos.

As condições da caixa de transporte devem ser verificadas com antecedência. Esta deve oferecer resistência ao peso e possíveis investidas do animal. Em geral, os animais devem ser transportados individualmente, evitando conflitos agonísticos, comuns em decorrência da situação estressante gerada pelo transporte. Algumas espécies, com forte vínculo social, podem ser transportadas por curtas distâncias em caixas com mais de um indivíduo. Contudo, a possibilidade da ocorrência de traumas fica aumentada. Animais de pequeno porte podem ser transportados, por curtos períodos de tempo, em sacos de pano. Estes devem ser preferencialmente

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confeccionados com tecido preto, impossibilitando que o animal transportado observe o meio externo. Quando pequenos animais são transportados em gaiolas estas devem também ser recobertas por algum tecido opaco.

As caixas de transporte são elaboradas para transportar grande variedade de espécies como: porcos do mato, pequenos felinos, canídeos, cervídeos, gambás, cutias, pacas, capivaras, macacos, etc.

Exemplos de caixas de Transporte (Figura 4.7):

♦ Grande: comprimento = 1,7 m; altura = 1,2 m; largura = 70 cm. ♦ Média: comprimento = 1,2 m; altura = 70 cm; largura = 50 cm. ♦ Pequena: comprimento = 60 cm; altura = 45 cm; largura = 40 cm.

Figura 4.7: Modelo e medidas sugeridas para a confecção de caixa de transporte.

Durante os procedimentos de transporte e manipulação de animais silvestres, deve-se:

♦ Evitar, ao máximo ruídos ou movimentação excessiva ao redor dos locais de transporte. Outro fator importante, o qual deve ser ponderado, refere-se às condições ambientais durante o período de transporte;

♦ Evitar o transporte de animais nos dias de temperatura muito elevada ou extremamente baixa;

♦ Evitar ainda a permanência prolongada desses animais em locais ensolarados. O transporte por terra deve ser feito preferencialmente durante a noite, pois nesse período as estradas apresentam, em geral, menor tráfego e conseqüentemente menos ruídos. comprimento largura altura Portas em guilhotina

alça para transporte furos para ventilação

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As condições da caixa de transporte devem ser verificadas com antecedência. Esta deve oferecer resistência ao peso e possíveis investidas do animal. Em geral, os animais devem ser transportados individualmente, evitando conflitos (lutas), comuns em decorrência da situação estressante gerada pelo transporte. Algumas espécies, com forte vínculo social, podem ser transportadas por curtas distâncias em caixas com mais de um indivíduo. Contudo, a possibilidade da ocorrência de traumas fica aumentada. Animais de pequeno porte podem ser transportados, por curtos períodos de tempo, em sacos de pano. Estes devem ser preferencialmente confeccionados com tecido preto, impossibilitando que o animal transportado observe o meio externo. Quando pequenos animais são transportados em gaiolas estas devem ser recobertas por algum tecido opaco.

INSTALAÇÕES E ACONDICIONAMENTO

♦ Os animais devem ser mantidos sempre em locais adequados, atendendo às exigências mínimas de espaço, alimentação, limpeza do recinto,

sanidade dos exemplares;

♦ As instalações devem permitir a movimentação do animal, espaço para vôo (no caso de aves), possuir bebedouros com água limpa e/ou corrente, ter galhos e/ou troncos quando necessário;

♦ Deve-se evitar juntar animais de espécies diferentes em um mesmo recinto; ♦ Observar sempre se não existem sinais de conflito entre os animais

alojados no mesmo recinto;

♦ Verificar se o local apresenta isolamento adequado à espécie alojada; ♦ O recinto deve propiciar área abrigada da chuva e do sol, e quando possuir

casais, abrigo para ninho;

♦ Deve-se evitar a superlotação do recinto, pois o excesso de indivíduos degrada o recinto e pode causar desvios de comportamento, canibalismo, privação de alimento e outros conflitos;

♦ Deve-se verificar se existem equipamentos de segurança para os

tratadores, ou equipamentos de contenção e manejo em boas condições e adequados às espécies.

CONDIÇÃO SANITÁRIA E AMBIENTAL

Ao avaliar o ambiente onde estão mantidos os animais deve-se: ♦ Verificar a condição geral de limpeza dos recintos;

♦ Observar a presença de restos de alimentos; ♦ Observar a qualidade da água;

♦ Verificar a higiene do piso, se esse apresenta áreas alagadas ou sujas; ♦ Verificar a higiene dos comedouros e bebedouros;

Avaliar se os animais recebem algum cuidado especial, como desverminação ou atendimento veterinário especializado.

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ESTADO APARENTE DE SAÚDE DOS ANIMAIS

Ao observar os animais deve-se:

♦ Verificar a condição corporal geral dos animais;

♦ Observar a presença de animais feridos, apáticos ou pouco ativos; ♦ Observar a presença de animais agitados, movimentando-se de forma

repetitiva, evidenciando estresse;

Avaliar a condição de brilho da plumagem, pelagem ou escamas;

Verificar se a qualidade das fezes, observando se apresentam consistência normal ou anormal, como líquida, pastosa, com estrias de sangue ou

escurecidas;

♦ Verificar se há presença de restos de fezes na região perineal, evidenciando anormalidades digestivas;

♦ Verificar a presença de animais com defeitos ou má formações físicas.

QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO

Ao avaliar a qualidade da dieta dos animais deve-se:

♦ Observar se há no local estoque de alimentos como frutas, verduras, ração, pão, ovos, carne, etc.;

Verificar a qualidade do alimento estocado;

♦ Solicitar informações sobre a quantidade, variedade e freqüência de alimento oferecido (animais de pequeno porte devem receber duas (2) refeições diárias);

♦ Verificar se a água está limpa e oferecida em recipientes adequados e higienizados.

Além de orientar os fiscais durante suas atividades, essas informações podem ser utilizadas para a orientar os “fiéis depositários” quanto às medidas necessárias para a manutenção e cuidados com animais mantidos em cativeiro.

CONVÍVIO ENTRE ESPÉCIES MANTIDAS EM CATIVEIRO

Em diversas situações serão observados animais de diferentes espécies alojados em um mesmo recinto. São complexas as interações interespecíficas possíveis entre aves répteis, anfíbios e mamíferos. Na maioria dos casos deve-se observar principalmente se os animais aparentam tranqüilidade quando diferentes espécies se aproximam. Eventos como brigas e perseguições constantes representam o melhor parâmetro para avaliar se as espécies presentes em determinado recinto, ou viveiro, são incompatíveis. Outro ponto fundamental sob esse aspecto é avaliar a quantidade de animais considerando o espaço disponível. A superpopulação é um dos fatores mais estressantes para animais em cativeiro, gerando muitas vezes conflitos até mesmo entre animais da mesma espécie.

Algumas associações são contra indicadas por fatores sociais ou sanitários, abaixo seguem alguns exemplos de situações inadequadas freqüentemente

60 observadas.

ASSOCIAÇÕES NÃO RECOMENDADAS:

♦ Manutenção de Primatas com outras espécies de mamíferos, aves, répteis ou anfíbios no mesmo recinto.

Manutenção de diferentes espécies de Primatas em um mesmo recinto.

♦ Manutenção de Sagüis em recintos ao lado ou próximos com Micos de Cheiro. ♦ Manutenção de Catetos e Queixadas no mesmo recinto.

♦ Manutenção de diferentes espécies de Cervídeos (veados) em um mesmo recinto. ♦ Manutenção de animais Predadores, como mamíferos carnívoros e aves

rapinantes, em contato visual ou muito próximo ao recinto de animais que servem como suas Presas.

♦ Manutenção de Cutias, Pacas e outros Roedores no solo de recintos com Aves, principalmente, jacus, macucos, perdizes e ouras aves terrestres ou passeriformes. ♦ Manutenção de diferentes espécies de Psitacídeos em um mesmo recinto.

♦ Manutenção de diferentes espécies de Tucanos em um mesmo recinto. ♦ Manutenção de diferentes espécies de Gralhas em um mesmo recinto. ♦ Manutenção de Tucanos com outras espécies de aves.

♦ Manutenção de Psitacídeos com outras espécies de aves. ♦ Manutenção de Gralhas com outras espécies de aves.

Manutenção de Lagartos Teiú no mesmo recinto que aves voadoras ou terrestres. ♦ Manutenção de Jacarés e Quelônios (Cágados e Jabutis) no mesmo recinto ou lago. ♦ Manutenção de Serpentes Peçonhentas com espécies não peçonhentas.

♦ Manutenção de diversas espécies de Passeriformes quando há falta de espaço no viveiro.

ASPECTOS DE NUTRIÇÃO DOS ANIMAIS

Existe uma combinação básica de tipos de alimentos que podem ser oferecidos aos animais em situações emergenciais. Em situações onde o próprio agente fiscal tenha que realizar os primeiros cuidados como os animais apreendidos a alimentação oferecida pode ser baseada nas orientações que seguem a baixo sobre os tipos de hábitos alimentares das espécies. Ressalta-se que estas combinações, no entanto, são indicadas para um curto período de tempo (aproximadamente uma semana).

Onívoros (animais que consomem uma grande variedade de itens alimentares): legumes + frutas + proteína de origem animal (ração de gato ou de cachorro moída ou ovo cozido);

♦ Carnívoros (animais que consomem carne): frango inteiro, coelho, peixe, rato de laboratório ou carne moída cozida acrescida de cálcio;

♦ Herbívoros (animais que consomem vegetais): folhas verdes escuras + proteína animal (ração de gato ou de cachorro moída ou ovo cozido) + sal mineral; ♦ Insetívoros (animais que consomem insetos): proteína animal (ração de gato ou

61 cachorro moída ou ovo cozido) + insetos;

♦ Granívoros ou frugívoros (animais que consomem sementes e frutas): frutas, sementes, proteína animal (ração de gato ou de cachorro moída ou ovo cozido).

As Tabelas 4.1, 4.2 e 4.3 trazem com mais detalhes alguns dos itens alimentares indicados para os diferentes grupos animais:

Tabela 4.1: Dieta alimentar indicada para répteis.

FAMÍLIA PRINCIPAIS

ESPÉCIES

DIETA

CHELONIIDAE Tartarugas, jaboti frutas, raízes, folhas (alface), verduras, pequenos animais (minhocas).

CHELIDAE Cágado onívora (peixes, folhas, proteína

animal)

Tabela 4.2: Dieta alimentar indicada para aves.

FAMÍLIA PRINCIPAIS

ESPÉCIES

DIETA

RHEIDAE Ema folhas, frutas, sementes, insetos,

pequenos animais. Ingerem

“pedrinhas” para auxiliar a trituração do alimento.

TINAMIDAE Macuco, nambus,

jaó, perdiz, codornas

rações balanceadas (do tipo utilizado para galinhas), arroz, milho, verduras, folhas, sementes, raízes e tubérculos. ANATIDAE Marrecas e patos ração (de postura) acrescida com

farinha de carne ou peixe,

complemento verde diário, folhas, pequenas sementes.

CRACIDAE Aracuã, jacu,

jacupemba, jacutinga, mutum

ração balanceada para galinhas, milho, quirera, vegetais, frutas (banana, laranja), folhas (couve, chicória), grãos em geral.

PHASIANIDAE Urus ração balanceada (do tipo utilizado

para galinhas), alpiste, quirera, milho, arroz, cupins.

ARAMIDAE Carão alimento básico são os aruás,

gastrópodes aquáticos.

RALLIDAE Saracuras, frangos-

d’água, monjolinhos

são onívoros, gostam tanto de capim e brotos de milho quanto de

pequenos animais. Aceitam pão, milho picado ou em grãos, verduras.

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roedores, calangos e ocasionalmente ofídios.

COLUMBIDAE Pombas e rolinhas granívoros e frugívoros (feijão, milho, etc.), pão, farinha, ração de postura, frutas, quirera.

PSITTACIDAE Araras, papagaios, periquitos, baitaca, tiriva, tuim

sementes, polpas de frutas, verduras, mesclas de sementes.

TYTONIDAE Corujas insetos (gafanhotos, besouros,

baratas).

TROGONIDAE Surucuás pequenos insetos (cigarras, besouros, formigas, aranhas), frutas (coquinhos, frutos de embaúba)

RAMPHASTIDAE Araçaris, tucanos basicamente frugívoros. Comem frutas diversas: banana picada, abacate em pedaços, laranja; pão e leite, verduras, ração, camundongos.

PICIDAE Pica-pau larvas de insetos, frutas (mamão e

laranja), sementes, ração para aves umedecida, pão molhado.

FURNARIIDAE João-de-barro, joão- tenénem, joão-porca, vira-folhas

insetos e suas larvas, aranhas, opiliões, moluscos

FORMICARIIDAE Matracão, brujara, choca-da-mata, tovaca, trovoada, chupa-dente, choca

insetos, pequenos roedores, pequenas cobras

RHINOCRYPTIDAE Macuquinhos, tapaculos

pequenos insetos, aranhas, moluscos TYRANNIDAE Piolhinho, risadinha,

papa-piri, patinho, felipe, freirinha, bem- te-vi

insetos (abelhas, formigas), frutas, ovos, ração para aves

PIPRIDAE Flautim, dançador,

tangara, fruxu

bagas, frutas, pequenos insetos e aranhas, verduras

COTINGIDAE Picanço, corocochó, araponga, pavó

frugívoros (coquinhos de palmito, açaí), bagas (pitangas, etc.) OXYRUNCIDAE Bico-agudo ou

bombinha

MOTACILLIDAE Caminheiro pequenos insetos (besouros, formigas), sementes

TROGLODYTIDAE Japacamim, corruíras

onívoras. Comem insetos e suas larvas, frutas e sementes.

MIMIDAE Sabiá-da-praia,

sabiá-do-campo

Onívoros. Comem insetos, frutas e sementes

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carne moída, ração para sabiás.

SYLVIIDAE Balança-rabo Insetívoros

EMBERIZIDAE Tico-tico, coleirinhos, canário-da-terra, sanhaço, trinca-ferro, azulão, saíra, curió

sementes, ração para aves, verduras, frutas, quirera, aveia, folhas (couve, escarola, almeirão, arroz em casca, ovos cozido moído

PARULIDAE Mariquita, pula-pula, sebinho

Insetívoros. Comem pequenos insetos

VIREONIDAE Juruviara, pitiguari, gente-de-fora-vem

insetos e suas larvas, frutas

ICTERIDAE Guaxe, pássaro-

preto, chopim, melro, graúna

ração para pintos, alpiste, arroz, frutas, brotos, insetos

FRINGILLIDAE Pintassilgo frutos, ração para aves, folhas

CORVIDAE Gralhas Onívoros. Comem pequenos insetos,

sementes e bagas,

Tabela 4.3: Dieta alimentar indicada para mamíferos.

FAMÍLIA PRINCIPAIS

ESPÉCIES

DIETA MYRMECOPHAGIDA

E

Tamanduás insetos (cupins, formigas, térmitas e abelhas)

DASYPODIDAE Tatus raízes e tubérculos (mandioca,

batata, batata-doce, cenoura). Aceitam frutas e vegetais verdes. CALLITRICHIDAE Mico-leão-de-cara-

preta, saguis

2 vezes ao dia papa de ração com banana, frutas (banana, mamão, laranja). Deve ser adicionados ovos e carnes.

CEBIDAE Bugio e macaco-

prego (mico)

frutas (banana, laranja, abacaxi, mamão), verduras, milho cozido, ovo cozido, pão, carne moída. PROCYONIDAE Coati, mão-pelada vegetais e animais variados, bolo

de carne moída com sais minerais

FELIDAE Gatos-do-mato, puma

(sussuarana), jaguatirica, onça- pintada

aves e ratos, mamíferos de médio e grande porte.

TAPIRIDAE Anta capim, ração (eqüinos), milho,

verduras, frutas e raízes, legumes, sais minerais e vitaminas.

TAYASSUIDAE Porcos-do-mato

(cateto e queixada)

Cateto: ração de porco, frutas, raízes e tubérculos.

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animais.

CERVIDAE Veados capim a vontade, ração para

bezerro, verduras, alfafa, frutas (banana, mamão), cenoura, trigo, raízes e sais minerais.

CAVIIDAE Preás vegetais diversos: batata-doce,

abóbora, milho, cenoura, almeirão, ração comercial para coelhos.

HYDROCHAERIDAE Capivara capim, ração para roedor,

legumes, frutas e verduras

DASYPROCTIDAE Pacas e cutias vegetais diversos, frutas da época, sementes, capim e ração para roedores.

CAPROMYIDAE Ratão-do-banhado gramíneas, alfafa, beterraba, batata, cenoura, tubérculos, grãos LEPORIDAE Lebres e tapitis talos, brotos e cascas de diversos

vegetais.

Obs.: Estas informações podem ser utilizadas para a orientar os “fiéis depositários” quanto às medidas necessárias para a manutenção e cuidados com animais mantidos em cativeiro.

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE DESTINAÇÃO E REABILITAÇÃO DE FAUNA

SOLTURA

♦ A soltura de animais apreendidos não deve ser realizada;

♦ Os únicos casos de soltura recomendados são aqueles em que é dado o flagrante de captura, ou seja, quando os animais estiverem dentro de gaiolas, arapucas ou outras armdilhas. Mesmo assim deve-se ter certeza da procedência dos animais. Da mesma forma o estado clínico aparente deve ser verificado;

♦ Unidades de Conservação, Federais, Estaduais ou Municipais, não devem ser utilizadas como áreas de soltura, exceto aquelas que tenham como objetivo de criação o recebimento ou recuperação de fauna local, com estudos prévios de flora e fauna e que o monitoramento pós-soltura possa ser realizado.

DESTINAÇÃO AO CATIVEIRO

♦ Os animais devem ser destinados, preferencialmente, à instituições que assegurem os fatores de conservação, tais como zoos, CETAS e CEMAS; ♦ Em casos de destinação a criadouros, destinar os animais àqueles que possuam

programas de pesquisa e conservação ou de reprodução em cativeiro, como os conservacionistas e científicos;

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♦ O depósito dos animais somente poderá ser realizado em instituições devidamente cadastradas junto ao IBAMA;

♦ A figura do fiel depositário ou guarda doméstica somente deve ser considerada em casosespeciais, onde a retirada dos animais pode ser traumatizante tanto para os animais como para as pessoas que possuam algum tipo de carência relevante, como doenças mentais, psicológicas e/ou crônicas. Este depósito é temporário; ♦ Deve ser sempre considerado se o depósito não vai estimular atividades de

comércio ou tráfico de animais ou a demanda por estes animais.

♦ Todos os animais mantidos em depósito, tanto em zoológicos e criadouros como na guarda temporária, deverão ser marcados de acordo com a metodologia mais apropriada à espécie. A marcação deverá ocorrer o mais rapidamente possível, sendo tal ato de responsabilidade conjunta do IAP e do depositário.

♦ Todo animal depositado em zoológicos, CETAS, CEMAS, criadouros ou instituições de pesquisa, e na guarda doméstica deverá ser acompanhado de um recibo de depósito e recebimento associado ao termo de compromisso de depósito, sendo de responsabilidade do técnico ambiental a sua emissão;

♦ Todos os depósitos de fauna silvestre apreendida deverão ser comunicados, em forma de relatório, ao Departamento de Biodiversidade do IAP, e este deverá comunicar o IBAMA local;

O IAP deverá realizar vistorias e monitoramento dos depositários, sejam eles zoológicos, CETAS, criadouro e guarda doméstica, para verificar o tratamento dado aos animais, bem como para comprovar os dados constantes no termo de depósito, podendo solicitar relatórios técnicos sobre o estado dos indivíduos depositados sempre que achar necessário;

♦ O depositário deverá apresentar, obrigatoriamente, ao IAP relatório anual referente as condições e atividades realizadas com as espécies depositadas;

♦ O recebimento e assinatura do termo de fiel depositário pode ser recusados pelo depositário. Nos casos onde o depositário seria o próprio autuado e esse se recuse a permanecer como depositário, recomenda-se a apreensão de todos os animais mantidos em cativeiro e o encaminhamento dos mesmos a uma outra instituição que aceite o termo de fiel depositário.

APREENSÃO DE ANIMAIS ABATIDOS, COUROS, PELES, PEÇAS TAXIDERMIZADAS E ESQUELETOS

♦ Não se recomenda a doação de Animais mortos apreendidos a instituições de assistência social, exceto nos casos em que for realizada inspeção sanitária rigorosa;

Animais mortos, couros ou esqueletos apreendidos com procedência e que

estiverem em bom estado de conservação devem ser encaminhados a instituições de pesquisa ou a museus, servindo como peças biológicas para estudos científicos. ♦ Animais ou materiais sem procedência devem ser destinados ou utilizados para fins

de educação ambiental.

♦ Animais sem condições de destinação devem ser encaminhados ao aterro sanitário para destinação final.

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Finalmente, no que diz respeito aos destinos possíveis à fauna apreendida, esses também devem ser constantemente avaliados, sobretudo quanto à qualidade técnica na manutenção dos animais, bem como quanto à credibilidade do local. Ainda deve-se considerar que a lista de possíveis destinos deve ser constantemente atualizada, quanto à capacidade de recepção e espécies que podem ser recebidas. Adicionalmente, em muitas ocasiões será necessário destinar animais para instituições em outros estados.

REABILITAÇÃO

O processo de encaminhamento de animais, após a triagem deve ser regulamentado, obedecendo a uma série de critérios técnicos, que dizem respeito às espécies destinadas, características particulares do exemplar em questão e a existência de destinos possíveis. A determinação dos destinos finais deve seguir também critérios de avaliação técnica sobre a qualidade e capacidade de recebimento dos locais de recepção/ depósito.

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