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2002 Anos de Estudo Empregado

No documento Turismo e trabalho no Brasil (páginas 196-200)

O Trabalho no Segmento de Turismo no Brasil

2002 Anos de Estudo Empregado

com carteira Empregado sem carteira Conta Própria Empregador Func. Públicos Total Nenhum 698,45 353,47 688,39 977,93 - 622,54 De 1 a 7 anos 800,77 462,51 862,81 2.235,19 568,18 805,36 De 8 a 10 anos 831,86 581,24 1.056,53 - - 888,01 De 11 a 14 anos 1.020,03 746,44 1.264,68 3.247,81 - 1.162,67 15 anos ou mais 3.164,18 1.647,16 2.510,14 4.615,86 - 3.001,50 Total 975,88 590,09 1.114,00 3.087,27 1.377,46 1.044,92 Anos de Estudo 2007 Nenhum 679,28 440,16 692,66 463,70 437,43 622,00 De 1 a 7 anos 754,50 513,05 895,79 2.702,15 726,28 799,05 De 8 a 10 anos 772,36 543,71 1.031,97 2.865,80 1.602,88 864,06 De 11 a 14 anos 949,31 673,79 1.277,73 3.403,91 807,79 1.107,14 15 anos ou mais 2.410,47 2.457,38 1.952,11 5.188,47 3.135,19 2.643,28 Total 945,11 631,28 1.104,74 3.521,23 1.534,38 1.041,48 Fonte: IBGE/PNAD.

Notas: (1) Valores corrigidos pelo INPC (set./2007).

(2) Total inclui os ocupados sem declaração de escolaridade. (3) Excluídos os ocupados sem remuneração.

Novamente, a queda dos rendimentos médios entre os dois anos aparece de maneira destacada.Em termos globais, apenas os ocupados analfabetos têm sua remuneração média estável, ainda que em patamares muito diminutos, em especial, no caso dos ocupados sem carteira assinada. Em todas as demais faixas de escolaridade houve grandes reduções: aqueles com 1 a 7 anos de estudo vêem a média de R$ 805,36 cair para R$ 799,05; no caso dos ocupados com ensino fundamental completo, as remunerações médias também caem de

R$ 888,01 para R$ 864,06; com um distanciamento expressivo em relação às categorias anteriores, os rendimentos médios dos ocupados com ensino médio completo passam de R$ 1.162,67 para 1.107,14; e por último, com uma enorme diferença sobre os demais ocupados, as pessoas com nível superior completo têm sua média de rendimentos reduzida fortemente de R$ 3.001,50 para R$ 2.64,28.

Assim, quando analisadas as diferenças entre a posição na ocupação e entre os graus de escolaridade, parece ficar indicado que a desigualdade encontrada possui uma determinação mais forte pela posição na ocupação principalmente quando trata-se do pessoal ocupado nos primeiros três estratos, isto é, os ocupados analfabetos, com nível fundamental incompleto e médio incompleto. Neste caso, a posição na ocupação parece influenciar mais fortemente as diferenças de rendimentos médios encontradas. Por outro lado, as diferenciações de remunerações entre as posições na ocupação se fazem presentes nas categorias de escolaridade seguintes, mas há um forte salto em relação aos primeiros níveis de escolaridade, principalmente, no caso daqueles com nível superior completo, que se distanciam muito daqueles com escolaridade de 11 a 14 anos de estudo, sejam eles empregados, conta próprias ou empregadores.

4.5. Diferenças regionais entre os ocupados do Núcleo Duro do Turismo

A partir da caracterização desenvolvida até aqui, buscou-se identificar quais os traços regionais mais marcantes no que diz respeito às ocupações no Núcleo Duro do Turismo no País. As informações que se seguem, tratam, pois, das diferenciações existentes entre as macroregiões nacionais, das quais se ressaltam, especialmente, as desigualdades e diferenças na distribuição do número, dos rendimentos, na distribuição das posições ocupacionais e no grau de escolaridade dos ocupados.

Tabela 45 – Distribuição dos Ocupados no Núcleo Duro do Turismo, segundo Regiões. Brasil: 2002/2007. Regiões 2002 (%) 2005 (%) 2007 (%) 2002/07 Cresc. (%) Norte 123.719 5,5 153.889 6,5 179.325 6,9 31,0 Nordeste 530.417 23,5 582.251 24,6 632.948 24,2 16,2 Sudeste 1.162.044 51,4 1.183.079 50,0 1.268.366 48,6 8,4 Sul 304.623 13,5 296.780 12,5 356.329 13,6 14,5 Centro-Oeste 139.471 6,2 150.149 6,3 174.981 6,7 20,3 Total 2.260.274 100,0 2.366.148 100,0 2.611.949 100,0 13,5 Fonte: IBGE/PNAD.

Com relação à distribuição dos ocupados entre as macroregiões do Brasil, nota-se também uma concentração no Sudeste e Sul, que somam mais de 60% em todo o período. Houve, por outro lado, uma elevação da participação das regiões Norte e Centro-Oeste no total, com um crescimento constante e mais elevado do que nas demais regiões, com variações respectivas de 31% e 20,3%. A região Nordeste aparece na seqüência em termos de crescimento das ocupações entre 2002 e 2007 (16,2%) e ainda responde pelo segundo lugar no País em termos de absorção de mão-de-obra no Turismo (24,2% do total em 2007).

Com um aumento do número de ocupações acima da média nacional (14,5%), a região Sul aparece com uma participação estável neste quadro, concentrando 13,6% das ocupações em 2007 (contra 13,5% em 2002). Por fim, a Tabela 45 também revela a importância, ainda que decrescente, do Sudeste no total dos ocupados do NDT, pois a região representava 51,4% do montante geral, em 2002, e passa a 48,6% em 2007, tendo um crescimento relativo do número de ocupados de 8,4% no período, bem abaixo da média das regiões 13,5%.

A partir da Tabela 46, a seguir, visualizamos diferenciais expressivos na alocação de pessoal em cada região do País, com relação ao tipo de atividade do NDT. Embora a região Sudeste aglutine a maior parte do pessoal ocupado, especialmente, nos ramos de Transporte Aéreo e Transporte Terrestre, a evolução das ocupações por ramo de atividade apresentou tendências bastante distintas.

Tabela 46 – Distribuição dos Ocupados no Núcleo Duro do Turismo, segundo Regiões e Ramos de Atividade. Brasil: 2002/2007.

2002

Alojamento Transporte Terrestre Transporte Aéreo Agência de Viagens Veículos Aluguel Recreativas Atividades e Culturais Total Regiões (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) Norte 4,7 5,6 4,6 4,5 9,1 5,7 5,5 Nordeste 23,2 25,7 4,6 14,8 31,2 20,2 23,5 Sudeste 45,1 50,8 74,9 57,5 38,3 53,9 51,4 Sul 19,0 11,6 10,1 16,2 13,6 15,6 13,5 Centro-Oeste 8,0 6,2 5,7 7,0 7,8 4,6 6,2 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Regiões 2007 Norte 5,7 7,4 9,4 5,9 13,0 5,5 6,9 Nordeste 20,4 26,1 12,0 16,1 29,1 23,7 24,2 Sudeste 47,3 48,7 59,4 47,7 35,1 48,7 48,6 Sul 17,5 12,0 12,4 19,8 19,1 14,8 13,6 Centro-Oeste 9,1 5,8 6,8 10,5 3,6 7,4 6,7 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: IBGE/PNAD.

Enquanto na atividade de Alojamento, houve um movimento de crescimento relativo das ocupações na Região Sudeste (de 45,1% para 47,3%) e das participações das regiões Norte (de 4,7% para 5,7%) e Centro-Oeste (de 8% pra 9,1%), contrastado pela queda da participação do Nordeste (de 23,2% para 20,4%), em todas as demais é o Sudeste quem perde importância relativa e a região Nordeste quem amplia a sua participação.

Assim, no que diz respeito ao Transporte Terrestre, apesar da relativa estabilidade na distribuição dos ocupados entre os dois anos, ganham um pouco de espaço as regiões Norte (com uma elevação de 5,6% para 7,4%), Nordeste (de 25,7% para 26,1%) e Sul (de 11,6% para 12%). Já o ramo de Transporte Aéreo, que como vimos, reduziu em números absolutos o total de ocupados, ocorre uma grande desconcentração das ocupações, indicando que os impactos da crise foram especialmente fortes na Região Sudeste (que sai de 74,9% das ocupações para 59,4%).

No ramo de Agências de Viagens os destaques ficam para a ampliação mais acelerada das ocupações no Centro-Oeste (de 7% para 10,5%) e Norte (de 4,5% para 5,9%) e para a queda de dez pontos percentuais observada na região Sudeste (de 57,5% para 47,7%). Ademais, nota-se que apenas nesta atividade, a região Sul possui uma participação

no número de ocupados mais elevada do que a região Nordeste (com 19,8% do total contra 16,1% na última região).

O ramo de Aluguel de Veículos, por sua vez, que possui uma distribuição da população ocupada mais homogênea entre as regiões, apresentou uma grande que da participação da Região Centro-Oeste, que já não era elevada (retração de 7,8% para 3,6%) e um aumento expressivo das regiões Norte (de 9,1% para 13%) e Sul (de 13,6% para 19,1%). Por último, também se acompanharam pequenas mudanças na distribuição das ocupações nas Atividades Recreativas e Culturais, que ocorrem por uma participação mais expressiva da região Nordeste (que passa de 20,2% para 23,7%) e Centro-Oeste (de 4,6% para 7,4%).

Com o foco no grau de escolaridade dos ocupados por região (Tabela 47), é possível apontar, como primeiro, o predomínio do Sudeste na concentração de ocupados com maior escolaridade, mas também, em segundo lugar, um pequeno rearranjo das diferenças de escolarização entre as regiões, com uma clara melhora do perfil da Região Norte neste sentido.

Tabela 47 – Distribuição dos Ocupados no Núcleo Duro do Turismo, segundo Regiões e Grau de Instrução. Brasil: 2002/2007.

2002

Nenhum De 1 a 7 anos De 8 a 10 anos De 11 a 14 anos 15 anos ou mais Total Regiões (%) (%) (%) (%) (%) (%) Norte 9,3 5,4 6,7 4,7 3,1 5,5 Nordeste 46,1 27,4 19,4 21,0 13,5 23,5 Sudeste 31,8 47,4 52,9 54,9 66,8 51,4 Sul 7,8 13,4 14,1 13,7 11,9 13,5 Centro-Oeste 5,0 6,4 6,8 5,7 4,7 6,2 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Regiões 2007 Norte 8,4 6,8 8,2 6,3 5,0 8,4 Nordeste 45,3 28,0 22,0 23,1 12,6 45,3 Sudeste 29,8 44,1 50,2 50,9 58,7 29,8 Sul 9,2 12,8 13,6 13,8 17,8 9,2 Centro-Oeste 7,3 8,3 5,9 5,9 5,9 7,3 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: IBGE/PNAD.

No documento Turismo e trabalho no Brasil (páginas 196-200)