• Nenhum resultado encontrado

AOS APARELHOS UMBANDISTAS

Filhos de Orixá! Aparelhos que o forem de fato, desta Umbanda de Todos Nós!!!

Muito se tem escrito sobre a Lei de Umbanda. Uns, fizeram-na oriunda dos cultos africanos – de cujo Panteão, extraíram lendas que coloriram em “quadrinhos infantis”, semeando, no mercado da ingenuidade, frutos esquecidos da árvore do fetichismo...

Outros, criaram uma genealogia de Tribos e Pajés em ritmo de “candomblé” (a chamada macumba, pelo vulgo) e através dos tambores, atabaques e palmas, revivem, pela invocação dos espíritos afins, eras que os séculos deixaram nas noites do passado...

E ainda outros, – conservaram e ampliaram a dita Linha dos Santos e, entre preces do Kardecismo, Ave-Marias e credo em cruz, vão praticando o que dizem ser Umbanda verdadeira.

Tudo isto deve estar certo, porque tudo tem sua razão de ser, isto é, a concepção é inerente ao plano de cada um... no entanto, tentarei demonstrar, neste livro, que estas coisas estão dentro, porém não são ainda a Umbanda em SI – em sua plenitude.

Então, convido todos, principalmente a estes que estudam e pesquisam, “pensam raciocinando” e sabem discernir, a acompanhar o autor nesse ligeiro retrospecto às fontes religiosas primitivas.

Comecemos pela China, onde vamos encontrar o YI-KING, livro sagrado do mais antigo sábio que a história chinesa constata; FO-HI18, há 5.500 anos, o qual já se referia a outros sábios, dos quais aprendera as verdades que desejava legar às gerações. Ensina as relações do homem com a criação através de sinais e figuras em forma de Círculos e linhas, horizontais e verticais, deixando o lado esotérico cuidadosamente velado. Porém, em seus Trigramas, definia o vértice de toda ciência iniciática referente ao Cosmos, isto é, a Magia e suas forças que para o vulgo se traduziam numa espécie de Tarô, como arte adivinhatória.

Olhemos rapidamente o Egito, nas páginas de seus livros sagrados e verificamos logo que antiquíssima tradição conservava, por sinais secretos e imagens (desenhos simbólicos), as mesmas verdades eternas somente alcançadas e compreendidas por Iniciados de uma ORDEM.

Assim, vemos que adoravam forças e tinham especial respeito ao Sol (RÁ) que, para eles, refletia um Deus único, em sua forma trinitária.

Conheciam e praticavam a Magia, faziam invocações às Divindades ou Espíritos Superiores e os fenômenos espíritas eram conhecidos desde as manifestações e comunicações, dentro de certos ritos com cânticos vibrados, dirigidos a determinada Entidade, quando desejavam que sua força se fixasse numa imagem, objeto, etc.

“Reportemo-nos à Índia, no que consta como mais antigo, os livros sagrados dos Vedas. Compilados por VYASA há 3.400 anos19 e que, segundo Paul Gibier (“Do Faquirismo Ocidental”), têm uma antiguidade impossível de precisar, pois, diz ele, Shouryo-Shiddanto, astrônomo hindu em suas observações sobre o percurso e posição das estrelas que se reportam há 58.000 anos20 já citava os Vedas como obras veneradas desde um passado longínquo.

19. Ref. Ext. da Obra – “Afinal, Quem Somos?” – Pedro Granja; tirada de (Do Faquirismo Ocidental) – Paul Gibier.

20.Idem.

“Podemos penetrar mais ainda, há uns 8.600 anos, quando vamos encontrar a fundação do ciclo de RAMA, segundo as provas que nos dão Fabre d‟Olivet, Edouard Schuré e o insigne Saint-Yves d‟Alveydre21.

21.Ver as obras: “Histoire Philosophique du Genre Humain” de Fabre d‟Olivet; “Os Grandes Iniciados”, de Ed. Schuré; e “L‟ Archeomètre”, “Teogonia des Patriarches”.“Mission des Juifs” e “Mission de l'Inde en Europe”, de Saint-Yves d‟Alveydre.

Já então Rama (o Primeiro Patriarca da Ordem desse nome) tinha também deixado um livro em LÍNGUA HERMÉTICA (esta mesma que contém o alfabeto Ariano ou Adâmico) com caracteres secretos, com SINAIS e TRIÂNGULOS, representados em uma Esfera ou Círculo, onde os PRINCÍPIOS E AS VERDADES ORIGINAIS estavam definidas...

E fiquemos por aqui, pois já é suficiente para o leitor guiar-se.

Que traduziam para o homem estas revelações, conhecimentos, práticas, símbolos, ritos, formas, cânticos, SINAIS SECRETOS, invocações místicas, fenômenos ditos espíritas, DESDE OS DIAS DA ETERNIDADE? VERDADES que o homem não criou, apenas constatou de sua Existência e estas Verdades vieram ao seu raciocínio, desde o momento em que começou a sondar o

DESCONHECIDO pelas forças que sentia viventes em si e na própria

Natureza.

Qual então o impulso primitivo que o fez pesquisar, descobrir e conceber essas ditas verdades? Cremos que, em primeiro lugar, o Temor oriundo da própria ignorância, que por sua vez ativou-lhe o espírito no qual já vinha imantado o Sentimento Religioso, ou seja, a necessidade da relação do seu próprio EGO com o sobrenatural. E foi então que se provocou, em sua consciência, a Revelação Divina, pela Religião, berço de todas as ciências, pois que é a própria MAGIA DE DEUS.

Assim chegamos a uma conclusão: tudo já existia antes mesmo que o Espírito animasse a forma humana; esse Todo Existente não é ACASO, obedece a uma LEI que coordena o movimento evolutivo, dentro da Unidade que é a manifestação básica desse mesmo Deus.

E essa Lei, essa Religião Original que conjuga Forças de qualquer plano, é o

ELO EMPOEIRADO da Raça Vermelha à Negra e destas até nós, que a

tradição embaralhou...

Basta lembrar que Moisés, grande Iniciado, aprendeu-a de JETRO, sábio negro de pura raça e deixa visível em sua Gênese que, “no princípio, era uma só fala e, uma só religião”.

No entanto, mais ou menos há 5.200 anos, deu-se o Cisma de Yrschu22 23, consequência das ambições, pressões econveniências políticas que se fizeram sentir, principalmente sobre Krisna, que concordou em alterar sólidos princípios que a tradição esotérica vinha conservando ciosamente através das “Academias ou Colégios de Deus”24.

22.Descrito no Livro Védico (Skanda-Purana), citado por inúmeros autores.

23.“O princípio da dissolução da Ordem Espiritual que regia os povos da antiguidade, começou com o célebre cisma de Yrschu, filho mais moço do imperador Ugra, da Índia. Este príncipe, não podendo atingir o poder pelos meios legais, porquanto o trono devia pertencer ao seu irmão mais velho chamado Tarak‟ya, provocou um cisma, com o fim de apoderar-se do poder. Tal cisma, tinha a finalidade de reformar, ou antes, dividir as opiniões filosóficas, religiosas, políticas e sociais daqueles tempos. Proclamava que se devia antes venerar a Natureza, como princípio feminino, do que Deus, o princípio masculino da Criação. Embora os sábios tivessem declarado que Deus unia em si ambos os princípios, masculino e feminino, Yrschu não se deu por vencido e continuou com sua doutrina de reformismo social. Daí originou-se a doutrina filosófica denominada “JÔNIA” ou naturalista, em oposição à filosofia “DÓRIA” ou espiritualista. Tendo reunido grande número de adeptos, Yrschu declarou a revolta armada, sendo, porém, vencido e expulso do território da Índia. Os remanescentes desse famoso cisma vieram se estabelecer na Ásia Menor, Arábia e Egito, combatendo por toda parte a ordem espiritual estabelecida e implantando o seu si tema de governo, do qual originaram todas as formas de governos absolutos ou tirânicos até hoje conhecidos”. – Ver pág. 73 de “Forças Ocultas, Luz e Caridade” – J. Dias Sobrinho.

24. Estes termos – Academias ou Colégios de Deus – são postos em relevo também por inúmeros autores, em várias obras, quando querem fazer referência às antigas “Escolas” que, de fato, seguiam e ensinavam a verdadeira “Tradição esotérica”...

Dessa época aos nossos dias, esse ELO, não obstante ter sido ocultado por MELCHISEDEC (Millik-Saddai-Ka, que significa “REI DE JUSTIÇA”, último Pontífice da Ordem de Rama), veio à Luz nos tempos presentes, dentro dessa mesma Lei que chamamos de Umbanda, que se prova, pela ciência dos números, com sua própria NUMEROLOGIA, a qual encontrarão neste despretensioso trabalho.