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G) AOS SETORES DA ECONOMIA NOS QUAIS A COMPANHIA ATUA

O governo brasileiro exerceu e continua a exercer influência significativa sobre a economia brasileira. Este envolvimento, bem como as condições políticas e econômicas brasileiras, pode afetar adversamente as atividades da Companhia e o preço das ações da Companhia.

O governo brasileiro intervém frequentemente na economia brasileira e ocasionalmente faz mudanças nas políticas econômicas. As ações do governo para controlar a inflação e implementar políticas macroeconômicas já incluíram o controle de salários e preços, desvalorização da moeda, controles de capital e limites a importações, entre outras coisas. Os negócios da Companhia, condição financeira, receitas, resultados operacionais, perspectivas e o preço das ações da Companhia poderão ser material e adversamente afetados por mudanças nas políticas ou regulamentos governamentais, ou por outros fatores, tais como:

• variações e volatilidade da taxa de câmbio; • inflação;

• política econômica;

• liquidez dos mercados de capital e financeiro; • políticas fiscais;

• política regulatória nos setores financeiros e de telecomunicações, incluindo na política de preços; e • outros acontecimentos políticos, diplomáticos, sociais e econômicos que no Brasil.

Incertezas sobre se o governo federal brasileiro implementará mudanças na política ou regulamentações que poderão afetar qualquer um dos fatores mencionados acima ou outros fatores no futuro poderá elevar a incerteza econômica no Brasil e aumentar a volatilidade no mercado de capitais brasileiro e nos valores mobiliários brasileiro emitidos por companhias brasileiras no exterior, o que poderá ter um efeito material adverso sobre os resultados operacionais e situação financeira da Companhia.

Além disso, e como consequência do acima descrito, desde 2011, o Brasil tem sofrido um desaquecimento da economia. As taxas de crescimento do Produto Interno Bruto, ou PIB, foram de 0,1% em 2014, contração de 3,8% em 2015 e de 3,6% em 2016.

Os resultados operacionais e a condição financeira da Companhia têm sido e continuarão a ser afetados pela taxa de crescimento do PIB brasileiro. As receitas líquidas de vendas da Companhia no Brasil representaram 50,1% da receita liquida de vendas em 2016 em comparação com 51,9% da receita líquida de vendas em 2015. 64,1%, 67,6% e 85,6% de receita líquida da Companhia derivaram de vendas no Brasil nos anos findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012, respectivamente. Se a demanda pelos produtos e serviços da Companhia enfraquecer no Brasil, os negócios, condição financeira e resultados operacionais da Companhia poderão ser material e adversamente afetados.

A Companhia não pode garantir que o PIB irá aumentar ou permanecer estável no futuro. Desenvolvimentos futuros da economia brasileira poderão afetar as taxas de crescimento do Brasil e, consequentemente, o uso de produtos e serviços da Companhia por nossos clientes e usuários finais.

A instabilidade política pode afetar adversamente os negócios e resultados operacionais da Companhia e o preço dos valores mobiliários emitidos pela Companhia.

O ambiente político do Brasil tem influenciado historicamente, e continua a influenciar, o desempenho da economia do país. Crises políticas afetaram e continuarão a afetar a confiança dos investidores e do público em geral, o que resultou no desaquecimento da economia e aumento da volatilidade dos valores mobiliários emitidos por empresas brasileiras. Atualmente, os mercados brasileiros estão enfrentando aumento da volatilidade devido às incertezas decorrentes da investigação da operação Lava Jato, que vem sendo conduzida pelo Gabinete da Procuradoria Geral da República, e seu impacto na economia brasileira e no ambiente político. Membros do Governo Federal e do Poder Legislativo, bem como altos funcionários de grandes empresas estatais têm sido acusados de corrupção. Estes altos funcionários supostamente receberam propinas em contratos concedidos pelo governo a diversas empresas de infraestruturas, petróleo e gás, e construção. As propinas supostamente financiaram campanhas políticas de partidos da atual coalizão do governo federal e não foram contabilizadas ou divulgadas publicamente, bem como serviram para enriquecimento pessoal dos beneficiários do esquema de propinas.

Como resultado, uma série de políticos, incluindo Senadores, Deputados Federais e diretores das principais estatais brasileiras, renunciaram ou foram presos. Atualmente, políticos e funcionários públicos no Brasil estão sendo investigados por alegações de conduta antiética e ilegal, identificadas durante a investigação da operação Lava Jato. O resultado destas investigações é incerto, mas eles já impactaram adversamente a imagem e reputação das empresas implicadas, e na percepção geral do mercado sobre economia brasileira. A Companhia não pode prever se tais acusações levarão a uma maior instabilidade política e econômica ou se novas acusações contra funcionários do governo irão surgir no futuro. Além disso, a Companhia não pode prever o resultado de tais acusações, nem o seu efeito sobre a economia brasileira.

O desenvolvimento das investigações sobre tais casos de conduta antiética pode afetar adversamente os negócios, condição financeira e resultados operacionais da Companhia.

A Companhia divulga seus resultados em reais, e as flutuações cambiais poderão afetar adversamente os resultados das operações da Companhia.

A moeda brasileira sofreu desvalorizações frequentes ao longo das últimas três décadas. Ao longo desse período, o governo brasileiro implementou diversos planos econômicos e utilizou diversas políticas cambiais, incluindo desvalorizações repentinas, mini desvalorizações periódicas (durante as quais a frequência dos ajustes variou de diária a mensalmente), controles cambiais, mercado de câmbio duplo e um sistema de taxa de câmbio flutuante. Embora a depreciação de longo prazo do real esteja geralmente ligada à taxa de inflação no Brasil, a desvalorização do real que

ocorreu em um curto período de tempo resultou em variações significativas na taxa de câmbio entre o real e o dólar norte-americano e outras moedas. Em 2012, o real desvalorizou 8,5% em relação ao dólar norte-americano, e a taxa de câmbio do real/dólar norte-americano divulgada pelo Banco Central em 31 de dezembro de 2012 foi de R$2,04 por dólar norte-americano. A política fiscal, juntamente com o aumento da intervenção do governo em certos setores pesou sobre o real, em 2013, que desvalorizou 13,0% em relação ao dólar norte-americano. No primeiro trimestre de 2014, o real valorizou 9,1% em relação ao dólar norte-americano. No entanto, de março a dezembro de 2014, o real desvalorizou cerca de 14,8% em relação ao dólar norte-americano, principalmente devido a instabilidade causada pelos escândalos de corrupções na Petrobrás, alta inflação e as incertezas sobre as eleições presidenciais no Brasil. Em 31 de dezembro de 2014, a taxa de câmbio do real/dólar norte-americano divulgada pelo Banco Central foi de R$ 2,65 por US$ 1,00. Desde 31 de dezembro de 2014, a taxa de câmbio do real/dólar norte-americano continuou a sofrer depreciação, caindo de R$ 3,00 para US$ 1,00 pela primeira vez em uma década, principalmente devido à turbulência fiscal e política, sinais da contração econômica e alto risco político. Em 31 de dezembro de 2015, a taxa de câmbio do real/dólar norte-americano informada pelo Banco Central foi de R$ 3,90 para US$ 1,00. Em 31 de dezembro de 2016, a taxa de câmbio do real/dólar norte-americano informada pelo Banco Central foi de R$ 3,25 para US$ 1,00.

A Companhia divulga seus resultados em reais, que é atualmente a moeda na qual a maior parte das receitas, custos e despesas da Companhia são denominadas. No entanto, a moeda funcional de um número significativo das subsidiárias da Companhia são diferentes do real, incluindo o dólar, o euro, o peso argentino, o peso colombiano e o peso mexicano. Para estas controladas que mantêm livros e registros em outras moedas que não o real, a flutuação do real contra tais moedas impacta cada item dos seus resultados operacionais no processo de consolidação de seus resultados nos da Companhia, para elaboração das demonstração de resultados consolidadas da Companhia. Adicionalmente, uma parcela significativa das matérias-primas utilizadas pela Companhia é importada principalmente da China e denominada em dólares norte-americanos. E a dívida da companhia, 46,5% estava denominada em dólares norte-americanos em 31 de dezembro de 2016, em 31 de dezembro de 2015 o percentual da dívida em dólares norte- americanos era de 61%.

O enfraquecimento das moedas estrangeiras em relação ao real afeta negativamente o valor em reais das vendas em moeda estrangeira da empresa e ganhos, e, geralmente, pode reduzir as margens da Companhia em geral. As margens da Companhia nas vendas de produtos e serviços em países estrangeiros e em vendas de produtos que incluem componentes importados de fornecedores estrangeiros podem ser material e adversamente afetadas pelas oscilações da taxa de câmbio. Por outro lado, uma valorização das moedas estrangeiras frente ao real, embora geralmente benéfica para as vendas e lucros denominados em moedas estrangeiras, aumenta o custo de componentes de produtos denominados em outras moedas que não o real, e o serviço de dívida denominado em dólares norte- americanos, afetando adversamente, portanto, os resultados das operações da Companhia.

A Companhia não pode prever todas as tendências futuras em flutuações de moeda, e essas flutuações poderão ter um efeito material adverso sobre a condição financeira e resultados das operações da Companhia.

A inflação e os esforços do governo brasileiro para combater a inflação podem contribuir significativamente para a incerteza econômica no Brasil.

O Brasil sofreu, no passado, com altíssimas taxas de inflação. Mais recentemente, a taxa anual de inflação do Brasil foi de 6,29% em 2016, 10,67% em 2015 e 6,41% em 2014, medidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, apurado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A inflação e certas medidas adotadas pelo governo para combater a inflação no passado tiveram efeitos negativos significativos sobre a economia brasileira. Medidas para conter a inflação e a especulação sobre possíveis medidas governamentais futuras têm contribuído para a incerteza econômica no Brasil e aumentado a volatilidade nos mercados de capitais brasileiro.

Uma das medidas do governo brasileiro para controlar a inflação é manter uma política monetária restritiva com altas taxas reais de juros. Esta política tem contribuído para limitar o tamanho e a atratividade dos mercados de dívida local e aumenta as taxas de juros cobradas pelos credores, que por sua vez limita a capacidade da Companhia de contrair empréstimos a nível local e impacta a lucratividade da Companhia.

O governo brasileiro já está implementando políticas que visam a reduzir as pressões inflacionárias, o que pode ter o efeito de reduzir o desempenho geral da economia brasileira.

Além disso, se a inflação no Brasil continuar alta no futuro, a Companhia não pode garantir que será capaz de repassar com sucesso para os nossos clientes qualquer aumento em nossos custos para compensar os efeitos da inflação na estrutura de custos da Companhia e sobre os materiais utilizados para desenvolver os produtos e serviços da Companhia, o que pode afetar adversamente o desempenho financeiro da Companhia.

Variações nas taxas de juros podem aumentar o custo da dívida da Companhia e, portanto, ter efeitos adversos sobre os nossos resultados operacionais.

O Banco Central define a taxa básica de juros alvo para o sistema financeiro brasileiro, com base, entre outros fatores, nos níveis de crescimento econômico e da inflação, e utiliza alterações nesta taxa como um instrumento de política monetária. A Companhia está exposta ao risco de variações nas taxas de juros, principalmente em relação à taxa do CDI, devido ao fato de que o endividamento da Companhia está indexado a tal taxa.Em 31 de dezembro de 2016, 32%

da dívida correspondendo a R$ 390.697.000,00 era indexado ao CDI. Em 31 de dezembro de 2015, 34% da dívida, correspondendo a R$ 254.548.000,00 era indexado à taxa de CDI. A Taxa media do CDI foi de 14% em 2016.A taxa média do CDI foi de 13,24% em 2015, e 10,81%, 8,06% e 8,40% para os anos findos em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012, respectivamente. Aumentos significativos no consumo, a inflação ou outras pressões macroeconômicas podem levar a um aumento na taxa de CDI. Se a taxa de CDI aumentar, os pagamentos pela Companhia dos empréstimos e outras modalidades de financiamento indexados a tal taxa aumentarão, e a Companhia poderá não ser capaz de ajustar os preços cobrados dos clientes para compensar o aumento das despesas com juros, o que poderá gerar um efeito adverso sobre a Companhia.

O valor dos títulos emitidos por empresas brasileiras é influenciado pela percepção de risco no Brasil e outras economias emergentes, o que pode ter um efeito negativo sobre o preço das ações da Companhia e pode restringir o acesso aos mercados de capitais internacionais pela Companhia.

As condições econômicas e de mercado em outros países emergentes podem influenciar o mercado de valores mobiliários emitidos por companhias brasileiras. Embora as condições econômicas desses países possam diferir significativamente das condições econômicas no Brasil, as reações dos investidores aos acontecimentos nesses outros países podem ter um efeito adverso sobre o valor dos títulos de emissores brasileiros. Na esteira de problemas econômicos em vários países de mercados emergentes nos últimos anos, os investidores acompanham mais atentamente os investimentos em mercados emergentes. Essas crises produziram uma evasão de dólares norte- americanos do Brasil, fazendo com que as empresas brasileiras enfrentem custos mais altos para captação de recursos, tanto internamente como no exterior, impedindo o acesso aos mercados de capitais internacionais. Não há nenhuma certeza de que os mercados de capitais internacionais permanecerão abertos às empresas brasileiras ou de que os custos de financiamento nesse mercado serão vantajosos para a Companhia. Crises em outros países de mercado emergente podem reduzir o interesse dos investidores por valores mobiliários de emissores brasileiros, inclusive os da Companhia, o que pode afetar adversamente o preço de mercado das ações da Companhia.