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Figura 5: O pintor Adriano de Aquino e André Guilles em seu ateliê no Rio de Janeiro, fotografia extraída do

vídeo realizado durante a entrevista.

Transcrição da entrevista, registrada em vídeo, com o pintor e ex-diretor CEAV (Centro de Artes Visuais da FUNARTE), Adriano de Aquino1, realizada em 23 de julho de 2014.

Duração total do vídeo: 1h27m34s.

Adriano de Aquino: Aquela gravação você ainda gravou, ainda guardou?

André Guilles: Sim, sim, tá guardada.

1 Adriano de Aquino, pintor, nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais em 1946. Reside desde 1949 no Rio de

Janeiro. Inicia-se como autodidata em pintura em 1961. Entre 1963 e 1964, frequenta como aluno livre o ateliê de gravura da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA). Recebe bolsa de estudo do governo francês por sua participação na Mostra 12 Desenhistas do Rio. Viaja para Paris, onde permanece de 1973 a 1976. Participa, entre outras, da exposição Geometria Sensível, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) ao retornar ao Brasil em 1978. Posteriormente, inicia sua vida pública ocupando o cargo de coordenador de artes visuais da Fundação de Arte do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ), entre 1982 e 1986; de superintendente dos museus da Secretaria de Estado da Cultura do Rio de Janeiro, entre 1990 e 1994 e de secretário de Estado da Cultura do Rio de Janeiro, entre 1999 e 2001.

Aquino: Hum.

Guilles: Tá guardada, tá lá. Se você quiser eu te envio. É, depois eu te envio tudo.

Aquino: Depois me envia.

Guilles: É, é. Boa tarde! É 23 de julho de 2014. Estou aqui com Adriano de

Aquino, pintor, gestor cultural com vasta experiência nas artes visuais e na área cultural aqui no Rio de Janeiro e na esfera federal também! Eu vou fazer uma entrevista a respeito da sua atuação junto ao CEAV e a sua prática como gestor cultural. Quando começa o seu trabalho junto ao CEAV, qual foi a sua função, as suas principais atribuições?

Aquino: Olha é, no CEAV eu fui logo, no final da gestão do Sérgio Mamberti quando ainda era Ministro da Cultura o Juca Ferreira. Pra no último ano dessa gestão, é enfim é gerir os projetos que estavam em fase de terminar e criar perspectivas pra novos projetos tendo em vista que a eleição se aproximava, já trazia outras questões sobre o monitoramento dos programas do CEAV e etc, então eu reuni essa equipe e durante aproximadamente oito meses a 10 meses. Nós demos uma olhada na parte editorial do que é importante, vimos o que poderia ser mudado. Vimos a parte por exemplo relativa a participação do que eles chamam da residência e de outros programas do CEAV, a interiorização né, a interiorização das políticas públicas né. Então eu dei sequência a isso e preparei e finalizei né o que seria o relatório da parte da gestão durante a presidência do Sérgio Mamberti na FUNARTE.

Guilles: É, as nossas questões elas vão e voltam, mas é proposital isso, pra gente

fazer esse exercício né. Como você avalia as políticas públicas pras artes plásticas após a criação da FUNARTE, do INAP da instituição anterior ao CEAV? Né, na primeira FUNARTE?

Aquino: É, há muito que sempre, toda experiência ela levanta um grau de críticas que são importantes de serem levadas em consideração. Eu acho que a intenção de se criar políticas públicas pro setor cultural, seja eles na área que for, teatral, cinema ou artes visuais. É importante tendo em vista que você precisa de fato de um componente que seja digamos em tese neutro pra que o artista, pesquisador interessado não tenha única e exclusivamente o vetor do mercado né. Então eu sempre vejo como uma, um dado positivo a inserção do governo, das políticas públicas neste campo, porque elas dão, teriam que ter em tese, nem todo mundo é tão maravilhoso assim. Porque aí entram discussões do campo ideológico que começam a doutrinar as instituições, enfim reproduzem de uma maneira diferente as mesmas veleidades

do mercado e podem causar um ruído. Mas de toda maneira, é importante que se tenha sobretudo numa época como a nossa em que o dinheiro ganhou espiritualidade. O mercado praticamente virou um Deus! Né? A Arte é quase secundária em relação aos preços que ela promove nos leilões, os artistas hoje são muito mais atraentes do ponto de vista do que eles representam como finanças do que o valor intrínseco da obra né. Então eu acho que sempre que uma instituição sem esse viés mercadológico né, e evidentemente com menos ranço de ideologias na sua gestão possa trazer um benefício para o desenvolvimento dos talentos artísticos daquele local. Eu acho nesse aspecto é, eu sempre entendo que toda instituição ela é criada no sentido de contribuir né, e eu acho que foi importante, agora algumas mudanças eu acho que precisam ser feitas ainda que não haja uma presença massificante do mercado sobre essas instituições, o campo do pensamento, sobretudo no campo das ideologias, dos sociologismos e das antropologias de certa maneira quase que tomou algumas instituições, tomaram algumas instituições e tão começando a tutelar esse vetor, esse sistema. Eu acho também isso uma questão importante a ser pensada. Mas do ponto de vista político, do ponto de vista institucional eu acho a criação do CEAV e dos instrumentos de participação da comunidade artística junto ao poder público, eu acho importante.

Guilles: É. Considerando as mudanças no panorama da arte contemporânea

brasileira e consequentemente as novas exigências, em relação à primeira, a atual FUNARTE e seu CEAV avançaram em quais sentidos?

Aquino: Olha, é, avançaram, essa palavra é, assim, em si ela pressupõe sempre positividade, as vezes, mas o avançar muitas vezes pode ser pra direção errada. risos

Guilles: Ah sim. risos

Aquino: Né? Então eu acho que é algumas coisas que eu percebi dentro da FUNARTE e da CEAV e que precisam no meu entender ser revisto, ou ser redimensionado é o vetor ideológico sobre, sobre o olhar da CEAV por exemplo, pra dis... pra multiplicidade da produção artística no Brasil e acho que isso tem que ser repensado imediatamente! Porque de fato se instrumentalizou demais o a CEAV e de repente o que ocorre é que ela fica obedecendo por exemplo a políticas mais de grupo do que propriamente as políticas públicas lato sensu ou seja atendendo a diversidade e produzindo com isso algum material para reflexão, porque esse investimento que é feito no CEAV ele tem que ter o retorno público, ainda que a arte não um significado, um sentido específico. A administração pública tem que ter! Então, quando eu fiz, meu tempo de experiência na administração pública era exatamente

dar o olhar inteligente, analítico e crítico à instituição pra que ela possa perceber pra onde ela tá indo. Porque também avançar só, não tem um grande significado, você pode tá avançando pra uma coisa errada. Você pode tá avançando na via que seria a menos importante, quando a que realmente é importante tá com o sinal apagado, o desvio não foi feito. Eu tenho muitas críticas nessa questão é, por exemplo dizer que o vasto acervo, optou-se por fazer determinadas coisas que dá maior visibilidade a grupos, mas é essa questão que tem ser investigada! Por que que dá maior visibilidade a determinados grupos e não outros quando existe hoje em dia uma tão anunciada pluralidade? Por que tanta, por que tantos investimentos maciços por exemplo? Vou dar só um exemplo aqui! Que não é nenhuma, nenhum contexto exclusivista ou tirante isso, nenhum contexto do qual eu pedi a necessidade de priorizar outros setores, mas eu penso que é, alguns olhares por exemplo sobre a questão das publicações eu acho que tem muito engano nesse campo. Não houve avanço. A publicação, a parte editorial da FUNARTE, eu acho que merece um repensamento, merece ser repensada! Segunda coisa que eu acho que merece, custa também ser repensada é a questão de como vai trabalhar, é, é, financiando e digamos apoiando os artistas, em especial aqueles que por exemplo fazer as tendências mais determinantes da qualidade, mais determinantes em sentido de visibilidade, tanto no mercado quanto com as instituições, como por exemplo, instalações. Então quem não faze instalação, se a política for essa, ele tá fora da, vou privilegiar esse tipo de entendimento, de avanço, ele tá fora do sistema! Ele tá fora do apoio né! Ele tá fora do sistema no sentido, ele terá mais dificuldade pra ter o apoio estatal.

Guilles: Então você acredita que os meios tradicionais atualmente, são, eles tem

menos espaço?

Aquino: É, eu acho que na realidade a crítica que eu faço é uma crítica de bastante abordagem nesse aspecto porque eu acho que de repente, se os meios tradicionais voltarem a ter no mercado alguma ressonância é possível que, visto com tá sendo vista a política pública da cultura, pode ser que ele volte a ter uma nova, digamos um novo prestígio, um novo status entre as pessoas públicas. Então na verdade quem que tá regendo quem? É uma pergunta que eu me faço. Entendeu? Então é, se era pra neutralizar única e exclusivamente financistas e econômicas do sistema, do mercado, as instituições tem que ter uma política clara! Transparente, que você veja exatamente o que ela tá é, é financiando, produzindo e incentivando. Porque se for pra reproduzir exatamente o que o mercado faz, é só mais dinheiro, usado pra que? Pra propaganda de galerias, pra estar de bem por exemplo com determinadas instituições, com um artista que tenha um bom marketing e que faça seu

instituto então ele tem o intuito dele pra valorizar a obra dele no mercado e o estado apoia, quer dizer. Tem várias questões aí que eu acho que são confusas e que não deveriam ser matéria pra um programa ou pra uma instituição que visa na realidade, desbravar horizonte, facilitar o acesso de artistas de correntes diversas, que tão experimentando não é.

Guilles: Entendi. De certa maneira você já respondeu a próxima mas eu fazer. Aquino: Vamos lá.

Guilles: Qual sua opinião sobre a abrangência da FUNARTE e do CEAV? Cite

os pontos positivos e os negativos das ações dessas instituições?

Aquino: É, eu de certa maneira acabei citando no que falei antes né. Eu acho que o ponto negativo na realidade é não ter uma inteligência clara, uma, digamos assim, um projeto visível né. Então o que acaba sendo na é como tudo na política brasileira, é fazendo média é com um ou com outro e aí você não vê a política né. Se por exemplo a questão da política cultural é mostrar um Estado atento às questões da cultura e sobretudo mostrar que não existe só o poder massificante do mercado ou seja não é só no mercado que a cultura é consagrada e que a inteligência pode ser buscada em outros vetores. Eu acho que o Ministério da Cultura é como um todo e a FUNARTE em particular não tem cumprido bem esse papel.

Andre Guilles: É, quais foram os críticos de arte e outros profissionais das artes

plásticas visuais mais atuantes e importantes dentro do INAP e do CEAV em sua opinião? Aquino: Eu não sei por que aí eu seria leviano se eu citasse um ou outro.

Guilles: Mas tem alguém que você?

Aquino: É eu acho vários deles tiveram uma participação assim é, interessante, eu não posso é, listar assim um nome, o que eu vejo na sequência de gestores que eu acompanhei. Eu sempre vi de certa maneira, isso que eu tava criticando lá em cima, eu não posso enaltecer nenhuma pra falar a verdade, é o que eu tava criticando lá em cima, de repente quando chegou um determinado grupo lá nos anos 80 e dirigiu o INAP, na época era o INAP, ele privilegiou o grupo dele! Entendeu, privilegiando aquele grupo e acho que as críticas, quando se fala em igrejinha, as igrejinhas acontecem dentro do Estado. Essa que é a minha crítica. Ela, ele não tem na realidade uma visão fora dos seus interesses particulares, quer dizer, se aquele gestor é amigo de fulano, ciclano eles vão ter privilégios de, naquela gestão. Essa é uma questão pra mim que é difícil, que eu sei que é muito difícil, muito difícil um

gestor chegar lá com uma visão universal do que está acontecendo e realmente ser equânime e justo na distribuição desses recursos. Você acaba apoiando na realidade, eu quero dizer que não é um mau específico do INAP naquela época e do CEAV agora. Ele acaba apoiando aqueles parceiros mais próximos ou porque, faço uma crítica! Ou porque o diretor daquela unidade, do CEAV durante aquele tempo tem interessa na sua projeção na academia, então ele faz negócio, ele facilita membros da academia escrevam textos pro serviço editorial da FUNARTE, quer dizer, então eu acho que tem muita, é a cara, tudo reflete a cara da política brasileira. E o INAP, o CEAV não podia ser diferente muito menos a FUNARTE! Reflete a cara da política brasileira, ou seja é, é uma base aliada! Então.

Guilles: Através da obra da Dra. Isaura Botelho a respeito da história interna da

FUNARTE, sabemos que havia uma divisão interna, daqueles que acreditavam que a FUNARTE deveria atuar apenas como um banco de financiamento de projetos externos e aqueles que acreditavam na atuação da FUNARTE com projetos próprios. Mário Brockmann Machado defendia a ideia da FUNARTE atuar como uma agência de financiamento ao invés de promover projetos próprios, este embate do passado repercutiu ou repercute nos mecanismos atuais da FUNARTE?

Aquino: É, eu acho que sim, o Mário Brockmann Machado perdeu. Lamentavelmente! Eu acho que, eu não tô dizendo, eu não quero dizer com isso que uma instituição de fomento é, não possa ter um nível de gerenciamento intelectual na comunidade artística, e intelectual, pode ter sim! Mas menos do que quando ela produz projetos internos! Bem menos. Uma agência de fomento, evidente se você me perguntar, mas se a gente for ver isso no BNDS, a gente vai ver que não é justo, que o BNDES empresta por exemplo para o Eike Batista o que daria para revolucionar a indústria do Rio de Janeiro! Então você vê que não é justo! Tem sempre essa, esse foco voltados para os interesses políticos, mas menos perverso. Eu concordo com o Brockmann Machado, nessa ocasião eu participei de alguns debates, inclusive com ele! Porque se era pra manter-se algumas instituições pela sua valoração cultural a exemplo de, abrigar salões, ou extinguir salões, apoiar bienais ou transferir dinheiro, recursos para um grupo de curadores de uma Bienal que é privada! Isto tudo tem que ser repensado! Eu penso que enquanto não houver um pensamento claro, ou seja. Se a FUNARTE não tem obrigação de representar com dinheiro público um projeto de nação pelo viés da cultura, o que seria o autoritarismo do Estado! Por que que tem que reproduzir cedendo que um diretor possa ter uma política ali no cantinho dele, no nichinho dele né, na corporação dele! Pra bolar projetos internos! Isto não é matéria pra gestão pública!

Guilles: E é, os atuais editais como você vê?

Aquino: Com muita crítica! Por causa disso. Porque é, os editais na realidade eles tem um largo espectro é de participações, vamos dizer, tem representantes, você vê como é constituído aquilo, um grande conselhão, essa mania de que parece que tudo se democratiza pelo fato de ter um grande conselhão né. Que participa ali distinguindo o que e qual região está ganhando menos recurso, mas do ponto de vista de recursos você pode discutir, mas há quanto tempo não se adia a questão seguinte. Quando entrará em discussão o vetor qualidade? Por que que essa questão não é discutida?

Guilles: Então você preza pela qualidade ao invés da quantidade?

Aquino: A questão é seguinte, não, eu prezo, eu acho que os dois são efetivamente importantes! Porém um existe para que o outro não exista, essa é uma questão! A questão é o seguinte, há, sempre que você for questionar um gestor público ele vai dizer. Mas aqui tem a presença do estado do Acre, do estado do Pará, do estado do Rio Grande do Sul, da península de não sei onde! Mas ele vai gostar que existe um arco, a mesma coisa que se reproduz no plano da educação, verbas não faltam! Por que que a educação no Brasil é tão ruim? Verbas! Direcionadas para estes setores, não falta porém, por que que você faz um centro de arte e cultura no meio da floresta amazônica quando você sabe perfeitamente que esse investimento só tem sentido para um núcleo, para uma, ele na realidade ele não traduz efetivamente dessa cultura como um todo! É aquela velha mania de que se faz cultura melhor interiorizando a cultura, não se interioriza a cultura. A cultura tá lá! Você não precisa interiorizar ela! Você tem que saber o que dela você pode de melhor tirar e difundir como um produto realmente digno de uma pesquisa, de ser analisado pelos centros acadêmicos, ser motivo de debate, agora qualquer coisa! Quer dizer, virou uma reprodução do mercado, qualquer coisa é arte então qualquer coisa pras instituições culturais que se intitule Cultura, ele vai lá e apóia! E daí? Quer dizer, então o que eu acho é o seguinte, abriu-se um leque pra ser quase tão democrático quanto o mercado pra juntar pessoas pra viajarem pelo país fazendo coisas aqui e acolá quando na realidade eu vi na época de Aloísio Magalhães, até participei com o Paulo Sérgio Duarte uma vez como diretor ainda do INAP, teve também essa questão em que artistas circulavam mas diziam, mas eram artistas do sul circulando no Nordeste escolhendo os artistas. Mas que que tem, o que que tem demais nisso? Porém o que ocorre é que tem que se haver o seguinte, para aquele salão é importante tal investimento? A questão é qualitativa! Ela não é financeira, agora se torna financeira porque não tem nada! Não tem

substrato cultual algum capaz de você tocar aquilo pelo vetor da qualidade! Isso não existe, pra mim na realidade é uma reprodução meio que grotesca do que faz o mercado!

Guilles: É de certa maneira você respondeu diversas questões. risos

Aquino: É acho que sim é. risos É, por isso que é bom você fazer a pergunta. porque eu divago mais amplamente.

Guilles: Sabemos a importância dos simpósios nacionais que acompanharam os

salões nacionais até 1985. Aquino: Hum hu.

Andre Guilles: Você participou?

Aquino? Participei.

Guilles: Hoje quais eventos são equivalentes, há encontros nacionais com

debates intensos para discutir as artes plásticas visuais no país?

Aquino: Eu vou ser um pouco leviano se eu disser que não há, porque de um tempo pra cá desde a minha última inserção na questão da cultura, na administração pública da cultura, porque eu não vivo disso! É, eu tinha realmente muito, é o olhar extremamente crítico em relação a isso, é novamente eu volto não há, como não há em nenhum outro setor o planejamento! Então como não há um planejamento, o que se briga é por verbas, quando se obtém as verbas você tem que executá-las em dois meses, porque senão ela retorna pro cofre público porque não foram gastas! Então o que começa a surgir é o seguinte, voltou-se a discutir a questão de transferência de recursos, a transferência de recursos pra área cultural e pra área artística são importantes, são quase vitais em alguns casos, são quase vitais não, são vitais em alguns casos! Mas, sim! O tempo que você gasta discutindo as questão das transferências de recurso, dos vetores, das exigências dos editais, quando você chega ao plano de realizar aquilo tudo já acabou! E o artista não tem nem paciência e nem sangue mais pra continuar tocando aquilo!

Guilles: Burocracia!

Aquino: Há burocracia excessiva! Excessiva, eu critiquei muito isso com várias discussões, não só em algumas participações, enquanto é, eu só vejo a burocracia crescer! Quer dizer enquanto a burocracia cresce fica mais a míngua a perspectiva de você atender

melhor! Melhor eu quero dizer! Você pode me dizer. Pode atender melhor, sim eu posso atender melhor. Em quatro anos de governo você pode atender melhor, faz um plano, divide o país em quatro fatias, primeiro eu invisto nesse, e é. A questão financeira, é a questão, pra