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apenas se admite usucapião nas situações em que o possuidor da coisa a detenha a justo título

No documento AULA 9 POSSE E PROPRIEDADE (páginas 43-50)

LISTA DE QUESTÕES DE BANCAS DIVERSAS COMENTADAS

IV- apenas se admite usucapião nas situações em que o possuidor da coisa a detenha a justo título

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) (A) I, apenas.

(B) II, apenas. (C) I e IV, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II, III e IV.

Análise das afirmativas:

(I) ERRADA. Admite-se usucapião sobre coisas móveis e imóveis.

(II) CERTA. Os bens públicos são não estão sujeitos ao usucapião. Vide art. 102 do CC na aula 1.

(III) ERRADA. A assertiva quer que o candidato saiba a diferença entre posse

ad interdicta e posse ad usucapionem.

- Posse ad interdicta: é aquela que pode ser defendida pelas ações

possessórias, porém não conduz usucapião. Ex: o locatário pode defender a posse de uma turbação ou esbulho, mas não tem direito de usucapião.

- Posse ad usucapionem: é aquela que se prolonga por determinado

lapso temporal previsto em lei, admitindo-se a aquisição do domínio por usucapião.

O locatário tem a posse ad interdicta e, por isso, não adquire a propriedade através do usucapião.

(IV) ERRADA. Nas hipóteses de usucapião extraordinário (arts. 1.238 e 1.261 do CC) a aquisição da propriedade independe de título e boa-fé.

Gabarito: B

6. (CESGRANRIO - DIREITO - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES – 2006) De acordo com as disposições sobre o instituto da propriedade no Código Civil em vigor, assinale a afirmação correta.

(A) As faculdades de usar, gozar e dispor são inerentes à propriedade sobre o bem, porém, é vedado ao proprietário reaver a coisa em poder do possuidor, ainda que ilegítimo, tendo em vista a autonomia da posse em relação à propriedade.

(B) O Código Civil de 2002 caracterizou-se pelo alargamento dos prazos de efetivação do usucapião, consagrando a fundamentabilidade do direito de propriedade previsto no art. 5º da Constituição Federal. (C) Adquire a propriedade sobre bem imóvel, independente de justo título e boa-fé, aquele que durante 20 anos ininterruptos possui o imóvel como se fosse seu.

(D) É nula de pleno direito a promessa de compra e venda de bem imóvel não levada a registro público junto à matrícula do imóvel.

(E) São defesos ao proprietário os atos sobre o bem que não lhe trazem qualquer comodidade ou utilidade, praticados com intuito de prejudicar outrem.

(A) ERRADA. O GRUD nos lembra sobre os poderes inerentes à propriedade. Dentre esses poderes está o de Reaver o bem de quem injustamente o detenha. Conforme o art. 1.228 do CC.

Art. 1.228 do CC - O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

(B) ERRADA. Antes o prazo máximo de usucapião era de 20 anos e, atualmente, o prazo máximo é de 15 anos. Ou seja, não houve um alargamento e sim um achatamento.

(C) ERRADA. Ocorre o usucapião extraordinário no prazo de 15 anos e não 20 anos.

(D) ERRADA. O documento de promessa de compra e venda de imóvel não levado a registro no cartório imobiliário não é título válido em face de todas as pessoas (não possui efeitos erga omnes), possuindo eficácia apenas para pessoas determinadas (efeitos inter partes). Não ocorre nulidade.

(E) CERTA. A alternativa consagra a vedação de atos emulativos esculpido no art. 1.228, § 2o do CC.

Art. 1.228, § 2o do CC - São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.

Ou seja, o proprietário não pode praticar dolosamente, no exercício normal de um direito de propriedade, ato com firme intenção de causar dano a outrem e não satisfazer uma necessidade sua ou interesse seu. O dispositivo legal em questão deve ser interpretado em harmonia com o princípio da função social da propriedade (art. 1.228, § 1o do CC)

Art. 1.228, § 1o do CC - § 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.

Gabarito: E

7. (FCC - Pref. São Paulo/SP – Auditor Fiscal Tributário Municipal – 2007) O proprietário de um imóvel que planta árvores em seu terreno

(A) acessão. (B) aluvião. (C) avulsão.

(D) especificação. (E) ocupação.

Conforme o art. 1.248, V do CC, temos uma espécie de acessão. Art. 1.248. A acessão pode dar-se:

[...]

V - por plantações ou construções. Gabarito: A

8. (FUNIVERSA – APEX - Consultor Pleno - 2006) Em relação as espécies de Usucapião, assinale a alternativa correta.

(A) Usucapião Ordinária e Extraordinária.

(B) Usucapião Ordinária, Especial Urbana ou Pró Moradia.

(C) Usucapião Extraordinária, Ordinária, Especial Urbana ou Pro moradia, Especial Rural ou Pro Labore.

(D) Usucapião Extraordinário, Ordinário e Pro Moradia. (E) Usucapião Especial Urbana ou Pro Moradia.

A questão trata das espécies de usucapião em se tratando de imóvel. Gabarito: C

9. (FCC - Pref. São Paulo/SP – Auditor Fiscal Tributário Municipal – 2007) NÃO enseja a aquisição de propriedade de bem imóvel particular por usucapião, a posse contínua, ininterrupta e sem oposição, de

(A) qualquer bem imóvel, por 10 (dez) anos, com justo título e boa-fé. (B) qualquer bem imóvel, por 10 (dez) anos, independentemente de justo título e boa-fé.

(C) imóvel residencial do possuidor, por 10 (dez) anos, independentemente de justo título e boa-fé.

(D) imóvel urbano com até 250m2 (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e que seja o único imóvel do possuidor, destinado a sua residência, por 5 (cinco) anos, independentemente de justo título e boa-fé.

(E) imóvel rural com até 50ha (cinqüenta hectares) e que seja o único imóvel do possuidor, destinado a sua residência e subsistência, por 5 (cinco) anos, independentemente de justo título e boa-fé.

A alternativa B contraria o instituto da usucapião extraordinária que, quando não houver título e boa-fé, precisa de 15 anos para ocorrer.

Todas as outras alternativas podem gerar usucapião: (A) Usucapião ordinária;

(C) Usucapião extraordinária com prazo reduzido pela moradia. (D) Usucapião constitucional urbano.

(E) Usucapião constitucional rural. Gabarito: B

10. (FCC - TRF 5ª - Analista Judiciário – Execução de Mandado – 2008) Adquire a propriedade de imóvel urbano com área de 500 metros quadrados, independentemente de título ou boa-fé, aquele que o possuir como seu e nele houver estabelecido a sua moradia habitual, sem interrupção, nem oposição, por, no mínimo,

(A) 5 anos. (B) 30 anos. (C) 20 anos. (D) 15 anos. (E) 10 anos.

A questão trata da usucapião extraordinária com prazo reduzido para 10 anos pelo estabelecimento de moradia no imóvel.

11. (FCC - CGJ/ES – Atividade Notarial e de Registro – 2007) Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, adquirirá a propriedade de área de terra em zona rural não superior a

(A) 30 hectares, que possua como sua, por no mínimo dez anos ininterruptos, sem oposição, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia.

(B) 30 hectares, que possua como sua, por no mínimo cinco anos ininterruptos, sem oposição, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia.

(C) 50 hectares, que possua como sua, por no mínimo cinco anos ininterruptos, sem oposição, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia.

(D) 50 hectares, que possua como sua, por no mínimo dez anos ininterruptos, sem oposição, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia.

(E) 100 hectares, que possua como sua, por no mínimo cinco anos ininterruptos, sem oposição, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia.

Perceba que esse assunto cai muito em provas. Aqui a modalidade pedida é a usucapião constitucional rural.

Gabarito: C

12. (CESGRANRIO – Procurador Jurídico – FENIG - 2005) A aquisição da propriedade de bens móveis pode ocorrer nos seguintes casos: (A) aluvião e avulsão.

(B) usucapião e álveo abandonado. (C) especificação e avulsão.

(D) ocupação e aluvião.

(E) ocupação e especificação.

Nesta questão a banca tenta confundir o aluno misturando institutos inerentes aos bens móveis com outros que se referem a bens imóveis.

13. (FCC - TCE-PB – Advogado – 2006) Paulo é proprietário de um sítio. Pedro é locatário desse imóvel. João é o caseiro. De acordo com o Código Civil brasileiro, Paulo, Pedro e João são considerados, respectivamente,

(A) possuidor direto, possuidor indireto e detentor. (B) possuidor indireto, possuidor direto e detentor. (C) possuidor indireto, detentor e possuidor direto. (D) possuidor direto, detentor e possuidor indireto. (E) detentor, possuidor indireto e possuidor direto.

Não se deve confundir a posse com a detenção. Vide art. 1.198 do CC. Ou seja, o possuidor exerce sobre a coisa o poder de fato em razão de um interesse próprio. Já o detentor, exerce o poder sobre a coisa em

decorrência do interesse de outrem.

Nos termos do art. 1.197, é possível distinguir entre a posse direta e a posse indireta.

Art. 1.197 do CC - A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.

Dessa forma, a posse direta é exercida pela pessoa que tem a coisa em seu poder, ou seja, pela pessoa que tem o poder de usar; por outro lado, a

posse indireta ocorre quando uma pessoa cede o uso do bem que é proprietária para outra.

Segundo o enunciado temos o seguinte:

- Paulo: proprietário e locador do sítio = possuidor indireto; - Pedro: locatário do sítio (poder de uso) = possuidor direto; e

- João: caseiro do sítio (poder em razão do interesse de outrem) = detentor.

No documento AULA 9 POSSE E PROPRIEDADE (páginas 43-50)

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