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APLICAÇÃO DE RESULTADOS

No documento 1. INTRODUÇÃO 1 2. ORGÂNICA 4 (páginas 121-147)

SELEÇÕES NACIONAIS

PROJ 5. APOIOS ÀS ASSOCIAÇÕES 1 995,60 € 1 655,63 € 17,04%

5.1. VERBAS PROGRAMADAS 1 845,60 € 1 444,69 € 21,72%

5.2.4. APLICAÇÃO DE RESULTADOS

A FPR encerrou o Período de 2018 com um resultado Líquido positivo de 37 418,33 Euros.

Nos termos da Lei, propõe a Direção que, o resultado líquido apurado no período no montante de 37 418,33 euros seja aplicado da seguinte forma:

Resultados Transitados: 37 418,33 euros

Lisboa, 29 de Março de 2019

ORÇAMENTO EXECUÇÃO VARIAÇÃO

1 908 383,79 € 1 773 769,00 € -7,05% 52 000,00 € 21 512,68 € -58,63% 10 000,00 € 10 343,87 € 3,44% 7 000,00 € 10 343,87 € 47,77% MATERIAL TÉCNICO-PEDAGÓGICO 3 000,00 € 0,00 € -100,00% RECURSOS HUMANOS 0,00 € 0,00 € OUTROS 0,00 € 0,00 € 28 000,00 € 9 214,63 € -67,09% 11 000,00 € 7 490,56 € -31,90% MATERIAL TÉCNICO-PEDAGÓGICO 2 000,00 € 444,37 € -77,78% RECURSOS HUMANOS 15 000,00 € 1 279,70 € -91,47% OUTROS 0,00 € 0,00 € 2 000,00 € 295,95 € -85,20% 700,00 € 295,95 € -57,72% MATERIAL TÉCNICO-PEDAGÓGICO 200,00 € -100,00% RECURSOS HUMANOS 1 100,00 € -100,00% OUTROS 0,00 € 12 000,00 € 1 658,23 € -86,18% 0,00 € 1 658,23 € MATERIAL TÉCNICO-PEDAGÓGICO 5 000,00 € 0,00 € -100,00% RECURSOS HUMANOS 7 000,00 € 0,00 € -100,00% OUTROS 0,00 € 33 734,64 € 107 008,67 € 217,21% 1 500,00 € 7 927,79 € 428,52% 1 500,00 € 1 332,31 € -11,18% ATIVIDADES EXTRA 0,00 € 6 595,48 € 0,00 € 1 736,05 € 32 234,64 € 32 861,17 € 1,94% 0,00 € 64 483,66 € 30 000,00 € 31 399,42 € 4,66% 205 555,62 € CAMPEONATO EUROPA SUB 20

CUSTOS EXERCICIOS ANTERIORES DIVERSOS GASTOS ARBITROS CUSTOS OPERACIONAIS TREINADORES CUSTOS OPERACIONAIS

INTERCÂMBIO E ACTIV. INTERNAC.

OUTRAS ATIVIDADES NACIONAIS E INTERNACIONAIS

DESPORTO PARA TODOS

OUTROS CURSOS CUSTOS OPERACIONAIS OUTROS GASTOS ATIVIDADES DE ARBITRAGEM FORMAÇÃO DIRETORES E DIRIGENTES CUSTOS OPERACIONAIS

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Em face dos acontecimentos registados no passado dia 28 de abril de 2018, por ocasião do jogo que opôs AEIS Agronomia a GD Direito, a contar para as meias-finais do CN1, a Direção da Federação Portuguesa de Rugby (FPR) fez, entre outras diligências, uma participação disciplinar ao Conselho de Disciplina (CD) da FPR, para que fossem apurados os factos com relevância disciplinar e regulamentar, e deles extraídas as competentes consequências. Em particular, solicitou a Direção da FPR que se apurassem as circunstâncias em que o referido jogo terminou. Em conformidade, o CD promoveu o correspondente processo de inquérito, tendo AEIS Agronomia e GD Direito apresentado as suas defesas. De igual forma, foram ouvidas 4 testemunhas, indicadas pelas duas equipas.

Apreciada toda a prova produzida, incluindo o relatório do árbitro, os esclarecimentos posteriormente solicitados pelo CD e prestados pelo árbitro, os depoimentos das testemunhas apresentadas e a análise das imagens vídeo, o CD determinou que ficou estabelecido e demonstrado que:

(i) o jogo não chegou ao fim; e

(ii) a interrupção definitiva determinada pelo árbitro foi da responsabilidade dos jogadores de ambas as equipas, os quais se envolveram em confrontos físicos.

O CD remeteu o processo para decisão da Direcção da FPR, nos termos do Artigo 30.º do RGC.

Em conformidade, em reunião iniciada em 29 de Maio e concluída em 31 de Maio de 2018, decidiu a Direção da FPR aceitar a conclusão do CD segundo a qual, em face dos factos apurados e para efeitos da aplicação das normas constantes do artigo 38.º, n.º 1, f) e n.º 3 do Regulamento Geral de Competições (RGC), a AIES Agronomia e o Grupo Desportivo de Direito são responsáveis pela interrupção definitiva por incapacidade de manutenção da ordem no recinto de jogo. Dessa forma, e em estrito cumprimento do disposto nas referidas normas, a Direção da FPR aplica falta de comparência não justificada às duas referidas equipas.

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Consequentemente, é averbada derrota a AEIS Agronomia e GD Direito no jogo do passado dia 28 de abril de 2018, a contar para as meias-finais do CN1, com o consequente cancelamento definitivo da Final do CN1.

Cumulativamente, nos termos do Artigo 41.º, n.º 2 do RGC, AEIS Agronomia e GD Direito são desclassificadas do CN1 2017/18 e, consequentemente, são as duas equipas despromovidas ao último escalão competitivo sénior em 2018/19, também nos termos do RGC.

A Direcção da FPR esclarece que a decisão reporta-se, em exclusivo, aos factos verificados dentro do terreno de jogo e durante o tempo de jogo, os quais têm enquadramento regulamentar. A Direcção da FPR gostaria de sublinhar que a aplicação do disposto na Lei n.º 39/2009 de 30 de Julho, que estabelece o regime jurídico do combate à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espectáculos desportivos, nomeadamente no que respeita a participação em rixa, ofensas à integridade física ou acesso por membros não autorizados a zona restrita, é matéria da competência dos tribunais, sendo que a instrução dos processos de contra-ordenação previstos na referida Lei compete ao IPDJ.

Lisboa, 1 de Junho de 2018

Acórdão do Conselho de Justiça da

Federação Portuguesa de Rugby

Processo CJ n.º: 12/2018

Recorrente: Grupo Desportivo de Direito Relator: José Guilherme Aguiar

Jogo: AEIS Agronomia v GD Direito – CN D1 Data: 28 de abril de 2018

Sumário: I. As sanções disciplinares são aplicadas em face do relatório do árbitro ou do delegado

do jogo ou, ainda, em resultado de inquérito realizado com base em participação de qualquer membro dos órgãos sociais da FPR, como resulta do artigo 10.º do Regulamento de Disciplina.

II. As imagens de vídeo captadas durante a realização de um jogo são meio admissível de prova, porquanto não constituem nenhuma violação do núcleo duro da vida privada nem do direito de imagem, podendo, assim, ser livremente apreciadas e valoradas. A utilização de imagens não constitui, por isso, um método proibido de prova.

III. Para além de apreciar a matéria do recurso, pode o Conselho de Justiça analisar as provas que constam do processo e, adicionalmente, apurar nova factualidade imputável ao Recorrente e, consequentemente, aplicar as sanções previstas no Regulamento Disciplinar.

1.O Grupo Desportivo de Direito vem, por via de recurso, requerer a revogação da decisão do Conselho de Disciplina de 3 de maio de 2018, que o condenou na multa de € 2.000,00 (dois mil euros) pela prática da infracção prevista no artigo 33.º, n.º 1, alínea g) ii) do Regulamento de Disciplina.

2. O recurso deu entrada na Federação Portuguesa de Rugby (FPR) no dia 16 de Maio, através de mensagem de correio electrónico pelo que, tendo o ora recorrente sido notificado em 4 de maio, o mesmo é tempestivo, de acordo com o disposto no n.º 1 do artigo 16.º e do artigo 41.º ambos do Regulamento de Disciplina (RD) da FPR, tendo legitimidade para recorrer.

3. No recurso interposto, o ora recorrente alega, em suma, o seguinte:

a) Numa leitura do Relatório do Jogo, dos vídeos disponibilizados pelos Clubes alcança-se, de forma inequívoca, que não se apura qualquer facto ou situação que permita concluir que os adeptos do GDD tenham provocado, após o termo do jogo, a ocorrência de agressões sobre espectadores da equipa adversária;

b) Invoca o CD outras imagens de vídeo de jogo e momentos posteriores ao seu termo par fundamentar a bondade da sua decisão, não indicando que vídeos são esses e qual a sua proveniência;

c) Que as imagens, cuja autoria não seja do conhecimento do recorrente, jamais poderão servir de fundamento para a aplicação da sanção em causa;

d) Conclui que a decisão enferma de erro de julgamento por ter decidido mala questão que lhe foi submetida, apreciando erradamente os factos, já que não foram os adeptos do clube Recorrente que provocaram os incidentes e não há prova que sustente a imputação.

Tudo visto, cumpre apreciar e decidir.

4. No jogo das meias-finais do CND1, Escalão de Seniores, disputado no dia 28 de abril de 2018, na Tapada da Ajuda, entre as equipas da AEIS Agronomia e do GD Direito, ocorreram vários desacatos dentro da área de jogo, tendo um desses desacatos ocorrido ao minuto 4 da primeira parte, onde estiveram envolvidos todos, ou quase todos, os jogadores de ambas as equipas.

5. Depois dos aludidos incidentes, com incidência disciplinar, o jogo prosseguiu até ao momento em que o árbitro deu o mesmo por terminado, relevando para o presente recurso os incidentes entre adeptos de ambas as equipas que ocorreram posteriormente na área e também no recinto de jogo.

6. Na sequência de participação do Presidente da FPR, feita ao abrigo da alínea b) do n.º 2 do artigo 10.º do RD, o Conselho de Disciplina decidiu instaurar um inquérito aos factos e às alegadas agressões entre adeptos de ambas as equipas e, em processo sumário, depois de considerar provada a conduta praticada por adeptos da ora recorrente, aplicar-lhe a sanção de multa de € 2.000,00, tendo por base o relatório do Delegado ao Jogo, e esclarecimentos adicionais por este prestados, bem como as imagens de vídeo fornecidas por ambos os clubes intervenientes.

7. Resulta dos n.ºs 1 e 2 do artigo 10.º do RD que as sanções disciplinares são aplicadas em face do relatório do árbitro ou em resultado de inquérito realizado com base em participação de qualquer membro dos órgãos sociais da FPR, o que se verificou no caso vertente, devidamente fundamentada, no prazo de 5 dias úteis a conta da data da prática das eventuais infrações disciplinares (alínea b) do n.º 2).

8. Resulta também do artigo 11.º do mesmo Regulamento que, quando cometida uma infração disciplinar na área de jogo, o árbitro deve descrever pormenorizadamente no espaço destinado ao «relatório complementar», inserido no verso do Boletim de Jogo ou em aditamento a este boletim, os factos ocorridos, as circunstâncias que os acompanharam, os efeitos provocados e a decisão tomada, requisitos a que não foi dado cumprimento, como resulta da consulta a este documento.

9. Efetivamente, no Boletim de Jogo apenas se refere, quanto ao comportamento dos adeptos, que “houve invasão por parte do público durante a comoção”, sendo que, no seu relatório complementar, o delegado ao jogo indica que, no que releva para o presente recurso, “após o apito final do árbitro, houve diversas pessoas do público e dos bancos, que entraram em campo, umas para festejar, outras para consolar jogadores e outras que se dirigiram ao árbitro com

ameaças e insultos”. Mais esclarece que “após os incidentes o árbitro, aparentemente ter-se-á sentido mal, tendo sido assistido pelo jogador internacional João Correia, que é médico e que também estava no banco do Direito” E conclui que “assim a minha preocupação, foi retirar o árbitro do recinto de jogo e conduzir o mesmo em segurança até ao balneário”.

10. Na medida do que antecede, embora se registe com alguma surpresa a incapacidade do árbitro e do delegado ao jogo (apoiado por um auxiliar) em identificarem, um só que fosse, os autores das agressões que relataram, bem andou o Conselho de Disciplina em recorrer ao visionamento das imagens de vídeo fornecidas por ambas as equipas, como meio de prova para o apuramento da verdade material.

11. Como vêm decidindo os nossos tribunais, a utilização de imagens particulares, em locais públicos ou de livre acesso ao público, não estando ferida de qualquer ilegalidade nem violando os direitos de personalidade que compreendem o direito de imagem, são meio admissível de prova, porquanto não constituem nenhuma violação do núcleo duro da vida privada nem do direito de imagem. Podem, assim, ser livremente apreciadas e valoradas. A utilização de imagens não constitui, por isso, um método proibido de prova, a que alude o artigo 126.º do Código do Processo Penal.

12. Acresce que é pacífico que os recursos para o Conselho de Justiça devem apreciar apenas as questões de direito, subsumindo-as à factualidade apurada na primeira instância como resulta do artigo 434.º do Código do Processo Penal, ou seja, não cabe a este Conselho apurar factos, mas apenas a aplicação das disposições regulamentares aos factos ocorridos.

13. Porém, no caso em apreço, perante a exiguidade ou, se quisermos, a inexistência de informação que permita fazer uma apreciação dos factos e a correspondente intervenção disciplinar do CD, ao aplicar a sanção ao ora recorrente, decidiu o Conselho de Justiça visionar as várias imagens do jogo e, consequentemente, decidir da factualidade por ele provada e consequente punição.

Acresce que,

14. Foi o visionamento dos vídeos do jogo que contribuiu para a verificação da ocorrência e da prática dos factos, cuja existência é plenamente confirmada pelo delegado ao jogo no seu relatório.

15. Mas, antes, não se pode deixar de chamar à atenção para o relatório do delegado ao jogo, que explicita o seguinte: «Na sequência deste incidente (ocorrido aos 4/6m.), houve um atleta de Agronomia que teve de ser substituído, pois sofreu uma lesão grave numa perna em consequência de um pontapé sofrido”. E mais: “por outro lado, um atleta de Direito, foi assistido em campo devido a uma lesão sofrida na cara, tendo, no entanto, continuado o jogo após o incidente. E tudo isto sem que tivesse sido possível identificar um único jogador que fosse, tendo o árbitro informado os capitães que não iria mostrar cartões

16. Resulta do repetido visionamento dos vídeos facultados pelo CD que, nos momentos posteriores ao término do jogo, muitos espectadores, adeptos de ambos os clubes, protagonizaram diversos incidentes nas bancadas, agredindo-se mutuamente e provocando cenas verdadeiramente lamentáveis e degradantes, indignas da modalidade que se preza de nunca ter sentido a necessidade de, mesmo nos jogos das provas mais importantes, como o Campeonato do Mundo, Torneios das 3 e da 6 Nações e outros, fazer a separação física dos adeptos dentro do recinto de jogo.

17. Mas, para além destas imagens que reproduzem comportamentos absolutamente reprováveis, é possível constatar outros comportamentos dos adeptos das duas equipas durante a entrada na área de jogo.

18. Assim, vê-se claramente diversos adeptos de ambos os clubes entrarem em campo e dirigirem- se ao árbitro, com inequívoca intenção de o agredir, ao mesmo tempo que o injuriavam e ameaçavam, como consta do relatório do delegado ao Jogo. Aliás, em consequência desse comportamento, a todos os títulos censurável por parte dos adeptos de ambos os clubes, o árbitro sentiu-se mal, tendo sido assistido por um médico ali presente. E perante o risco iminente de ver o árbitro ser agredido, o delegado só teve a única preocupação de o retirar o mais depressa possível para o balneário.

19. Mas é igualmente visível nas referidas imagens, para além das agressões mútuas entre os adeptos durante largos minutos, que estes tentaram agredir e consumaram algumas agressões igualmente a outros agentes desportivos e outras pessoas autorizadas por regulamento a permanecerem na área de jogo, designadamente os elementos de cada clube que se encontravam sentados nos bancos de suplentes e que tentavam fugir do local.

20. Aliás, constata-se perfeitamente nas imagens que um elemento que se encontrava no banco de suplentes da AEIS de Agronomia, de nome Cortes, ter sido agredido por um adepto do GD Direito, ora Recorrente. E nem se diga que tal elemento não constava no Boletim do Jogo, já que quem o agrediu não sabia minimamente dessa situação.

21. Também se pode visionar claramente nas imagens que os adeptos entraram em campo, com manifesta intenção de agredir quem ali se encontrava, tudo isto na sequência das agressões perpetradas entre os jogadores de ambos os clubes.

Assim sendo,

22. Adicionalmente à factualidade dada como provada pelo Conselho de Disciplina, fica igualmente provada a seguinte materialidade:

a) Após o termo do jogo ou, mesmo antes do apito final do árbitro, inúmeros espectadores, adeptos de ambos os clubes, entraram na área de jogo, tentando agredir o árbitro, jogadores e outros agentes que se encontravam no banco de suplentes;

b) Para além disso, o árbitro sofreu diversas ameaças e insultos por parte desses adeptos, tendo-se sentido mal e sido assistido por um médico, atleta do GD Direito;

c) Um elemento da AEIS Agronomia, de nome Cortes, que se encontrava sentado no banco de suplentes foi agredido por um adepto do GD Direito;

d) Foram igualmente agredidos por adeptos de ambos os clubes diversos agentes

desportivos, bem como outras pessoas autorizadas a permanecerem na área do jogo.

23. A factualidade acima descrita integra os comportamentos previstos e punidos nas alíneas i) e iv) do nº 1 do art.º 33º do Regulamento de Disciplina.

24. O visionamento das imagens do jogo, no uso também do poder de livre apreciação da prova feita por este Conselho, liberdade essa, como refere Figueiredo Dias, que visa um dever, que é o de perseguir a verdade material (in Direito Processual Penal, 1.º Volume, Coimbra editora, 1974,

págs. 202/203) conduz-nos à questão da punição de ambos os clubes por efeito e em consequência do comportamento dos seus adeptos acima descrito.

25. Aqui chegados, entende este Conselho que não assiste qualquer razão ao recorrente, quando alega a errada apreciação dos factos que lhe são imputados, já que, além do relatado pelo Delegado ao jogo, as imagens de vídeo são concludentes, permitindo afirmar, de forma peremptória e inequívoca, que os seus adeptos não só se agrediram mutuamente, como tentaram agredir o árbitro, jogadores e outros agentes desportivos, chegando mesmo a agredir um elemento que se encontrava no banco de suplentes de Agronomia e outros agentes desportivos que estavam autorizados a permanecer na área de jogo.

Decisão

Pelo exposto, decide o Conselho de Justiça:

I) Julgar totalmente improcedente o presente recurso, confirmando na íntegra a decisão do Conselho de Disciplina;

II) Condenar o Grupo Desportivo de Direito, relativamente aos factos provados em a) e b) do ponto 27 supra na multa de € 500,00 (quinhentos euros) e na interdição do seu recinto de jogo por 3 jogos, pela prática da infração prevista na alínea g) i) do n.º 1 do artigo 33.º do RD.

III) Condenar o Grupo Desportivo de Direito na multa de € 750,00 (setecentos e cinquenta euros) e na realização em campo neutro de 4 jogos, pela prática da infração prevista na alínea g) iv) do n.º 1 do artigo 33.º do RD.

IV) Condenar, em cúmulo jurídico, o Grupo Desportivo de Direito na multa única de € 2.500.00 (dois mil e quinhentos euros) e na pena de interdição do seu recinto de jogo por 6 jogos.

Por razões de ordem pessoal, o Conselheiro Pedro Pardal Goulão pediu escusa de participar na elaboração do presente recurso, o que foi aceite pelo Presidente do Conselho de Justiça.

Notifique.

Lisboa, 11 de julho de 2018

José Guilherme Aguiar (Relator) António Folgado

Conselho de Justiça da

Federação Portuguesa de Rugby

Arguição de Nulidade da Sentença

Processo CJ n.º: 11/2018 Requerente: AEIS Agronomia Relator: José Guilherme Aguiar

Jogo: AEIS Agronomia v GD Direito – CN Divisão de Honra Data: 28 de Abril de 2018

1.A Associação de Estudantes do Instituto Superior de Agronomia (AEISA) veio interpor recurso da decisão do Conselho de Disciplina da FPR de 3 de Maio de 2018, que a condenou na multa de € 2.000,00 (dois mil euros) pela prática da infracção prevista no Art.º 33º, nº 1, alínea g) ii) do Regulamento de Disciplina.

2. Após apreciar os fundamentos do recurso interposto, o Conselho de Justiça decidiu:

I) julgar totalmente improcedente o recurso interposto, confirmando na íntegra a decisão do Conselho de Disciplina;

II) condenar o clube AEIS Agronomia, relativamente aos factos provados em a) e b) na multa de € 500,00 (quinhentos euros) e na interdição do seu recinto de jogo por 4 jogos; III) condenar o clube AEIS Agronomia na multa de € 750,00 (setecentos e cinquenta euros) e

na realização em campo neutro de 4 jogos;

IV) condenar, em cúmulo jurídico, o clube AEIS Agronomia na multa única de € 2.500.00 (dois mil e quinhentos euros) e na pena de interdição do seu recinto de jogo por 6 jogos.

3. Vem agora a Requerente AEISA arguir a Nulidade da Sentença, aduzindo, para tal, os seguintes fundamentos:

- Alteração dos factos e da qualificação jurídica, alegando que a decisão do CJ condenou a Requerente com base em factos diferentes e diferente qualificação jurídica da decisão sumária do CD, sem contraditório.

- Erro na forma do processo, já que o Regulamento de Disciplina impõe que as infracções punidas com sanções que impliquem a realização de jogo em campo neutro ou uma interdição do recinto de jogo superior a 4 semanas só podem ser aplicadas no âmbito de processo disciplinar.

- Proibição da reformatio in pejus , declarando ser a mesma proibida, muito embora o Regulamento Disciplinar nada diga a tal respeito, o que na opinião da Requerente implicava tal interdição.

- Motivação ostensivamente contraditória, já que, na sua perspectiva a decisão assentou em novos factos, alguns ostensivamente irreais, imputados erradamente a ambos os clubes intervenientes, sem o recurso ao contraditório e que, mesmo que verdadeiros, jamais poderiam ser imputados à aqui Requerente.

- Prática consuetudinária contrária à lei federativa, decorrente da falta de acta da reunião do CJ, embora “prática corrente há vários anos” .

Conclui a Requerente pelo provimento ao presente requerimento, revogando o Acórdão proferido por estar ferido de nulidade.

Tudo visto, cumpre apreciar e decidir.

3. Como bem reconheceu a Reclamante, a decisão do Conselho de Disciplina foi proferida no âmbito de um processo sumário, sem que aos visados tivesse assistido qualquer direito ao contraditório, vale dizer, sem conhecimento prévio dos factos e dos meios que lhes serviram de suporte. Nessa conformidade, é perfeitamente claro que a decisão do CJ pode apreciar totalmente as provas postas à disposição do CD e através delas valorar a factualidade que achar decorrente da sua própria livre apreciação e valoração.

4. Como expressamente se disse no Sumário do Acórdão em apreço, “Para além de apreciar a matéria do recurso, pode o Conselho de Justiça analisar as provas que constam do processo e, adicionalmente, apurar nova factualidade imputável ao Recorrente e, consequentemente, aplicar

No documento 1. INTRODUÇÃO 1 2. ORGÂNICA 4 (páginas 121-147)