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PROJECTO 2 – RUGBY JUVENIL | PROGRAMA NACIONAL U14/U17 1 ANÁLISE DA DEMOGRAFIA FEDERADA (SUB-8, 10 ,12 E 14)

No documento 1. INTRODUÇÃO 1 2. ORGÂNICA 4 (páginas 64-73)

2ª e 3ª FASE 16 equipas

4.6.2. PROJECTO 2 – RUGBY JUVENIL | PROGRAMA NACIONAL U14/U17 1 ANÁLISE DA DEMOGRAFIA FEDERADA (SUB-8, 10 ,12 E 14)

Nos últimos 13 anos, o número total de jogadores (Sub-14) inscritos na FPR tem vindo a crescer gradualmente, atingiu os 68% em 2018, face ao número de jogadores inscritos em 2005 (ver gráfico 1).

63 Gráfico 1 – Nº total de atletas inscritos na FPR (2005 a 2018)

O número de jogadores inscritos até aos Sub-14 (2849), corresponde a 43% do número total (6577) de jogadores inscritos na FPR, este é um dado que reflete a importância do trabalho desenvolvido na sustentabilidade do rugby português, sendo determinante que o rugby juvenil em Portugal continue a ter uma imagem apelativa e atrativa para quem o quer praticar.

Verificamos que este aumento na “curva de crescimento” obriga a um grande esforço dos clubes, na organização interna, nomeadamente na capacidade de retenção dos seus jogadores, e ainda na captação de novos jogadores. Continuam a surgir novos clubes, com base no associativismo e também com origem no rugby escolar, que iniciaram a sua atividade competitiva, filiando os seus jogadores na FPR, o que também contribuiu para este aumento.

No gráfico 2, apresentamos a variação do número de jogadores em cada escalão ao longo das últimas treze épocas (2005 a 2018). Registámos esta época, um crescimento com máximos nacionais nos escalões Sub-8 (498/+34) e Sub-12 (773/+1), o que reforça o crescimento sustentado na base.

Relativamente aos Sub-10 (650/-32) e Sub-14 (935/-7), registou-se uma estagnação pontual, não sendo significativa esta diminuição, devemos estar atentos reforçando a captação e retenção nestes escalões. No período em análise estes escalões registam uma tendência de crescimento que em média situa-se nos 7%/ano.

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Quando analisamos o crescimento por região, verificamos que o número de jogadores aumentou consideravelmente desde 2005 até 2018 em todas as regiões.

No decorrer da última época, verificou-se um aumento em duas das regiões, a região sul atingiu os 2095 jogadores (1%/+19), a região norte os 387 jogadores (3%/+11 jogadores), e a região centro registou 367 jogadores (-8%-34), facto que consideramos relevante para a consolidação e crescimento do rugby juvenil em Portugal.

Gráfico 3 – Evolução dos jogadores inscritos, por região (2005 a 2018)

Do número total de jogadores inscritos até ao escalão de Sub-14 (2849), 2095 pertencem aos clubes da Região Sul (74%), 367 aos clubes do CRRC (13%) e 387 aos clubes da ARN (14%). No gráfico 3, podemos observar essa distribuição, sendo evidente a assimetria existente entre a região sul e as restantes regiões.

65 Gráfico 4 – Percentagem do nº de jogadores em cada região (2005 a 2018)

4.6.2.2. COMPETIÇÕES

Sub-8, Sub-10 e Sub-12 – Convívios

Nos últimos 13 anos passámos de 546 para 1921 praticantes de rugby Sub-12. Registou-se um aumento de 3 jogadores (+ 34 nos Sub-8 e +1 nos Sub-12, com a diminuição de 32 atletas nos Sub-10) relativamente à época passada.

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As estruturas regionais (Norte, Centro e Sul), realizaram vários convívios de carácter local, regional, inter-regional e nacional.

Os convívios decorrem num ambiente de “festa”, tendo como principal objetivo a competição formativa, no qual o processo é claramente mais importante que o resultado. Os aspetos pedagógicos e os valores do rugby, são repetidamente relembrados, através de documentação elaborada pelos técnicos do Departamento de Desenvolvimento e Formação da FPR e distribuída aos “Pais e Mães”, Espectadores, Treinadores, Jogadores e Árbitros. Neste sentido foi atualizado no início da presente época o Guia do Rugby Juvenil, documento que regula toda a atividade destes escalões. Este é um documento que todos os intervenientes do rugby juvenil devem conhecer e respeitar, fazendo cumprir as suas orientações pedagógicas e de ensino. Após a análise das adaptações às Leis de Jogo e orientações pedagógicas e técnico-táticas, com o intuito de acompanhar a evolução dos jogadores, decidiu-se manter o mesmo regulamento pedagógico à excepção da introdução da obrigatoriedade de transporte de bola nas duas mãos nos escalões Sub-8 e Sub-10.

Ao longo desta época foram organizados vários convívios pelas Associações Regionais: • (3) Convívios de apoio a Seleção Nacional

• (3) Convívios Nacionais (1 no Norte, 1 no Centro e 1 no Sul)

• Convívios de Clube, Regionais e Inter-Regionais

Positivo

• Aparecimento de novas equipas/clubes nos convívios durante toda a época;

• Participação regular da maioria dos clubes em todos os convívios;

• Presença de apoio médico em todos os convívios (regionais e inter-regionais);

• Coordenação realizada pela ARN e CRRC, na organização de atividades inter-regionais, tornando possível aos clubes do Norte e Centro participarem numa competição regular; • Consolidação do regulamento técnico-pedagógico por parte de todos os agentes do rugby

juvenil (com especial relevância dos Sub-8). A melhorar

• Inscrição de todos os atletas na FPR;

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• Comportamento e atitude dos treinadores na condução técnica das equipas em jogo/competição (assistiu-se a um agravamento deste aspeto);

• Muitas equipas/clubes competem em convívios mais de duas vezes por mês;

• Participação formandos do projeto “#EuApito” nos convívios;

• Participação das equipas da região do Sul, no convívio nacional do Norte e Centro;

Sub-14 – Torneios, Circuitos AR’ Sevens

Registou-se em relação à época passada uma manutenção do número de inscritos no escalão de Sub- 14 (-7 jogadores), registando um total de 928 jogadores, o que continua a colocar grandes desafios à organização das competições Sub-14.

Tem sido necessário organizar diferentes competições, de acordo com as necessidades dos clubes, que sejam capazes de envolver equipas de todo o país, desde o Norte, o Centro, passando por Lisboa, Alentejo e Algarve. Destacamos o trabalho de cooperação da ARN e CRRC no torneio inter-regional Sub-14 e da FPR na coordenação do Torneio Lobinhos a Lobos, envolvendo as equipas do Norte, Centro e Sul do país.

Positivo

• Integração de todos os clubes/equipas nas várias competições (Inverno, Primavera, Regional e Nacional);

• Ajuste do modelo da organização da competição no escalão de Sub-14 (Rugby VII e XIII);

• Criação de três níveis de competição, em função dos diferentes níveis/necessidades;

• Organização dos clubes, nomeadamente ao nível do registo dos resultados e cumprimento do prazo para envio dos relatórios da jornada e boletins de jogo;

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• Apresentação do Dossier de Equipa (Identificação dos Atletas)

• Coordenação realizada pela ARN e CRRC, na organização de atividades inter-regionais, tornando possível aos clubes do Norte e Centro participarem numa competição regular; • Organização do “Lobinhos Sevens”, que contou com a participação recorde de equipas nas duas

jornadas organizadas (Centro e Sul). A melhorar

• Reforço de presença regular de formandos do projeto “#Eu Apito” nas competições;

• Conhecimento das leis de jogo e dos regulamentos, por parte dos treinadores e dirigentes;

• Comportamento dos treinadores e dirigentes nos momentos decisivos das competições;

• Tempo de antecedência com que é comunicada a marcação das jornadas/locais de realização;

• Maior acompanhamento e formação dos jovens, ou membros, dos clubes que realizam a arbitragem;

• Participação dos clubes da região Norte no “Lobinhos Sevens”, não marcaram presença clubes do Norte nesta competição.

Medidas que terão continuidade em 2018/19 no Rugby Juvenil (Sub-8, 10,12 e 14)

• Plano de Ação de Captação e Formação de Jovens Árbitros, através do projeto “#EuApito”

• Obrigatoriedade do Dossier de Equipa (Todos os Escalões)

• Campanha de Inscrição dos Jogadores na FPR

• Reforço dos Valores do Rugby (Campanha para todos os Agentes do Rugby Juvenil)

• Será organizada uma competição inter-regional (Norte/Centro) de rugby XIII na fase inicial da época para o escalão Sub-14;

• Manter-se-á o nome do Torneio “Lobinhos a Lobos”, evitando assim qualquer analogia a um campeonato nacional.

• Campanha de captação de jogadores Sub-14.

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4.6.2.3. FORMAÇÃO “LOBINHOS A LOBOS”

A. TREINADORES, ÁRBITROS E DIRETORES DE EQUIPA

Na época 2017/18 voltaram a ser organizadas várias ações de formação de jogadores, treinadores e árbitros, com o objetivo de melhorar a qualidade do jogo, treino e arbitragem, fatores que consideramos decisivos para a melhoria global do Rugby Juvenil.

Realizaram-se 3 cursos de treinadores de formação inicial de Grau 1, na região norte, centro e sul. No total foram envolvidos 60 treinadores, na sua maioria a desempenharem funções nos escalões de rugby juvenil nos clubes. Estes treinadores estão em fase de conclusão dos estágios integrados no curso, tendo sido realizadas algumas sessões de “coaching”/acompanhamento nos seus treinos de clube.

Para além destas ações foram realizadas reuniões técnicas de início de época com os treinadores e responsáveis do rugby juvenil de forma a apresentar as orientações técnico-pedagógicas para a época 2018/19. Estas reuniões tiveram uma grande adesão e recetividade por parte de todos os envolvidos. Na região norte e num modelo experimental foi organizado uma formação “Lobinhos a Lobos” destinada a todos os agentes desportivos, tendo tido uma adesão muito boa. Nesta formação foi abordado o perfil do treinador, dirigente e do árbitro do rugby juvenil. Esta formação será no futuro replicada em diferentes regiões e com mais periodicidade.

A arbitragem foi uma área que se desenvolveu da forma que pretendíamos, mesmo com escassos recursos financeiros e dificuldade no recrutamento de novos árbitros registou-se uma evolução nesta área de extrema importância para aumentar a qualidade do jogo em Portugal.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

1. A captação de mais jogadores para os clubes da periferia de Lisboa e do Porto, bem como na região Norte, Centro, Alentejo e Algarve deve ser reforçada, através de ações no meio escolar. 2. Os clubes de Lisboa, Coimbra e do Porto, terão como maior desafio a fidelização dos seus jogadores, aspeto que poderá ser dificultado pela situação económica e social que o País atravessa.

3. Os clubes deverão aproveitar a realização do Campeonato do Mundo e dar prioridade à captação de jogadores sub 14, pois é neste escalão que se deu o decréscimo de jogadores. 4. As competições serão organizadas em colaboração com os clubes e de forma a permitir a

prática regular de todos os jogadores inscritos. É fundamental que os clubes envolvam nos convívios e torneios todos os jogadores inscritos no seu clube. Para manter o nível de qualidade

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das competições a FPR, através das AR’s deverá reforçar e acompanhar na medida das suas possibilidades.

5. Na formação serão reforçadas as orientações técnicas e táticas para os escalões sub 8,10,12 e 14. Para a implementação destas orientações ser mais eficaz é fundamental a participação dos treinadores destes escalões em pelo menos um dos seguintes cursos que serão realizados em Setembro: Treinadores Grau 1; Seminário Rugby Juvenil.

6. Ao nível da arbitragem será realizado um reforço das ações de captação e principalmente de acompanhamento aos novos árbitros, sendo um dos objetivos principais a formação com qualidade de árbitros, esta formação terá o apoio efetivo na próxima época dos diretores técnicos regionais.

7. Os estágios de aperfeiçoamento técnico continuarão a ser uma das estratégias de formação utilizada, estando previsto a realização de um estágio nacional em 2019.

A Federação Portuguesa de Rugby agradece a toda a comunidade do rugby português que, direta ou indiretamente, tem contribuído para o desenvolvimento do Rugby Juvenil.

4.6.2.4. PROGRAMA NACIONAL DE APERFEIÇOAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE JOGADORES SUB 14 / SUB 16

SELEÇÕES REGIONAIS SUB 14 / SUB 16 - as Associações Regionais realizam vários estágios de aperfeiçoamento técnico, onde jogadores, treinadores e árbitros são envolvidos. As três associações e os seus técnicos realizam estes estágios com o objetivo de apresentar estratégias de ensino aos treinadores, desenvolver tecnicamente e taticamente os jogadores e motivar os jovens árbitros para a arbitragem.

Estes estágios revelaram-se excelentes momentos de formação e são também momentos de discussão e troca de ideias entre os treinadores.

Cada associação desenvolve o seu programa de treinos e competições de forma autónoma, mas em coordenação com o Diretor de Desenvolvimento (FPR) e com as restantes AR’s.

No escalão sub-14 e sub-16 realizam-se dois estágios nacionais (Junho 2018), com a participação de 200 jogadores e 30 treinadores.

4.6.2.5. APOIO AOS CLUBES

Foi dado início ao programa de apoio técnico aos clubes, através ações técnicas (específicas) de apoio aos clubes. Os clubes foram incentivados a realizarem o seu próprio plano estratégico, recorrendo ao

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apoio dos técnicos da FPR, sempre que necessário. O reforço da organização (administrativa) dos clubes e o apoio técnico continuado aos treinadores clubes foi outro dos objetivos da FPR para desenvolver qualitativamente o nível dos clubes.

A Federação Portuguesa de Rugby suportou os custos associados aos seguros dos jogadores até aos Sub-14.

4.6.2.6. COMPETIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO

É fundamental a criação de várias competições, através das variantes do Rugby, para tentar alcançar o maior número de pessoas. As competições de Touch Rugby, Tag Rugby, Rugby de “7” para equipas emergentes (CIRCUITO NACIONAL DE CLUBES EMERGENTES), Rugby de “7” Universitário e Rugby de Praia são excelentes estratégias para desenvolver o Rugby. A FPR enquadrou estas iniciativas, fomentando a organização destes eventos, que tem como principal função promover o jogo de Rugby, permitindo que clubes com menos recursos possam participar e envolverem-se no jogo de rugby.

4.6.3. PROJETO 3 – RUGBY NA COMUNIDADE

No documento 1. INTRODUÇÃO 1 2. ORGÂNICA 4 (páginas 64-73)