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4   EXPERIMENTANDO A INSERÇÃO DA MODELAGEM NO PROCESSO DE PROJETO 110

4.4   EXPERIÊNCIA II – SEMESTRE 2011.2 130

4.4.1   Aplicação 132

4.4.1.1 Primeira fase Problematização

A equipes produziram os Modelos Físicos de Análise na escala de 1:200 (Figura 94) em isopor, ao mesmo tempo em que produziram o Modelo

Geométrico do terreno (Figura 95) representando as curvas de níveis. Nessa fase

do projeto os estudantes utilizaram o programa Sketchup para construir o modelo geométrico do terreno. O modelo geométrico e o modelo físico foram desenvolvidos simultaneamente como forma de exercitar no estudante o domínio da espacialidade do terreno. O exercício possibilitou a apreensão da possibilidade do aproveitamento da topografia na distribuição dos espaços e blocos funcionais.

Figura 94 – Modelo Físico de Análise do terreno em isopor, na escala de 1:200

Figura 95 – Modelo Geométrico do terreno

Fonte: Aluno Michel C. Lardin.

4.4.1.2 Segunda fase Proposição

No processo de projeto os alunos realizaram o exercícios de composição utilizando volumes modulados sobre o Modelo Físico de Análise (Figura 96), com o objetivo de definir setores e agrupamentos formais que respondessem às restrições impostas pelo terreno e pelo programa predefinido12.

Figura 96 – Exercício de composição com módulos

Fonte: Fotografado pelo autor.

As possibilidades de composição foram registradas em forma de croqui à mão livre (Figura 97). A aplicação desse recurso evidenciou nos estudantes a dificuldade da representação à mão livre. Alguns preferiram fotografar com o aparelho celular.

      

Figura 97 – Croqui de estudo a partir do exercício de composição

Fonte: Alunos Mariana Lucena e Philippe Pinheiro.

Ainda nessa fase as equipes deveriam modelar os resultados do exercício de composição sobre o modelo geométrico do terreno (Figura 98).

Figura 98 – Modelo Geométrico 3D da composição volumétrica sobre o terreno

Fonte: Trabalho das alunas Barbara Gondim, Marília Carvalho e Rui do Rosário.

Os modelos físicos de composição volumétrica foram utilizados para o estudo das restrições projetuais relacionadas ao conforto ambiental visando a identificação das potencialidades da área e a adoção de estratégias projetuais que priorizassem a utilização de iluminação e ventilação naturais (Figura 99).

Dentre as estratégias adotadas na grande maioria das propostas observou-se a utilização de elementos permeáveis nas fachadas, elementos que promovem sombreamento, materiais e cores que priorizam o desempenho térmico da edificação e a adoção da disposição dos blocos no terreno considerando a menor incidência direta da insolação.

Figura 99 – Estudo de incidência solar no heliodon

Fonte: Trabalho dos alunos Philippe Pinheiro e Mariana Lucena.

Durante o desenvolvimento da proposta foi possível observar nos diálogos reflexivos no ateliê de projeto que a utilização de Modelo Físico de

Estudo, desenho em croqui e Modelo Geométrico 3D facilitaram a adoção de

estratégias projetuais e a tomada de decisões, próprias das fases iniciais do processo de projeto.

Figura 100 – Estudo de composição volumétrica com Modelo Físico de Estudo

Figura 101 – Estudo de composição volumétrica com desenho feito à mão livre

Fonte: Trabalho dos alunos Ismara Medeiros e Maxwell Osvaldo.

Figura 102 – Estudo de plano de massa com Modelo Geométrico 3D – exemplo 1

Fonte: Alunos Ismara Medeiros e Maxwell Osvaldo.

Figura 103 – Estudo de plano de massa com Modelo Geométrico 3D – exemplo 2

4.4.1.3 Terceira fase Documentação

Nessa fase a estratégia foi utilizar a Modelagem Geométrica

Tridimensional no desenvolvimento da proposta inicial. As duplas passaram a

desenvolver suas propostas com o programa Revit da Autodesk. Nesse trabalho a integração com a disciplina de informática foi fundamental para o desenvolvimento do domínio da ferramenta computacional na modelagem geométrica da proposta.

Para o seminário final da disciplina foi solicitado que cada dupla produzisse oito painéis em formato A3 com os seguintes assuntos: o projeto do lugar; a área integrada do projeto urbano; o projeto da escola; o sistema estrutural; as diretrizes de conforto ambiental; e perspectivas renderizadas da proposta (Figura 104 e Figura 105).

Figura 104 – Exemplo de painel

Fonte: Trabalho dos alunos Cleyton Santos e Maísa Cortez.

Figura 105 – Exemplo de painel

Fonte: Trabalho dos alunos Ana Luiza Sena e Iran Luiz Souza.

4.4.2 Discussão dos resultados da experiência

Em cada uma das duas experiências iniciais, as equipes trabalharam sobre o mesmo terreno. Na primeira experiência, logo no início do semestre foi produzido um único Modelo Físico de Estudo do terreno em uma escala que permitiu representar a morfologia do entorno urbano. Esse modelo serviu de suporte para os estudos iniciais de concepção de todas as equipes.

Na segunda experiência cada equipe produziu um Modelo Físico de

Análise com a topografia do terreno em isopor e esse modelo facilitou o estudo de

composição volumétrica que pôde ser executado simultaneamente por todas as equipes durante a atividade de ateliê integrado.

Verificou-se que o procedimento adotado na primeira experiência, ou seja, representar no Modelo Físico de Análise a fração urbana do entorno da área de intervenção, foi mais proveitoso, pois permitiu analisar os impactos que as soluções adotadas causariam no contexto urbano imediato. Na segunda experiência, o

atenções dos estudantes para as relações internas ao terreno. Esse fato foi compensado com o Modelo Geométrico 3D do terreno, que ampliou a área modelada para as quadras vizinhas ao terreno de intervenção.

A incorporação dos exercícios de composição volumétrica na fase inicial do projeto a partir da utilização de módulos sobre Modelo Físico de Análise do terreno possibilitou a exploração das potencialidades e restrições que a topografia do terreno impunha às soluções a serem adotadas e o estudo das relações funcionais entre setores.

Ao final dessa experiência foi possível avaliar que a sequência Modelo

Físico de Estudo ► croqui ► Modelo Geométrico 3D enriqueceu o processo de

ensino aprendizagem, ampliando o domínio e a compreensão da tridimensionalidade do projeto.