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Aplicação do questionário

No documento Patrícia de Fátima Olival da Rosa (páginas 76-81)

Capítulo III: Concepção e implementação do estudo 1 Problemática e questões de estudo

Secção 7 – Identificar as preocupações sentidas no âmbito da avaliação nas dificuldades de escrita (questão 1) e questões fundamentais no âmbito da intervenção

6.3. Aplicação do questionário

Elaborada a versão final do questionário, prosseguiu-se com a aplicação do mesmo aos sujeitos da amostra. No que se refere aos Grupos A (professores do 1º Ciclo) e Grupo B (professores de Educação Especial), a aplicação do questionário contemplou 4 fases distintas: 1) pedido de autorização aos directores dos cinco agrupamentos de escolas da cidade de Setúbal, onde se descrevia de forma sucinta o âmbito e os objectivos do estudo a realizar (Anexo VI); 2) articulação com os coordenadores de escola e de Educação Especial com vista à flexibilização do processo de entrega e recolha do questionário; 3) entrega dos questionários e 4) recolha dos questionários.

No que respeita ao Grupo C da amostra (terapeutas da fala), optou-se pela entrega do questionário em dois formatos: versão papel (para os terapeutas da fala em exercício de funções nos agrupamentos de escolas inseridas no estudo e clínicas privadas da cidade de Setúbal) e digital (no caso dos terapeutas da fala alunos do Mestrado em Desenvolvimento e Perturbações da Linguagem na Criança e participantes no Fórum da Terapia da Fala).

Os questionários foram preenchidos e recolhidos via e-mail durante os meses de Março e Abril de 2010.

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6.4. Tratamento dos dados

Com vista ao tratamento e à análise dos dados recolhidos, os questionários foram posteriormente submetidos a dois procedimentos distintos: recurso ao software informático SPSS 17.0 (Statistical Package for Social Sciences) para a análise estatística descritiva e inferencial dos dados obtidos nas perguntas fechadas e recurso à análise de conteúdo das perguntas abertas.

A análise estatística descritiva permitiu-nos descrever e caracterizar a nossa amostra, tendo em conta o tipo de escalas e natureza das variáveis apresentadas. Para o efeito, recorreu-se a tabelas e gráficos com frequências (variáveis nominais: grupo profissional, género; variáveis ordinais: idade, formação académica). Para a experiência profissional, tratando-se de uma variável quantitativa, a medida de tendência central que se considerou mais adequada foi a da média e a de dispersão (desvio padrão). A estatística descritiva possibilitou-nos também verificar a distribuição da amostra relativamente às concepções de erro (questão 2 da Secção 2) e às estratégias consideradas mais eficazes no aperfeiçoamento da competência ortográfica (questão 4 da Secção 6).

No que concerne à análise estatística inferencial, a que recorremos para a comparação dos resultados dos diferentes grupos, o tratamento dos dados das questões 1 das Secções 2, 3, 4, 5, 6 e questão 2 da Secção 6 foi feito com base em técnicas estatísticas que serviram o propósito do nosso estudo e, consequentemente, a verificação das hipóteses formuladas. Por conseguinte, depois de apurarmos as médias de cada grupo amostral, para percebermos se essas médias eram significativamente diferentes, seleccionámos o teste Anova one-way. O teste de Anova one-way aplica-se quando se pretende testar duas ou mais amostras independentes (extraídas da mesma população ou de populações diferentes). Considerando a dimensão total da nossa amostra, não necessitámos de verificar os pressupostos da Anova na medida em que, quando as amostras têm dimensão superior a 20, este procedimento é dispensável (Maroco & Bispo, 2007).

Uma vez que nos encontrávamos na presença de mais de dois grupos amostrais, e considerando o facto de haver diferenças significativas, afigurou-se-nos pertinente verificar entre que grupos se verificavam essas diferenças. O teste seleccionado para esse efeito foi o de Tukey (Maroco & Bispo, 2007).

Importa ainda referir que para a operacionalização do estudo comparativo foram consideradas como variáveis independentes os diferentes grupos profissionais,

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anteriormente descritos, e como variáveis dependentes as concepções de erro na escrita, a tipologia de erros, as causas e origens dos erros, o tipo de feedback fornecido na correcção dos trabalhos escritos e as estratégias promotoras do desenvolvimento da dimensão ortográfica.

Ainda relativamente às perguntas fechadas, e de acordo com as escalas apresentadas, foram atribuídas distintas cotações. A cotação dos itens da pergunta 1 das secções 2 e 4 foi efectuada da seguinte forma: 1 para “Discordo totalmente”, 2 para “Discordo”, 3 para “Concordo”, 4 para “Concordo totalmente” e 0 para “Nunca reflecti sobre o assunto”. Quanto à questão 1 das secções 3, 5 e 6 atribuiu-se a cotação 1 para “Nunca”, 2 para “Poucas vezes”, 3 para “Algumas vezes”, 4 para “Muitas vezes” e 5 “Sempre”. Já na questão 3 da secção 6 foram efectuadas as seguintes cotações: 1 para “Nada eficaz”, 2 para “Pouco eficaz”, 3 para “Eficaz” e 4 para “Muito eficaz”.

No que respeita à análise de conteúdo das questões abertas, a técnica escolhida foi a da categorização, que pode ser caracterizada como uma “operação de elementos constitutivos de um conjunto, por diferenciação e, seguidamente, por reagrupamento segundo o género (analogia), com os critérios previamente definidos”. Seguindo a proposta deste autor, o nosso processo de categorização comportou duas etapas: o inventário, que implica isolar os elementos, e a classificação, que se traduz na repartição dos elementos, procurando-se ou impondo-se uma organização dos dados fornecidos. Este procedimento teve como objectivo “fornecer, por condensação, uma representação simplificada dos dados brutos”, que nos permitisse responder às questões que subjazem a este estudo (Bardin, 2004).

Tratados os dados, à luz da estatística descritiva e inferencial e da análise de conteúdo, procedemos à interpretação dos mesmos, apresentando-os atendendo à sequência das questões do questionário e respectivas questões de investigação. Posteriormente, prosseguiremos com a discussão dos resultados obtidos e à verificação das hipóteses em estudo, inferindo conhecimentos com a ajuda de evidências resultantes deste estudo e dos saberes veiculados pela literatura de especialidade.

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P

ARTE

IIIA

NÁLISE DE RESULTADOS

,

DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

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C

APÍTULO

IV:D

ESCRIÇÃO

,

INTERPRETAÇÃO E CONCLUSÕES

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Parte III – Análise de resultados, discussão e conclusões

Capítulo IV: Descrição, interpretação e conclusões

No documento Patrícia de Fátima Olival da Rosa (páginas 76-81)