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Aporte Legal do Uso Agrícola de Lodo de Estações de

2.2 LOGÍSTICA PARA GESTÃO DE LODOS DE ETES

2.2.4 Aporte Legal do Uso Agrícola de Lodo de Estações de

O principio I do Art 3° da Lei Estadual n° 12.493 de 22 de janeiro de 1999 estabelece que: “a geração de resíduos sólidos deverá ser minimizada através da adoção de processos de baixa geração de resíduos e da reutilização ou reciclagem, dando prioridade à reutilização e/ou reciclagem a despeito de outras formas de tratamento e disposição final, exceto nos casos em que não exista tecnologia viável”. O uso agrícola do lodo vem ao encontro do preconizado no Princípio acima citado. A alternativa da reciclagem tem o grande benefício de transformar um resíduo problemático e de difícil disposição em um insumo agrícola, fornecendo matéria orgânica e nutrientes ao solo (FERNANDES et al., 1993; CLAPP et al., 1986; BUNDGAARD E SAAYBE, 1992; ANDREOLI, 1999; CARVALHO e BARRAL, 1981 apud PEGORINI, 2002). Num sentido mais amplo, traz também vantagens indiretas ao homem e ao meio ambiente, tais como: a redução dos efeitos negativos da incineração, da dependência de fertilizantes químicos e melhoria do balanço do CO2 da biosfera, pelo incremento da matéria orgânica do solo (OUTWATER, 1994; LAL et al.,1995, apud PEGORINI, 2002).

No entanto, para que sua utilização seja segura, devem ser controlados os teores de metais pesados e organismos patogênicos. Portanto, o lodo deve passar

por procesos que reduzam significativamente o teor destes organismos (FERNANDES et al., 1996).

A Lei Estadual n°12.493/1999 (Paraná), em seu Art. 14° estabelece que: “o solo e o subsolo somente poderão ser utilizados para armazenamento, acumulação ou disposição final de resíduos sólidos de qualquer natureza, desde que sua disposição seja feita de forma tecnicamente adequada, estabelecida em projetos específicos, obedecidas as condições e critérios estabelecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP”. Os critérios para uso agrícola para fins de destinação final do lodo de Estação de Tratamento de Esgotos foram estabelecidos pela Instrução Técnica CEP/DTA 001/2002. Com a publicação da Resolução CONAMA n°375/2006, que define critérios e procedimentos para uso agrícola de lodos de esgoto, a CEP/DTA 001/2002 foi revisada, tendo gerado a atual Resolução SEMA n° 01/2007 (SEMA/IAP). Atualmente, os mecanismos e procedimentos para o uso agrícola do Lodo de Esgoto no Estado do Paraná estão regulamentados pela Resolução SEMA n° 01 / 2007.

2.2.4.1 Qualidade do Lodo de SES para Uso Agrícola no Estado do Paraná

Em acordo com o Anexo 6 da Resolução SEMA n°01/2007, que estabelece Critérios para Uso Agrícola de Lodo de ETE, os lotes de esgoto e de produtos derivados, para o uso agrícola, devem respeitar as seguintes concentrações máximas:

TABELA 13 CRITÉRIOS PARA USO AGRÍCOLA DE LODO DE ETE

Substâncias Inogânicas

Concentração Máxima Permitida no Lodo de Esgoto ou Produto Derivado

(MG/KG.Base Seca) Arsênio 41 Bário 1300 Cádmio 20 Chumbo 300 Cobre 1000 Cromo 1000 Mercúrio 16 Molibdênio 50 Níquel 420

Substâncias Inogânicas

Concentração Máxima Permitida no Lodo de Esgoto ou Produto Derivado

(MG/KG.Base Seca)

Selênio 100 Zinco 2500

AGENTES PATOGÊNICOS CONCENTRAÇÃO

Coliformes Termotolerantes < 10³ NMP / g de ST Ovos viáveis de helmintos < 0,25 ovo / g de ST Salmonella Ausência em 10 g de ST Vírus < 0,25 UFP ou UFP/ g de ST Fonte: Resolução SEMA 01/2007

Os lodos de esgoto que não atendam os requisitos mínimos de qualidade não poderão ser misturados aos lodos de outra procedência visando a formação de lotes para liberação para uso agrícola.

2.2.4.2 Caracterização do Lodo de SES para Fins Agrícolas no Estado do Paraná

A Resolução 375 CONAMA que trata da regulamentação do uso de lodo de esgoto na agricultura estabelece que a caracterização do lodo de esgoto ou produto derivado a ser aplicado na agricultura deve incluir os seguintes aspectos: Potencial Agronômico; Substâncias inorgânicas e orgânicas potencialmente tóxicas; Indicadores bacteriológicos e agentes patogênicos; e Estabilidade.

O potencial agronômico será definido a partir da determinação das concentrações de 13 parâmetros: Carbono orgânico; fósforo total; nitrogênio Kjedahl; nitrogênio amoniacal; nitrogênio nitrato/nitrito; pH em água (1:10); potássio total; sódio total; enxofre total; cálcio total; magnésio total; umidade; sólidos voláteis e sólidos totais. São 11 as substâncias inorgânicas a serem determinadas: Arsênio; Bário; Cádmio; Chumbo; Cobre; Cromo; Mercúrio; Molibdênio; Níquel; Selênio; e Zinco. As substâncias orgânicas a serem determinadas no lodo de esgoto ou produto derivado e no solo incluem benzenos clorados; ésteres de ftalatos; fenóis não clorados; fenóis clorados; hidrocarbonetos aromáticos policíclicos e poluentes orgânicos persistentes (POP`s). No entanto, em função das características específicas da bacia de esgotamento sanitário e dos efluentes recebidos, as UGLs poderão requerer dispensa ou alteração da lista de substâncias orgânicas a serem analisadas. A caracterização quanto a presença de agentes patogênicos e

indicadores bacteriológicos será mediante a determinação de concentrações de: coliformes termotolerantes; ovos viáveis de helmintos; salmonella e vírus entéricos. Em acordo com a Resolução SEMA 01/07 do Estado do Paraná, para fins de utilização agrícola, o lodo de esgoto ou produto derivado será considerado estável se a relação entre sólidos voláteis e sólidos totais for inferior a 0,70.

2.2.4.3 Licenciamento das Unidades Gerenciais de Lodo – UGL no Estado do Paraná

A aplicação em solo agrícola somente poderá ocorrer mediante a existência de uma UGL, devidamente licenciada pelo órgão ambiental. O licenciamento ambiental da UGL contemplará obrigatoriamente as áreas de aplicação e deve obedecer aos mesmos procedimentos adotados para atividades potencialmente poluidoras e/ou modificadoras do meio ambiente. Os lotes de lodo ou produto derivado que não se enquadrarem nos limites e critérios estabelecidos deverão receber outra forma de destinação final, devidamente detalhada no processo de licenciamento ambiental e aprovada pelo órgão ambiental licenciador. Devem constar do processo de licenciamento mecanismos de prestação de informações à população da localidade em que será utilizado o lodo de esgoto ou produto derivado, sobre: os benefícios; riscos; tipo e classe de lodo de esgoto ou produto derivado empregado; critérios de aplicação; procedimentos para evitar a contaminação do meio ambiente e do homem por organismos patogênicos; e o controle de proliferação de animais vetores.

No Paraná, em acordo com a Resolução SEMA 01/2007, as licenças ambientais necessárias para sistemas de tratamento e disposição final de lodo de esgoto para uso agrícola decorrem do porte da Unidade de Gerenciamento de Lodo – UGL. Cada UGL pode receber lodo de uma ou mais ETE’s, com o porte caracterizado pelo número de habitantes atendidos, conforme discriminado no quadro 4:

QUADRO 4 UGL – PORTE CARACTERIZADO PELO NÚMERO DE HABITANTES ATENDIDOS

Número de habitantes atendidos pelas ETE`s, cujos Lodos são recebidos pela UGL

Licença Prévia – LP Licença de Instalação – LI Licença de Operação – LO Licença Ambiental Simplificada – LAS

≥ 250.000 Sim Sim Sim Não

30.000 a 250.000 Não Não Sim Sim (*) < 30.000 Não Não Não Sim (**) Fonte: Resolução SEMA 01/2007

(*) Substitui a LP e LI (**) Substitui a LP, LI e LO

O Licenciamento Ambiental de sistemas de esgotos sanitários, sempre que possível, deverá contemplar em um único processo as unidades: interceptação, elevatórias, emissários ETE`s e UGL`s. Para ETEs que já possuem Licença de Operação e que venham a implantar UGLs, deverá ser requerido o licenciamento ambiental desta unidade, em separado. Quando da Renovação da LO da ETE, o licenciamento da UGL deverá ser contemplado no processo. No caso de UGL já em operação poderá ser solicitada diretamente a Licença de Operação. Para o transporte do lodo das UGL`s para as propriedades deverá ser solicitada Autorização Ambiental junto ao IAP.

2.2.4.4 Monitoramento do Lodo de Esgoto No Paraná

A freqüência mínima de monitoramento do lodo de esgoto ou produto derivado exigida pela Resolução Estadual é função da quantidade a ser destinada para aplicação agrícola, conforme apresentado a seguir:

QUADRO 5 FREQUÊNCIA MÍNIMA DE MONITORAMENTO DE LODO DE ESGOTO Quantidade de lodo ou PD destinado à

aplicação agrícola (base seca) Freqüência de monitoramento Até 60 tonelada/ano Anual, preferencialmente anterior ao período de maior demanda

Quantidade de lodo ou PD destinado à

aplicação agrícola (base seca) Freqüência de monitoramento De 240 a 1.500 tonelada/ano Trimestral

De 1.500 a 15.000 tonelada/ano Bimestral Acima de 15.000 tonelada/ano Mensal Fonte: Resolução SEMA 01/2007

No caso de substâncias tóxicas que alcancem 80% dos limites estabelecidos, a freqüência de monitoramento deverá ser aumentada, a critério do órgão ambiental e a UGL deverá implementar medidas adequadas para reduzir estes valores.

2.2.4.5 Culturas Aptas a Receberem Lodo de Esgoto ou Produto Derivado no Estado do Paraná

Segundo a Resolução SEMA 001/2007, é proibida a utilização de esgoto ou produto derivado em pastagens e cultivo de olerícolas, tubérculos e raízes, e culturas inundadas, bem como as demais culturas cuja parte comestível entre em contato com o solo. Em solos onde for aplicado lodo de esgoto ou PD, as pastagens só poderão ser implantadas após um período mínimo de 24 meses após a última aplicação. Olerícolas, tubérculos, raízes e demais culturas cuja parte comestível entre em contato com o solo ou inundáveis só poderão ser cultivadas após um período mínimo de 48 meses da última aplicação.

2.2.4.6 Aptidão do Solo das Áreas De Aplicação

Para garantir a viabilidade do uso agrícola dos biossólidos, além da adequada orientação agronômica, que leve em conta a composição do lodo e a fertilidade do solo visando equilibrar os nutrientes e pH, devem ser considerados os aspectos ambientais da área de aplicação, com cuidados especiais nas proximidades de residências e de cursos de água, principalmente quando se trata de mananciais de abastecimento, e em solos com declividade acentuada. Portanto, torna-se imprescindível uma avaliação do ambiente, tendo como referência critérios

pedológicos, que interpretados indiquem a aptidão das terras para recebimento dos lodos de esgoto. Para atender esta demanda, um sistema interpretativo de classificação de terras foi desenvolvido no âmbito do Programa de Reciclagem Agrícola de Lodo de Esgoto, sob a forma de convênio entre a Universidade Federal do Paraná - UFPR e a Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR.

Souza et al. (1984) sistematizaram um sistema de classificação da aptidão do solo para uso de lodo que relaciona estes parâmetros e o grau de risco associado a cada um deles. Este sistema foi elaborado visando tanto a utilização em nível de campo, na definição de aptidão de cada gleba, como em nível gerencial e de planejamento, para definição de zonas preferenciais a partir de mapas de solo (Quadro.6).

QUADRO 6 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA APTIDÃO DO SOLO PARA APLICAÇÃO DE BIOSSÓLIDOS.

Fator Critério Grau Classe

Profundidade

Latossolos, cambissolos ou podzólicos

profundos 0-nulo I Cambissolos ou podzólicos com citação de

pouca profundidade 2-moderado III Litólicos ou outras unidades com citação de

solos rasos 3-forte V

Textura superficial

Textura argilosa (35 a 60% de argila) 0-nulo I Textura muito argilosa (> 60% de argila) e

média (15-35% argila) 1-ligeiro II Textura siltosa (< 35% de argila e < 15% de

areia) 2-moderado III Textura arenosa (< 15% de argila) 3-forte V

Suscetibilidade à erosão

Solos em relevo plano 0-nulo I Solos argilosos ou muito argilosos em relevo

suave ondulado 1-ligeiro II Solos com textura média ou siltosa em relevo

suave ondulado e solos com textura argilosa e muito argilosa em relevo ondulado

2-moderado III

Solos de relevo ondulado com textura arenosa e/ou caráter abrupto ou relevo forte ondulado

associado a textura muito argilosa

3-forte IV

Relevo forte ondulado, com textura média e arenosa e relevo montanhoso ou escarpado

independente da classe textural

4-muito forte V

Drenagem

Solos acentuadamente bem drenados 0-nulo I Solos fortemente drenados 1-ligeiro II Solos moderadamente drenados 2-moderado III Solos imperfeitamente e excessivamente

Fator Critério Grau Classe Solos mal e muito mal drenados 4-muito forte V

Relevo

Relevo plano (0-3%) 0-nulo I Relevo suave ondulado (3-8%) 1-ligeiro II

Relevo ondulado (8-20%) 2-moderado III Relevo forte ondulado (20-45%) 3-forte IV Relevo montanhoso ou escarpado (maior que

45%) 4-muito forte V

Pedregosidade

Solos sem fase pedregosa 0-nulo I Citação de pedregosidade na legenda 2-moderado IV

Solos com fase pedregosa 4-forte V

Hidromorfismo

Solos sem indicação de hidromorfismo 0-nulo I Solos com caráter gleico 2-moderado III

Solos hidromórficos 3-forte

pH

Solos com pH inferior a 6,5 para aplicação de lodo caleado Qualquer faixa de pH para lodo

compostado

0-nulo I

Solos com pH igual ou superior a 6,5 para uso

de lodo caleado 4-forte V Fonte: adaptado de Souza et al. (1994)

A aptidão propriamente dita é definida como a classe mais restritiva obtida. Por exemplo, o solo pode ser enquadrado como classe I para profundidade, III para textura, III quanto à suscetibilidade à erosão, IV como relevo e I para pedregosidade, hidromorfismo e pH. A classe de aptidão final deste solo será IV; considerando o grande risco associado à forte declividade da gleba, risco elevado para erosão e escorrimento superficial.

Através da identificação da intensidade com que cada um dos aspectos ambientais elencados pudesse inferir, Souza (1994) partiu para a classificação da aptidão dos solos para uso de lodo de esgotos no Estado do Paraná. As classes definidas caracterizam o potencial do solo em acordo com sua aptidão, definidas pelo grau de limitação de impedimento mais forte à aplicação de lodo de esgotos, conforme transcrito no quadro 7 a seguir:

QUADRO 7 CLASSIFICAÇÃO DA APTIDÃO DOS SOLOS PARA USO DE LODO DE ESGOTO NO ESTADO DO PARANÁ

Classe de

Aptidão Uso Observação

Classe I

Permitido Permitida a utilização do lodo de esgoto sem restrições Classe II

Classe de

Aptidão Uso Observação

Classe IV Não recomendável Poderá ser permitido o uso mediante apresentação de fatores atenuantes

Classe V Vetado Não deve ser permitida a aplicação Fonte: Souza et al.,1994

Cada unidade cartográfica foi identificada considerando os fatores de limitação (sub-classes) e o grau de limitação (unidade de aptidão), conforme quadro 8, apresentado a seguir:

QUADRO 8 SUB-CLASSES E UNIDADE DE APTIDÃO DE CADA UNIDADE CARTOGRÁFICA C L A S SE D E A P T ID Ã O F A T O R E S D E L IM IT A Ç Ã O [S U B C L A S S E ] G R Á U D E L IM IT A Ç Ã O [U N ID A D E ] I II III IV V 0-N U L O X X X X X 2 -M O D E R A D O - - X X X P R -P R O F U N D ID A D E 4 -M U IT O F O R T E - - - - X 0-N U L O X X X X X 1-L IG E IR O - X X X X 2 -M O D E R A D O - - X X X 3-F O R T E - - - X X T E -T E X T U R A 4 -M U IT O F O R T E - - - - X 0-N U L O X X X X X 1-L IG E IR O X X X X 2 -M O D E R A D O - - X X X 3-F O R T E - - - X X E R -SU SC E T IB IL ID A D E A E R O SÃ O 4 -M U IT O F O R T E - - - - X 0-N U L O X X X X X 1-L IG E IR O X X X X X 2 -M O D E R A D O - - X X X 3-F O R T E - - - X X D R -D R E N A G E M 4 -M U IT O F O R T E - - - - X 0-N U L O X X X X X 1-L IG E IR O X X X X X 2 -M O D E R A D O - - X X X 3-F O R T E - - - X X R E -R E LE V O 4 -M U IT O F O R T E - - - - X 0-N U L O X X X X X 2 -M O D E R A D O - - X X X P D -P E D R E G O SID A D E 4 -M U IT O F O R T E - - - - X 0-N U L O X X X X X 2 -M O D E R A D O - - - X X H I-H ID R O M O R FISM O 4 -M U IT O F O R T E - - - - X 0-N U L O X X X X X 1-L IG E IR O X X X X X 2 -M O D E R A D O - - X X X 3-F O R T E - - - X X FE -FE R T IL ID A D E 4 -M U IT O F O R T E - - - - X

O mapa contendo a aptidão do solo para aplicação agrícola encontra-se apresentado no anexo A deste volume. A legenda de identificação é auto-explicativa, mostrando as informações sobre a aptidão de cada polígono cartográfico (classe, subclasse e unidade).

Em acordo com a Resolução SEMA 001/07, as áreas deverão adotar obrigatoriamente técnicas ou práticas de uso, manejo e conservação do solo, compatíveis com a sua classe de aptidão. Não será permitida a aplicação de lodo de esgoto ou produto derivado:

• Em unidades de conservação, com exceção das Áreas de Proteção Ambiental – APA;

• Em Área de Preservação Permanente – APP;

• Em Áreas de Proteção aos Mananciais – APMs definidas por legislações estaduais e municipais e em outras áreas de captação de água para abastecimento público, a critério do órgão ambiental competente; • No interior da Zona de Transporte para fontes de águas minerais,

balneários e estâncias de águas minerais e potáveis de mesa;

• Num raio mínimo de 100 m de poços rasos e residências, podendo este limite ser ampliado;

• Numa distância mínima de 15 (quinze) metros de vias de domínio público e drenos interceptadores e divisores de águas superficiais de jusante e de trincheiras drenantes de águas subterrâneas e superficiais;

• Em área agrícola cuja declividade das parcelas ultrapasse:

ƒ 8% no caso de aplicação superficial sem incorporação, com adoção de práticas mecânicas de conservação;

ƒ 5% no caso de aplicação superficial com incorporação; ƒ 18% no caso de aplicação subsuperficial e em sulcos; ƒ 25 % no caso de aplicação em covas.

• Em áreas onde a profundidade do nível do aqüífero freático seja inferior a 1,5 m na cota mais baixa do terreno; e

• Em áreas agrícolas definidas como não adequadas por decisão motivada dos órgãos ambientais e de agricultura competentes.

Ainda, o lodo de esgoto ou produto derivado poderá ser utilizado na zona de amortecimento de unidades de conservação, desde que em acordo com as restrições previstas no Plano de Manejo, mediante prévia autorização do órgão responsável pela administração da Unidade de Conservação.