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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.2 DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTA PARA AUXÍLIO À

4.3.9 Determinação da Quantidade de Lodo Caleado e do

Visando o cálculo dos custos de transporte de lodo caleado até a propriedade onde será incorporado na agricultura; bem como da quantidade de cal; e das áreas necessárias para armazenamento da cal e do lodo, para reações de cura, para monitoramento e período até sua liberação; foram verificados os volumes de lodo gerados. Os valores de lodo caleado para a URPG, considerando as cidades das alternativas anteriormente definidas para UGL encontram-se listados na tabela 25:

TABELA 25 VOLUMES DE LODO CALEADO PARA A URPG

Cidade

Produção de Lodo Caleado por Cenário (m³/dia) Atual Capacidade Nominal 2017 2027 Ponta Grossa 8,82 26,80 15,52 21,61 Irati 1,30 3,65 2,20 3,21 Prudentópolis 0,85 0,87 2,54 4,33 Total 3 cidades 10,97 31,32 20,26 29,16 Total URPG 12,97 34,79 24,50 35,00

Percentagem da Produção pelo Total da URPG (%)

Ponta Grossa 68,00 77,02 63,37 61,75

Irati 10,02 10,49 8,97 9,18

Prudentópolis 6,55 2,51 10,38 12,38

Total 3 cidades 84,58 90,02 82,72 83,31

Como se observa, Ponta Grossa também concentra a produção de lodo higienizado para uso agrícola, representando entre 60 e 70% do total de lodo caleado produzido na URPG.

Foram totalizados em cada alternativa, em acordo com o apresentado na tabela 26: os volumes de lodo desaguado a serem transportados das estações de tratamento onde são produzidos até as unidades gerenciais de lodo onde serão

higienizados; os volumes de cal necessários para higienização nas UGLs; e os volumes de lodo caleado a serem transportados das UGLs até as propriedades agrícolas onde serão aplicados.

TABELA 26 VOLUMES DE LODO DESAGUADO E CALEADO E QUANTIDADES DE CAL APLICADA POR CENÁRIO E ALTERNATIVA

Produção Q Média Atual Capacidade Nominal Cenário 2017 Cenário 2027 LODO DESAGUADO (m³/mês) 324,48 877,81 643,62 919,87 LODO CALEADO (m³/mês) 372,52 1.008,25 738,63 1.055,78 LODO (TON.MS/MÊS) 86,20 240,81 178,00 256,50

ALTERNATIVA I: UGL ÚNICA NA ETE VERDE EM PONTA GROSSA

LODO DESAGUADO TRANSPORTADO

(TON/MÊS) 165,81 458,33 377,54 542,28

LODO DESAGUADO TRANSPORTADO

(TON.MS/MÊS) 62,68 182,42 146,16 212,43

LODO CALEADO TRANSPORTADO

UGL - AGRICULTURA (TON./MÊS) 315,67 839,29 603,24 857,77 CONSUMO DE CAL (kg/mês) 33.631,62 91.306,20 66.509,38 95.138,57

ALTERNATIVA II: UGL`S NAS ETES VERDE EM PONTA GROSSA E ANTAS EM IRATI

LODO DESAGUADO TRANSPORTADO

(TON/MÊS) 134,54 371,15 326,14 467,21

LODO DESAGUADO TRANSPORTADO

(TON.MS/MÊS) 51,74 151,91 128,17 186,16

LODO CALEADO TRANSPORTADO UGL VERDE - AGRICULTURA

(TON/MÊS) 222,12 661,58 386,70 541,63

LODO CALEADO TRANSPORTADO UGL ANTAS - AGRICULTURA

(TON/MÊS) 93,55 177,71 216,54 316,14

CONSUMO DE CAL - ETE Verde

(kg/mês) 23.521,70 72.483,05 42.781,22 59.960,86 CONSUMO DE CAL - ETE Antas

(kg/mês) 10.109,92 18.823,15 23.728,16 35.177,71

ALTERNATIVA III: UGL`S NAS ETES VERDE, ANTAS E PRUDENTÓPOLIS

LODO DESAGUADO TRANSPORTADO

(TON/MÊS) 118,81 355,00 279,11 387,01

LODO DESAGUADO TRANSPORTADO

(TON.MS/MÊS) 44,66 144,64 107,00 150,07

LODO CALEADO TRANSPORTADO UGL VERDE - AGRICULTURA

Produção Q Média Atual Capacidade Nominal Cenário 2017 Cenário 2027

LODO CALEADO TRANSPORTADO UGL ANTAS - AGRICULTURA (TON/MÊS)

75,49 159,17 162,52 224,03

LODO CALEADO TRANSPORTADO UGL PRUDENTÓPOLIS -

AGRICULTURA (TON/MÊS) 18,06 18,54 54,02 92,11 CONSUMO DE CAL - ETE Verde

(kg/mês) 23.521,70 72.483,05 42.781,22 59.960,86 CONSUMO DE CAL - ETE Antas

(kg/mês) 7.774,64 16.425,30 16.743,92 23.268,51 CONSUMO DE CAL - ETE Prudentópolis

(kg/mês) 2.335,28 2.397,85 6.984,25 11.909,19

ALTERNATIVA IV: UMA UGL EM PONTA GROSSA (ETE VERDE OU ETE RONDA) RECEBENDO LODO DOS MUNICÍPIOS DE PG, PALMEIRA E P. AMAZONAS E DEMAIS MUNICÍPIOS COM UGL LOCAL E MAROMBA MÓVEL

LODO DESAGUADO TRANSPORTADO

(TON/MÊS) 66,98 185,19 146,74 196,47

LODO DESAGUADO TRANSPORTADO

(TON.MS/MÊS) 21,57 69,82 51,03 69,84

LODO CALEADO TRANSPORTADO UGL VERDE - AGRICULTURA (TON/MÊS)

140,51 363,25 205,83 286,23

LODO CALEADO TRANSPORTADO UGL RONDA - AGRICULTURA

(TON/MÊS) 108,43 324,33 220,03 296,04

LODO CALEADO TRANSPORTADO UGL`S DEMAIS ETES - AGRICULTURA (TON/MÊS)

68,13 154,02 177,38 275,51

CONSUMO DE CAL (kg/mês) 33.631,62 91.306,20 66.509,38 95.138,57

Na alternativa IV, não foram apresentados os consumos de cal em separado por UGL, já que os custos de transporte serão pulverizados em toda a regional, de forma a atender todas as ETEs.

4.3.10 Equipes de higienização

Para o dimensionamento das equipes de higienização foram adotados os seguintes parâmetros:

Volume de lodo a ser higienizado: Foram desconsiderados deste volume os lodos provenientes de desidratação em centrífuga com caleagem acoplada. Produtividade da equipe = 16 m³/dia

Número de dias úteis por mês = 22 dias

Para a verficação da viabilidade de adoção de maromba móvel foram considerados os seguintes parâmetros:

N° viagens necessárias = normalmente 2, considerando ida e volta Velocidade média do transporte da maromba = 60 km/h

Número de horas mês do período útil = 8 horas * 22 dias = 176 horas

Produtividade de higienização = 16 m³/dia com equipe de 4 pessoas e 1 maromba

CTV = custo de transporte de veículos = R$ 0,51 / km

PVP = prestação mensal equivalente do capital da maromba em valor presente = R$ 1.345,44, considerando capital inicial de R$ 58.200,00, taxa de amortização de 12%a.a. e 5 anos de vida útil.

Os custos relativos a higienização foram assim considerados, com base nos preços de novembro/2006 (USAQ/SANEPAR, 2007):

Ch = custo unitário de higienização terceirizada, considerando equipe de 4 pessoas + maromba e produtividade de 16 m3/dia = 18 R$/m³

Ch = custo unitário de higienização com mão de obra própria: 4 operadores = 4 * R$ 651,70 = R$ 2.606.70 por mês

Encargos = 130% = R$ 3.388,84 por mês

Custo de pessoal mensal = R$ 5.995,94 por mês Produtividade de higienização = 16 m³ / dia

Valor por metro cúbico (22 dias mês) = R$ 17,03 / m³

4.3.11 Determinação do Momento e dos Custos de Transporte

Tendo-se delineadas as alternativas, foram determinados os valores dos momentos de transporte, decorrentes das quilometragens percorridas e dos volumes

de lodos transportados. Para a determinação das quilometragens percorridas, determinaram-se as distâncias relativas entre ETEs da regional. Desta forma, as produções de lodos desaguados foram multiplicadas pelas distâncias necessárias ao seu transporte até a UGL considerada em cada alternativa.

Considerou-se um custo médio de transporte, R$ 0,23 por tonelada x quilometro, sem que fosse discriminado o tipo de pavimento, as condições de acesso e o veículo a ser utilizado. O aprimoramento destes valores deverá ser considerado à critério de cada gerência regional.

Tendo em vista que a URPG possui área apta para recebimento do lodo e sua incorporação na agricultura em toda a região, considerou-se que, na etapa de determinação no número e localização de UGLs, os momentos de transporte do lodo caleado para reciclagem agrícola seriam equivalentes com distância máxima de 50 km. No entanto, para um valor mais apurado, devem ser preliminarmente avaliadas as possíveis diferenças dos momentos de transporte para aplicação do lodo na agricultura decorrente da localização da UGL e da aptidão agrícola regional.

O custo da tonelada transportada por quilometro, em R$ / ton.km, foi adotado uniforme e igual a R$ 0,23 / ton.km. Estes valores deverão ser avaliados caso a caso, em função das características das vias, facilidades de acesso e tipo de veículo utilizado para o transporte.

4.3.12 Disponibilidade de Área

O ponto ótimo entre armazenamento e transporte do lodo desaguado das ETEs até a UGL não foi considerado neste estudo, mas deverá ser avaliado pela gerência operacional, caso a caso. No estudo aqui processado, foi considerado que a produtividade da higienização da UGL seria compatível com o volume mensal de lodo recebido por cada UGL. Desta forma, a área para recebimento do lodo desaguada seria aquela necessária para um período médio de 15 dias e máximo de 30 dias de armazenamento. A área para caleação foi a necessária para acomodar uma maromba e os operadores durante o processo de higienização, estimada em 20 m²/equipe. Foram ainda previstas áreas para armazenamento de cal, considerando o consumo mensal, e para o lodo caleado por um período de 3 meses, sendo 30 dias

para cura, 30 dias para maturação e realização de análises e mais 30 dias para aguardar a liberação para aplicação na agricultura.

Os custos das áreas para efeito de desapropriação foram pesquisados junto a Imobiliária Tavarnaro, em Ponta Grossa, que forneceu os seguintes valores, válidos para todos os municípios das regionais (referência novembro/2006):

• Custo médio de área rural agricultável: R$ 1,20 a 1,50 / m² • Custo médio de área rural não agricultável: R$ 0,50 / m²

Para efeito deste estudo, considerou-se área rural agricultável com valor de R$ 1,20/m².

4.3.13 Instalações – Obras Civis

Para a avaliação dos custos relativos às obras civis, foram considerados os valores de pátios cobertos, de forma a acomodar: as instalações necessárias às operações de condicionamento e/ou higienização, mediante utilização de maromba; para a estocagem dos lodos durante as fases de recebimento; e, para a solução de uso agrícola, dos pátios cobertos para cura, maturação e armazenamento.

A avaliação dos custos finais das instalações considerou os seguintes valores por m² de instalação, considerando as condições de acesso, infraestruturas disponíveis e unidades existentes (referência novembro/2006).

• Custo de pátio coberto para higienização R$ 1.000,00 / m² • Custo de pátio coberto para armazenamento R$ 250,00 / m²

4.3.14 Monitoramento do Lodo Higienizado

Neste estudo, considerou-se simplificadamente, por avaliação do volume de lodo produzido, da área necessária a estocagem, do período necessário para liberação dos lotes após análise e da sazonalidade nas culturas para aplicação agrícola, que os lotes serão formados a cada três meses. Em acordo com a totalização em toneladas, foram verificadas por alternativa e por cenário, as quantidades de amostras exigidas para análise e liberação daquele lote,

considerando a produção de lodo higienizado (lodo desaguado caleado, base seca) neste período.

É importante salientar que, apesar de ter sido considerada a formação dos lotes através da composição de lodos de várias procedências, os diferentes lotes de lodo devem ser mantidos segregados. Apenas as amostras serão compostas pelo material retirado das diferentes leiras, porém, sem que ocorra a mistura dos lodos antes de se processar a amostragem ou que sejam liberados para aplicação agrícola. Esse cuidado visa possibilitar a identificação do lodo impróprio para reciclagem e a preservação dos lodos das demais procedências que atendam aos padrões exigidos.