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APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

PARTE II – ESTUDO EMPÍRICO

2- APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Tendo em cont a o problema em est udo, o enquadrament o t eórico, os obj et ivos e as quest ões de invest igação e as decisões t omadas no moment o da def inição da f ase empírica (Fort in, 2009) de seguida procedemos à apresent ação, análise e discussão dos result ados obt idos.

2.1. Caracterização Sociodemográfica dos Pais dos

Adolescentes

Como j á ref erimos ant eriorment e os part icipant es dest e est udo f oram 16 pais de adolescent es do sexo masculino com idades compreendidas ent re os 13 e os 17 anos. Face à problemát ica consideramos necessário conhecer as carat eríst icas sociais e demográf icas dos nossos part icipant es (quadro 1).

56 Quadro 1: Caract erização sociodemográf ica dos pais dos adolescent es

Como se pode observar no quadro 1, dos 16 ent revist ados, a maioria 11 (69%) eram do sexo f eminino. Tal como j á f oi ref erido e segundo os dados dos Censos (INE, 2011), no concelho do Grande Port o onde o est udo f oi realizado, o sexo f eminino prevalece em comparação com o sexo masculino. Relat ivament e à idade dos ent revist ados, a maior part e t em idade compreendida ent re os 41 e 50 anos (69%).

Relat ivament e às habilit ações lit erárias dos pais, cinco (31%) t êm como habilit ações lit erárias o ensino secundário, logo seguido em exequal pelos pais que possuem o 3. º ciclo e o ensino superior (25%).

Caraterização sociodemográfica N=16 %=100

Sexo dos pais:

Feminino Masculino 11 5 69 31

Idade dos pais:

36 - 40 41 - 45 46 - 50 51 - 55 4 6 5 1 25 38 31 6

Habilitações Literárias dos pais:

2.º Ciclo 3.º Ciclo Ensino Secundário Ensino Superior 3 4 5 4 19 25 31 25

Situação profissional dos pais:

Empregado Desempregado 13 3 81 19

Profissão dos pais:

Trabalhadores não qualif icados

Especialist as das at ividades int elect uais e cient íf icas

Trabalhadores qualif icados da indúst ria, const rução e art íf ices Técnicos e prof issões de nível int ermédio

Trabalhadores dos Serviços pessoais de prot eção e segurança e vendedores

Operadores de inst alações e máquinas e t rabalhadores de mont agem Pessoal administ rat ivo

5 4 2 2 1 1 1 31 25 13 13 6 6 6

57 Quant o à sit uação prof issional dos ent revist ados, t rês (19%) encont ram-se desempregados. Segundo o Censos (INE, 2011), a t axa de desemprego t ot al nest e concelho em 2011 era de 17, 9% (INE, 2012), t endo vindo a aument ar nest es últ imos anos.

Relat ivament e à prof issão, dos pais dos adolescent es, est a f oi agrupada de acordo com a Classif icação Port uguesa de Prof issões (CPP) de 2010. A CPP é est rut urada e organizada pelo INE e const it ui um inst rument o f undament al para as est at íst icas sobre prof issões (INE, 2010). Os grupos de prof issões mais represent at ivos, são os dos t rabalhadores não qualif icados, com cinco part icipant es (31%) e quat ro (25%) especialist as das at ividades int elect uais. Podemos ref erir que segundo a CPP (INE, 2010) exist em 10 grupos de prof issões em Port ugal e na nossa amost ra t emos represent ado set e desses grupos.

A caract erização dos f ilhos dos part icipant es, quant o ao número, sexo e idade encont ra-se represent ada no quadro 2.

Quadro 2: Carat erização dos f ilhos dos part icipant es

Conf orme o quadro 2, podemos ref erir que a maioria (88%) dos part icipant es t em um a dois f ilhos. Est es dados vêm conf irmar as est at íst icas exist ent es em Port ugal, que ref erem que em t ermos de f ecundidade o número de f ilhos por mulher é de 1, 37 (índice sint ét ico de f ecundidade) (Mendes e Rosa, 2012). Quant o ao sexo dos f ilhos, a maioria é do sexo masculino 22 (81%). Segundo dados dos Censos (INE, 2011) na região do Nort e do País a percent agem de j ovens do sexo masculino é superior à do sexo f eminino, 16, 1% e 14, 2%, respet ivament e.

Caraterização dos filhos N %

Número de Filhos: 1 2 3 7 7 2 44 44 12

Sexo dos Filhos:

Masculino Feminino 22 5 81 19

Idade dos filhos

≤ 5 6-10 11-15 16-20 21-25 ≥ 26 2 2 11 9 2 1 7 7 41 34 7 4

58 Quant o às idades dos f ilhos dos part icipant es na sua maioria 11 (41%) t êm idade compreendida ent re os 11 e os 15 anos.

2. 2- Conhecimentos dos Pais dos Adolescentes do Sexo

Masculino em Relação ao HPV

Uma das dimensões por nós levant adas ref ere-se aos Conhecimentos dos pais dos adolescentes acerca do HPV, no quadro 3 apresent amos as cat egorias que emergiram.

Quadro 3: Conheciment o dos pais acerca do HPV

Como se pode observar no quadro 3, relat ivament e à dimensão conheciment o dos pais acerca do HPV uma das cat egorias que emergiu f oi

Desconhece o que é o HPV. O discurso de um dos pais dos adolescent es ilust ra

est e desconheciment o: Não conheço esse vírus (…) (E1).

Out ros pais Associa à doença o HPV. Dest a cat egoria emergiram duas subcat egorias: “ Relacionada com as mulheres” e “ Relacionada com os homens” . Como exemplo da primeira subcat egoria t emos o seguint e discurso: Só sei que é uma doença do colo do út ero das meninas, (…) (E2). Soment e um discurso é que associa o HPV a “ Doenças relacionadas com os homens” : (…) meninos podem t er algumas doenças relacionadas com o vírus (E13). Est es dados vêm conf irmar o que

Dimensão Categoria Subcategoria Unidade de

enumeração Conhecimento dos pais acerca do HPV Desconhece 8 Associa à doença Relacionada com as mulheres 3 Relacionada com os homens 1 Conheciment o sobre a via de t ransmissão 4 Conheciment o dos f at ores de risco Múlt iplos parceiros sexuais 4

59 Zimet e Rosent hal (2010) ref erem. Segundo est es aut ores durant e os últ imos anos o f oco da inf ormação relat ivo a inf eção pelo HPV e doenças associadas ao HPV t em sido dirigido às mulheres j ovens e pais das raparigas.

Out ra das cat egorias que emergiu f oi Conheciment o sobre a via de

t ransmissão. Um dos discursos obt idos f oi o seguint e: É uma doença que se

t ransmit e por via sexual (E9).

Tal como ref ere a SPG (2007) o conheciment o da população sobre o HPV é muit o limit ado. Czeresnia (2003) menciona que t odos os proj et os de prevenção da doença e de promoção da saúde se est rut uram mediant e a divulgação de inf ormação cient íf ica e de recomendações normat ivas para haver uma mudança de hábit os nas populações. O enf ermeiro perant e um pedido de explicação, ou o desconheciment o t em de ut ilizar os seus conheciment os cient íf icos para dar respost as aos ut ent es, f amílias, população.

Alguns pais dos adolescent es possuem Conheciment os acerca dos fatores

de risco associados às doenças causadas pel o HPV no sexo mascul ino. Est e

conheciment o é import ant e uma vez que a inf eção por HPV é considerada necessária mas não suf icient e, por si só, para o desenvolviment o dos vários t ipos de cancros associados ao HPV.

Embora os part icipant es não t enham sido quest ionados acerca dos f at ores de risco verif icamos at ravés dos seus discursos que est es os associam a Assim, na cat egoria Conhecimentos acerca dos fat ores de risco obt eve-se a subcat egoria “ Múlt iplos parceiros sexuais” como se pode const at ar nos seguint es discursos: (…) não ser promíscuo (…) (E2);

Quer dizer elas podem ser port adoras (…) (E10);

Nomeadament e não t er muit os parceir os sexuais, porque est es podem t er j á ent rado em cont at o com a doença e podem t ransmit i-la para o out ro parceir o sexual (…) (E13);

(…) Sabe se nós t ivermos mais do que um companheir o. Ou se o nosso companheir o t iver t ido muit as companheiras (…) (E14).

Como j á f oi ref erido ant eriorment e o risco de inf eção causada pelo HPV exist e logo após o início da at ividade sexual (Leit e, Lisboa e Azevedo, 2011). Um dos f at ores de risco associados às doenças causadas pelo HPV é t er múlt iplos parceiros sexuais. As mulheres que t iveram mais do que um parceiro sexual em poucos meses t êm um risco quat ro vezes maior de cont rair o HPV. (Passos et al. , 2008; SPPV, 2009; Palef sky, 2010; Moreira, Lisboa e Azevedo, 2010; Sarment o et al. , 2010; Campaner, Parellada e Cardoso, 2011; Fedrizzi, 2011).

Para a dimensão Conhecimento dos pais acerca do modo de transmissão do HPV, emergiram as cat egorias apresent adas no quadro 4.

60 Quadro 4: Conheciment o dos pais acerca do modo de t ransmissão do HPV

Met ade, oit o dos pais dos adolescent es ent revist ados desconhecem a f orma de t ransmissão do HPV t endo emergido a cat egoria Desconhece e a out ra met ade sabe que o HPV t em como f orma de t ransmissão pref erencial por via sexual emergindo a cat egoria Via sexual. Dois pais cuj as respost as se incluíram na cat egoria Desconhece verbalizam:

Não sabendo o que era t ambém não sei responder a isso (…) (E6); Também não lhe sei dizer nada sobre isso (…) (E12).

Quant o à cat egoria Via sexual um dos discursos obt idos f oi: At ravés das relações sexuais (…) (E7).

Para a dimensão Conhecimento dos pais acerca do tipo de doenças associadas ao HPV no sexo masculino obt ivemos os result ados apresent ados no quadro 5.

Quadro 5: Conheciment o dos pais acerca do t ipo de doenças associadas ao HPV no sexo masculino

Da análise das respost as do quadro 5, podemos ref erir que a maioria

Desconhece o t ipo de doenças associadas ao HPV no sexo masculino, t al como se

pode comprovar pelos seguint es discursos:

(…) pois explicar especif icament e se calhar não sei (…) (E7); E no homem t ambém não sei (…) (E11).

Dimensão Categoria N

Conhecimento dos pais acerca do modo de transmissão do HPV

Desconhece 8

Via sexual 8

Dimensão Categoria Subcategoria Unidade de

enumeração Conhecimento dos pais

acerca do tipo de doenças associadas ao HPV no sexo masculino Desconhece 13 Doença oncológica Cancro Inespecíf ico 3 Cancro do pénis 2 Cancro do Ânus 1 Condilomas anogenit ais 4

61 Out ra cat egoria que surgiu f oi Doença oncológica, em que os pais associavam o HPV a uma doença oncológica, t endo assim surgido as subcat egorias: “ Cancro inespecíf ico” , “ Cancro do pénis” e “ Cancro do ânus” .

Como exemplo da primeira subcat egoria “ Cancro inespecíf ico” , t emos o seguint e discurso: Ora bem (…) no masculino (…) cancros. (E7). Um dos exemplos da subcat egoria “ Cancro do pénis” f oi: (…) cancro do pénis. (E10). Soment e obt ivemos um discurso que associava as doenças do HPV no sexo masculino ao “ Cancro do ânus” conf orme o seguint e discurso ilust ra: (…) cancro do ânus, (…). (E13).

Podemos ainda mencionar que se ident if icaram em quat ro discursos os

Condilomas anogenit ais como uma doença associada ao HPV no sexo masculino,

conf orme se exemplif ica: (…) verrugas genit ais (…) (E13).

Para a dimensão Conhecimento dos pais acerca da forma de prevenção das doenças causadas pelo HPV no sexo masculino apresent amos os result ados obt idos no quadro 6.

Quadro 6: Conheciment o dos pais acerca da f orma de prevenção das doenças causadas pelo HPV no sexo masculino

Como se pode verif icar no quadro 6, emergiu a cat egoria Desconhece nos discursos dos pais ent revist ados. Est es desconhecem a f orma de prevenção das doenças causadas pelo HPV no sexo masculino, como se pode verif icar nos seguint es discursos:

Eu sei lá (…) não sei nada (…) (E15); Não f aço a mínima ideia (…) (E16).

Relat ivament e à cat egoria Vacinação ident if icamos que os pais consideram a vacinação como um meio de prevenção. Transcrevemos dois exemplos:

(…) vacinas para o sexo masculino(…) (E7);

(…) os rapazes t ambém deviam ser vacinados(…) (E10).

Também ref eriram como f orma de prevenção das doenças causadas pelo HPV no sexo masculino o uso do preservat ivo, emergindo a cat egoria

Preservat ivo, na análise das respost as obt idas, como podemos ver nos exemplos:

(…) sexo prot egido com o preservat ivo (…) (E7);

Dimensão Categoria Unidade de

enumeração Conhecimento dos pais acerca da

forma de prevenção das doenças causadas pelo HPV no sexo masculino

Desconhece 7

Vacinação 6

62 (…) at ravés do uso do preservat ivo .Não t erem relações sexuais

desprot egidas (…) (E13).

2. 3- Perceção dos Pais dos Adolescentes do Sexo Masculino

em Relação ao HPV

Para a dimensão Perceção dos pais dos adolescentes do sexo masculino acerca da vacina contra o HPV obt ivemos os result ados apresent ados no quadro 7.

Quadro 7: Perceção dos pais acerca da vacina cont ra o HPV

Dimensão Categorias Unidade de

enumeração Perceção dos pais acerca da vacina

contra o HPV Medida com impact o na saúde 11 Desconhece 6

Como se pode observar no quadro 7, relat ivament e à perceção dos pais acerca da vacina cont ra o HPV, da análise de cont eúdo das ent revist as emergiu a cat egoria Medida com impact o na saúde. Os discursos associam a vacinação cont ra o HPV a uma medida com impact o na saúde das pessoas, t al como se pode verif icar nos seguint es discursos:

(…) mas se realment e causar prej uízos para as crianças do sexo mascul ino achava bem que houvesse a vacina (…) (E1);

Acho que f oi uma boa opção a nível de saúde (…) (E2);

Acho que deve ser administ rada t ant o no masculino, como no f eminino (…)(E4); Pront o f icarem imunizadas, cont ra isso (…) (E7);

(…) prof ilaxia(…)uma boa apost a do SNS (…) (E8); (…) rapazes t ambém deviam ser vacinados(…) (E10);

(…) diminuir doenças(…)vírus (…)mais incident e a nível mundial(…) (E13).

Relat ivament e à cat egoria que emergiu com menor f requência Desconhece, o discurso de um dos pais ilust ra esse desconheciment o: (.. . ) não sei (…) (E3).

Podemos ref erir que a adesão à vacinação depende do conheciment o que os pais t êm sobre a doença e do ef eit o da vacina cont ra as doenças. Bonanni et al. (2011) ref erem ser necessárias est rat égias de comunicação ef et ivas relat ivas ao

63 risco da doença na saúde, sendo necessárias habilidades para que as pessoas ent endam que a imunização é a razão para o desapareciment o das doenças, pois est as são possíveis de evit ar. Os mesmos aut ores ref erem exist ir out ro aspet o que deve ser levado em cont a, que é o f act o de j ulgar-se que o risco volunt ário é cont rolável. Est a é uma das razões que alguns pais evocam f requent ement e, porque não est ão adequadament e inf ormados. Assim, pref erem o "preconceit o da omissão" do que uma decisão at iva para a imunização e a liberdade de escolha individual que não est á associada a um int eresse de saúde pública. As int ervenções de saúde pública devem ser baseadas num ent endiment o das escolhas das pessoas, f ornecendo melhor inf ormação e educação para a saúde para os pais que vão de encont ro às preocupações por eles expressas.

Da dimensão Perceção dos pais acerca da vacina contra o HPV se realizar no sexo masculino, obt ivemos os seguint es dados (Quadro 8):

Quadro 8: Perceção dos pais acerca da vacina cont ra o HPV se realizar no sexo masculino

Dimensão Categorias Unidade de

enumeração Perceção dos pais acerca da

vacina contra o HPV se realizar no sexo masculino

Reação posit iva 8

Dúvida 5

Desconhece 3

Da análise das respost as umas das cat egorias que emergiu f oi Reação

posit iva acerca da vacina cont ra o HPV se realizar no sexo masculino, conf orme

se pode verif icar nos seguint es exemplos: (…) devia haver a vacina (…) (E1);

Acho muit o bem, acho que sim. Concordo (…) (E4); (…) imunização 100% não há risco (…) (E8);

Eu sou a f avor de que a vacina t ambém se f aça t ambém nos rapazes (…) (E10). Out ra das cat egorias f oi Dúvidas acerca da vacina cont ra o HPV se realizar no sexo masculino. No discurso dos pais f ica pat ent e as dúvidas sobre os benef ícios que a vacina poderá t er, como const at amos no exemplo: Se compensar acho bem (…) (E5).

Encont ramos ainda pais que Desconhece a possibilidade de vacinar o sexo masculino e por isso não t êm opinião ainda f ormada. São exemplos dest a cat egoria os seguint es discursos:

Também não sei (…) (E2);

64 Não sei dar opinião (…) (E16).

Relat ivament e à dimensão Perceção dos pais acerca da compra da vacina contra o HPV para o seu filho não sendo esta gratuita, obt iveram-se os dados expost os no quadro 9.

Quadro 9: Perceção dos pais acerca da compra da vacina cont ra o HPV para o seu f ilho não sendo est a grat uit a

Dimensão Categorias Subcategorias Unidade de

enumeração Perceção dos pais acerca da

compra da vacina contra o HPV para o seu filho não sendo esta gratuita Reconhecem a necessidade de aderir à vacinação 9 Procuram informação para decidir Junt o do médico de f amília 2 Junt o da equipa mult idisciplinar 1 Junt o do enf ermeiro 1 Colocam ent raves pela quest ão económica 3 T êm dúvidas quant o às razões para vacinar 2

Com se pode observar no quadro 9, a cat egoria em que se verif ica mais unidades de enumeração é Reconhecem a necessidade de aderir à vacinação cont ra o HPV. Apresent amos dois exemplos dos discursos dos pais:

(…) sim vacinava o meu f ilho (…) (E1); Compraria sem dúvida (…) (E3).

Est es dados vêm conf irmar o que Zimet e Rosent hal (2010) ref erem no seu est udo de revisão sist emát ica de revisão da lit erat ura. Segundo est es os pais parecem est ar int eressados em vacinar os seus f ilhos, do sexo masculino, cont ra o HPV. Mais de 65% dos pais est ão int eressados em vacinar os seus f ilhos cont ra o HPV e out ros est udos reconhecem uma pequena dif erença na at it ude dos pais sobre vacinar as suas f ilhas em relação aos f ilhos. Zimet e Rosent hal (2010) salient am duas exceções que incluem um est udo de mulheres na Turquia e um est udo em que as pessoas envolvidas eram assist idas num cent ro médico nos EUA. Em ambos os est udos, 59% dos pais t ransmit iram que queriam vacinar os rapazes.

Da cat egoria Procuram informação para decidir emergiram as subcat egorias: “ Junt o do médico de f amília” , “ Junt o da equipa mult idisciplinar” e “ Junt o do enf ermeiro” . Da subcat egoria “ Junt o do médico de f amília” , t emos dois

65 discursos: Opinião do médico de f amília (…) (E7); (…) vou pergunt ar ao meu Médico par a me dizer o que el e acha sobre isso (…) (E14). Relat ivament e à subcat egoria “ Junt o da equipa mult idisciplinar” t emos o seguint e discurso: (…) primeiro f alar com o médico e com alguma enf ermeira para saber (…) (E11). Em relação à subcat egoria “ Junt o do enf ermeiro” t emos o seguint e discurso: (…) Inf ormava-me no Cent ro de Saúde, com a enf ermeira (…) (E1).

O grupo t écnico para o desenvolviment o dos Cuidados de Saúde Primários (2012) ref ere que a lit eracia em saúde, a capacit ação e a aut onomia dos cidadãos são obj et ivos a t er sempre present es na at ividade diária dos prof issionais e equipas de saúde, sendo est rat égias capacit adoras; a inf ormação sobre assunt os de saúde; a educação para a saúde; a educação dos doent es para saberem lidar corret ament e com a sua saúde; a educação dos cidadãos e das comunidades para uma ut ilização adequada dos serviços e dos cuidados de saúde.

Na cat egoria Colocam ent raves pela quest ão económica: É assim, é cara. Hoj e em dia as pessoas t êm pouco poder económico (…) (E9); (…) f azer economias (…) (E13); Não sei se f or dada t alvez, mas não é pois não. Se não f or não compro nada (…) (E15).

Os pais t ambém compram out ras vacinas não incluídas no PNV nomeadament e, a vacina cont ra o Rot avirus e a vacina cont ra a Meningit e Pneumococica, uma vez que est ão devidament e inf ormados acerca das doenças que a não vacinação pode originar e dos ef eit os das vacinas na saúde dos seus f ilhos.

Relat ivament e à cat egoria Têm dúvida quant o às razões para vacinar, um dos discursos que a ilust ram é o seguint e: Se compensasse comprava (…) (E5).

66

3- CONCLUSÃO

Embora o sexo masculino apresent e uma morbilidade para a doença oncológica provocada pelo HPV inf erior ao sexo f eminino é preocupant e o f act o de do sexo masculino ser o vet or de primeira linha na t ransmissão de vários t ipos de HPV no sexo f eminino. Exist em f ort es evidências que demonst ram a ef icácia da vacina t et ravalent e cont ra o HPV para prevenir a inf eção persist ent e e doenças associadas no sexo masculino.

Face a est a problemát ica os enf ermeiros devem encont rar-se inf ormados para proporcionarem melhores cuidados aos indivíduos do sexo masculino, nomeadament e, em t ermos de vacinação cont ra o HPV. Para t al f oi import ant e saber a perceção dos pais dos adolescent es do sexo masculino relat ivament e à vacina cont ra o HPV.

Os obj et ivos dest e t rabalho f oram: avaliar os conheciment os dos pais dos adolescent es do sexo masculino em relação ao HPV e ident if icar a perceção dos

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