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Foram analisados 1.796 Pareceres de Auditoria Independente durante os exercícios de 2006; 2007; 2008 e 2009.

Para a tabulação dos parágrafos de ênfase foram desconsiderados parágrafos que continham observações que não causariam impacto nas demonstrações contábeis, haja vista que, usualmente, os parágrafos de ênfase podem conter observações, em que existe a incerteza quanto ao efeito de determinada contabilização. Segue exemplo das exclusões:

“Conforme mencionado na nota explicativa nº 2, as práticas contábeis adotadas no Brasil foram alteradas a partir de 1º de janeiro de 2008. As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, apresentadas de forma conjunta com as demonstrações financeiras de 2008, foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil vigentes até 31 de dezembro de 2007 e, como permitido pelo Pronunciamento Técnico CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08, não estão sendo reapresentadas com os ajustes para fins de comparação entre os exercícios.”

“As demonstrações dos fluxos de caixa, do valor adicionado e da segmentação de negócios, referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e 2006, representam informações complementares às demonstrações contábeis, não sendo requeridas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil e estão sendo apresentadas para possibilitar uma análise adicional. Essas informações complementares foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria aplicados às demonstrações contábeis e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os aspectos relevantes, em relação às demonstrações contábeis referidas no primeiro parágrafo, tomadas em conjunto.”

 

“A companhia tem processo judicial contra a Taxa de Fiscalização da CVM – Comissão de Valores Mobiliários.” 

Nas Tabelas 5 e 6 apresenta-se um resumo dos pareceres analisados, em valores absolutos e em termos percentuais.

Tabela 5 - Resumo dos pareceres de auditoria por tipo em número absoluto COMPANHIAS AUDITADAS SEM RESSALVA COM RESSALVA ADVERSO/ ABSTENÇÃO PARÁGRAFO DE ÊNFASE Ano Big Four Non Big Four Big Four Non Big Four Big Four Non Big Four Big Four Non Big Four Big Four Non Big Four 2006 237 212 226 161 11 46 0 5 57 68 2007 245 204 237 156 8 44 0 4 46 67 2008 242 207 232 155 10 48 0 4 53 68 2009 251 198 238 155 12 37 1 6 41 57

Tabela 6 - Resumo dos Pareceres de Auditoria por Tipo em Percentual COMPANHIAS AUDITADAS SEM RESSALVA COM RESSALVA ADVERSO/ ABSTENÇÃO PARÁGRAFO DE ÊNFASE Ano Big Four Non Big Four Big Four Non Big Four Big Four Non Big Four Big Four Non Big Four Big Four Non Big Four 2006 53% 47% 95% 76% 5% 22% 0% 2.0% 24% 32% 2007 55% 45% 97% 76% 3% 22% 0% 2.0% 19% 33% 2008 54% 46% 96% 75% 4% 23% 0% 2.0% 22% 33% 2009 56% 44% 95% 78% 5% 19% 0% 3.0% 16% 29%   

Nota-se que as Companhias Abertas têm preferência de contratação pelas firmas de auditoria Big Four, pois, em média, 54,5% das empresas contrataram seus serviços de auditoria, podendo-se observar sua evolução no período de 2006 a 2009. Figura 3.

Figura 3 – Contratação de firmas de auditoria independente

Almeida e Almeida (2009) realizaram um estudo sobre Earnings Management com empresas auditadas pelas Big Four e Non Big Four e concluíram que as empresas auditadas pelas Big Four possuem menor grau de accruals discricionários em relação as Non Big Four, sugerindo que elas têm maior capacidade para mitigar práticas de Earnings Management. Esse fato pode ser uma das razões pela preferência das Big Four – redução de riscos para a gestão da empresa.

Zhan (2007) concluiu que a qualidade das demonstrações financeiras auditadas pelas

Big Four, em geral, é superior, principalmente, quando se trata de grandes corporações, as

quais, normalmente, contratam as Big Four e, no caso de empresas médias semelhantes, tanto

237 245 242 251 212 204 207 198 150 180 210 240 270 2006 2007 2008 2009

as firmas de auditoria Big Four quanto as Non Big Four mantêm o mesmo nível de qualidade na auditoria.

Barbosa (2008) realizou um estudo teórico-empírico sobre a qualidade da auditoria e medidas contábeis de risco, concluindo que as companhias abertas clientes das Big Four possuem um risco menor em relação às companhias abertas auditadas pelas Non Big Four.

Em um estudo sobre gerenciamento de resultados, Baptista (2008) afirma que o fato de uma companhia ser auditada por uma firma Big Four, por si só, não diminui a probabilidade de ela praticar o gerenciamento de resultados.

A falta de qualidade nos trabalhos de auditoria relatados por Stahn (2005) não se limitou às Big Four, em que ele constatou que a falta de qualidade decorria de vários fatores, como a deficiência na documentação e a falta de avaliação de controles internos, resultando, algumas vezes, em um parecer de auditoria inconsistente.

Na Figura 4, pode-se observar a evolução da contratação dos serviços de auditoria das

Big Four.

  Figura 4 – Contratação das Big Four 

Constata-se que, em 2006, a Deloitte se apresentava como líder do mercado, tendo auditado 47% das companhias dentre as Big Four contratadas. No entanto, a significativa queda de sua participação é justificada pelos episódios envolvendo Parmalat, Aracruz, Bausch & Lomb, Carrefour e Banco Panamericano, gerando perdas aos acionistas, sendo que a Deloitte foi acusada de erro por omissão. No caso do Banco Panamericano, a Deloitte se

47% 33% 29% 26% 16% 18% 19% 22% 23% 33% 33% 33% 14% 16% 19% 19% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 2006 2007 2008 2009 Deloitte E&Y KPMG PWC

justificou informando que o seu trabalho é verificar se o dado está correto e se alguém maquia, não é o auditor (Cilo, 2010).

Consequentemente, a Deloitte reduziu sua participação no mercado de 47% em 2006 para 26% em 2009 cedendo seu posto de liderança à KPMG com 33% de participação no mercado em 2009. Nota-se ainda que apesar da E&Y manter 22% de participação no mercado, é a única firma de auditoria que demonstrou um crescimento linear constante ao longo dos quatro anos, o que indica que E&Y poderá ser a líder no seu segmento de atuação.

As Figuras 5 e 6 apresentam um perfil dos tipos de pareceres emitidos pelas empresas de auditoria e pelas Big Four, respectivamente, no período de 2006 a 2009.

  Figura 5 – Perfil dos tipos de pareceres de auditoria emitidos no período de 2006 a 2009   0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 2006 2007 2008 2009 86% 87% 86% 87% 12% 11% 12% 10% 2% 2% 2% 3% 28% 25% 27% 22%

  Figura 6 – Perfil dos tipos de pareceres de auditoria emitidos pelas Big Four no período de 2006 a

2009.

   

Em média, 96% dos pareceres das firmas de auditoria Big Four foram emitidos sem ressalvas (Figura 6), sendo que para os pareceres com ressalva, a média atingiu apenas 4% . Durante os quatro exercícios estudados, somando um total de 975 pareceres emitidos pelas Big Four, destaca-se a existência de apenas um parecer com abstenção de opinião. Nota-se ainda que em média 20% dos pareceres apresentaram parágrafos de ênfase.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2006 2007 2008 2009 95% 97% 96% 95% 5% 3% 4% 5% 0% 0% 0% 0% 24% 19% 22% 16%

A Figura 7 apresenta o perfil dos pareceres emitidos pelas Non Big Four.

 

Figura 7 – Perfil dos tipos de pareceres de auditoria emitidos pelas Non Big Four no período de 2006 a 2009.

Analisando o perfil dos pareceres de auditoria das Non Big Four (Figura 7), constatou- se que dentre o total de 821 pareceres emitidos, em média 76% não continham ressalvas, sendo que a média de pareceres com ressalvas atingiu 21%. Notou-se também que as Non Big

Four emitiram pareceres com abstenção de opinião e adverso em volume muito superior às Big Four, além da significativa utilização de parágrafos de ênfase que constou em média de

32% do total de pareceres emitidos.

A comparação entre as Big Four e Non Big Four dos pareceres emitidos com ressalva e com parágrafo de ênfase estão apresentados nas Figuras 8 e 9 respectivamente.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 2006 2007 2008 2009 76% 76% 75% 78% 22% 22% 23% 19% 2% 2% 2% 3% 32% 33% 33% 29%

Figura 8 – Perfil - Pareceres com Ressalvas

Do total de 218 pareceres emitidos com ressalva nos quatro exercícios analisados, constatou-se que a maioria de pareceres com ressalvas foram emitidos pelas Non Big Four (81%), enquanto as Big Four apresentaram apenas 21% deles.

Figura 9 – Perfil - Pareceres com Parágrafo de Ênfase 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 2006 2007 2008 2009 19% 15% 17% 24% 81% 85% 83% 76%

Big Four Non Big Four

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 2006 2007 2008 2009 46% 41% 44% 42% 54% 59% 56% 58%

Na análise do comportamento dos parágrafos de ênfase, notou-se que as Big Four mantiveram uma média de 43% dos pareceres emitidos, mas, ainda, inferior à média das Non

Big Four, que atingiu média de 57% dos parágrafos de ênfase.

No entanto ao analisar os detalhes dos pareceres com parágrafo de ênfase, conforme Tabela 7, notou-se que nos quatro exercícios analisados, as Big Four emitiram 197 pareceres contendo 322 parágrafos de ênfase, com uma média de 1,63 parágrafo por parecer, enquanto que as Non Big Four emitiram, nos mesmos quatro exercícios, 260 pareceres contendo 583 parágrafos de ênfase, com média de 2,24 parágrafos de ênfase por parecer, média 37% superior às ênfases destacadas pelas Big Four.

A Tabela 7 demonstra, em detalhes, o comparativo do perfil dos parágrafos de ênfase.

Tabela 7 – Detalhes dos parágrafos de ênfase

Pareceres com Parágrafo de Ênfase Quantidade de Parágrafos de Ênfase Ano Big Four % Non Big Four % Big Four

Média Non Big Four Média 2006 57 46% 68 54% 101 1.77 157 2.31 2007 46 41% 67 59% 69 1.50 149 2.22 2008 53 44% 68 56% 82 1.55 152 2.24 2009 41 42% 57 58% 70 1.71 125 2.19 Total 197 - 260 - 322 1.63 583 2.24

Para maior clareza quanto aos dados coletados, foi realizado um agrupamento dos principais parágrafos de ênfase que apareceram com maior frequência nos exercícios analisados e que possuíam o mesmo teor textual e significância nas demonstrações contábeis apresentados na Tabela 8.

Tabela 8 – Caracterização dos parágrafos de ênfase

CARACTERIZAÇÃO DOS PARÁGRAFOS DE ÊNFASE

Tipo de Parágrafo de Ênfase 2006 2007 2008 2009

1- Pressuposto de Continuidade de Negócios

46 46 44 41

2 - Reconhecimento de Tributos 43 34 37 29

3- Processo Judicial 39 36 43 30

4- Créditos Partes Relacionadas 29 40 33 36

5 -Revisão Tarifária Aneel – Câmara de Comercialização de Energia

40 29 37 22 Total dos Parágrafos de Ênfase com

maior frequência nos exercícios analisados

197 185 194 158

Total Geral dos Parágrafos de Ênfase nos exercícios analisados

258 218 234 195 Abrangência da Frequência dos

Parágrafos de Ênfase mais frequentes

76% 85% 83% 81%

De acordo com a Tabela 8, os principais parágrafos de ênfase destacados pelos auditores, incluindo as Big Four e Non Big Four se referiam a:

1 - Pressuposto de Continuidade dos Negócios:

“As demonstrações contábeis mencionadas no parágrafo 1 foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis a uma Empresa em continuidade normal dos negócios, que pressupõem a realização de ativos, bem como a liquidação das obrigações no curso normal dos negócios. A Companhia tem apresentado constantes prejuízos operacionais, índices de liquidez negativos e fluxos de caixa operacionais insuficientes. Como consequência, ao longo dos últimos anos, ela não tem conseguido honrar diversas obrigações de sua responsabilidade. A continuidade normal das operações da Companhia está relacionada à obtenção de um nível de rentabilidade, que produza o suficiente e necessário capital de giro ou novos recursos por parte de acionistas e/ou de terceiros. As demonstrações contábeis não incluem ajustes relativos à realização e à classificação dos ativos ou quanto aos valores de classificação dos passivos poderiam ser necessários em função dessa incerteza”.

Embora a dúvida quanto à continuidade da companhia seja um aspecto muito relevante, as normas de auditoria determinam que tal situação seja incluída em parágrafo de ênfase.

2 – Reconhecimento de Tributos:

“Conforme comentado na nota explicativa nº 15, a Companhia apresenta nas demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2008 saldos de ativos fiscais diferidos calculados sobre os prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, no montante de R$ 4.491 mil. De acordo com a Instrução CVM nº 371, de 27 de junho de 2002, a Companhia não atendeu às condições para o registro contábil do ativo fiscal diferido e por consequência o ativo e o patrimônio líquido encontram-se superavaliados e o prejuízo do exercício encontra-se subavaliado naquele valor.”

Em alguns casos, as companhias podem optar pelo reconhecimento diferenciado de tributos. No entanto é necessário atender alguma legislação, caso exista divergência da contabilização e a legislação, e o auditor opte por incluir um parágrafo de ênfase informando que o ativo e patrimônio líquido estão subavaliados.

3 – Processo Judicial:

“Conforme mencionado na nota explicativa 25 b.i, em 31 de dezembro de 2008, encontra-se registrado no passivo não circulante o valor de R$9.748 mil referente a financiamento concedido pela Siemens S.A. (“Siemens”) à controlada em conjunto Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora - Rio S.A. (“Concer”) para a instalação e colocação em funcionamento, por parte da Siemens, dos sistemas de controle rodoviário. A Administração da Concer, entendendo que houve a ocorrência de descumprimento de cláusulas contratuais pela credora, rescindiu o contrato na esfera judicial e, dessa forma, suspendeu o registro contábil da atualização monetária da dívida desde 1º de janeiro de 2000, tendo em vista que, na opinião de seus consultores jurídicos, a

probabilidade de perda dessa demanda pela Concer é remota. Em 31 de dezembro de 2008, o saldo do ativo imobilizado registrado relacionado a essa obrigação soma R$10.770 mil. Caso os acréscimos monetários fossem considerados, o valor da dívida seria de R$35.647 mil nesta data.”

“Conforme descrito na Nota 14 (d), a investida Engepack Embalagens S.A. e sua controlada Engepack Embalagens São Paulo S.A., ingressaram com medidas judiciais visando ao reconhecimento do direito a créditos de IPI sobre aquisições de matérias-primas isentas oriundas da Zona Franca de Manaus. O valor acumulado dos créditos reconhecidos contabilmente e integralmente compensados com tributos federais monta em R$194.750 mil em 31 de dezembro de 2006 (R$165.357 mil em 2005). A Engepack Embalagens S.A. e sua controlada Engepack Embalagens São Paulo S.A. obtiveram decisões favoráveis junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª e da 3ª Região. As referidas decisões foram objeto de Recursos Extraordinários interpostos pela Fazenda Nacional, não admitidos pelos tribunais recorridos, sendo, contra tais decisões, interpostos Agravos de Instrumento, pendentes de apreciação pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo os assessores jurídicos da Engepack Embalagens S.A. e de sua controlada, a avaliação jurídico-processual desses Agravos da Fazenda Nacional indica a total impossibilidade de modificação do Acórdão favorável às Companhias proferido no âmbito do Tribunal Regional Federal. A administração da Engepack Embalagens S.A., com base na opinião de seus assessores jurídicos, não constituiu provisão para fazer face a eventuais perdas resultantes de um desfecho desfavorável desse processo.

Os processos judiciais se referem normalmente à disputa judicial entre fornecedores ou ainda se relacionam a tributos que estão sendo discutidos na esfera judicial como nos exemplos acima. O impacto desses processos nas demonstrações financeiras está diretamente relacionado com o não reconhecimento da obrigação em caso de insucesso da ação judicial ou mesmo a contabilização inconsistente de provisões para contingências, afetando, diretamente, o resultado e o patrimônio líquido da companhia.

4 – Créditos Partes Relacionadas:

“Conforme descrito na Nota Explicativa 3, a controlada Moinhos Cruzeiro do Sul S.A. considerou sua controlada no exterior, Carinthia Sociedad Anonima como extensão das atividades operacionais. As práticas contábeis adotadas no Brasil requerem que as demonstrações financeiras consideradas como extensão das atividades devam ser reconhecidas nos livros oficiais. A Administração da Companhia optou em efetuar a consolidação dos números contábeis somente para fins de apresentação das demonstrações consolidadas de 31 de dezembro de 2008, mas não registrou esses valores nos livros locais. Esse procedimento está em desacordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.”

“Conforme mencionado na nota explicativa 9, a Sociedade mantém transações relevantes com empresas relacionadas, representadas, basicamente, por compra e venda de aço para fabricação de embalagens metálicas e prestação de serviços de litografia. Referidas transações foram efetuadas com base em condições negociadas entre a Sociedade e as respectivas empresas

relacionadas, que poderiam ser diferentes, caso fossem praticadas com terceiros.”

As transações com partes relacionadas podem afetar, ou não, a situação patrimonial da companhia.No primeiro exemplo acima o reconhecimento das operações da coligada no exterior estavam em descordo com as práticas contábeis e nesse caso poderia valer uma ressalva.

No segundo exemplo, notou-se que a companhia tem relações comerciais com a coligada a preços competitivos e o impacto para a controladora será a redução do faturamento, considerando que os preços praticados para a coligada são reduzidos e as mesmas condições não são aplicadas quando a venda de produtos é realizada a terceiros.

5 - Revisão Tarifária ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica:

“Conforme mencionado na Nota Explicativa 3 - item (b.2) às demonstrações financeiras, em decorrência da segunda revisão tarifária periódica e do reajuste tarifário anual, previstos no contrato de concessão, a ANEEL homologou, em caráter provisório, o reposicionamento tarifário da Companhia em (-)10,11% e (+)16,54% a serem aplicados para os períodos a partir de 23 de outubro de 2007 e 23 de outubro de 2008, respectivamente. Os possíveis efeitos decorrentes da revisão e do reajuste definitivos, se houver, serão refletidos na posição patrimonial e financeira da Companhia em períodos subsequentes.” O setor de energia elétrica apresentou o parágrafo de ênfase relativo às alterações tarifárias realizadas pela ANEEL em quase todas as companhias do setor durante os quatro exercícios analisados, o que terá impacto na posição patrimonial e financeira das mesmas nos exercícios seguintes.