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V. Análise de Resultados

5.1. Apresentação dos resultados

O quadro seguinte refere-se a questão “utilização do dinheiro dos impostos”, em que foi perguntado aos estudantes universitários qual a sua perceção sobre a utilização do dinheiro dos impostos, isto é, quais os bens e serviços públicos onde é gasto o dinheiro arrecadado pela AT. É de salientar ainda que, esta questão existia a hipótese de assinalar mais do que uma alternativa, no máximo de três, com o objetivo de evitar o enviesamento e a predominância de respostas centrado numa área em específico.

Quadro 1 - Utilização do dinheiro dos impostos

Utilização do dinheiro dos impostos Saúde 125 81,2% Educação 112 72,7% Segurança 50 32,5% Transportes públicos 15 9,7% Estradas e autoestradas 35 22,7% Bem-estar social 50 32,5% Outra 21 13,6%

Do quadro acima é possível observar que as áreas onde os inquiridos julgam que são utilizados o dinheiro dos impostos são as áreas da saúde com 81,2% e a educação com 72,7%. Também se observa que a área dos transportes públicos é aquela que reúne menos perceção sobre a utilização do dinheiro dos impostos. A área da segurança e bem-estar social reúnem cerca de 32,5% dos inquiridos, enquanto as estradas e autoestradas reúne 22,7% da amostra. Em relação à opção “outra”, 13,6% assinalou-a.

O quadro seguinte prende-se com a principal razão que leva os contribuintes a não fugir ao fisco:

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Quadro 2 - Razões para o cumprimento fiscal

Razão principal para não fugir ao pagamento de impostos

Porque é ilegal 37 24,0% Sanções financeiras 30 19,5% Porque sou honesto 30 19,5% Porque é imoral 22 14,3% Porque é injusto para os outros

contribuintes 14 9,1% Não há razão para que possa entrar em

fuga aos impostos 14 9,1% A probabilidade ser apanhado 5 3,2%

Outra 2 1,3%

Total 154 100,0%

Do quadro acima é possível verificar que a razão apontada como a principal para os contribuintes não fuja aos impostos é “porque é ilegal” com 24%. Segue-se as sanções financeiras e o facto de serem honestos, ambos com 19,5%. Por outro lado, a probabilidade de ser apanhado é a que apresenta ser a razão menos forte, 3,2%, além da opção “outra”.

O quadro seguinte apresenta um conjunto de afirmações que transmitem razões pelas quais os contribuintes entram em fraude fiscal.

Quadro 3 - Razões para o incumprimento fiscal

Discordo

totalmente Discordo

Não discordo,

nem concordo Concordo

Concordo totalmente

O risco de ser apanhado é

baixo 16,9% 42,9% 13,6% 25,3% 1,3%

Existe cultura de fraude em

Portugal 1,3% 9,7% 13,6% 51,9% 23,4%

O dinheiro dos impostos não é

bem aplicado 2,6% 14,3% 23,4% 46,1% 13,6%

As potenciais consequências não são suficientes para as pessoas deixarem de fugir ao fisco

1,9% 23,4% 26,0% 42,9% 5,8%

As pessoas acham que já pagam demasiados impostos relativamente aos seus rendimentos

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Da análise do quadro podemos concluir que 42,9% dos inquiridos discordam com a afirmação “o risco de ser apanhado é baixo”, enquanto 25,3% concordam com a afirmação. Em relação a segunda afirmação, mais de 50% dos inquiridos concordam (51,9%) que existe uma cultura de fraude fiscal em Portugal. Além disso, cerca de 23,4% concordam totalmente com a afirmação. Quanto a terceira afirmação, cerca de 46% dos inquiridos acham que o dinheiro dos impostos não é bem aplicado, enquanto 14,3% discordam com a afirmação. Nota ainda para os 23,4% que nem discordam, nem concordam. Na quarta afirmação, quase 43% dos inquiridos concordam que as potenciais consequências de ser apanhado, não inibe os contribuintes de fugirem ao fisco, enquanto 23,4% acham que as consequências são suficientes para que não haja fuga ao fisco. Por último, a quinta afirmação é possível constatar que a maioria dos inquiridos acham que pagam demasiado impostos, em relação aos seus rendimentos, pois 54,5% e 37% concordam e concordam totalmente respetivamente com a afirmação.

No quadro seguinte é apresentado um conjunto de afirmações que visam aferir a perceção que os estudantes universitários têm em relação ao serviço prestado pela AT.

Quadro 4 - Perceção do serviço prestado

Discordo

totalmente Discordo

Não discordo,

nem concordo Concordo

Concordo totalmente

Atualmente faz um grande esforço para ajudar os contribuintes a entender a legislação fiscal 13,0% 38,3% 28,6% 18,2% 1,9% A AT é profissional na forma como me trata 3,9% 18,2% 42,9% 32,5% 2,6% A AT dá-me conselhos precisos 11,0% 32,5% 44,2% 11,7% 0,6%

Existe uma grande

probabilidade de ser auditado pela AT

6,5% 36,4% 39,0% 16,9% 1,3%

O pessoal da AT trata-me de

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Do quadro acima, relativamente a primeira afirmação, 38,3% dos inquiridos discordam que a AT faça um grande esforço para dar a entender a legislação fiscal aos contribuintes, enquanto 18,2% reconhecem esse esforço por parte da AT. Nota ainda para os 13% que discordam totalmente com a afirmação. Em relação à segunda afirmação, 32,5% concordam que a AT os trata de forma profissional enquanto 18,2% discordam. Além disso, cerca de 43% não discordam, nem concordam. Quanto à terceira afirmação, mais de 44 % não discordam, nem concordam com a afirmação que a AT dá conselhos precisos. Além disso, 32,5% discordam com essa afirmação, contra apenas 11,7% que concordam, praticamente a mesma percentagem (11%) assinalaram que discordam totalmente. Na quarta afirmação, quase 17% concordam que existe uma grande probabilidade de ser auditado, enquanto 36,4% discordam. No entanto, a maior parte dos inquiridos responderam que não discordam, nem concordam. Por último, na quinta afirmação do quadro, 30,5% concordam que a AT os trata de forma razoável e metade dos inquiridos não discordam, nem concordam.

No quadro seguinte é apresentado um conjunto de afirmações sobre a confiança transmitida pela AT nos últimos anos.

Quadro 5 - Confiança na AT

Discordo

totalmente Discordo

Não discordo

nem concordo Concordo

Concordo totalmente Atuou segundo o interesse de

todos os portugueses 5,2% 38,3% 30,5% 25,3% 0,6%

Agiu de forma transparente e

honesta 3,9% 35,1% 39,0% 20,1% 1,9%

É digna da sua confiança no justo cumprimento da sua função

3,9% 25,3% 36,4% 33,1% 1,3%

Cumpre com as suas

obrigações 1,9% 22,7% 30,5% 42,9% 1,9%

Aproveita-se das pessoas mais

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Em relação ao quadro acima é possível observar que na primeira afirmação, 38,3% discordam que a AT tenha atuado segundo o interesse dos portugueses nos últimos anos, enquanto 25,3% concorda com a afirmação. Além disso 30,5% não discorda, nem concorda. Quanto à segunda afirmação, cerca de 35% discorda que a AT tenha agido de forma transparente e honesta, enquanto cerca de 20% concorda com a mesma afirmação. Ainda 39% dos inquiridos não discordam, nem concordam. Quanto à terceira afirmação 33,1% concorda que a AT é digna da sua confiança no justo cumprimento da sua função, enquanto 25,3% discordam. Além disso, 36,4% não discorda nem concorda com a afirmação. Em relação a quarta afirmação, quase 43% concordam que a AT cumpre as suas obrigações, enquanto 22,7% discordam. 30,5% não discordam, nem concordam. Por último, quanto à quinta afirmação, 31,2% dos inquiridos discordam que AT se aproveite das pessoas mais vulneráveis, enquanto 21,4% concorda que a AT se aproveita das pessoas mais vulneráveis. Além disso, quase 36% não discordam, nem concordam com a afirmação.

O seguinte quadro apresenta um conjunto de afirmações que se relaciona com a perceção de poder que a AT tem sobre os contribuintes, na medida em que possam ou não fazer muito face a cada um deles. A AT não pode fazer muito se…

Quadro 6 - Poder da AT

Discordo

totalmente Discordo

Não discordo

nem concordo Concordo

Concordo totalmente

Uma grande empresa a

desafiar 10,4% 59,1% 0,0% 24,7% 5,8%

Uma pequena e média empresa

a desafiar 17,5% 56,5% 18,2% 7,8% 0,0%

Um cidadão muito rico a

desafiar 11,7% 48,1% 17,5% 18,2% 4,5%

Um assalariado a desafiar 19,5% 64,3% 11,7% 3,2% 1,3%

Um trabalhador por conta

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Do quadro acima apresentado, em relação a primeira afirmação, na sua maioria (59,1%) discorda que uma grande empresa possa desafiar a AT, enquanto 24,7% concorda com a afirmação. Além disso, mais de 10% dos inquiridos discordam totalmente com a afirmação. Quanto à segunda afirmação, também a maioria dos inquiridos, cerca de 56,5% discordam que uma pequena e média empresa possa desafiar a AT, enquanto apenas 7,8% dos inquiridos concordam com a afirmação. Nota ainda para os 17,5% que discordam totalmente. Quanto a terceira afirmação, cerca de 48% discorda que um cidadão muito rico possa desafiar a AT, enquanto 18,2% concorda com a afirmação. Além disso, 11,7% discordam totalmente. Em relação a quarta afirmação, 64,3% discordam que um assalariado possa desafiar a AT e 19,5% discorda totalmente com a afirmação. Somente 3,2% dos inquiridos é da opinião que um assalariado a pode desafiar. Por último, a quinta afirmação, 50% dos inquiridos discordam que um trabalhador por conta própria possa desafiar a AT. Além disso, 27,3% dos inquiridos discordam totalmente e cerca de 15,6% não discordam, nem concordam.

A próxima questão prende-se com possível contacto com a AT por parte dos inquiridos referente a amostra em causa.

Quadro 7 - Contacto com a AT

Contactou a administração fiscal nos últimos 12 meses?

Sim 59 38,3% Não 95 61,7% Total 154 100,0%

No quadro acima é possível observar que dos 154 inquiridos, por um lado 59 contactaram a administração fiscal nos últimos 12 meses representado 38,3% do total da amostra e por outro lado, 95 inquiridos responderam que não (representa 61,7% do total da amostra).

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A seguir foi questionado aos que responderam sim à questão anterior qual tinha sido o meio utilizado para contactar com a AT. De salientar o facto, de nesta questão, os inquiridos podiam assinalar mais do que uma opção.

Quadro 8 - Meio utilizado para o contacto com a AT

Meio utilizado para contactar a AT Telefone 22 37,3% Pessoalmente 28 47,5% Carta / Fax 0 0,0% E-mail 11 18,6% Consulta ao portal das finanças 33 55,9%

No quadro acima é possível aferir que o meio mais utilizado pelos inquiridos para contactar a AT foi através da consulta ao sitio do portal das finanças (55,9%), seguido por pessoalmente (47,5%) e o telefone (37,3%). Cerca de 18,6% contactou através de e- mail e nenhum dos inquiridos a contactou através de carta ou fax.

A questão seguinte prende-se com o nível de satisfação associado ao serviço prestado, aquando do contacto com a AT.

Quadro 9 - Avaliação do nível de satisfação

Avalie o seu contacto com a administração fiscal, de acordo com o seu nível de satisfação?

Muito insatisfeito 5 8,5% Insatisfeito 4 6,8% Nem insatisfeito, nem

satisfeito 17 28,8% Satisfeito 30 50,8% Muito satisfeito 3 5,1% Total 59 100,0%

Do quadro seguinte é possível observar que acerca do serviço prestado, 50,8% dos inquiridos encontram-se satisfeitos, 28,8% nem insatisfeitos, nem satisfeitos. Em relação as restantes categorias, 8,5% dos inquiridos encontram-se muito insatisfeitos, enquanto

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5,1% declararam estarem muito satisfeito com o serviço prestado. Por último 6,8% mostraram-se insatisfeitos.

Quadro 10 - Experiências com a AT

Deveria ter submetido uma declaração de rendimentos (IRS) em 2015?

Sim 74 48,1% Não 80 51,9% Total 154 100,0%

Submeteu alguma declaração de rendimentos (IRS) em 2015?

Sim 72 97,3% Não 2 2,7% Total 74 100,0%

Tem alguma declaração de rendimentos incompleta de anos anteriores?

Sim 1 0,6% Não 153 99,4% Total 154 100,0% Alguma vez a administração fiscal

colocou-lhe questões para aferir se paga ou não os seus impostos (IRS)?

Sim 3 1,9% Não 151 98,1% Total 154 100,0%

Alguma vez foi multado ou penalizado de alguma forma pela administração fiscal?

Sim 21 13,6% Não 133 86,4% Total 154 100,0%

Tem alguma dívida pendente à administração fiscal?

Sim 2 1,3% Não 152 98,7% Total 154 100,0%

Do quadro acima apresentado é possível observar que, relativamente a primeira questão, 74 estudantes universitários (o que representa 48,1% dos inquiridos) responderam que deveriam ter submetido uma declaração de rendimentos (IRS) em 2015 enquanto 80 estudantes universitários (51,9% dos inquiridos) responderam que não. A segunda questão é dirigida apenas aos que responderam sim à questão anterior. A questão “submeteu alguma declaração de rendimentos (IRS) em 2015?” na sua grande maioria (72 estudantes universitários representando 97,3%) responderam sim e somente 2 estudantes universitários (2,7%) responderam que não. Na terceira questão, de um total

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de 154 estudantes universitários apenas um estudante universitário respondeu que sim a questão “tem alguma declaração de rendimentos incompleta de anos anteriores?” Em relação a quarta questão, também de entre 154 respostas, apenas três inquiridos responderam sim, se alguma vez a administração fiscal tinha colocado questões para aferir se paga ou não os impostos devidos em sede de IRS. Quanto a quinta questão, 21 estudantes universitários (o que representa 13,4% dos inquiridos de um total de 154) responderam que já tinham sido multados ou penalizados pela administração fiscal, enquanto 133 estudantes universitários, representando 86,4%, responderam que não. Por último, em relação à sexta questão, aos inquiridos foram questionados sobre se tinham alguma dívida pendente à administração, apenas dois, corresponde a 1,3% dos 154 inquiridos responderam sim, enquanto os restantes 152 inquiridos (98,7%) responderam que não.

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