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P ARECERES A TUARIAIS DOS PLANOS

No documento Relatório Anual de Informações (páginas 87-122)

Gestão dos Investimentos por Plano de Benefício

GESTORES TERCEIRIZADOS

B) Ativo Líquido – final do exercício (A+3+4) 13.741 16.410 19,42

6. P ARECERES A TUARIAIS DOS PLANOS

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Comentários iniciais

O presente parecer tem por objetivo apresentar nossas considerações sobre a avaliação atuarial do plano de benefícios denominado plano Embrapa Básico, mantido pela Embrapa e administrado pela Ceres – Fundação de Seguridade Social, elaborada na data-base de 31/12/2013.

Nossa avaliação tomou por base as normas estatutárias e regulamentares que regem o mencionado plano, bem como a legislação previdenciária aplicável às Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC, todos em vigor na data-base da avaliação atuarial, especialmente a resolução do Conselho de Gestão da Previdência Complementar nº 18, de 28 de março de 2006, que estabelece as bases técnicas para a estruturação de planos de benefícios e a Instrução nº 09 da Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC, de 14 de dezembro de 2010, que normatiza as demonstrações atuariais dos planos de benefícios.

Método de financiamento, premissas e hipóteses utilizadas na avaliação atuarial

As premissas, hipóteses e demais parâmetros utilizados na avaliação atuarial foram definidos em conjunto com a Ceres, tendo sido mantidos o método atuarial e regimes financeiros utilizados na avaliação de 31/12/2012, conforme constam na nota técnica atuarial e nas demonstrações atuariais encaminhadas à PREVIC.

Quanto às hipóteses atuariais, os testes de aderência demonstraram a sua adequabilidade em relação aos eventos biométricos, financeiros e salariais do plano de benefícios, as quais foram mantidas em sua maioria, exceto pelas hipóteses do fator de determinação do valor real dos salários ao longo do tempo e do fator de determinação do valor real dos benefícios ao longo do tempo, que foram alterados de 0,976 para 0,974, para melhor se

ajustarem à realidade inflacionária. Os respectivos fatores foram ajustados para uma expectativa de inflação futura de 5,88% a.a.. Também foi modificada a tábua de mortalidade de inválidos, sendo efetuado uma suavização de 60% na tábua de mortalidade Experiência do IAPC.

Qualidade da base cadastral utilizada

Os cálculos foram efetuados com base nos dados cadastrais posicionados em setembro de 2013 e em metodologia e critérios aceitos internacionalmente, cujo detalhamento encontra-se descrito em Nota Técnica Atuarial - NTA.

Nossa opinião em relação ao cadastro utilizado nesta reavaliação atuarial é que as informações nele constantes são de boa qualidade e refletem adequadamente as características de cada participante e assistido que são de interesse para o estudo atuarial.

Custos dos benefícios do plano e comparação com os custos do exercício anterior

O plano Embrapa Básico é estruturado na modalidade de benefício definido, tendo por objetivo oferecer aos seus participantes e dependentes os benefícios previdenciários previstos em regulamento. Desde a implantação do Plano Embrapa-FlexCeres, em maio de 2007, o plano Embrapa Básico se encontra em extinção, estando fechado a novas inscrições. O plano de benefícios apresenta apenas um grupo de custeio.

O custo total do plano, composto pelo custo normal e extraordinário, situou-se em 34,034% sobre o total dos salários-de-participação dos seus participantes, tendo apresentado pequena variação em relação ao custo registrado na avaliação de 2012, cujo percentual foi de 34,043% (Tabela 84). Tal variação pode ser imputada, principalmente, às mudanças cadastrais ocorridas no período e à alteração nas hipóteses atuariais.

Tipo de Custo Total

Normal 16,508%

Dotação Inicial 2,320% Extraordinário1 15,206%

Total 34,034%

Notas: (1) Neste custo está incluída a taxa de contribuição extraordinária dos assistidos de 0,280% sobre o valor do benefício, correspondente a 0,257% sobre a folha de salário-de-participação. O montante dessa contribuição extraordinária paga pelos assistidos atuais e futuros é de R$ 9.886.425, sendo R$ 4.507.490 referente aos atuais assistidos e R$ 5.378.935 relativos aos futuros assistidos.

Plano de custeio para 2014

O plano de custeio para 2014 será mantido nos mesmos percentuais praticados no exercício de 2013, uma vez que as alíquotas de contribuição da patrocinadora e dos participantes e assistidos produzem um custeio na dimensão do custo total do plano. Vale ressaltar que, o prazo de financiamento da contribuição extraordinária necessário para integralizar a reserva a amortizar corresponde a uma média de 8,35 anos. Esse prazo é a média do tempo remanescente da elegibilidade à aposentadoria plena de cada participante.

A contribuição total prevista para a patrocinadora será de 21,266% (Tabela 85) do total dos salários-de-participação, enquanto que para os participantes ativos se estima uma contribuição média de 12,511% e para os participantes assistidos de 0,257% (Tabela 85). Os assistidos com data de início de Benefício após 20/12/2002 e os aposentados que recebem abono de aposentadoria, pagam contribuição de 8,28% sobre os benefícios, os demais assistidos pagam 0,28% sobre os benefícios.

Participante Patrocinadora

Ativo Assistido

Total 21,266% 12,511% 0,257%(1) 34,034%

Notas: (1) Contribuição extraordinária dos assistidos de 0,280% sobre o valor do benefício, correspondente a 0,257% sobre a folha de salário-de-participação. Além dessa contribuição, os assistidos pagam 8% incidentes sobre os benefícios.

Tabela 86. Custeio do plano Embrapa Básico para 2014. Contribuição Individual dos participantes (%)

Sobre o excedente do SP em relação % Sobre o Salário

de Participação 1 À metade do Valor de Referência

Ao Valor de Referência

Contribuição Média

2,180% a 4,378% 2,906% 15,816% 12,511%

NOTAS: (1) Calculada em função da idade do participante na data da inscrição. (2) Em % dos salários de participação na data desta avaliação.

Principais riscos atuariais aos quais o grupo de custeio está exposto e sugestões para mitigação

O plano Embrapa Básico, por se tratar de um plano constituído na modalidade de benefício definido, está exposto aos riscos atuariais relacionados com fatores biométricos e ao risco financeiro.

O monitoramento sistemático desses riscos é feito através das avaliações atuariais anuais, do acompanhamento mensal das provisões matemáticas, que são recalculadas mensalmente em bases atuariais, e da utilização de métodos de financiamento, regimes financeiros e hipóteses atuariais consistentes e aderentes à realidade dos participantes e assistidos do plano de benefícios.

Solução para restabelecer a suficiência de cobertura do grupo de custeio do plano Embrapa Básico

O plano apresentou em 31/12/2013 um déficit atuarial de R$ 68.497.671, que representa 2,49% das provisões matemáticas totais. Conforme determinado na Resolução CNPC nº 9, de 29 de novembro de 2012, modificada pela Resolução CNPC nº 13, de 4 de novembro de 2013, a entidade procederá a elaboração de plano de equacionamento do déficit atuarial nos prazos estabelecidos no inciso II da nova redação dada ao art. 28 da Resolução CGPC nº 26, de 29 de setembro de 2008, abaixo transcrito.

“Art. 28. Observadas as informações constantes em estudo específico da situação econômico-financeira e atuarial acerca das causas do déficit técnico, deverá ser elaborado o plano de equacionamento do déficit, obedecendo aos seguintes prazos contados a partir do encerramento do exercício social que apurou o resultado deficitário.

I - até o final do exercício seguinte, se o déficit técnico acumulado for superior a dez por cento das provisões matemáticas.

II – até o final do exercício subsequente ao da apuração do terceiro resultado deficitário anual consecutivo, se o déficit técnico acumulado for igual ou inferior a dez por cento das provisões matemáticas.”

Variação no resultado atuarial e causas mais prováveis

Quanto à situação atuarial, calculou-se uma provisão matemática total de R$2.752.522.255,00 composta por R$1.476.524.880,00 relativos aos benefícios concedidos, de R$1.592.720.156,00 referente aos benefícios a conceder, e de provisões matemáticas a constituir de R$316.722.781,00 as quais possuem um efeito redutor no cálculo das provisões matemáticas totais.

O plano registrou um déficit no exercício de 2013 de R$68.497.671,00 originado, principalmente, pela rentabilidade real líquida patrimonial de -3,85% (Tabela 87).

Tabela 87. Situação atuarial do plano de benefícios Embrapa Básico (R$1,00). Rubrica 31/12/2012 31/12/2013 Variação Patrimônio de Cobertura do Plano - PCP 2.566.089.723 2.684.024.584 4,60%

Provisões Matemáticas – PM 2.541.437.397 2.752.522.255 8,31% Superávit Técnico 24.652.326 (68.497.671) -377,85 Resultados Realizados sobre as PM 0,97% 2,49% - Resultados Realizados sobre o PCP 0,96% 2,55% -

A rentabilidade dos investimentos do plano de benefícios, no exercício de 2013 foi de 6,82%, em termos nominais. Considerando-se que a variação do INPC/IBGE de janeiro a dezembro de 2013 foi de 5,56%, então a meta mínima atuarial para o mesmo período foi de 11,10%, composta pela variação do INPC acrescida da taxa de juros real anual de 5,25%. Comparando-se a rentabilidade nominal obtida com a meta mínima atuarial, verifica-se que a rentabilidade patrimonial real líquida foi de -3,85% ao ano, concluindo-se, portanto, que a rentabilidade patrimonial nominal em 2013 foi inferior à meta mínima atuarial.

Resultado atuarial de 31/12/2013 e sua natureza

Pelo exposto, concluímos que o plano de benefícios se encontra em situação de desequilíbrio atuarial moderado, possuindo um déficit atuarial de R$ 68.497.671, que será equacionado na forma e nos prazos da legislação em vigor, após a elaboração do plano de equacionamento (Tabela 88).

O balanço atuarial do plano de benefícios, onde se observam as contas de ativo compostas pelo patrimônio de cobertura do plano e contribuições futuras, bem como as contas de passivo, representadas pelos benefícios futuros e superávit técnico está detalhado na Tabela 88.

Fundos previdenciais

Na data desta reavaliação atuarial, como também no exercício anterior, não existiam fundos previdenciais no plano Embrapa Básico.

Tabela 88. Balanço Atuarial do plano Embrapa Básico em 31/12/2013 (R$1,00).

Patrimônio de Cobertura do Plano 2.684.024.584 Benefícios Futuros 3.238.510.342 Contribuições Futuras 485.988.087 Benefícios Concedidos 1.476.524.880 Contribuição Normal 169.265.306 Benefícios a Conceder 1.761.985.462 Contribuição Extraordinária 302.464.672 Resultados Realizados (68.497.671)

Jóia 14.258.109

Total 3.170.012.671 Total 3.170.012.671

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Custos dos benefícios do plano e comparação com os custos do exercício anterior

O plano Embrapa-FlexCeres foi estruturado na modalidade de contribuição variável, tendo benefícios programados estruturados como contribuição definida e benefícios de risco estruturados na modalidade de benefício definido. Além disso, após a concessão dos benefícios as rendas são pagas de forma vitalícia e têm os seus valores reajustados pela variação patrimonial, porém com um teto fixado na variação do INPC.

O plano foi implantado a partir de maio de 2007 e possui apenas um grupo de custeio.

Os custos dos benefícios de risco e o custo administrativo calculados nesta reavaliação estão apresentados na Tabela 89.

Tabela 89. Custos do Plano Embrapa-FlexCeres em 31/12/2013(%).

Tipo de Custo Taxas Médias

Benefícios de risco 1,130% Patrocinadora 0,565% Participante 0,565% Administrativo 0,536% Patrocinadora 0,268% Participante 0,268% Custo Total 1,666% Patrocinadora 0,833% Participante 0,833%

Os custos dos benefícios de risco e administrativo do plano Embrapa-FlexCeres representavam, na data desta avaliação atuarial, 1,666% dos salários-de-participação, observando-se uma pequena elevação no custo em relação ao percentual registrado na avaliação de 31/12/2012, que foi de 1,524%.

Plano de custeio do plano Embrapa-FlexCeres para 2014

Na tabela 90 está apresentado o plano de custeio para 2014, sendo as taxas de contribuição aplicadas sobre os salários-de-participação. As contribuições para os benefícios programados apresentadas na citada tabela correspondem às médias observadas em 31/12/2013 e podem sofrer modificações ao longo do exercício em função de mudanças nas alíquotas de contribuição solicitadas pelos participantes do plano.

Está sendo proposta a manutenção do custeio dos benefícios de risco do ano de 2013, de 0,984%, para 2014, apesar do custo apresentado de 1,130%, de forma que sejam utilizados parcialmente os recursos acumulados nos fundos de risco, os quais foram constituídos com a finalidade de financiar os custos sob comento. Dessa forma, o custeio total dos benefícios de risco e administrativo para 2014 será de 1,520%, em comparação ao custeio dos benefícios de risco e administração de 2013 que foi de 1,524%.

Tabela 90. Custeio do Plano Embrapa-FlexCeres para 2014 (%). Tipo de Custeio Taxas Médias

Benefícios programados 12,963% Patrocinadora 6,070% Participante 6,893% Benefícios de risco 0,984% Patrocinadora 0,492% Participante 0,492% Custeio administrativo 0,536% Patrocinadora 0,268% Participante 0,268% Custeio Total 14,483% Patrocinadora 6,830% Participante 7,653%

O plano de custeio prevê, ainda, contribuições dos assistidos que incidem sobre os respectivos benefícios, para custeio administrativo, cujo percentual é de 0,536%.

Principais riscos atuariais aos quais o grupo de custeio está exposto e sugestões para mitigação

O plano Embrapa-FlexCeres, por se tratar de um plano constituído na modalidade de contribuição variável, está exposto aos riscos atuariais relacionados com fatores biométricos e ao risco financeiro, tanto durante a fase de recebimento dos benefícios quanto em relação aos benefícios de risco decorrentes de invalidez e morte durante a fase de acumulação das reservas. O monitoramento sistemático desses riscos é feito através das avaliações atuariais anuais, do acompanhamento mensal das provisões matemáticas, que são recalculadas mensalmente em bases atuariais, e da utilização de métodos de financiamento, regimes financeiros e hipóteses atuariais consistentes e aderentes à realidade dos participantes e assistidos do plano de benefícios. Solução para restabelecer a suficiência de cobertura do grupo de custeio

Não foi constatada insuficiência de cobertura do grupo de custeio, sendo as alíquotas de custeio definidas para 2014 suficientes para financiar os custos dos benefícios do plano.

Variação no resultado atuarial e causas mais prováveis

As provisões matemáticas do plano Embrapa-FlexCeres em 31/12/2013 estão detalhadas na tabela 91:

Tabela 91. Situação atuarial do plano Embrapa-FlexCeres.31/12/2013 (R$1,00). Rubrica 31/12/2012 31/12/2013 Variação Patrimônio de Cobertura do Plano 199.849.510 258.048.551 29,12% Provisões Matemáticas 199.849.510 258.048.551 29,12%

Benefícios Concedidos 2.795.093 4.315.529 54,40% Benefícios a Conceder – Benefícios de

Risco

- - -

Benefícios Futuros 36.850.268 37.900.550 2,85% Contribuições Futuras (36.850.268) (37.900.550) 2,85% Saldo de Contas dos Benefícios

Programados 197.054.417 253.733.022 28,76%

Resultados Realizados - - -

As provisões matemáticas dos benefícios de risco foram reavaliadas com base nas metas estabelecidas para os benefícios programados em 31/12/2013.

A rentabilidade dos investimentos do Plano Embrapa-FlexCeres, no exercício de 2013 foi de 2,54%, em termos nominais. Considerando-se que a variação do INPC/IBGE de janeiro a dezembro de 2013 foi de 5,56%, então a meta mínima atuarial para o mesmo período foi de 11,10%, composta pela variação do INPC acrescida da taxa de juros real anual de 5,25%. Comparando-se a rentabilidade nominal obtida com a meta mínima atuarial, verifica-se que a rentabilidade patrimonial líquida situou-se abaixo da meta mínima atuarial, observando-se uma rentabilidade líquida, descontada a meta mínima atuarial, de -7,70% no período.

De uma forma geral, as provisões matemáticas aumentaram em função das alterações cadastrais observadas no período entre as duas avaliações atuariais, notadamente pela entrada de novos participantes no plano, pelas variações salariais ocorridas, alteração nas hipóteses atuariais e acumulação nas contas individuais da parcela de contribuição definida do plano. A provisão matemática de benefícios concedidos aumentou em função da concessão de novos benefícios no período e a existência de uma provisão matemática de benefícios a conceder, referente aos benefícios de risco, nula se deve ao reduzido custo dos benefícios do plano, motivada pela adesão de

novos participantes com custo previdencial mais baixo e à manutenção do custeio global financiado em parte pelo fundo de risco.

Resultado atuarial do plano Embrapa-FlexCeres de 31/12/2013 e sua natureza

O plano de benefícios apresentou resultado atuarial nulo, conforme se observa na tabela 92, onde o total das provisões matemáticas é igual ao patrimônio de cobertura do plano. Esse equilíbrio é inerente à própria estrutura técnica do plano e, dessa forma, nosso entendimento é que o resultado atuarial tem natureza estrutural. O balanço atuarial do plano de benefícios, onde se observam as contas de ativo compostas pelo patrimônio de cobertura do plano e contribuições futuras, bem como as contas de passivo, representadas pelos benefícios futuros está detalhado na tabela 92.

Tabela 92. Balanço atuarial do Plano Embrapa-FlexCeres em 31/12/2013. (R$1,00)

Ativo Passivo

Patrimônio de Cobertura do Plano 258.048.551 Benefícios Futuros 295.949.101 Contribuições Futuras 37.900.550 Benefícios Concedidos 4.315.529

Risco 37.900.550 Benefícios a Conceder 291.633.572

Programados 253.733.022

Risco 37.900.550

Resultados Realizados -

Total 295.949.101 Total 295.949.101

Fundos previdenciais

O plano apresentava, em 31/12/2013, o montante de R$ 32.962.408 em saldos de fundos previdenciais (Tabela 93).

Tabela 93. Fundos previdenciais do Plano Embrapa-FlexCeres em 31/12/2013 (R$1,00).

Discriminação 2012 2013 Variação

Fundos Previdenciais 28.166.623 32.962.408 17,02% Fundo Coletivo de Desligamento 1.003.000 1.252.918 24,92% Fundo de Riscos – Auxílios e Pecúlios 4.104.556 4.786.897 16,62% Fundo de Riscos – Invalidez e Pensões 23.059.067 26.922.593 16,75%

A constituição e finalidade do Fundo Coletivo de Desligamento estão previstas no regulamento do plano de benefícios, e a constituição dos Fundos de Riscos foi feita com base em contribuições regulamentares excedentes com a finalidade de cobertura de oscilações dos benefícios de risco.

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Custos dos benefícios do plano e comparação com os custos do exercício anterior

O plano de benefício não possui mais participantes ativos e, por esse motivo, não há necessidade de se calcular custos de benefícios, uma vez que o plano se encontra em fase de desacumulação de reservas matemáticas.

O plano de benefícios possui apenas um grupo de custeio. Plano de custeio para 2014

O plano de custeio previsto para 2014 é composto de contribuições de 8% incidentes sobre os benefícios dos assistidos.

Principais riscos atuariais aos quais o grupo de custeio está exposto e sugestões para mitigação

O plano Embrater Básico, por se tratar de um plano constituído na modalidade de benefício definido, está exposto aos riscos atuariais relacionados com fatores biométricos e ao risco financeiro. O monitoramento sistemático desses riscos é feito através das avaliações atuariais anuais, do acompanhamento mensal das provisões matemáticas, que são recalculadas mensalmente em bases atuariais, e da utilização de regimes financeiros e hipóteses atuariais consistentes e aderentes à realidade dos participantes e assistidos do plano de benefícios.

Atualmente, o plano de benefícios conta apenas com aposentados e pensionistas e não há mais patrimônio para cobertura das reservas matemáticas, sendo que os benefícios estão sendo pagos com recursos

emprestados de outros planos de benefícios da entidade, por força de decisão judicial. Nos pareceres dos anos anteriores alertamos que a não adoção de uma solução que previsse o aporte imediato de recursos para o plano implicaria na completa exaustão do seu patrimônio e na conseqüente paralisação dos pagamentos de benefícios aos aposentados e pensionistas, o que só não vem acontecendo em virtude do fluxo de recursos que vem sendo aportado no plano sob comento originado dos demais planos e que vem configurando uma dívida financeira deste plano para com os demais.

Em 2013, não se registrou a solução definitiva para o equacionamento dos déficits atuarial e financeiro do referido plano, tendo ocorrido a continuidade dos pagamentos dos benefícios aos aposentados e pensionistas com base em decisão liminar da Justiça Federal - TRF, fato que obrigou a Direção da Ceres a utilizar recursos financeiros dos demais planos de benefícios, de forma proporcional aos respectivos patrimônios, para o cumprimento da decisão judicial.

Vale ressaltar que os recursos utilizados para pagar os benefícios, originários dos demais planos estão sendo provisionados no plano Embrater Básico como empréstimo, os quais serão devidamente restituídos aos planos de origem quando da regularização da situação sob comento. Os mencionados empréstimos estão sendo remunerados pela variação do INPC acrescida da taxa real de juros anual de 5,25%. Como conseqüência desse provisionamento, o plano de benefícios apresentou a insuficiência patrimonial (tabela 94). Torna-se imprescindível que a administração da Ceres promova uma solução definitiva que permita o equacionamento do elevado déficit financeiro e atuarial a que o plano está exposto, de forma a não sobrecarregar financeiramente os demais planos, conforme determinado pela decisão judicial que respalda a prática atualmente em vigor.

Solução para restabelecer a suficiência de cobertura do grupo de custeio

Dadas as peculiaridades desse plano de benefícios, o qual não possui mais participantes ativos em seu quadro, não há como analisar a suficiência do plano de custeio, uma vez que não são calculados os custos dos benefícios, já que o plano ultrapassou a fase de acumulação de reservas matemáticas.

Variação no resultado atuarial e causas mais prováveis

O plano Embrater Básico foi estruturado na modalidade de benefício definido, tendo por objetivo oferecer aos seus participantes e dependentes os benefícios previdenciários previstos em regulamento.

Atualmente, o plano de benefícios tem uma massa de segurados composta exclusivamente por assistidos e registrou um déficit atuarial em 31/12/2013 (Tabela 94), fato este que vem se repetindo nas avaliações atuariais recentes.

No documento Relatório Anual de Informações (páginas 87-122)

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