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No documento emana delas O poder que (páginas 46-50)

Eloy Corazza Economista e conselheiro do Corecon/DF Raphael Carmona

A economia brasileira passa por prolongada e profunda crise econômica. Dados preliminares das projeções Focus indicam para 2016 redução de – 3,5% do PIB, sendo - 6,6% na indústria; – 5,0 % em serviços; no comércio, - 6,2% no varejista e – 8,7% no ampliado, além da menor produção agrícola.

Para 2017, o boletim Focus, do Bacen, projeta recuperação de 0,5% do PIB e déficit primário de - 2,3% do PIB, sinalizando estabi- lização da atividade econômica e possível início de sua retomada.

Em 2016, os indicadores da produção industrial acumulados a partir de 2012=100 seriam os se- guintes por categoria de uso: 66,0 para bens de consumo durável; 87,0 para indústria de transforma- ção e 67,6 para bens de capital.

Os efeitos da forte retração dos setores produtivos e da demanda estão retratados na queda da ar- recadação dos impostos e na cri- se das contas da União, estados e municípios, que enfrentam dificul- dades para assegurar a manuten- ção de serviços públicos, inclusive em atividades típicas de Estado como segurança, além de saúde, educação e previdência. Os gastos públicos em 2016 devem se situar ainda de 3% a 3,5% acima da recei- ta corrente, vale dizer da real ca- pacidade contributiva de empresas

Os desafios

da crise

e cidadãos.

Não há dúvida que para o país sair da crise, é preciso que a ad- ministração pública aprimore os padrões de gestão vigentes, moro- sos, voltados mais para os proces- sos internos administrativos e ain- da com baixa compromisso com a entrega de resultados. Essa mu- dança constitui importante opor- tunidade e desafio, que precisam ser enfrentados de forma racional e com organização, segundo taxas de retorno, produtividade e eficiên- cia.

A redução no tempo de entrega de licenças e autorizações aos em- preendedores, em especial para as operações não dependentes de recursos públicos, é essencial, prioritária e de baixo custo, poden- do talvez ser viabilizada com os re- cursos disponíveis. Isso ensejará a retomada da atividade do setor privado, hoje em boa parte depen- dente do ritmo da administração pública, com isso gerando mais receita e reduzindo a necessidade de serviços públicos.

Para tanto, viabilizar sistemas integrados para entrega do mes- mo serviço por vários órgãos po- derá eliminar precioso tempo de tramitação, melhorará qualidade e transparência e viabilizará investi- mento privado com efeitos positi- vos sobre receitas públicas.

economia

A

lém das medidas anun- ciadas em 2016, o gover- no seguiu apresentando propostas para melho- rar o ambiente produtivo brasileiro. Destaque para a abertura de linha de crédito para parcelamento de dívidas no cartão de crédito e a libe- ração das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para saque no período de março a julho. Espera-se que o vo- lume de saque atinja R$ 43 bilhões, dos quais R$ 800 milhões venham para o DF. Espera-se que essas medidas ajudem os consumidores a reduzirem suas dívidas, abrindo espaço para a melhoria do poder de compras e, com isso, maior aces- so ao consumo e, possivelmente, à poupança. A inflação manteve-se em queda, ficando abaixo do centro

Indicadores

do comércio

da meta em janeiro. O desemprego continua incomodando, mas com perspectivas de melhora no segun- do semestre. Apesar da medida do governo, que diferencia o preço pago à vista do pagamento com cartões, o crédito permanece escasso e de difícil acesso. Nesse ambiente de melhora na expectativa e esperança das pessoas, os indicadores de con- sumo das famílias e de confiança dos empresários vêm apresentan- do tendência de crescimento nos três últimos meses. Isso, no entan- to, não significa que a desconfiança foi eliminada por completo, tendo em vista que a incógnita quanto às decisões políticas está sempre pre- sente. O nível de endividamento das famílias, após leve alta em dezem- bro, reduziu 0,6 ponto percentual em janeiro.

//Por José Eustáquio Moreira de Carvalho

PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal Janeiro 2017

Cartão de Crédito 89,6% 88,3% 89,3% Dívida impágavel 0,4%0,5% 0,1% Inadimplência 14,2%15,2% 14,8% Dívida Total 77,5%78,1% 77,1%

Janeiro Dezembro Novembro

Revista Fecomércio DF 49

O ICF Geral apresentou elevação também em janeiro (2,0 pontos), sugerindo tendência que já vinha desde no- vembro. Essa elevação ocorreu em ambas as faixas de renda, com predominância da faixa de renda acima de 10 SM (3,8 pontos).

O ICEC/DF, após oscilação positiva em dezembro, apresentou pequenas variações para mais e para menos em janeiro: queda de 0,9 ponto no índice geral; eleva- ções de 0,8 ponto no indicador das condições atuais da economia.

Apesar de algumas reduções pontuais, as taxas de ju- ros nominais continuam em padrões bastante elevados. A taxa cobrada da Pessoa Jurídica na Conta Garantida, após pequena redução em dezembro, cresceu 1,17 pon- tos percentuais em janeiro. No crédito à Pessoa Física, a taxa do Cheque Especial, de 314,51% em dezembro, caiu para 309,24% em janeiro, enquanto a taxa do Cartão de Crédito caiu de 453,74% em dezembro, para 441,76% em dezembro. Mais de 10 SM 105,3 101,5 94,9 93,1 91,1 89,7 87,5 86,3 81,6

ICF - Intenção de Consumo das

Famílias Distrito Federal janeiro 2017

Até 10 SM Geral SM: Salário-Mínimo Fonte: CNC Indicadores investimento Geral Indicadores das expecta- tivas Indicadores das condições atuais 87,0 86,9 85,7 147,6 151,1 152,1 61,5 60,7 57,3 98,7 99,6 98,4

ICEC - Índice de Confiança do

Empresário do Comércio DF Dezembro 2016

Fonte: CNC Dezembro Empréstimo pessoal Financeiras Cheque Especial Empréstimo pessoal Bancos Cartão de Crédito 161,50% 309,24% 32,15% 97,61% 160,05% 314,51% 31,68% 98,50% 161,79% 313,63% 31,68% 98,95% 71,94% 441,76% 71,15% 453,74% 163,82% 164,50% 45,78% 44,75% 36,39% 35,60% 166,17% 47,47% 37,19% 71,94% 459,13%

Taxas de Juros Pessoa Jurídica

Taxas de Juros Pessoa Física

Janeiro 2017 Janeiro de 2017 Novembro Outubro CDC Automóveis Juros do Comércio

Conta garantida Desconto deduplicatas Capitalde giro

Fonte: ANEFAC

Fonte: ANEFAC Janeiro Dezembro Novembro

Janeiro Dezembro Novembro

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No documento emana delas O poder que (páginas 46-50)

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