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Artigo original 2 – Comparação da velocidade crítica e velocidade de limiar anaeróbio

6. PUBLICAÇÕES

6.2 Artigo original 2 – Comparação da velocidade crítica e velocidade de limiar anaeróbio

ARTIGO ORIGINAL 1

DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE CRÍTICA NO NADO COSTAS DETERMINATION OF THE CRITICAL VELOCITY IN SWIM BACKSTROKE

Alessandro Custódio Marques et al. (2009)

Laboratório de estudos e pesquisa em atividades aquáticas - Faculdade de Educação Física

() Endereço para correspondência: Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Educação Física

RESUMO

DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE CRÍTICA NO NADO COSTAS

O objetivo do estudo foi verificar a resposta da velocidade do limiar anaeróbio no nado costas e sua correlação com a velocidade critica em diferentes combinações de distâncias. Para isso, foram selecionados 12 atletas, nadadores de costas de ambos os sexos com x ± s de idade de 20,25 ± 3,60 anos. Para a determinação da vLAn foi utilizado o teste de duas distâncias (2 x 200m) com velocidades correspondentes a 85% e 100% da velocidade máxima para a distância. A VC foi determinada através das distâncias de 50, 100 e 200 metros, realizadas em velocidade máxima. A estatística utilizada foi a análise de variância para medidas repetidas (p≤0,05) e o coeficiente de correlação linear produto-momento de Pearson. Através da análise observou-se diferenças significativas entre a vLAn (1,26 ± 0,08) em todas as combinações de distância (VC1:

1,41 ± 0.10, VC2: 1,34 ± 0,12, VC3: 1,44 ± 0,13 e VC4: 1,40 ± 0,10) demonstrando que a VC

tende a superestimar a vLAn. Apesar dos resultados demonstrarem diferença entre as combinações da VC com a vLAn os valores de correlação foram muito expressivos, principalmente os valores apresentados em VC1 e VC4 (r= 0,87) como também os valores de

determinação (R2) em ambas as combinações. Mediante as análise dos dados concluímos que,

apesar da VC nas diferentes combinações de distância terem demonstrado valores superiores ao da vLAn este método indireto é eficaz sendo uma boa ferramenta na verificação da sensibilidade ao treinamento.

ABSTRACT

DETERMINATION OF THE CRITICAL VELOCITY IN SWIM BACKSTROKE The aim of the study was to assess the response velocity of the anaerobic threshold in the swim backstroke and its correlation with the critical velocity in combination distances. For this, we selected twelve athletes, swimmers for backstroke of both genders with mean aged 20,25 ± 3,60 years. To determine the vLAN test was used two different distances (2 x 200 meters) with speeds corresponding to 85% and 100% of the maximum speed for the distance and swim. The VC was determined by distances of 50, 100 and 200 meters, in maximal velocity. Statistical tests used were analysis of variance for repeated measures (p≤0,05) and linear correlation coefficient product-moment of Pearson. Through analysis we can see differences between the vLAN (1,26 ± 0,08) in all combinations of distance (VC1: 1,41 ± 0,10, VC2: 1,34 ± 0,12, VC3: 1,44 ± 013 and

VC4: 1,40 ± 0,10) showing that the CV tends to overestimate the response of blood lactate.

Although the data show differences between combinations of VC with the response of vLAN values of correlation were highly significant, showing values of VC1and VC4(r= 0,87) but also

the values of determination (R2) in both combinations. Through the analysis of the data

concluded that, despite the VC in different combinations of distance have shown higher values than that of vLAn this method indirect is effective and a good tool to verify the sensitivity training.

INTRODUÇÃO

As etapas que compõe o metabolismo humano, em especifico das células musculares durante o exercício, como a especificidade de cada modalidade, tem sido objeto de estudo para a determinação da intensidade no treinamento em modalidades esportivas de alto rendimento, permitindo melhora no desempenho1. A determinação de concentrações sanguíneas de lactato ([La]) apresenta-se como uma boa ferramenta amplamente utilizada por técnicos e pesquisadores para quantificar cargas de treinamento2,3, monitorar o efeito do treinamento junto aos atletas4 e prescrever as intensidades ideais do treinamento aeróbio com base na determinação do limiar anaeróbio (LAn)5. Apesar das variadas discussões sobre [La] e LAn e respectivamente o uso deste metabólito proveniente da degradação da glicose que representar a resposta musculatura ativa durante e pós-exercício6. É de consenso que a [La] contribui na prescrição da velocidade próxima a ideal para o treinamento aeróbio. Infelizmente, nem todas as equipes dispõem do suporte necessário para a aquisição de equipamentos específicos para esta mensuração, ou para a realização constante de avaliações utilizando a lactacidemia.

Por esses motivos, é crescente o número de estudos empenhados em desenvolver metodologias confiáveis e de baixo custo, a fim de proporcionar aos treinadores uma ferramenta segura para avaliação das capacidades físicas dos nadadores, assim como a prescrição e monitoramento das intensidades do treinamento adequando medidas não-invasivas para estimar o LAn em diferentes modalidades e especificidades7-11. Metodologias que apontam para esta

direção permitem uma grande aplicabilidade não somente a atletas de alto nível, mas também a indivíduos não-atletas que estejam engajados a um programa de exercício físico regular,

crianças12,13e portadores de necessidades especiais14.

Dentre estas metodologias, a avaliação da capacidade aeróbia e anaeróbia de nadadores esta sendo realizada mediante teste para a determinação da velocidade crítica (VC)11-17,19-22. O conceito de VC na natação11,17 foi definido como a intensidade de exercício físico que teoricamente pode ser mantida por um período de tempo sem exaustão. Onde foi encontrado valores consideráveis de associação entre o inicio do acumulo do lactato sanguíneo (OBLA) e a velocidade de desempenho máximo (v400m) com a VC em ergômetro especifico e piscina, demonstrando que o método é sensível e utilizável na prescrição da capacidade aeróbia de nadadores. Embora observado bons resultados entre a VC e o LAn, parte dos estudos foram desenvolvidos no nado crawl. Estudo relacionado aos quatro nados foi realizado mediante ajustes

sobre o custo de energia utilizando o produto do consumo máximo de oxigênio (VO2max) e do

tempo de exaustão15.

A comparação entre método direto e da relação distância-tempo na determinação da VC demonstrou que a determinação utilizando distância fixa superestima os valores apresentados nas medidas diretas, mas, ainda sendo um bom preditor de capacidade aeróbia e desempenho. Em nadadores de peito de curta distância pôde ser observado que a VC é um método fortemente associado a distâncias menores (V50) sendo sugerido que a VC pode ser utilizada junto a

estímulos anaeróbios e representa um bom preditor do desempenho19. Apesar dos apontamentos relevantes envolvendo a VC e estudos relacionados a respostas do metabolismo aeróbio, a técnica especifica de cada nado difere, sendo possível observar que parte dos trabalhos encontrados quantifica essas variáveis e as apresenta no nado crawl. Com poucos trabalhos desenvolvidos no nado costas27, estes não fazem alusão ao comportamento do LAn e da VC para o nado. Mediante isso, o presente estudo teve como objetivo verificar a velocidade do LAn e sua associação com a VC em diferentes combinações de distância em nadadores especialistas no nado costas.

MATERIAIS E MÉTODOS Amostra

Participaram do estudo 12 nadadores de ambos os sexos com idade entre 15 a 26 anos (20,25 ± 3,60 anos). Os treinos eram compostos por seis a oito sessões semanais e metragem acima de 4.000 metros. Os sujeitos eram nadadores especialistas no nado costas e pertencentes às categorias Juvenil II a Sênior de acordo com a classificação da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Os indivíduos foram orientados previamente sobre todas as etapas da pesquisa, assinando termo de consentimento livre e esclarecido aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas.

Velocidade de Limiar Anaeróbio (vLAn)

A vLAn foi determinada através do teste de duas distâncias (2 x 200m) no nado de costas com intensidade correspondentes a 85 e 100% da velocidade máxima atribuída em competição anterior aos testes para a distância e nado.

Coleta de sangue para determinação da velocidade de limiar anaeróbio (vLAn)

As coletas foram realizadas com os indivíduos fora da água e secagem rápida das mãos Para assepsia local na ponta dos dedos. Foram coletados sangue em seis momentos distintos pós esforço – coleta 1: após o término de cada tiro; coleta 2: um minuto após o término de cada tiro; coleta 3: três minutos após o término de cada tiro; coleta 4: cinco minutos após o término de cada tiro; coleta 5: sete minutos após o término de cada tiro e coleta 6: nove minutos após o término de cada tiro. O intervalo entre os estímulos foi de 30 minutos em repouso passivo.

Materiais utilizados em procedimentos de coleta de sangue

Os indivíduos foram orientados sobre a utilização de pomada vasodilatadora para aumentar a concentração sanguínea local, sendo a perfusão realizada na ponta do dedo através de lanceta especifica para retirada de sangue arterializado em capilar heparinizado e calibrado. Posteriormente, retirado através de micropipeta, sendo extraído do capilar 25 microlitros (µl) de sangue para armazenamento e transporte em túbulos do tipo Ependorff contendo 50µl de fluoreto de sódio a concentração de 1%. Todas as amostras foram analisadas em lactímetro especifico (YSI

2500).

Velocidade Critica (VC)

A VC foi determinada através de tiros máximos realizados durante as sessões de treinamento, com intervalo de 24 horas entre os estímulos nas distâncias de 50, 100, 200 (m) nado costas, anotando-se os respectivos tempos para cada distância. Foram adotadas para análise no estudo quatro combinações de distâncias (VC1: 50, 100, 200m; VC2: 50 e 100m; VC3: 100 e

200m e VC4: 50 e 200m). Os tiros foram executados em ordem randômica após aquecimento

padrão. A VC foi determinada através da inclinação da reta de regressão linear (b) entre os respectivos tempos em suas distâncias (figura 1) 11,17. O tempo foi mensurado através de cronômetro digital de mão (Timex TI5G811). Ambos os testes foram realizados em piscina de 50 metros com temperatura da água variando entre 27°e 28,5ºC.

Figura 1. Determinação da VC1para o atleta 10 (A10)

Análise Estatística

Foi utilizada a estatística descritiva (x ± s). Todos os dados foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk, posteriormente aplicado a análise de variância (Two-Way) seguida de teste de post-hoc (Tuckey). O nível de significância adotado foi p≤0,05. Para verificação da correlação entre as variáveis utilizou-se o coeficiente de correlação linear produto-momento de Pearson. O tratamento dos dados foi realizado mediante pacote estatístico SPSS 15.0® for

Windows.

RESULTADOS

Na tabela 1 são apresentados os valores referentes a gênero, idade dos atletas, concentração de lactato pico no teste a 100%, bem como os respectivos valores da resposta da vLAn e VC nas diferentes combinações de distâncias. Foi possível observar que a vLAn apresentou valores inferiores (1,26 ± 0,08 m.s-1) aos obtidos nas combinações da VC1, VC2, VC3

e VC4 (1,41 ± 0,10 m.s-1, 1,34 ± 0,12 m.s-1, 1,44 ± 0,13 m.s-1 e 1,40 ± 0,10 m.s-1

respectivamente), demonstrando que a VC utilizada com diferentes combinações tende a superestimar a resposta do lactato sanguíneo (p≤0,05). Mesmo a VC apresentando comportamento diferente ao apresentado na vLAn, os dados apresentados na tabela 2 observa-se que para as combinações VC1 e VC4 apresentaram uma correlação muito boa com a vLAn,

demonstrando valores de r= 0,878 (p≤0,01). Para a VC3foi apresentado valor de correlação de r=

0,750 não apresentando valor expressivo com relação a vLAn (p≤0,05).

Tabela 1. Valores referentes a gênero, idade, [LAC]pico,vLAn e VC nas diferentes combinações para os atletas

Gênero Idade [LAC]pico vLAn VC1 VC2 VC3 VC4

A1 Masculino 19 15,36 1,21 1,36 1,35 1,37 1,36 A2 Masculino 26 15,78 1,25 1,38 1,52 1,33 1,39 A3 Masculino 20 13,83 1,23 1,37 1,16 1,49 1,36 A4 Masculino 15 7,83 1,26 1,31 1,25 1,33 1,30 A5 Masculino 24 19,86 1,38 1,54 1,35 1,64 1,53 A6 Feminino 25 17,10 1,31 1,49 1,47 1,49 1,49 A7 Feminino 15 12,12 1,12 1,26 1,28 1,25 1,26 A8 Masculino 17 112,90 1,18 1,36 1,43 1,33 1,36 A9 Masculino 22 17,70 1,18 1,40 1,16 1,54 1,39 A10 Masculino 19 12,15 1,30 1,51 1,39 1,56 1,50 A11 Feminino 21 11,58 1,26 1,37 1,25 1,43 1,36 A12 Masculino 20 14,85 1,40 1,58 1,52 1,61 1,58 x 20,25 14,25 1,26 1,41** 1,34* 1,44** 1,40** s 3,60 3,23 0,08 0,10 0,12 0,13 0,10 *p≤0,05 **p≤0,01

Tabela 2. Correlação linear entre a vLAn e as combinações da VC

VLAn VC1 VC2 VC3 VC4 vLAn - - - - - VC1 0,878** - - - - VC2 0,482 0,489 - - - VC3 0,750* 0,899** 0,063 - - VC4 0,878** 0,998** 0,545 0,869* - *p≤0,05 **p≤0,01

Na figura 2, os valores de r ajustado (R2) confirmam os achados através do coeficiente de correlação (figura 2A e 2D), demonstrando que os valores de VC1 e VC4 apresentam valores

expressivos do coeficiente de determinação entre as variáveis (R2= 0,77), demonstrando que a VC é um método expressivo para a verificação da vLAn mediante teste de duas distâncias e com forte associação entre as variáveis no presente estudo.

Figura 2. Coeficiente de determinação (R2) entre a vLAn e a VC

DISCUSSÃO

O principal objeto de verificação no presente estudo era a verificação da associação da VC com a resposta da vLAn no nado costas, pela ausência de estudos que tenham adotado os mesmos procedimentos para nadadores de costas, podemos observar que mesmo os valores de VC nas quatro diferentes combinações de distâncias apresentando valores superiores a vLAn, os resultados obtidos através da correlação e R2 são consideráveis para grupo e nado, devendo

com parâmetros de estimativa15.

Em testes realizados em nadadores de diferentes especialidades, mas, realizados no nado crawl em ergômetro especifico (VCsf)11, foram observados alta correlação entre VO2ATx VC (r=

0,818), OBLA x VC (r= 0,949) e V400m x VC (r= 0,865), observando que à velocidade extrema

(acima dos 105% da VC) os nadadores conseguiram sustentar o estímulo por apenas 26,0 ± 4,0 segundos e a 95% da VC por 497,2 ± 141,9 segundos, corroborando com o pressupostos teóricos apontados em outros estudos. Em estudo conduzido com mesmo objetivo em VCsf e distâncias

fixas (VCpiscina)17, os resultados apresentaram alta correlação entre a V400mcom o OBLA, VCsfe

VCpiscina, sendo fortemente correlacionadas entre si (r= 0,907, r= 0,823 e r= 0,998

respectivamente), assim como, o OBLA x VCsf (r= 0,856), OBLA x VCpiscina(r= 0,898) e VCsfx

VCpiscina (r= 0,824), demonstrando que, tanto a relação hiperbólica como a relação distância-

tempo são uteis na determinação da VC na natação, sendo este ultimo, realizado através de medida não-invasiva.

Contudo, apesar dos tiros utilizados no presente estudo serem de curta distância, estando diretamente ligado ao desempenho das provas no nado costas, alguns estudos utilizam-se de pelo menos um tiro de média ou longa duração nas cargas preditivas8,17,18 ajustando as distâncias na

aquisição dos valores de VC mais próximos aos da resposta do LAn19, o que pode subestimar os

valores obtidos através da relação distância-tempo na determinação da VC, não se adequando a especificidade e desempenho no nado. Efeito similar ao estudo pode ser observado em triatletas20

nas distâncias de 100m, 200m, 400m, 800m e 1500m em diferentes combinações, observando que a VC tende a superestimar ou subestimar as resposta de LAn de acordo com as combinações realizadas.

Recentemente12, ajustes relacionando o custo de energia nos diferentes nados utilizando o produto do VO2max, fazendo uso destas referências na determinação da VC e no tempo de

exaustão nos quatro nados nas distâncias de 50, 100 e 200 metros. Os coeficientes de correlação variaram de r= 0,997 a 1,00, demonstrando que a VC determinada pela relação distância-tempo tende a superestimar a VC determinada através de ajustes nos quatro nados, apresentando o nado costas valor de 16% superior ao de medida direta, encontrando superestimação no presente estudo de 10,6%. Mesmo considerando que a VCdistância-temposuperestima a VCajustada os autores

concluem que o uso da VC é uma ferramenta útil na avaliação e prescrição do desempenho em diferentes atividades, como também na natação, sendo necessário cautela em sua utilização já que

os ajustes demonstraram ser necessários para a determinação dos diferentes domínios de intensidade devido a presença do componente lento do VO2max21,22 e custo energético especifico

em cada nado.

Em nadadores de diferentes especialidades, realizando o teste para a determinação da VC no nado peito16foi demonstrado uma forte correlação (r= 0,85) com a velocidade de desempenho V50com variação individual de r= 0,97 a 1,00, observando que apenas um dos indivíduos tem

dependência da capacidade de trabalho anaeróbio (CTA), dois indivíduos estão em grupo intermediário de dependência CTA-VC e os demais têm dependência da VC na V50. Concluindo

que a VC é um método fortemente associado a V50 apesar desta variável apresentar valor médio

superior aos valores apresentados na VC, sugerindo que a VC deve ser trabalhada junto a estímulos anaeróbios. Em outro estudo no nado peito para a determinação da VC foram utilizadas as distâncias de 50 m, 300m e 2.000 m23, que confirmaram que a VC representa a mesma velocidade estimada por tiro máximo de 300m (V300) e que ambas refletem a máxima fase estável do lactato (MFEL). Mesmo fazendo uso de estímulos longos, que podem descaracterizar o nado e desempenho, não sendo este fator observado pelos autores do estudo em questão.

Apesar das diferentes linhas de estudo envolvendo a VC, devemos sempre lembrar que este método é protocolo-dependente, necessitando de mais estudos e adequações para cada modalidade bem como a adequação aos domínios de intensidades na qual a mesma será utilizada para que se obtenham resultados específicos.

CONCLUSÃO

Podemos concluir que a determinação da VC através da relação distância-tempo é um bom preditor do desempenho aeróbio, tanto na combinação de três e duas distâncias em nadadores de costas, mesmo sendo estas realizadas em distâncias curtas, viável na aplicação de um grande número de atletas afim de avaliar a sensibilidade do treinamento e capacidade aeróbia. Sendo este um método simples, rápido e não-invasivo que pode auxiliar na prescrição do desempenho final, como, a extrapolação deste modelo para os demais nados.

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ARTIGO ORIGINAL 2

COMPARAÇÃO DA VELOCIDADE CRÍTICA E VELOCIDADE DE LIMIAR

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