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A presente pesquisa está organizada em três diferentes etapas para coletar os dados, que serão apresentadas a seguir, com os respectivos procedimentos, instrumentos e sujeitos (quando houver) relacionados.

Etapa I – Proposição de características da docência no âmbito do

PIBID/Matemática a partir de levantamento bibliográfico

Inicialmente, foram definidos alguns critérios para a seleção de referenciais bibliográficos, dentre os quais a opção pela consulta em documentos oficiais que apresentem a legislação vigente, além de autores renomados que discorram sobre o ser professor, sobre as características da docência e sobre a formação de professores de Matemática, e possuam obras publicadas nos últimos 20 anos.

Assim, a partir da análise desses materiais, foram elencadas as características da docência e da formação, apresentadas em forma de quadros ao final dos subcapítulos. Os respectivos resultados foram organizados em sete categorias.

Etapa II – Proposição de ações formativas que contribuam com a qualificação

da formação de professores no âmbito da iniciação à docência em Matemática

A partir do estudo e do levantamento das características da docência no âmbito do PIBID/Matemática, descritos na etapa anterior, passou-se ao processo de elaborar ações formativas que contribuam para qualificar as atividades de iniciação à docência no âmbito do PIBID.

As ações formativas são importantes indicadores que contribuem para a avaliação de processo (mostrar se os objetivos de uma proposta estão sendo bem conduzidos) ou para a avaliação de resultados (mostrar se os objetivos foram alcançados). No caso desta pesquisa, as ações formativas propostas podem ser usadas tanto para avaliação do processo quanto para a avaliação de resultados. No entanto, não é objetivo deste estudo realizar a avaliação, mas a criação de ações formativas qualitativas que podem contribuir para qualificar o próprio processo de formação de professores na sua fase inicial.

Portanto, a partir do exposto, foram elaboradas propostas de ações formativas para cada uma das sete categorias emergentes da etapa anterior. Elas apresentam as características da docência no âmbito do PIBID/Matemática, com vistas a contribuir para a qualificação das atividades desenvolvidas nos referidos subprojetos.

Etapa III – Avaliação das ações formativas propostas por meio de questionário

respondido por coordenadores da área e supervisores de Matemática do PIBID com vistas a legitimá-las

A avaliação das ações formativas por coordenadores de área e professores supervisores, visando à sua legitimação, foi realizada por meio de questionário (Apêndice A) em meio eletrônico, usando a plataforma Google Drive. O questionário foi elaborado empregando um item na forma de Escala de Likert com 5 pontos, caracterizando opiniões que vão de “muito irrelevante” até “muito relevante” para cada ação formativa. Esse procedimento teve a função de selecionar ações formativas mais plausíveis na visão dos coordenadores da área da Matemática do PIBID. Além disso, o questionário foi composto por algumas questões subjetivas, por categoria, com o objetivo de identificar a falta de alguma ação formativa que possa contribuir para a qualificação da formação de professores, além da possibilidade de realizar comentários e críticas às ações propostas.

Inicialmente, um questionário piloto foi realizado com professores supervisores e coordenadores de duas instituições de Ensino Superior para verificar se teriam alguma dificuldade em relação ao preenchimento do instrumento, bem como apresentar sugestões para aperfeiçoá-lo, considerando os objetivos da pesquisa. Os participantes do questionário piloto não apresentaram dificuldades quanto ao

instrumento. Apenas sugeriram que fossem inseridas ações formativas que contemplassem a temática da inclusão. Dessa forma, foram incorporadas ao instrumento as ações formativas 1.5 e 2.3 (Apêndice A).

Na sequência, foi enviado convite para todos os professores supervisores e coordenadores de área do PIBID, subprojeto Matemática, por intermédio de e-mail aos respectivos coordenadores institucionais dos projetos que continham subprojetos Matemática. Assim, foram convidados a responder ao questionário cerca de 440 coordenadores de área de Matemática do Brasil, bem como 945 professores supervisores, no segundo semestre de 2015.

Segundo Marconi e Lakatos (2010, p. 184), “o questionário é um instrumento de análise de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador”. Assim como qualquer outro instrumento de coleta de dados, o questionário também apresenta vantagens e desvantagens, conforme as apresentadas por Marconi e Lakatos (2010, p. 184) e Gil (2012, p. 121), integradas a seguir:

a) vantagens – atinge grande número de pessoas simultaneamente; abrange uma extensa área geográfica; economiza tempo e dinheiro; garante o anonimato dos entrevistados, e com isso maior liberdade e segurança nas respostas; permite que as pessoas o respondam no momento que julgarem mais conveniente; não expõe o entrevistado à influência do pesquisador; obtém respostas mais rápidas e mais precisas; possibilita mais uniformidade na avaliação, em virtude da natureza impessoal do instrumento; obtém respostas que materialmente seriam inacessíveis;

b) limitações – pequena quantidade de questionários respondidos; perguntas sem respostas; exclui pessoas analfabetas; impossibilita o auxílio quando não é entendida a questão; dificuldade de compreensão pode levar a uma uniformidade aparente; o desconhecimento das circunstâncias em que foi respondido pode ser importante na avaliação da qualidade das respostas; durante a leitura de todas as questões, antes de respondê-las, uma questão pode influenciar a outra; proporciona resultados críticos em relação à objetividade, pois os itens podem ter significados diferentes para cada sujeito.

Como, no caso deste estudo, as vantagens predominam, entendeu-se que seria adequado seu emprego. Assim, a coleta de dados foi realizada mediante

questionário desenvolvido em formato de Formulário da Plataforma Google Drive, utilizando a escala Likert para avaliar se as ações propostas para cada categoria são relevantes para a iniciação à docência no âmbito do PIBID Matemática, na visão dos sujeitos da pesquisa. Ademais, as questões abertas possibilitavam fazer críticas, comentários e sugestões acerca de cada categoria proposta por esta pesquisa, bem como de suas respectivas ações formativas propostas e/ou ausentes, com o intuito de legitimá-las e qualificá-las.